Ruta 60: lado argentino do Paso San Francisco

Saída: Copiapó/Chile – Km 4599 (13:00h)
Chegada: Fiambalá/Argentina – Km 5084 (22:30h)
Distância: 485Km

Acordamos umas 10h. Hoje nosso destino é ir até Fiambalá na Argentina, atravessando o Paso San Francisco, que dizem ser um dos mais bonitos.

Passamos nos supermercados Lider e Jumbo. Compramos algumas coisas para comer durante a viagem. Aproveitamos para trocar os pneus traseiros do carro, pois no Chile o valor compensa bastante em relação ao Brasil, sendo em torno de 50% mais barato. Pagamos PC$81636,00 (R$281) por 2 pneus Goodyear GPS Duraplus 175/65 R14, já instalados e balanceados. Fomos a uma loja franquia da Goodyear que fica próxima do supermercado Lider. Antes de viajar nós verificamos o preço destes mesmos pneus (marca, modelo e medida) em uma loja da DPaschoal  no Brasil, onde o par custava R$474 (quase o dobro do preço que pagamos no Chile).

Para ir até Fiambalá pegamos ruta 31, que na fronteira com a Argentina passa a se chamar 60. Segue-se pela ruta 60 até Fiambalá.

Do lado chileno, antes de chegar à aduana, as paisagens são bonitas, porém não impressionam muito. Chegando à aduana chilena, os tramites foram rápidos, em torno de 15 minutos.

Cruzando a Cordliheira dos Andes pela ruta 31 (Chile)

Cruzando a Cordilheira dos Andes pela ruta 31 (Chile)

Cruzando a Cordliheira dos Andes pela ruta 31 (Chile)

Cruzando a Cordilheira dos Andes pela ruta 31 (Chile)

Aduana chilena no paso San Francisco

Aduana chilena no paso San Francisco

Cruzando a Cordliheira dos Andes pelo paso San Francisco

Cruzando a Cordilheira dos Andes pelo paso San Francisco

Cruzando a Cordliheira dos Andes pelo paso San Francisco

Cruzando a Cordilheira dos Andes pelo paso San Francisco

Saindo da aduana chilena, após 83Km, nos deparamos com a impressionante Laguna Verde e também com o vulcão Ojos del Salado que é o mais alto do mundo, com 6893m.  O vulcão é inativo, sendo a segunda mais alta montanha da América do Sul. A mais alta é o Aconcágua. A Laguna Verde é linda e suas águas são verdes mesmo, podendo mudar de tonalidade ao longo do dia. Nas margens da laguna há águas termais, podendo-se chegar lá com o carro.

Na Laguna Verde, provavelmente esquecemos a bolsa de uma de nossas câmeras, com nossas pilhas recarregáveis e um pouco de dinheiro. Se algum viajante encontrar, por favor, nos devolva! hehehe

A impressionante Laguna Verde

A impressionante Laguna Verde

Laguna Verde: o branco no chão é sal, nas montanhas é neve

Laguna Verde: o branco no chão é sal, nas montanhas é neve

Passando um pouco da Laguna Verde as paisagens começam a ficar mais bonitas. O dia ensolarado com montanhas, nuvens e uma vegetação rasteira nos tons amarelados e esverdeados formaram um cenário lindíssimo. Neste trecho também passamos por várias vicunas.

Após alguns km chegamos à aduana argentina em cima do laço, pois já eram 18:50h e a aduana fechava às 19:00h. A burocracia na aduana demorou um pouco, até porque tinha um casal antes de nós que também estavam entrando na Argentina. O carro foi rapidamente revistado. Ficamos na aduana em torno de uns 30 minutos. Passando a aduana as paisagens continuam muito bonitas. Neste último trecho já estava tarde, mas ainda deu para aproveitar para fotografar e também apreciar um belíssimo pôr-do-sol.

Início do asfalto no lado argentino do Paso San Francisco

Início do asfalto no lado argentino do Paso San Francisco

Lado argentino do Paso San Francisco

Lado argentino do Paso San Francisco

Lado argentino do Paso San Francisco

Lado argentino do Paso San Francisco

Lado argentino do Paso San Francisco

Lado argentino do Paso San Francisco

Lado argentino do Paso San Francisco

Lado argentino do Paso San Francisco

Aduana argentina no Paso San Francisco

Aduana argentina no Paso San Francisco

Ruta 60: lado argentino do Paso San Francisco

Ruta 60: lado argentino do Paso San Francisco

Ruta 60: lado argentino do Paso San Francisco

Ruta 60: lado argentino do Paso San Francisco

Próximo a Fiambalá a estrada passa por uma serra, onde as paisagens são muito bonitas. Nós acabamos chegando neste ponto à noite, perdendo de apreciar melhor a beleza do lugar.

De Copiapó até a fronteira com a Argentina a estrada é de rípio, mas está quase toda em ótimas condições, podendo-se andar boa parte do trecho a 80Km/h.

Toda a ruta do lado argentino está asfaltada, porém o trecho da fronteira até a aduana, que é em torno de 20Km está muito deteriorado. Nestes 20Km pode-se andar em velocidade em torno de 50Km/h. A partir da aduana, o asfalto até Fiambalá está em ótimas condições.

Do lado chileno não são muitos os pontos de subidas e descidas com curvas.

Do lado argentino há vários refúgios para pedido de ajuda via rádio.

Todo o trecho entre Copiapó e Fiambala (478Km) não possui postos para abastecimento, portanto deve-se sair com o tanque bem cheio de Copiapó. Tínhamos receio de faltar combustível durante este trecho, pois sempre paramos muito para tirar fotos e o carro consome mais devido à altitude. Não foi problema, pois para percorrer os 478Km gastamos apenas 29l de combustível.

Boa parte do paso é feita em altitudes acima de 4000m, chegando à altitude máxima de 4600m. Nem nós e nem o carro tive problemas devido à altitude.

Chegando a Fiambalá, tivemos uma surpresa! Devido ao Rally Dakar, que vai passar por lá somente daqui a 2 dias, a cidade já estava superlotada e não tínhamos lugar para ficar, a não ser em casa de família. Inicialmente não gostamos muito, porém não tínhamos outra opção. Resolvemos então acompanhar um policial que havia oferecido a sua casa. Ele nos havia falado que a casa não era grande e ficamos desconfiados se seria uma boa idéia. Ainda mais quando vimos que além de nós, haviam outros turistas que iam ficar lá também. Ficamos pensando que ele poderia ter oferecido a casa para mais pessoas e que ficariam todas nas mesmas acomodações. Mas quando chegamos lá descobrimos que os outros turistas iriam acampar no pátio da casa.

A casa do policial era agradável, sua esposa havia sido avisada há pouco tempo e estava limpando a casa toda para receber os hóspedes. Fomos muito bem recebidos. A casa tinha apenas 2 quartos: um do casal e do filho de 2 anos e o outro do filho mais velho de 14 anos. Preferimos ficar no quarto do filho mais velho. A dona da casa conseguiu outro colchão, onde colocamos nossos sacos de dormir.

Acertamos que pagaríamos PA$100,00 (R$50,00) pela hospedagem e saímos para comer alguma coisa. A cidade estava realmente lotada. Fomos dar uma volta pela praça, onde aproveitamos para comprar umas pilhas recarregáveis, pois agora havíamos ficado com apenas um conjunto. Depois comemos uma pizza, pela qual pagamos PA$30,00 (R$15,00) com refri. Estava muito boa.

