Saída: El Chaltén/Argentina – Km 7741
Chegada: El Chaltén/Argentina – Km 7751
Distância: 10Km
Hoje o tempo não está dos melhores. Está ventando muito, chove e faz frio. A previsão do centro de informações turísticas estava certa. Ficamos então dormindo até mais tarde. Quando fomos buscar algo para almoçar o tempo melhorou um pouco. Ainda estava frio, mas a chuva parou, o vento tinha ficado mais ameno e tinha até sol.
Almoçamos e fomos até o centro de informações turísticas para saber mais sobre a trilha até a laguna Capri, a qual estávamos programados para fazer. Como já havíamos perdido uma boa parte do dia e o tempo não estava 100%, não queríamos arriscar fazer a trilha com o Felipe sem termos mais informações.
Chegando lá o atendente nos informou que poderíamos fazer a trilha tranquilamente, pois o tempo já estava bem melhor. Nos disse também que boa parte do caminho é realizado dentro de bosque, o que amenizaria ainda mais o vento. Nos recomendou que levássemos roupas para frio e que poderíamos beber a água da laguna, caso fosse necessário. Falou que normalmente o pessoal chega a laguna Capri em 1:30h de caminhada e, como estávamos com o bebê, provavelmente levaria um pouco mais de tempo.
Saímos dali diretamente para o ponto de partida da trilha, que fica no final da avenida San Martín, próximo do acesso ao Lago Del Desierto. Deixamos o carro no hotel e seguimos a pé.
Este é o mesmo ponto de partida para a Laguna de los Tres, cuja trilha tem duração de 4h (ida). Esta é a trilha mais famosa e, provavelmente, a mais percorrida do local.
Iniciamos então a caminhada até a Laguna Capri. Os primeiros 20 ou 30 minutos desta trilha são bem cansativos devido a uma subida bastante íngreme. O Alexandre que o diga, pois carregou o Felipe durante todo este trajeto e o danadinho ainda inventou de dormir. Eu, Rosângela, estou mal de condicionamento físico e, se tivesse que carregar o Felipe neste trecho, teria desistido.
Descobrimos com um casal de argentinos de Buenos Aires, que viajavam junto com seu bebê de oito meses, que há uma mochila própria para carregar o bebê nas costas. Eles já tinham feito diversas trilhas com o bebê nesta mochila, inclusive já tinham até mesmo atravessado um rio desta maneira. O bebê fica muito bem acomodado e confortável dentro dela. Para as caminhadas mais longas e para bebês com mais de seis meses, achamos esta mochila uma opção muito melhor do que os cangurus e os babysling. Colocamos mais informações sobre ela no artigo Viajando de carro com crianças.
Passando esta subida inicial a trilha ficou mais tranquila. Depois de algum tempo de caminhada chegamos ao nosso destino: Laguna Capri. Nossa! Como já havíamos falado, o bom das trilhas é a sua recompensa final. Ver a paisagem da laguna com os cerros nevados ao fundo foi extremamente recompensador. Sentamos as margens da laguna para descansar e contemplarmos toda a beleza que o lugar estava nos proporcionando.
Junto a Laguna Capri está o acampamento homônimo, local onde as pessoas que fazem trekkings mais longos acampam. Como este, existem diversos outros acampamentos em El Chaltén: o Poincenot, Laguna Torre, Laguna Toro e Punta Norte.
Fotografamos a laguna, fizemos um pequeno lanche e após uns 40 minutos começamos o nosso retorno. Na volta percorremos um outro caminho, passando por um outro mirante do monte Fitz Roy, localizado próximo da Laguna Capri.
O retorno foi bem tranquilo, pois se na ida tinham muitas subidas, na volta tinham muitas descidas. E, para baixo, todo o santo ajuda.
Nossa caminhada foi muito boa. No início havia muito vento, mas o frio estava bem ameno e nem chegamos a usar as nossas jaquetas. Fizemos todo o trajeto de ida e volta em 4h. O Felipe foi bem tranquilo e gostou bastante. Ele foi em uma posição muito privilegiada: no colo, só curtindo o embalo. Quando sentia sono, dormia. Uma maravilha! A trilha valeu bastante a pena: recomendamos.
Chegando a El Chaltén, pegamos o carro e fomos visitar o Chorrillo del Salto. Esta cachoeira fica a 4km da cidade pela ruta 23, que é o mesmo caminho para o Lago del Desierto. Junto à estrada há um estacionamento. A partir dali deve-se fazer uma pequena caminhada de 7 minutos.
A cachoeira é bonita e maior do que imaginávamos. Pode-se subir em um penhasco próximo a cachoeira para ver a paisagem lá de cima. Não chegamos a subir, pois o caminho é difícil.
Depois fomos jantar um cordeiro patagônico no restaurante Mi Viejo, localizado na Av. San Martín, 815, ao lado do hotel onde estávamos hospedados. Com exceção da mesa, talheres e taças estarem cobertos por poeira, o restante estava bom.
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