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Depois de 9 anos conosco, chegou a hora de nos desfazermos do nosso guerreiro Chevrolet Prisma, o companheiro de muitas viagens e aventuras. Com ele percorremos cerca de 43600km durante as viagens que realizamos pela América do Sul.

Esse post é uma homenagem ao nosso carro que propiciou que fossemos a lugares incríveis. Junto dele realizamos uma grande parcela dos nossos sonhos de viajar e conhecer muitos lugares.

Relembrando alguns desses lugares, em 2009 conhecemos a região dos lagos na Argentina e Chile, incluindo a belíssima Ruta dos Siete Lagos. E, nessa mesma oportunidade, visitamos a região de Mendoza, incluindo as curvas de Villavicencio.

Em 2010 fomos a Província de Salta, onde percorremos as rutas 33, 40 e 68, passando por Cachi, Cafayate e no percurso pela Cuesta del Obispo, Parque Nacional Los Cardones, Recta del Tin-Tin, Quebrada las Flechas e formações rochosas da Quebrada Las Conchas.

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Quebrada las Flechas (Argentina)

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Quebrada las Flechas (Argentina)

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Curvas de Villavicencio (Argentina)

Ruta dos Siete Lagos (Argentina)

Ruta dos Siete Lagos (Argentina)

Nesse mesmo ano fomos ao Deserto do Atacama, que foi um dos lugares mais incríveis que conhecemos em todas as nossas viagens. Passamos também pela Quebrada de Humahuaca, Cuesta de Lipán e Salinas Grandes. Fomos a Antofogasta de La Sierra, que é um dos lugares mais impressionantes da Argentina.

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Salinas Grandes (Argentina)

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Maños del Desierto – Antofagasta (Chile)

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Deserto do Atacama (Chile)

Deserto do Atacama (Chile)

Deserto do Atacama (Chile)

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Salinas Grandes (Argentina)

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Salinas Grandes (Argentina)

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Cuesta del Lipán (Argentina)

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Indo para Iruya (Argentina)

Antofagasta de La Sierra Argentina)

Antofagasta de La Sierra (Argentina)

Também podemos citar as Missões Jesuíticas no Brasil e Paraguai, Cataratas do Iguaçu, lado brasileiro e argentino, assim como os Parques Ischigualasto e Talampaia, que também foram destinos muito interessantes.

22-07-2011 - Viagem Villa Dolores a San Agustin de Valle Fértil- 162

Parque Ischigualasto (Argentina)

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Parque Ischigualasto (Argentina)

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Entre Córdoba e Villa Dolores (Argentina)

Fomos até a cidade do final do mundo, a famosa Ushuaia e, nessa oportunidade, conhecemos a Península Valdés, Glaciar Perito Moreno, Parque Torres del Paine e El Chaltén (terra do trekking e do Cerro Fritz Roy).

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Ushuaia (Argentina)

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Parque Torres del Paine (Chile)

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Parque Torres del Paine (Chile)

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Parque Torres del Paine (Chile)

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Parque Torres del Paine (Chile)

El Chaltén (Argentina)

El Chaltén (Argentina)

Em nossa última aventura de Prisma, viajamos para a Bolívia e o Peru… E quem diria que o nosso Prisma nos levaria até lá? Sim, ele nos levou e nos trouxe de volta!

Na Bolívia conhecemos La Paz e Copacabana. E, no Peru, visitamos Puno, Cusco, Ollantaytambo, Nasca e Arequipa. Essa viagem foi mais um de nossos sonhos realizados.

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Entrando na Bolívia

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Parque El Chiflón (Argentina)

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Copacabana (Bolívia)

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Parque Ischigalasto (Argentina)

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Parque Nacional Lauca (Peru)

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Parque Nacional Lauca (Peru)

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Entre Arequipa e Arica (Peru)

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Litoral do Peru

Não podemos deixar de contabilizar as travessias da cordilheira dos Andes, que também foram as grandes atrações de nossas viagens. Como destaque estão o Paso Los Libertadores, Paso São Francisco, Paso Águas Negras, Paso Cardenal Antonio Samoré e Paso Tromem/Mamuil Malal.