Voltamos então para a casa onde iríamos passar a noite. Estava muito quente. Ainda bem que tinha um ventilador no quarto para conseguirmos dormir melhor. Tomamos um bom banho e fomos dormir.

Dicas do dia

Para fazer a travessia do paso San Francisco você deverá abastecer em Copiapó, pois não há postos até Fiambalá.

Saia de Copiapó bem cedo, pois as melhores paisagens começam junto ao Vulcão Ojos del Salado e Laguna Verde. Lembre-se também que a aduana da Argentina fecha às 19:00h.

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Isto que é aventura!

Saída: San Pedro de Atacama/Chile – Km 3696 (10:50h)
Chegada: Copiapó/Chile – Km 4585 (23:30h)
Distância: 889Km

Este foi nosso dia de despedida de San Pedro, cidade tão simpática e de visuais incríveis. Arrumamos nossas coisas calmamente para seguirmos até Copiapó. Durante a noite passada a festa rolou até mais tarde no nosso hotel. Na verdade não tinha uma grande festa, mas as pessoas ficaram conversando alto até tarde na área externa de lazer próxima a todos os quartos.

Devido a isto, para irmos embora foi um pouco demorado, pois a encarregada do hotel que mora lá, estava de ressaca e não aparecia. Tivemos que bater na porta do quarto dela e acordá-la. Logo que acordou, ela estava “para lá de Bagdá”. Podíamos ter saído até sem pagar, porque ela já não sabia de mais nada e qualquer coisa que falássemos, ela aceitaria para poder voltar a dormir o mais rápido possível. Acertamos tudo direitinho e na hora de tirar o carro iniciou outro dilema. Tinha um carro na frente do nosso e ela não sabia de quem era. Teve que ir em 3 quartos acordando todo mundo até achar o dono. Menos mal que o dono apareceu, senão estaríamos com sérios problemas!

Fomos então rumo a Copiapó, passando por Antofogasta e Chañaral.

O trajeto de 887Km entre San Pedro e Copiapó é: saindo de San Pedro deve-se pegar a ruta RN23 em direção a Calama, em Calama pegar a ruta RN25 até encontrar a RN5 (rodovia Panamericana), seguir pela ruta RN5 em sentido sul até Copiapó (passando por Antofagasta, Chañaral e Caldera).

O trecho entre San Pedro e Calama é bem bonito, passando pela Cordillera de la Sal e Cordillera Domeyko. Não tivemos nenhum problema com o carro devido a altitude e também não tivemos nenhum sintoma do mal de altitude neste trecho. Toda a ruta RN23 está em bom estado de conservação.

As belas paisagens da RN23 em direção a Calama

As belas paisagens da RN23 em direção a Calama

Não passamos pela mina Chuquicamata (maior mina do planeta com 4,3 km de comprimento, 3 km de extensão e 850 metros de profundidade) porque era feriado e o local estava fechado para visitação.

Na viagem até Antofagasta passamos por 2 grupos de motoqueiros brasileiros. Um deles era o da “Expedição Teto das Américas” que tinha até uma camionete como veículo de apoio.

“Expedição Teto das Américas” no trevo de Calama

“Expedição Teto das Américas” no trevo de Calama

Isto que é aventura!

Isto que é aventura!

Chegamos a Antofagasta próximo da hora do almoço. Como era o primeiro dia do ano estava tudo fechado, supermercados, shoppings e etc. Achamos uma lanchonete aberta que servia empanadas e fomos almoçar lá. A lanchonete Empanadas Florencia fica na esquina da Av. Angamos com a Pje. Hornitos (GPS lat 23°40’19.55″S – long 70°24’24.45″O). Comemos empanadas deliciosas lá. Pagamos PC$4000,00 (R$13,80) por 4 empanadas super recheadas e mais o refrigerante.

Chegando a Antofagasta (Oceano Pacífico ao fundo)

Chegando a Antofagasta (Oceano Pacífico ao fundo)

Achamos Antofagasta uma linda cidade, pelo menos na região próxima a avenida costaneira onde passamos. A cidade possui várias montanhas ao seu redor. Acreditamos que não seja uma cidade muito segura, pois logo que chegamos já fomos alertados a cuidar das nossas câmeras. Fomos orientados a ir para a outra parte da avenida que era mais movimentada e segura.

Praia do Pacífico em Antofagasta

Praia do Pacífico em Antofagasta

Antofagasta/Chile

Antofagasta/Chile

Antofagasta/Chile

Antofagasta/Chile

Antofagasta/Chile

Antofagasta/Chile

Antofagasta/Chile

Antofagasta/Chile

Ficamos bem pouco tempo na cidade e seguimos viagem. Acreditamos que vale passar 1 ou 2 dias por lá para poder aproveitar mais a cidade e suas praias.

Logo que saímos passamos pelo monumento “Mano del Desierto”, que fica a 75Km ao sul de Antofagasta, à direita da RN5 (existem placas sinalizando e o monumento pode ser visto da estrada). Este monumento é uma mão de 11m de altura enterrada a 300m da ruta RN5, feito pelo artista Mario Irarrázabal. Lá foi um rápido ponto de encontro de brasileiros. Quando chegamos havia um grupo de motoqueiros e em seguida chegaram mais 2 amigos viajantes de carro de SP. Conversamos brevemente e cada um seguiu o seu rumo após tirar fotografias do monumento.

Mano del Desierto na ruta RN5

Mano del Desierto na ruta RN5

Ruta RN5 em direção a Copiapó

Ruta RN5 em direção a Copiapó

Seguimos viagem e passamos por Chañaral uma cidadezinha de 12 mil habitantes localizada na beira do Pacífico, distante 400Km de Antofagasta e com. Pequena, porém bem interessante e bonita. Há belas vistas de praias e pedras na beira da estrada. A maior atração desta cidade é o Parque Nacional Pan de Açúcar, que está localizado 30Km de Chañaral. Estabelecido na costa desértica de Antofagasta e Atacama, este parque de 43.000 hectares possui uma flora única na sua íngreme e bela linha costeira, albergando principalmente pelicanos, lontras, pinguins Humboldt e leões marinhos. Não tivemos oportunidade de conhecê-lo, mas acreditamos que vale apena uma passada com mais tempo para visitar o parque e aproveitar a cidade e suas praias. Tiramos algumas fotos da Chañaral rapidamente, pois já estava anoitecendo.

Chañaral/Chile

Chañaral/Chile

Chañaral/Chile

Chañaral/Chile

Todo este percurso entre San Pedro e Copiapó é de pista simples, em boas condições e sem nenhum pedágio. Alguns poucos trechos da RN5 estão em manutenção, sendo necessário fazer alguns desvios durante o trajeto (os quais estão muito bem sinalizados). A velocidade máxima em todo este percurso é de 100Km/h.

Deve-se encher o tanque em San Pedro, depois abastecer novamente em Antofagasta e então no povoado Estación Agua Verde (posto da rede Copec, coordenadas S25°23’57.2” W69°57’50.4”).  Entre Antofagasta e Estación Agua Verde são 231Km e não há nenhum outro posto de combustível. Após este povoado, somente há postos na RN5 após 188Km (próximo a Chañaral).

Logo após sairmos de Antofagasta há um posto dos Carabineros na RN5, onde um policial nos parou. Solicitou o documento do carro e habilitação, conferiu a placa e nos mandou seguir.

De Antofagasta até alguns Km antes de Chañaral a RN5 atravessa uma região de deserto, onde há somente um posto de combustível (no povoado Estación Agua Verde) e algumas pousadas. Neste trecho não há muito que ver, só tem areia e pedras nas laterais da estrada. A única coisa interessante pelo caminho é a escultura da mão no deserto.

Não sabemos se foi porque hoje é feriado, mas de San Pedro até Caldera praticamente não havia carros. De Antofagasta até Chañaral  passamos por no máximo 15 carros, sendo o trecho mais inóspito de todo o dia. Entre Caldera e Copiapó o fluxo aumentou consideravelmente.

Chegamos a Copiapó às 23:30h. Fomos então procurar onde ficar. Demos uma volta, chegamos a um hotel em que o valor cobrado foi acima do esperado. Andamos mais um pouco e encontramos o Residencial O’Higgins, que a primeira vista não interessou muito, pois parecia pequeno e sem estacionamento. Porém depois que pedimos informações, vimos que era bem maior do que parecia. As acomodações eram simples, mas era limpo, tinha TV e estacionamento no local. Pagamos PC$20000,00 (R$69,00). Este residencial está localizado na calle O’Higgins, 804. Não podemos jantar, pois era ano novo e todos os restaurantes estavam fechados. Então comemos alguma coisa que tínhamos no carro e fomos dormir.

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Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Saída: San Pedro de Atacama/Chile – Km 3695
Chegada: San Pedro de Atacama/Chile – Km 3695
Distância: 0Km

Este é nosso último dia em San Pedro. Amanhã iremos viajar até Copiacó, de onde no outro dia voltaremos para a Argentina pelo paso San Francisco.

Acordamos por volta das 11h, pois o tour astronômico do dia anterior foi até tarde.

Saímos para almoçar no restaurante Tahira (Tocopilla, 372). Comemos uma chorrillana, que são batatas fritas cobertas com cebola frita, tomates, queijo, carne de rês e frango e lingüiça calabresa. A comida estava deliciosa e a quantidade foi até exagerada. Pagamos PC$7500 (R$26,00) incluindo uma Coca-cola de 1.5l. Bom custo-benefício, que comida saborosa!

San Pedro de Atacama

San Pedro de Atacama

A saborosa chorrillana: batatas fritas cobertas com cebola frita, tomates, queijo, carne de rês e frango e lingüiça calabresa.

A saborosa chorrillana: batatas fritas cobertas com cebola frita, tomates, queijo, carne de rês e frango e lingüiça calabresa.

Agendamos então um tour a cavalo pelo Valle de La Muerte com El Arriero (Bernardo Flores) (elarriero_sp@yahoo.com e info@cabalgataselarriero.cl, fone (56) 09-8771102), que ficou marcado para as 17:00h, com duração de 3h. O custo foi de PC$30000 (R$103) para nós dois. Para agendar este tour deve-se entrar em contato pelo email ou telefone, já que eles não possuem um escritório. Geralmente o guia está oferecendo o tour na calle Caracolles aos turistas que passam. Nós conversamos com o guia na rua e posteriormente ligamos para eles e pedimos para que fossem no hotel para contratarmos o tour e explicar com mais detalhes como funciona.

À tarde acabamos dando uma volta na cidade e depois ficamos descansando no hotel aguardando o horário da cavalgada.

Às 17h fomos até a Calle Caracoles em frente ao caixa eletrônico, pois era o local da onde partiria a cavalgada. Chegamos lá e, além de nós, um casal de espanhóis também participou do tour. Foi muito legal passearmos a cavalo passando pelas lindas paisagens do Valle da Muerte, que ainda não conhecíamos.  Nas dunas do Valle, o guia nos incentivou a galopar. Incrível, mas dá um pouco de medo. O tour durou 3h e inicialmente queríamos fazê-lo no Valle de La Luna, que tem duração de 5h. O guia nos recomendou não fazer, pois não tínhamos experiência com cavalos. Ainda bem, pois realmente não aguentaríamos cavalgar por mais de 3h, embora tenha sido um excelente passeio. Recomendamos a agência e o passeio!

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Pukara de Quitor

Pukara de Quitor

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Pose de prenda

Pose de prenda

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Tour a cavalo pelo Valle de La Muerte

Após o passeio fomos para o hotel, tomar um banho e aguardarmos a hora da ceia. Estávamos bem cansados, mas não poderíamos deixar de estar no centro da cidade no reveillon. Saímos umas 22:30 (23:30 no Brasil) em busca de um restaurante para fazer a ceia. Nesta época, em SPA, muitos restaurantes preparam um cardápio especial. Especial também no preço, pois é claro que tem um super plus a mais. Fomos para a calle Tocopilla escolher algum, onde estão os restaurantes com melhor custo-benefício. Fomos até no restaurante onde almoçamos ao meio dia, pois a senhora comentou sobre a ceia e nos convidou para comparecer, porém além deles estarem cobrando um pouco mais caro que os outros, não havia ninguém. Fomos à busca de outro e encontramos na mesma calle um cujo custo foi de PC$26000 (R$90,00) para nós 2. A ceia incluía um buffet de saladas, carnes assadas (era possível escolher 2 porções), buffet de sobremesas, um pisco sauer e uma taça de champanhe na hora da virada. Comemos bastante!

Ceia de ano novo

Ceia de ano novo

Poucos minutos antes da virada a garçonete nos entregou alguns adereços (chapeuzinho, máscara, língua de sogra e etc) e nos convidou para passarmos para o ambiente externo do restaurante para aguardamos todos juntos. Uns minutinhos antes serviram a champanhe. Colocaram numa rádio para ouvirmos a contagem regressiva e festejamos a meia noite. Foi bem interessante, pois não sabíamos que seria desta forma, pensávamos que somente iríamos comer a ceia e ir embora, sem muitos festejos. Foi legal também, pois muitas pessoas vieram nos desejar “feliz año”, (como eles falam no Chile e não Feliz Ano Novo como nós). Após, fomos passear pelas ruas da cidade que estavam lotadas. Muita gente festejando. Tinham muitas fogueiras no chão da cidade, não sabemos se isto é uma tradição. Havia muitos grupinhos com rodas de músicas com batuques, violão ou no “gogó” mesmo. Um dos grupos que passamos era de brasileiros, tocando violão e cantando nossas músicas. Pelo tamanho da cidade, até que a passada do ano foi bem festejada. Após este passeio, fomos dormir e descansar bastante, pois no outro dia temos mais de 800Km para percorrer até Copiapó/Chile.

Reveillon 2010 em San Pedro de Atacama!

Reveillon 2010 em San Pedro de Atacama!

Reveillon 2010 em San Pedro de Atacama!

Reveillon 2010 em San Pedro de Atacama!

Dica do dia:

Antes de iniciarmos nossa viagem nos informaram que esta não era uma boa época para conhecer o noroeste argentino e o deserto do Atacama, pois o calor seria intenso. Durante nossa viagem pela Argentina o calor foi bem ameno, com noites com temperaturas agradáveis (sempre fazia até um pouco de frio durante a noite). Durante a madrugada o frio já era bem intenso.

Em San Pedro, durante o dia o calor era um tanto intenso, mas onde havia sombra a temperatura estava agradável. A noite refresca bastante, sendo necessário um casaco que não precisa ser muito grosso e uma calça. Para dormir não é preciso o uso de ventilador. No carro, o ar condicionado dava conta do calor numa boa. O calor é mais intenso dentro da cidade, pois é mais abafada. Ao sair para seus arredores há um pouco de vento e o calor é amenizado. A noite nunca fez um frio muito intenso, bastando um pouco de agasalho para se aquecer. Portanto não deixe de conhecer estas regiões por causa do calor intenso no verão.