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Paso Aguas Negras (Argentina-Chile)

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Paso San Francisco (Argentina-Chile)

Paso San Francisco (Argentina-Chile)

Paso San Francisco (Argentina-Chile)

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Paso San Francisco (Argentina-Chile)

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Paso San Francisco (Argentina-Chile)

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Paso Jama (Argentina-Chile)

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Paso Tromem/Mamuil Malal (Argentina-Chile)

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Paso Antonio Cardenal Samoré (Argentina-Chile)

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Paso Antonio Cardenal Samoré (Argentina-Chile)

Enfim passamos por vento, sol, chuva, neve e granizo, mas tudo valeu a pena. Com o nosso carro vivenciamos momentos únicos, curtimos cada paisagem, cada parada na beira da estrada… Todos os momentos foram registrados por meio de fotos e vídeos, mas estão também em nossa memória, em nossas lembranças…

Com o Prisma fizemos muitas viagens legais. Foram poucas vezes que tivemos que utilizar outro tipo de transporte, ou seja, o uso de um veículo de passeio nos limitou pouquíssimas vezes. Uma das maiores dúvidas dos nossos leitores é em relação ao carro ideal para viajar… Costumamos responder que o carro ideal é aquele que você tem. Não importa o motor, se tem ou não tração nas quatros rodas e nem mesmo o ano. O que mais importa é a sua vontade, seu planejamento, sua organização e, especialmente, o seu espírito aventureiro. No entanto, em relação ao carro, também importa que seja bem cuidado, revisado e com a manutenção em dia, para ter condições de pegar a estrada com segurança e sem inconvenientes.

Contudo, chegou a hora de nos desfazermos dele… É verdade, somos um pouco apegados, mas isso é porque ele nos proporcionou muitas alegrias e aventuras inesquecíveis. Em troca, mantivemos ele sempre muito bem cuidado e com a manutenção em dia. Em 2007 foi retirado na concessionária e foi uma grande emoção comprar o nosso carro zero, completo e novinho! Fomos os seus únicos donos e até mesmo, de certa forma, lamentamos a sua venda.

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Retirando o carro na concessionária

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Retirando o carro na concessionária

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Uma de nossas últimas fotos com o carro – Paso Aguas Negras (Argentina-Chile)

No entanto, há um lado bom em toda essa história, o outro lado da moeda… E por isso estamos muito felizes por estarmos prestes a realizar mais um grande sonho! Novidades estão vindo por aí. Aguarde…

 

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Hoje é um dia especial, é o aniversário do Alexandre e vai ser comemorado do jeito que ele mais gosta: na estrada. É a segunda vez que comemoramos essa data na Bolívia! Na primeira, em 2009, estávamos no Salar de Uyuni. Veja mais informações sobre esta outra viagem aqui.

Tomamos o nosso café da manhã no hotel Hotel Santa Teresa, onde foi servido em um buffet, café, leite, chá, suco, pão, donuts, cereais, manteiga e doces, entre outros. O café foi bem razoável. Pelo custo da hospedagem poderia ter sido bem melhor.

Após o café da manhã, saímos em direção ao nosso destino: La Paz. Nosso roteiro foi: Potosi->(RN1)->Challapata->Pazña->Oruro->(RN1)->Patacamaya->La Paz. A distância percorrida foi 546km, as estrada são boas e está tudo asfaltado.

Até sairmos de Potosi tiramos algumas fotos para ter um registro da cidade uma vez que não teríamos tempo de fazer nenhum passeio antes de seguir para La Paz.

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Ruas de Potosi

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Ruas de Potosi

Desde Potosi, há por volta de 150Km de serra, onde a velocidade recomendada fica entre 40 e 60Km.

A partir de Oruro todo o trecho até La Paz é duplicado. Neste trecho da viagem passamos por quatro praças de pedágios, onde pagamos 7, 8, 4 e 4 bolivianos. O pedágio é pago por trecho. Deste modo, após pagar o pedágio, o recibo deve ser guardado para ser apresentado nas praças de pedágio existentes dentro do mesmo trecho.

No trecho inicial de serra, logo após Potosi, a paisagem é muito bonita. Inclusive, tivemos que nos conter para não parar muito e evitar atrasar a viagem. Mesmo assim, paramos em vários locais para fotografar.