Em muitos hotéis há problema devido à falta de água, portanto não deixe para tomar o seu banho muito tarde. Além disso, pode existir uma grande oscilação na temperatura durante o banho. Acreditamos que isto acontece em outros hotéis também, pois ouvimos os mesmos relatos de outras pessoas de diferentes hotéis.

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Foto que tiramos da lua com a ajuda das lentes do telescópio

Saída: San Pedro de Atacama/Chile – Km 3695
Chegada: San Pedro de Atacama/Chile – Km 3695
Distância: 0Km

Acordamos tarde e aproveitamos para colocar algumas fotos da viagem em nosso Blog.

Ontem faltou energia elétrica das 23h até o meio-dia de hoje.

Demos algumas voltas pelo centro da cidade e depois fomos almoçar. Desta vez comemos uma pizza na Pizzeria Bistro Les Copain’s (calle Tocopilla, 442). Pagamos PC$6900,00 (R$24,00), um pouco mais caro que a pizza anterior, mas esta estava muito mais saborosa.

Pizzeria Bistro Les Copain’s

Pizzeria Bistro Les Copain’s

Calle Caracolles em San Pedro de Atacama

Calle Caracolles em San Pedro de Atacama

Voltamos ao hotel para descansar mais um pouco e resolvemos então fazer um passeio de bicicleta, por volta das 18h. Pagamos PC$6000 (R$21) pelas 2 bicicletas por até 5 horas, alugadas na Coyote Byke (calle Tocopilla, 418A). Eles nos forneceram um mapa e nos aconselharam ir a dois locais: Katarpe (13km do centro) e Garganta del Diablo/Quebrada Chulacao (8Km do centro). A estrada era de rípio, mas estava em boas condições para andar de bicicleta. No caminho tivemos que fazer várias paradas, pois o sol estava forte. Levamos uns 600ml de água cada um, o que descobrimos depois que era muito pouco para o percurso. As paisagens são belas e vale a pena o passeio. No caminho passamos por algumas pessoas que estavam fazendo o mesmo percurso de bicicleta.

Pedalando para Katarpe

Pedalando para Katarpe

Katarpe

Katarpe

Katarpe

Katarpe

Katarpe

Katarpe

Uma poça d'água na estrada para Katarpe

Uma poça d’água na estrada para Katarpe

Voltamos quando já estava escurecendo, passamos na agência Space San Pedro de Atacama Celestial Explorations (calle Caracolles, 166) para confirmar se o tour astronômico que havíamos agendado para esta noite iria realmente acontecer. Eles confirmaram o tour e nos informaram para irmos agasalhado, pois a temperatura prevista para a madrugada era de 2°C. Informaram-nos também que iriam participar do tour 24 pessoas e que deveríamos pegar um ônibus as 12h45 (11h45 no horário do Chile) na esquina da agência, o qual levaria todos até o local do tour.

No horário combinado fomos aguardar o ônibus, que se atrasou uns 30 minutos. Saímos então para o local onde seria o tour, que ficava há uns 15Km de San Pedro, em uma fazenda. Chegando lá fomos recebidos pelo casal de franceses. No pátio da casa havia vários telescópios, de diversos tamanhos e apontando para diferentes pontos do céu. O céu estava um pouco nublado, mas depois de alguns minutos ficou limpo quase que completamente.

O casal deu algumas explicações básicas sobre as estrelas, planetas, constelações, rotação da terra e galáxias, os apontando com um pequeno laser. A lua estava quase cheia, então eles apontaram um dos telescópios para ela e cada um pode pegar sua máquina fotográfica e tirar uma foto da mesma com ajuda de um dos guias, usando as lentes do telescópio. O resultado foi muito bom, na foto é possível ver vários detalhes da lua com suas crateras.

Foto que tiramos da lua com a ajuda das lentes do telescópio

Foto que tiramos da lua com a ajuda das lentes do telescópio

Tour astronômico em San Pedro de Atacama

Tour astronômico em San Pedro de Atacama

Tour astronômico em San Pedro de Atacama

Tour astronômico em San Pedro de Atacama

Posteriormente eles apontaram alguns telescópios para algumas estrelas e planetas específicos, onde cada um pode dar uma rápida olhada através dos telescópios. As observações mais interessantes foram a lua e o planeta Saturno. Este último, que apesar da visualização ser pequena e um tanto embaçada, podia-se ver seus anéis. O mais legal foi realmente a lua, pois se podia vê-la com detalhes.

O frio realmente estava intenso e como quase todo o tour foi realizado na rua, levar agasalhos (jaqueta, cachecol e gorros) é uma boa idéia. Aproveitamos para tirar por nossa conta outra foto da lua através de outro telescópio, a qual ficou até melhor que a primeira feita com a ajuda do guia.

Depois de um tempo fomos convidados a entrar na casa dos guias, onde eles tinham uma pequena sala com várias cadeiras e uma clarabóia no teto, de onde se podiam contemplar as estrelas. Foi então oferecido a todos chá, café ou chocolate quente, enquanto um dos guias nos dava mais algumas informações.

Por volta das 3:30h (2:30h no horário do Chile), retornamos a San Pedro. O tour é legal, mas não dá para ser considerado imperdível. Valeu mais pela bela foto que tiramos da lua e por podermos ver Saturno e seus anéis. Tínhamos mais expectativa quanto ao tour, pois na verdade queríamos observar alguns planetas com mais nitidez e mais ampliado do que pudemos ver.

Fomos então dormir, pois teríamos que aproveitar o próximo dia, que será o nosso último em San Pedro.

 

Dica do dia:

Caso fores fazer o tour astronômico leve bastante agasalho, pois quase todo o tour é feito na rua e o frio é intenso na madrugada. Não se esqueça de levar uma máquina fotográfica para tirar a foto da lua e dos telescópios.

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Contemplando o pôr-do-sol no Valle de La Luna

Saída: Alota/Bolívia – Km 3592 (6:03h)
Chegada:
San Pedro de Atacama/Chile – Km 3592 (12:35h)
Distância: 266Km

Acordamos às 6h (5h no horário da Bolívia). Havíamos combinado de sair às 4h, mas ninguém teve coragem de levantar antes e resolvemos continuar dormindo até o motorista nos acordar às 6h.

Como era muito cedo, ainda estava escuro, não tivemos café da manhã. Continuamos então nossa viagem de retorno a San Pedro. O motorista, como havia saído com 2 horas de atraso, pisou fundo no acelerador e agora ele ignorava os buracos ainda mais.

Chegando a Laguna Verde (vulcão Lincabur ao fundo)

Chegando a Laguna Verde (vulcão Lincabur ao fundo)

A estrada agora estava em piores condições. O caminho era o mesmo que percorremos na ida. Porém desta vez não paramos nos pontos turísticos do caminho. Estava bem frio, em torno de uns 10°C. A pickup não tinha ar quente (na verdade mal tinha motor) e passamos frio quase a viagem toda.

Durante o caminho atravessamos de carro alguns rios, cujas águas estavam baixas, mas mesmo assim somente um carro alto conseguiria atravessá-las.

Quando passamos na Laguna Colorada havia uma quantidade enorme de flamingos, muito mais do que havia antes. O motorista estava com tanta pressa e o frio era tanto que nem pedimos para dar uma parada e tirar algumas fotos.

Durante o trajeto, o motorista ao menos falava o nome dos lugares e dava algumas informações básicas sobre cada um.