 

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Paisagens da RN1

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Paisagens da RN1

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O aniversariante na estrada! 🙂

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Mais uma das paisagens da RN1

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RN1

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Muitas pessoas vendendo de tudo na praça de pedágios

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RN1

A temperatura estava agradável, com um clima de meia estação, ainda sendo possível utilizar manga curta e um casaco ou jaqueta leve. O tempo no dia de hoje foi desde um dia lindo e ensolarado até chuvarada e granizo. Hoje foi o primeiro dia que pegamos muita chuva na estrada. As pedras de gelo eram bem pequenas e felizmente não causaram estragos em nosso carro.

Alguns quilômetros após Potosi há muitas pessoas, inclusive crianças e idosos, pedindo dinheiro à beira da estrada. As crianças juntam as mãozinhas e ficam sacudindo ou então ficam com um chapéuzinho nas mãos a espera de algum donativo.

Existem diversos pequenos povoados no caminho entre Potosi e Oruro, onde bolivianos vivem em condições bem precárias em casas de barro. Acreditamos que as crianças, desde as bem pequenas, passem o dia pedindo na estrada. Nós não sabíamos disso, senão teríamos nos preparado e levado algo para doar. Tínhamos cerca de um quilo de frutas, as quais doamos para duas crianças que encontramos no caminho. Elas se mostraram bem satisfeitas com o presente.

Se você pretende passar por este trecho, recomendamos que leve algum donativo para as crianças, pois dá um dó de ver aqueles pequenos naquela situação. Tenha certeza que qualquer alimento será bem vindo. Sabemos que não podemos fazer muita coisa por estas crianças, mas somente ver um sorriso no rosto de alguma delas já nos fez ganhar o dia.

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Povoados com suas construções de barro

Ao passar por Oruro tivemos uma má impressão do lugar. Parece que a cidade havia sido bombardeada. Há muito prédios inacabados, a rodovia desaparece ao chegar na cidade (demoramos alguns minutos para descobrir onde era a continuação do caminho até La Paz), há muito lodo na rodovia e uma confusão de carros. Até a praça de pedágio é precária, instalada em um pequeno container.

Na Bolivia, a grande maioria das construções estão sem reboco. Construções apresentadas dessa forma são consideradas inacabadas e seus proprietários pagam um valor menor de imposto predial. Essa é uma realidade em todas as cidades da Bolivia sendo que nas zonas onde moram as pessoas de menor poder aquisitivo praticamente todas as casas estão com os tijolos a vista. Infelizmente esse aspecto confere uma má impressão das cidades. Um exemplo são as fotos que tiramos de Potosi que estão neste post. Em Oruro não chegamos a fotografar pois, estava chovendo quando passamos pela cidade.

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Prédios inacabados em Potosi

O trecho entre Oruro e La Paz está todo duplicado e em excelentes condições. Neste percurso existem policiais parando os veículos em diversos pontos. Foi neste trecho que dois policiais nos pararam por estarmos acima da velocidade limite. O radar móvel nos pegou a 109km/h, enquanto a velocidade limite era de 80km/h. Esta realmente era a velocidade que estávamos e ficamos sem argumentos. Neste trecho, apesar de ser uma autopista, não há nenhum tipo de placa sinalizando coisa alguma, quanto mais a velocidade limite. No entanto os policiais já vieram com a famosa conversa de que a multa era de US$200 e que teríamos que pagar no banco e depois ir no consulado. Em pouco tempo eles já deixaram claro que queriam era uma propina. Demos em torno de 200 bolivianos (cerca de R$80,00) e fomos liberados imediatamente. Somos totalmente contra pagar propina, mas foi a nossa primeira experiência deste tipo neste país e não tivemos a paciência necessária para escapar ilesos.

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Ruta duplicada entre Oruro e La Paz

Posteriormente observamos que os policiais estavam parando diversos carros em alguns outros pontos da rodovia. No entanto, só vimos o uso de radar móvel neste lugar onde fomos parados. Notamos que alguns bolivianos, mesmo que os policiais mandassem parar, seguiam em frente e os ignoravam. Por isso acreditamos que a fama destes policiais corruptos seja bem conhecida neste trecho.

Chegando em La Paz tínhamos que encontrar a Guesthouse que havíamos reservado – Landscape B&B. A mesma fica localizada cerca de 5km da rodovia RN1. O trânsito estava tranquilo, pois era domingo e não tivemos grandes dificuldades para circular pela cidade. Colocamos o endereço do local no GPS e seguimos em frente. A maior dificuldade foi em relação a alguns desvios em função de ruas interrompidas, fazendo com que o GPS tivesse que criar novas rotas.