Chegamos à hospedagem que fica ao lado da Laguna Blanca em torno das 11h. Na lagoa havia alguns flamingos. Tomamos um rápido café e aproveitamos para tirar mais algumas fotos. Em seguida o sol abriu e o tempo começou a esquentar.

"Checkup" antes de continuar viagem :)

“Checkup” antes de continuar viagem 🙂

Distante 1Km da Laguna Blanca estava o escritório do guarda parques, onde tivemos que mostrar os tickets de entrada no parque, os quais recebemos na ida a Bolívia neste mesmo local.

Desde a saída da hospedaria onde dormimos, não havíamos passado por nenhum carro. Depois da Laguna Blanca começamos a passar por alguns carros no caminho (pickups de outros tours), os quais passavam por nós em alta velocidade e levantavam uma poeira absurda. A estrada era estreita e os carros passavam quase “raspando” um no outro. Sempre que passávamos por outro carro, andávamos algum tempo no meio da poeira sem enxergar nada e contando com a sorte para não bater em outro carro no caminho.

Algum tempo depois chegamos à aduana de saída da Bolívia. La estava um ônibus nos esperando para nos levar até San Pedro. O ônibus estava cheio de turistas que também regressavam de outros tours pela Bolívia. No ônibus só havia 2 lugares, e como as outras pessoas que estavam conosco resolveram esperar pelo próximo ônibus (que chegaria em 30 minutos), eu e a Rosângela pegamos nossas  malas e embarcamos.

No ônibus mal havia espaço para nossas malas. Os outros turistas eram de países como Austrália, Bélgica, Japão, México, Inglaterra, Brasil, França, Holanda, USA, entre outros. Vimos a procedência deles através da lista de passageiros que todos tiveram que preencher.

Ônibus que nos aguardava para o retorno a San Pedro de Atacama

Ônibus que nos aguardava para o retorno a San Pedro de Atacama

Todos no mesmo ônibus: australianos, belgas, japoneses, mexicanos, ingleses, brasileiros, franceses, holandeses e americanos.

Todos no mesmo ônibus: australianos, belgas, japoneses, mexicanos, ingleses, brasileiros, franceses, holandeses e americanos.

Saímos então em direção a San Pedro de Atacama. Logo em seguida pegamos a ruta 27, que é a estrada do Paso Jama. Começamos novamente a descida dos 4200 até os 2200m. O motorista fez todo este percurso em baixa velocidade, em torno de 50Km/h. Deu para ver que ele conhecia bem o trecho e foi sempre muito cuidadoso, usando o freio motor durante toda a descida.

Este novo motorista era bem atencioso e aproveitamos para pedir informações sobre os lugares que pretendíamos visitar nos arredores de San Pedro. Durante o caminho ele nos explicou que há pouco tempo atrás esta ruta era toda de rípio, e era a estrada usada pelas mineradoras da região. Ele nos disse que esta ruta foi asfaltada há apenas 7 anos, e que antes fazer este percurso era muito difícil, pois os carros patinavam muito na subida e tinham muita dificuldade de frear na descida. Durante a descida ele nos mostrou em vários locais os pedaços de automóveis na beira da estrada, frutos de diversos acidentes ocorridos pela imprudência dos motoristas e desconhecimento do quanto perigosa era a descida. Em uma curva da estrada ele nos disse que já haviam ocorrido 5 acidentes. No local pudemos ver os pedaços dos carros acidentados. Durante o percurso observamos que algumas das pistas de emergência possuíam marcas dos pneus de carros que tiveram problemas com os freios e tiveram que usá-las. O motorista nos falou também que ultimamente os acidentes diminuíram bastante, já que agora as pessoas conhecem melhor a estrada e tomam mais cuidado.

Algum tempo depois chegamos à aduana chilena. Todos preencheram o cartão de entrada e a declaração de que não trazíamos nada ilegal conosco.

Como estávamos de ônibus, ao invés de revisarem todas as malas, eles passaram todas as bagagens (até mesmo as de mão) pela máquina de raio x.

Na aduana conhecemos uma jovem brasileira que está morando na Bélgica e está com seu marido belga fazendo uma viagem de 7 meses pela América do Sul. Ambos estão em ano sabático e quando retornarem a Bélgica voltarão para seus empregos.

Após uns 40 minutos na aduana, seguimos com o ônibus até a agência de turismo. Terminou aqui nosso tour pela Bolívia.

Este tour de 4 dias pela Bolívia vale a pena, mas deve-se levar em consideração que será necessário um pouco de sacrifício. Pois em alguns dos dias não se pode tomar banho, dorme-se em quartos compartilhados com pessoas desconhecidas, os banheiros são péssimos e em alguns lugares falta energia elétrica (em muitos locais só tem gerador que é desligado durante à noite, em outros o gerador não funciona). Mas com certeza tudo isto não torna o passeio frustrante, pois conhecer a Bolívia, seu povo, suas paisagens e sua cultura compensam todo o sacrifício. Portanto desista do tour caso você não abra mão de uma boa hospedagem, caso contrário este passeio se tornará uma grande tortura. Nossa recomendação: faça o tour, pois vale a pena.

No tour não se passa muito frio nem muito calor na maior parte do tempo. Nas pickups, apesar de não ter ar condicionado, basta abrir o vidro que o vento deixa uma temperatura bem agradável. Em alguns lugares, como nos geisers Sol de Mañana e logo cedo pela manhã, deve-se ter sempre um casaco em mãos para amenizar o frio. Durante à noite a temperatura cai e sente-se um friozinho agradável, bastando os cobertores fornecidos pelas pousadas para dormir sem passar frio.

Lemos na internet que a alimentação fornecida pelas agências era muito fraca. Em nosso tour isto não aconteceu. Sempre tivemos bons cafés da manhã (melhores que em muitos dos bons hotéis da Argentina e Chile que já nos hospedamos) e os almoços e jantas sempre foram com abundância e boa comida, apesar de simples. Em uma das jantas tivemos até vinho e em outras refeições nos serviram sobremesa de frutas.

Fomos então ao supermercado El Oasis (calle Vilama, 425D, esquina com a Caracolles). Compramos algumas frutas: cereja, nectarina e coração de Paloma. Cada uma custando em torno de PC$1200 (R$4) o quilograma. Um pouco caro, mas as frutas estavam saborosas.

Descansamos um pouco e depois pegamos o carro para conhecer alguns lugares nos arredores de San Pedro.

Nosso primeiro destino foi as Termas de Puritama, que fica a 33Km ao norte de São Pedro seguindo pela calle Ignacio Carrera Pinto (mesma estrada em direção aos Geisers El Tatio). O caminho é bem bonito e vale a pena percorrer. Neste trajeto a altitude aumenta um pouco e o carro sofre em algumas subidas do caminho. O trajeto possui uma parte de asfalto e outra de rípio, ambos em boas condições. No caminho passamos pela Quebrada de Guatin (cânion rochoso atravessado por um rio de águas tépidas por causa da união do rio Puritama de água termal com o Purifica de águas frias), onde paramos para tirar algumas fotos.

Vista do vulcão Licancabur desde a calle Ignacio Carrera Pinto

Vista do vulcão Licancabur desde a calle Ignacio Carrera Pinto

Calle Ignacio Carrera Pinto em direção as Termas de Puritama

Calle Ignacio Carrera Pinto em direção as Termas de Puritama

Quebrada de Guatin

Quebrada de Guatin

Em seguida chegamos à entrada das termas, mas ao vermos o preço de PC$10000 (R$35) por pessoa, desistimos. As termas parecem ficar dentro da Quebrada de Guatin, e de cima da quebrada conseguimos tirar algumas fotos do local. Mesmo que não se queira chegar às termas, o caminho e a paisagem em volta das mesmas já valem a pena. Depois descobrimos que esse era o preço para ficar o dia todo, para ficar nas termas a partir das 14h custava à metade.