Mesmo assim encontramos a guesthouse com facilidade. Como o própiro nome diz, o lugar é uma casa onde pode-se alugar os quartos. A casa é ampla e muito confortável, localizada em uma rua zona muito tranquila de La Paz.

Fomos muito bem recebidos pela equipe que administra o lugar, os quais foram muito cordiais ao nos receber. O local não possui estacionamento para os hóspedes, mas havíamos negociado antes e eles nos deixaram utilizar a garagem da casa.

Consideramos que o local é uma ótima opção de hospedagem em La Paz, pois possui um excelente custo-benefício. Oferece café da manhã, wi-fi, banheiros, sala e cozinha compartilhada. Os quartos são amplos e alguns oferecem uma vista bem legal de La Paz.

Na mesma quadra há outra guesthouse da mesma empresa. Eles também alugam um apartamento em uma localização próxima.

Já na chegada de La Paz ficamos surpreendidos com a paisagem, pois é uma cidade encravada em meio a Cordilheira dos Andes. Simplesmente impressionante!

Após nos acomodarmos, fomos jantar em uma pizzaria localizada a três quadras da casa onde estávamos hospedados.

 

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Hoje literalmente caímos da cama para seguir viagem. Inicialmente pretendíamos ir até Oruro. No entanto, o Alexandre foi buscar o carro no estacionamento, mas haviam outros três veículos impedindo a saída do nosso. A garagem era um corredor descoberto em que todos os carros ficavam enfileirados. O nosso foi o primeiro a entrar no dia anterior e, portanto, teria de ser o último a sair. O lugar era sujo, todo bagunçado, enfim, uma zona! Não ficava ninguém cuidando, mas nos pareceu (relativamente) seguro, já que o portão ficava fechado.

Era bem cedo, algo em torno de 7h no horário da Bolívia. Informaram que os carros sairiam em seguida, dentro de uns 30 minutos. Não acreditamos que todos os carros sairiam em um intervalo tão curto de tempo. Desta forma, aguardamos um pouco e resolvemos ir dar uma volta pelo centro de Villazón.

A cidade é pequena e o povo se mostra bem desconfiado dos estrangeiros. Há muitas barracas nas ruas vendendo de tudo um pouco, desde alimentos, sucos, frutas, brinquedos e roupas. Tinha até uma barraca vendendo especificamente cartões SD e pendrives.

A cultura boliviana é mantida na cidade e há muitas mulheres com as vestimentas típicas do país.

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Fachada do local onde ficamos hospedados em Villazón – andar de cima

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Estação rodoviária

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Muitas vans! Esse tipo de transporte é muito comum na Bolívia. O pessoal fica o tempo todo gritando e fazendo propaganda dos destinos

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Uma das muitas feiras livres da cidade

Em Villazón há no mínimo dois parquinhos legais para crianças. Resolvemos levar os pequenos em um que fica próximo do terminal de ônibus. Porém, chegando lá, estava fechado e o horário de abertura era somente às 9h. O parque é gratuito, no entanto o horário é restrito. Provavelmente isto é feito para evitar o mau uso, ação de vândalos e depredação do local.

Infelizmente tivemos que desistir do parquinho, pois não poderíamos aguardar pela sua abertura. Voltamos para as proximidades do hotel para aguardar a liberação do carro no estacionamento. Dando uma volta pela praça que fica próxima ao terminal de ônibus, encontramos uma outra hospedagem (Center Hotel, Plaza “6 de Agosto” n.125, Telefone 5965472). Nos pareceu uma boa opção, provavelmente melhor do que a nossa. Entramos para pegar informações, pois poderiam ser úteis para outros viajantes. O hotel também não tem estacionamento. Mas há elevador, café da manhã e wi-fi. Porém, no momento, o elevador e a wi-fi não estavam funcionando. O custo é cerca de 250 bolivianos, 100 a mais do que o local onde nos hospedamos.