Termas de Puritama (dentro da Quebrada de Guatin)

Termas de Puritama (dentro da Quebrada de Guatin)

A bela Quebrada de Guatin

A bela Quebrada de Guatin

Seguimos então em direção ao povoado Machuca, retornando pela mesma ruta, já que a entrada do caminho que leva a este povoado fica a alguns quilômetros antes das termas. Logo após entrarmos na estrada que leva ao povoado, encontramos um rio que corta a estrada, mas como a água era baixa atravessamos. Mais a frente o rio cortava novamente a estrada. Neste ponto a água estava mais alta e resolvemos não arriscar. Há uma ponte em construção neste local, possivelmente daqui a algum tempo este rio não será mais problema. Nestes momentos que sentimos falta de ter uma pickup 🙁

Imprevisto na estrada em direção ao povoado Machuca

Imprevisto na estrada em direção ao povoado Machuca

As belezas da calle Ignacio Carrera Pinto

As belezas da calle Ignacio Carrera Pinto

Deserto do Atacama!

Deserto do Atacama!

Kidding!

Kidding!

Resolvemos ir então ao Valle de La Luna, que é possivelmente o ponto turístico mais visitado da região. O lugar fica distante 16Km de San Pedro. O local é um vale em plena Cordilheira de Sal, rodeado de formações rochosas geradas por séculos de erosão.

A Cordilheira do Sal foi formada há milhões de anos atrás. Era um antigo lago, cujo fundo foi sendo levantado e verticalizado pelos mesmos movimentos da costa terrestre que originaram a Cordilheira dos Andes. Moldada pelo tempo através da chuva, do vento e do sol do Deserto do Atacama, sua forma final que conhecemos hoje é plena de esculturas naturais, diferentes tipos estratificações e colorações variadas pela diversidade mineral do local.

Para chegar ao Valle de La Luna se pega a mesma ruta que vai para Calama (ruta 23) e após alguns quilômetros entra-se à esquerda onde há uma placa indicativa. Mais alguns Km entra-se à direita (também indicado por uma placa), onde existe um guarda parques, onde se deve pagar a taxa de entrada de PC$2000 (R$7) por pessoa. Em seguida a estrada é de rípio, mas em boas condições. Alguns km a frente encontra-se o estacionamento, junto ao acesso a grande duna de onde se pode contemplar o pôr do sol. Havia uma quantidade enorme de turistas, todos subindo a duna. Subimos rapidamente, pois o sol já estava se pondo. Haviam 2 lugares principais onde os turistas estavam se aglomerando: seguindo em frente em direção a onde o sol estava se pondo ou entrando à esquerda, de onde se podia ver os raios de sol sobre o vulcão Lincabur. Resolvemos entrar à esquerda, e acertamos. Deste local podiam-se ver os raios de sol sobre o vulcão, nas montanhas a sua volta e também nas montanhas do vale. Tiramos várias fotos aproveitando as belas paisagens do local.

Estacionamento no Valle de La Luna

Estacionamento no Valle de La Luna

Subindo a Grande Duna no Valle de La Luna

Subindo a famosa grande duna do Valle de La Luna

Valle de La Luna

Valle de La Luna

Valle de La Luna

Valle de La Luna

Contemplando o pôr-do-sol no Valle de La Luna

Contemplando o pôr-do-sol no Valle de La Luna

Quando o sol já havia desaparecido resolvemos conhecer o outro local para onde os turistas também tinham ido. No caminho todos já estavam voltando, e mais adiante encontramos um guia do parque que disse para retornarmos, pois o local já estava fechando. Ficamos intrigados, pois nunca pensamos que uma duna de areia fecharia. :/ Resolvemos então descer e conhecer o resto do vale. Pegamos o carro e continuamos o caminho, sem saber onde a estrada iria terminar. Andamos um pouco, onde em alguns locais ainda havia vans de empresas de turismos. Andamos mais um pouco e resolvemos voltar, pois já estava escuro. Resolvemos que iríamos voltar outro dia mais cedo para explorar o local com mais tempo.

Retornamos então para a cidade, onde jantamos e fomos para o hotel dormir. Lendo sobre o Valle de La Luna descobrimos que o caminho que estávamos seguindo saia novamente na ruta 23, de onde se podia retornar para San Pedro.

Dica do dia:

Aproveite para caminhar pelas ruas da cidade de Uyuni, assim você poderá conhecer de perto a cultura boliviana.

As roupas de frio (feitas artesanalmente) são bem baratas na Bolívia (especialmente na cidade de Uyuni), aproveite para fazer algumas compras por lá.

As pickups usadas do tour da Bolívia (Toyota Land Cruiser) podem transportar até 6 pessoas mais o motorista, porém 5 pessoas é o ideal. Caso você for alto, tente pegar algum banco nas 2 primeiras fileiras, já que na terceira o espaço é bem menor.

Dicas do que levar para quem pretende fazer o tour na Bolívia:

  • 3 litros de água por pessoa: a água é por sua conta.
  • Lanterna, pois em algumas das hospedagens podem não haver energia elétrica (eles usam geradores em condições precárias).
  • Barras de cereais: apesar de toda a alimentação ser fornecida pela agência, vale a pena levar alguns complementos caso sinta fome entre as refeições.
  • Saco de dormir: as roupas de cama dos alojamentos parecem estar limpas, mas vale a pena ter este acessório caso você encontre algum local com higiene duvidosa.
  • Leve algumas roupas de inverno: alguns locais são um pouco frios, especialmente pela manhã. Em torno de 90% do tempo é possível usar bermudas, camiseta e chinelos.
  • Boné, óculos de sombra e bloqueador solar: o sol é forte, principalmente no salar.
  • Várias pilhas reservas para a câmera fotográfica: a maioria dos locais onde você fica hospedado tem energia elétrica através de geradores em condições precárias e somente à noite, portanto não dá para contar sempre com energia elétrica para usar carregadores. Um carregador automotivo é uma boa opção, contanto com a sorte de que a tomada de 12V da pickup do tour esteja funcionando.

Mapas salar e lagunas na Bolívia:

  • Mapa turístico (Potosi)

  • Mapa sudoeste de Poto

Veja mais fotos deste dia no Flicker: clique aqui!

Ir para o próximo dia.

Subindo a Cuesta del Lipán

Saída: Tilcara/Argentina – Km 2960 (10:10h)
Chegada: San Pedro de Atacama/Chile – Km 3397 (19:00h)
Distância: 437Km

Acordamos por volta das 7h e tomamos o café da manhã no hotel. Como sempre um café bem simples, mas saboroso. Arrumamos nossas coisas e “pneu na estrada”.

O caminho para seguir para San Pedro de Atacama é: saindo de Tilcara pega-se a ruta RN9 rumo ao sul, posteriormente entra-se na ruta RN52 à direita em direção a Purmamarca, segue-se pela RN52 atravessando a Cuesta de Lipán, continua-se na RN52 atravessando o salar Salina Grande até a aduana Argentina; já no Chile a ruta RN52 passa a ser chamada de RN27, segue-se por esta ruta até encontrar com a RN23, onde toma-se à direita já em San Pedro de Atacama.

A bela ruta RN9 entre Tilcara e Purmamarca

A bela ruta RN9 entre Tilcara e Purmamarca

De Tilcara até San Pedro de Atacama são 436Km, com todo o percurso de asfalto em bom estado. Não há nenhum pedágio no caminho. Deve-se encher o tanque em Tilcara e outra vez um pouco antes da aduana da Argentina. Lembre-se que o consumo do carro aumenta devido à altitude. De Tilcara a Purmamarca são 26Km.

Todo o percurso do Paso Jama já vale a viagem. A beleza deste percurso é fantástica. Logo após sairmos de Tilcara e pegarmos a ruta RN52 fizemos a travessia da bela Cuesta del Lipán, pouco depois de Purmamarca. São muitas curvas, subidas e descidas. A tradicional foto deste lugar não mostra a quantidades de curvas que há neste caminho. Neste lugar sobe-se de 2600m para 4200m de altitude. Na altitude de 4170, local chamado de Abra de Potrerillos, há uma placa e algumas pessoas vendendo artesanatos. Após este ponto pode-se ver o Nevado del Chañi, que é uma montanha de 6200m, cujo pico está sempre nevado. A travessia da Cuesta del Lipán é bem mais demorada e complexa que a travessia dos Caracoles do Paso Los Libertadores na ruta RN7.

As belas curvas da Cuesta del Lipán na RN52

As belas curvas da Cuesta del Lipán na RN52

Curvas da Cuesta del Lipán

Curvas da Cuesta del Lipán

Subindo a Cuesta del Lipán

Subindo a Cuesta del Lipán

No caminho fomos tomando chá de coca, que ajuda a enfrentar os sintomas da altitude. Trouxemos uma caneca que pode ser conectada na tomada de 12V do carro, aquecendo a água do chá. Fizemos o chá na hora de sairmos e fomos tomando pelo caminho. Como vamos passar pelo Paso Jama, era bom se precaver devido a altitude. Esta caneca é ótima, ela tem um fio que se conecta na tomada do carro e esquenta de verdade, só é necessário esperar em torno de uns 40 minutos. Para viagens é muito útil.

Chá de coca para enfrentar a altitude de quase 5000m

Chá de coca para enfrentar a altitude de quase 5000m

Abra de Potrerillos (4170m): próximo ao ponto mais alto da Cuesta del Lipán

Abra de Potrerillos (4170m): próximo ao ponto mais alto da Cuesta del Lipán

Cuesta del Lipán

Cuesta del Lipán

Nevado del Chañi: montanha de 6200m de altitude

Nevado del Chañi: montanha de 6200m de altitude

Mais alguns quilômetros chegamos à famosa Salinas Grandes, que antigamente era uma lagoa e agora está quase seca, onde há uma imensa área plana repleta de sal. Este foi nosso primeiro contato com um salar. A ruta RN52 corta o salar, fazendo com que este percurso seja ainda mais empolgante. Ainda tivemos a alegria de que de um lado da rodovia o salar estava alagado e no outro seco. Do lado seco pode-se ver a formação dos hexágonos no salar, parecendo um quebra-cabeça gigante. Do lado alagado, tudo que está no horizonte se reflete na água (é uma fina camada de água com poucos centímetros), transformando o salar em um imenso espelho. Neste ponto conhecemos um casal de gaúchos de Novo Hamburgo que também estavam indo para San Pedro. Fizemos várias fotos do lugar e seguimos viagem.

Moradores da região

Moradores da região

Ruta RN52 cortando as Salinas Grandes

Ruta RN52 cortando as Salinas Grandes

Ruta RN52 em direção a Salinas Grandes

Ruta RN52 em direção a Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Salinas Grandes

Ruta RN52 cortando as Salinas Grandes

Ruta RN52 cortando as Salinas Grandes

Em direção ao Chile

Em direção ao Chile

Susques, ainda na Argentina

Susques, ainda na Argentina

Abastecendo em Susques

Abastecendo em Susques

Mais adiante passamos pelo Salar de Olaroz e Salar de Jama ainda na Argentina. Logo em seguida chegamos à aduana Argentina, onde rapidamente fizemos a burocracia de saída do país. Na aduana encontramos novamente o casal de Novo Hamburgo. Além disto, no lugar havia um bichinho de estimação típico da região: uma lhama. Ela apareceu do nada, correndo em direção a um grupo de pessoas que estavam na aduana. Foi a alegria do pessoal, todos tiraram fotos ao lado do bicho, que era tão manso quanto um cachorro.  Inclusive teve até uma “cacetada” com a Rosângela, quando ela foi tirar uma foto com a lhama o bicho fez que estava beijando o seu rosto, porém a câmera falhou bem na hora, a Rosângela foi atrás da lhama para tentar fotografar novamente e ela espirrou no seu rosto, hehehe. Só não foi vídeo cacetada porque não estávamos filmando!

Salar de Olaroz

Salar de Olaroz

Ruta RN52

Ruta RN52

Posto YPF na RN52 próximo a aduana Argentina (alternativa ao posto de Susques)

Posto YPF na RN52 próximo a aduana Argentina (alternativa ao posto de Susques)

Aduana Argentina

Aduana Argentina

Lhama, mascote da Aduana Argentina

Lhama, mascote da Aduana Argentina

Seguimos viagem em direção ao Chile. As belas paisagens impressionavam. Neste trecho começa a subida do Paso de Jama, onde chegamos a 4600m de altitude. Próximo aos 4600m o carro já começou a perder potência, e fizemos boa parte do percurso em 3ª marcha com o pé no fundo do acelerador. O carro andava a no máximo 50Km/h. Neste ponto alcançamos o casal de gaúchos e seguimos a viagem juntos. Ambos os carros sofreram um pouco nos pontos mais altos, mas não chegou a ser um grande inconveniente, pois a perda de potência não foi tão grande quanto esperávamos. A Rosângela sentiu um pouco de dor de cabeça durante a viagem devido à altitude e se sentiu mal em uma de nossas paradas, onde correu um pouquinho para subir um barranco, dando um pouco de taquicardia, falta de ar e muito cansaço. Estes sintomas passaram em alguns instantes depois de cessado o esforço físico. Eu já senti bem menos, uma leve pressão na cabeça que não chegou a incomodar muito. Parecia mais um início de dor de cabeça. Possivelmente não tivemos grandes problemas porque bebemos muito chá de coca durante todo o percurso.

Nos pontos mais altos do percurso a temperatura chegou a 0°C e nevava um pouco. Neve em pleno dezembro, coisas da altitude. Toda vez que chegávamos próximos aos 4600m voltava a nevar um pouco.

Neve em pleno dezembro, coisas da altitude (4800m)

Neve em pleno dezembro, coisas da altitude (4600m)

A paisagem do lado chileno é ainda mais impressionante. Quando já estávamos próximos a San Pedro iniciamos a descida, que começou em 4200m e terminou em 2200m. Toda esta descida é feita através de uma estrada com algumas curvas através de 42Km. É impressionante o quanto se desce em tão pouco tempo. Na beira da estrada há vários pontos de escape (pistas de emergência, que possuem vários montes de brita para redução de velocidade) para o caso de ter problemas nos freios. Como não estávamos preparados para isto (não sabíamos desta descida), acabamos iniciando a descida em uma velocidade muita alta, em torno de 100Km/h em 5ª marcha. Como todo este trecho é de pista simples e sem acostamento, caso você tenha que ultrapassar algum caminhão que venha em baixa velocidade se torna muito perigoso, pois fica difícil reduzir a velocidade em uma descida como esta. Levamos um bom tempo para conseguir reduzir a velocidade através dos freios, que já estavam cheirando a queimado. Quando conseguimos, colocamos o carro em 3ª marcha e fizemos o resto da descida usando o freio motor, com uma velocidade em torno de 60 a 80Km/h. Deste jeito a descida se torna tranquila e segura. Mas deve-se tomar o cuidado de já iniciar a descida usando o freio motor para evitar surpresas na hora de reduzir a velocidade.