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Monumento em Villazón

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Praça central de Villazón

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Há muito monumentos como esse na praça

Fomos até o estacionamento para ver se o nosso carro já estava liberado, mas ainda havia um veículo na nossa frente. Eu (Rosângela) e as crianças fomos aguardar um pouco mais no hotel. Neste momento já eram 9h e 30min. Desta forma, combinei com o Alexandre que iríamos novamente para o parquinho e, quando o carro estivesse liberado, ele passaria por lá para nos pegar. Já que estávamos sendo obrigados a esperar, achamos justo as crianças aproveitarem a pracinha, pelo menos, por alguns minutos.

A pracinha é muito legal e tem muitos brinquedos para as crianças se divertirem. Ficamos um pouco por ali até o Alexandre aparecer a pé dizendo que ainda estava esperando o carro ser liberado e resolveu ir até onde estávamos para matar o tempo.

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Um dos parquinhos público da cidade

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Felipe no parquinho

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Isabela fazendo amizades

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Ótima estrutura do parquinho em Villazón

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Local onde deixamos o carro estacionado durante o pernoite

Ficamos mais alguns minutos no parquinho e resolvemos retornar todos juntos para ver se o carro já estava liberado. Após chegarmos no hotel tivemos que esperar ainda mais um pouco. Os donos do carro que estava na nossa frente não tiveram nenhuma consideração e somente retiraram seu veículo no momento que lhes fossem mais conveniente. Em resumo, conseguimos sair da cidade rumo a Oruro somente por volta das 11h da manhã. Um horário um tanto tarde para conseguirmos vencer o trajeto programado para hoje. No entanto, seguimos viagem para ver o que seria possível percorrer no dia de hoje após este grande imprevisto.

Nosso roteiro de hoje foi Villazón->(RN14)->Tupiza->Santiago de Cotagaita->Potosí, percorrendo 360km ao total.

Alguns quilômetros após iniciado a nossa viagem chegamos a um pórtico de boas vindas a Bolívia. Paramos para fotografar rapidamente e seguimos viagem.

As paisagens pelo caminho são muito bonitas, especialmente até a cidade de Tupiza. Como não conseguimos obter muitas informações a respeito deste trecho durante as nossas pesquisas na elaboração do roteiro, as belezas desse trajeto foi uma grande surpresa. Como sempre comentamos, esta é uma das grandes vantagens das viagens de carro, muitas vezes o trajeto é mais bonito do que o próprio destino e isso faz a viagem ficar ainda mais prazerosa.

A estrada está toda em bom estado de conservação. Há um baixo movimento de veículos. Além disso, há postos de combustíveis e conseguimos abastecer pelo valor destinado aos estrangeiros sem nenhuma dificuldade.

Não há muitas opções de restaurantes pelo caminho e os postos de combustíveis não possuem lancherias. Para quem quer fazer uma refeição terá que aproveitar as opções existentes nas cidades por onde se passa neste trecho da viagem.

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Pórtico de boas vindas

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RN 14

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RN 14

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RN 14

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Mirante em Tupiza

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Tupiza vista do mirante

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Linda imagem vista do mirante em Tupiza

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Em todo o trajeto há muito vilarejos com casas feitas de barro

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RN 14

Chegando em Potosi ficamos impressionados com a bela paisagem da cidade. Potosi está a 3967m sobre o nível do mar e é uma das cidades mais altas do mundo. A cidade também é conhecida pelas suas minas, localizadas no Cerro Rico, que se constituíram no principal centro produtor de prata em toda América no período colonial. Hoje em dia ainda há atividade nas minas onde é extraído, 24 horas por dia, estanho, chumbo e zinco. Também é realizada visitação guiada nas minas onde turistas, mais aventureiros do que nós, realizam arriscados tours por seus corredores subterrâneos.

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Minas em Potosi

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Cultura

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Minas em Potosi

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A impressionante vista da cidade de Potosi

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Minas em Potosi

Resolvemos pernoitar em Potosi alterando um pouco o nosso roteiro. Já era em torno de 18 horas da tarde. Os próximos trechos da estrada eram de serra e, além de ser perigoso, certamente iríamos ter que adentrar até tarde da noite para cumprir o trajeto. Sem dúvidas, esta foi a nossa melhor decisão neste momento.

Desta forma, entramos na cidade em busca de um lugar para ficar. Pegamos uma das opções indicados pelo GPS. Nos hospedamos no Hotel Santa Teresa . Um bom hotel e com um valor um pouco acima da média do que costumamos pagar. No entanto, tinha estacionamento, café da manhã, restaurante no local, enfim tudo o que precisávamos para facilitar a nossa vida após um dia um pouco estressante e cansativo. Os quartos são amplos e confortáveis, possuem aquecimento, TV LCD e wi-fi. O banheiro era bom, mas a água quente do banho era um pouco instável.

Descemos para jantar no restaurante do hotel e depois fomos descansar.

Hoje foi a nossa primeira experiência dirigindo no trânsito boliviano de uma cidade maior porte. Potosi tem cerca de 130 mil habitantes. O trânsito é um pouco bagunçado, onde a preferência é de quem avança primeiro. Mas não chega a assustar. Depois de algum tempo se entender as “regras” e dá para se virar bem. A maior dificuldade são as inúmeras ruas com descidas e subidas íngremes.

 

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Hoje seguimos rumo a Bolívia. Arrumamos a nossa bagagem, tomamos café da manhã e fomos abastecer o carro.

Antes de partir aproveitamos para levar o Felipe e a Isabela na pracinha que fica bem em frente ao posto. A pracinha é bem legal e tem uma boa diversidade de brinquedos. No entanto, ela estava muito depredada e a maioria dos brinquedos estavam danificados e não podiam ser utilizados. Mesmo assim, as crianças aproveitaram e se divertiram por alguns minutos. Depois compramos um lanche para comer durante a viagem e partimos.

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Felipe e os cardones em Humahuaca

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Na pracinha em Humahuaca

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Pracinha em Humahuaca

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Na pracinha em Humahuaca

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Na pracinha em Humahuaca

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Na pracinha em Humahuaca

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Na pracinha em Humahuaca

No dia de hoje planejamos um roteiro bem leve e de pouca quilometragem, pois não sabíamos ao certo quanto demoraríamos para realizar os trâmites para a travessia da Argentina para a Bolívia.

Seguimos para La Quiaca, que é a cidade na Argentina que faz divisa com a Bolívia. Para chegar a La Quiaca seguimos pela ruta RN9, percorrendo 159km. O roteiro foi: Humahuaca->(RN9)->Abra Pampa->La Quiaca->Villazón.

A rodovia está em ótimo estado e tem um baixo movimento de veículos. Neste trecho não há cobrança de pedágios.

Abastecemos o carro em La Quiaca, pois não sabíamos como seria a compra de gasolina na Bolívia. Muitos viajantes têm relatado da dificuldade de abastecer nesse país, pois há preços diferentes para bolivianos e para estrangeiros. Devido a diferença na forma de cobrança, muitos postos não querem abastecer os carros de estrangeiros.

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Pertinho da fronteira da Argentina com a Bolívia

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Ruta RN9

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Lhamas na beira da estrada

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O colorido das montanhas

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Quase na Bolívia

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Ruta RN9

Chegando na Aduana, deixamos o carro no estacionamento e fomos nos informar a respeito dos trâmites. A aduana neste Paso é integrada, ou seja, você faz a saída da Argentina e a entrada na Bolívia no mesmo local. Há uma fila específica para quem está de carro. Fizemos os trâmites, que demoraram em torno de 1h e 30min. Gostamos muito do atendimento dos agentes da aduana, mas a logística nos pareceu um pouco confusa.

Logo que chegamos deixamos o carro no estacionamento público que fica junto a aduana, conforme a orientação dos policiais. Na imigração argentina recebemos uma senha para o carro e continuamos realizando os passos seguintes dos trâmites. Depois de algum tempo chamaram a senha do nosso carro e fomos buscá-lo no estacionamento. Neste ponto, não sabíamos se dávamos atenção ao carro ou a continuidade dos passos para a realização da documentação. Isto foi bem confuso, mas nos dividimos e conseguimos fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

O carro tinha de ser reposicionado quando a fila se movimentava. Como estávamos entre dois, eu (Rosângela) fiquei no carro com as crianças e o Alexandre na fila para concluir a documentação.

O atendimento para quem está de carro próprio é diferente dos que estão de ônibus ou a pé. Tivemos sorte que haviam poucas pessoas de carro, pois, caso contrário, levaríamos o dia inteiro, já que o atendimento é muito lento.