Durante a descida passaram por nós 3 motos de brasileiros, que nos cumprimentaram e fizeram poses para tirarmos fotos!

Vulcões Licancabur e Juriques vistos da ruta 27

Vulcões Licancabur e Juriques vistos da ruta 27

Todo o trajeto do Paso Jama é bem tranqüilo, devendo-se tomar cuidado apenas na travessia da Cuesta de Lipán (devido à grande quantidade de curvas e altitude) e também na chegada a San Pedro, onde se faz a descida dos 4200m até os 2200m. Tendo bom senso e estando com o carro bem revisado e em boas condições, não há grandes dificuldades em percorrê-lo. Lembre-se sempre de andar em baixas velocidades neste trecho e usar o freio motor para fazer as descidas.

Ruta 27 na chegada de San Pedro: descendo dos 4200m para 2200m de altitude em 42Km

Ruta 27 na chegada de San Pedro: descendo dos 4200m para 2200m de altitude em 42Km

Vulcões Licancabur e Juriques vistos da ruta 27

Vulcões Licancabur e Juriques vistos da ruta 27

Veja abaixo o gráfico com as altitudes de todo o trajeto deste dia:

Altitudes no Paso Jama

Altitudes no Paso Jama

A aduana de entrada no Chile fica na cidade de San Pedro de Atacama, ao contrário do que se espera que seja: logo após a fronteira do país. A impressão que dá é que já havíamos passado da aduana e nem havíamos percebido. Na verdade, é possível entrar no Chile e até mesmo na cidade de San Pedro sem passar pela aduana.

Chegando à aduana, fizemos a entrada no país, que foi bem rápida. Somente revisaram rapidamente o porta-malas e o interior do carro. O bagageiro de teto não foi nem aberto. Uma recomendação que haviam nos alertado é que não tentássemos entrar no Chile com as folhas de coca, pois seria problema na certa. Isto porque na verdade não se pode entrar com nenhum tipo de vegetal, além de madeira (artesanatos) e derivados de carne e leite. Por isto, logo antes da aduana Argentina já havíamos nos desfeito de nossas folhas de coca.

Aduana chilena em San Pedro de Atacama

Aduana chilena em San Pedro de Atacama

Na aduana encontramos novamente o casal de gaúchos e também aproveitamos para fazer amizade com os brasileiros que estavam de motos.

Saindo da aduana, fomos dar uma volta em San Pedro à procura de hotel. Visitamos alguns, com preços que variavam de PC$30000 a PC$48000. Acabamos escolhendo o hotel La Ruca, que nos cobrou PC$30000 (R$103,00) a diária, sem café da manhã, mas possuía internet Wi-Fi e estacionamento. O hotel fica situado na calle Toconao, 513 (hostalaruca@hotmail.com).

À noite fizemos alguns passeios pela cidade, que estava lotada devido à véspera de Natal. Na igreja e praça central assistimos a uma apresentação de dança feita pelos moradores, que estavam todos com suas vestes tradicionais. Em seguida fomos jantar no restaurante Adobe, que fica na calle Caracoles. É um dos restaurantes mais caros da cidade e está sempre lotado. Comemos uma massa com champignon e queijo, que não estava lá muito boa. Pagamos PC$16500 (R$57,00). O valor é alto, mas o restaurante está bem localizado, com um ambiente bem planejado e é considerado um dos melhores de San Pedro. O custo-benefício é questionável. No restaurante, coincidentemente encontramos novamente o casal de Novo Hamburgo, quando nos demos conta estávamos nas mesas lado a lado.

San Pedro é uma cidade com menos de 5000 habitantes, que nesta época dobra devido aos turistas. Suas ruas são quase todas de areia. A rua principal (Caracoles) é também de areia e é possível percorrê-la somente a pé, nesta rua estão localizados inúmeros restaurantes e agências de turismo. A cidade não chega a ser bonita, mas seu ambiente rústico e seus arredores a tornam um lugar especial. A cidade está repleta de turistas do mundo inteiro. Por todo o lado se vê turistas dos EUA, França, Austrália, Brasil, México, Inglaterra, Japão, Bélgica, Alemanha, entre outros. Arriscamos em dizer que o maior número de turistas são americanos, brasileiros e franceses. Os restaurantes, lojas e hotéis possuem placas, cardápios e demais informações em inglês e espanhol. Até nas pequenas lojas de artesanato os atendentes arriscam algumas palavras em inglês, pois estão acostumados a atender pessoas do mundo todo.

Durante o dia a cidade possui pouco movimento, pois os turistas estão explorando os seus arredores através das inúmeras empresas que oferecem tours por toda a região. À noite a rua Caracoles, onde estão localizados a maioria dos restaurantes e empresas de turismo, fica repleta de gente caminhando de um lado para o outro.

Em San Pedro o que não falta são restaurantes, hospedagens, lojas de artesanatos, lan houses para acesso a internet, casas de câmbio (que trocam dólares, libras esterlinas, euros, bolivianos, reais e pesos argentinos) e empresas de turismo. Existem vários locais onde se podem alugar bicicletas, fazer passeios a cavalo ou agendar um tour para qualquer um dos pontos turísticos da região.

Por volta da 1h voltamos ao hotel e fomos dormir. Durante o banho faltou água (que achamos que é algo um tanto comum por aqui). Este problema ocorre em vários lugares, a qualquer hora do dia (mas principalmente à noite, quando todos os turistas estão nos hotéis).

Dicas do dia

Encha o tanque em Tilcara ou Purmamarca e depois no posto YPF próximo a aduana da Argentina. Este posto YPF é novo e muitos viajantes nem sabe que existe. Lembre-se que o consumo de combustível aumenta muito devido à altitude. Há um posto também em Susques, mas a qualidade é duvidosa (o posto é uma pocilga) e o preço é alto: pagamos PA$4,30 (R$2,24) o litro da nafta super (para a Argentina é bem caro). Só para registrar: de Tilcara a Susques são 161Km e o consumo foi de 14 litros de gasolina.

Leve chá de folhas de coca para tomar durante a travessia do Paso Jama, isto ajudará a reduzir os sintomas causados pela altitude. Não se esqueça de se desfazer das folhas antes de chegar à aduana Chilena em San Pedro de Atacama. Não faça muito esforço físico nas grandes altitudes, procure não correr ou carregar peso.

Muitos carros, independente de sua potência, sofrem muito devido a altitude no paso Jama. Alguns até mesmo param ou tem que andar em 1ª marcha nos trechos de maior altitude. Dê uma lida no post “Problemas com a altitude” no site Mochileiros. Um truque que o pessoal usa quando o carro perde muita potência é tirar o filtro de ar, reduzindo um pouco o problema. Lembre-se de fazer isto somente se não tiver muita poeira, que algumas vezes ocorre devido a ventos fortes na região.

Seja prudente na travessia da Cuesta del Lipán e chegada a San Pedro de Atacama (descida de 4200m para 2200m): use o freio motor e dirija devagar.

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