Os policiais dos 2 países foram muito simpáticos e atenciosos conosco. Nos explicaram todo o procedimento e somente nos exigiram o documento do carro (CRLV) e a carteira de identidade. Não chegaram nem a revistar o carro. No entanto o tratamento era diferente para os Argentinos, que tinham mais alguns procedimentos para fazer e seus carros eram revistados.

A burocracia é composta de 4 passos (da mesma forma que acontece nas fronteiras da Argentina e Chile):

  1. Imigração argentina: para registrar a saída dos viajantes do país;
  2. Aduana argentina: para registrar a saída do carro do país;
  3. Imigração boliviana: para registrar a entrada dos viajantes no país;
  4. Aduana boliviana: para registrar a entrada do carro no país.

Na aduana boliviana é entregue a ¨Declaracion Jurada¨, que é a permissão para trafegar de carro pela Bolívia. Sem esse documento o veículo pode ser retido sob a acusação de entrada ilegal no país. Posteriormente constatamos que esse documento realmente é solicitado nas estradas pela polícia boliviana.

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Aduana argentina

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Aduana boliviana

A SOAT é o seguro obrigatório para veículos automotores dos bolivianos, equivalente ao DPVAT no Brasil. Esse documento somente é necessário se for permanecer na Bolívia por mais de 3 meses. Mesmo assim tentamos contratá-la em Villazón, porém o corretor de seguros confirmou a informação de que ela não é necessária se for ficar menos de 3 meses no país. Insistimos com ele que queríamos contratar mesmo assim, porém o corretor falou que o seguro somente seria válido a partir de 1o de janeiro de 2015. Sendo assim, não valeria a pena, pois sairíamos do país no dia 3 de janeiro. Portanto optamos por ficar sem este seguro. Queríamos contratá-lo para evitar aborrecimentos com a polícia e para termos cobertura ao menos contra danos pessoais no caso de um acidente de trânsito.

Após termos concluída a documentação, seguimos em frente. Em seguida, logo na entrada de Villazón, havia uma barreira policial fazendo o controle de quem estava entrando no país de carro. Neste momento pensamos que iam nos cobrar alguma “taxa”. No entanto foi feito somente uma verificação da documentação e nos foi solicitada a ¨Declaracion Jurada¨. Fomos liberados rapidamente.

Chegando em Villazón a primeira coisa que fizemos foi procurar por um caixa eletrônico para tentar sacar dinheiro. Felizmente conseguimos na primeira tentativa, sem nenhuma dificuldade.

Não tínhamos reserva de hospedagem em Villazón. Desta forma nosso próximo passo foi percorrer a cidade a procura de um lugar para ficar e que obrigatoriamente tivesse estacionamento, já que a cidade não nos pareceu muito segura. Não foi uma tarefa muito fácil, pois não tínhamos nenhuma indicação. As opções eram muito precárias e a maioria não possuia estacionamento. As hospedagens eram tão, tão ruins, que pensamos em seguir em frente e procurar um lugar para ficar na próxima cidade, Tupiza. No entanto achamos que o risco era grande, pois a situação poderia ser pior ainda por lá.

Enfim encontramos uma opção em Villazón: o Hotel Centenário (veja mapa abaixo). Ele está localizado na rua (calle La Paz – veja figura abaixo) que passa ao lado do terminal rodoviário (está distante meia quadra do terminal). Não há estacionamento junto ao hotel, mas nos prometeram uma garagem localizada a uma quadra de distância pelo custo adicional de 15 bolivianos.

Mapa Villazón/Bolívia

Mapa Villazón/Bolívia

A hospedagem custou 150 bolivianos. O quarto é relativamente amplo e tinha TV. As janelas do quarto que ficamos possuiam aberturas para o corredor do prédio e não para a rua. O banheiro era razoável, apesar do alto risco de levar um choque no chuveiro elétrico. Não há café da manhã, wi-fi e nem recepção no hotel.

Há uma loja de decorações no térreo chamada Mi Sueños, onde se pode obter informações sobre o hotel e realizar reservas. O pessoal fica por ali até um certa hora da noite e depois vai embora. Há um cartaz com telefone no caso de alguma emergência ou necessidade dos hóspedes. No entanto, era um local limpo e organizado e, sem dúvidas, deve ser uma das melhores opções na cidade.

Obs.: no dia seguinte encontramos uma opção de hospedagem (Center Hotel, Plaza “6 de Agosto” n.125, Telefone 5965472) que provavelmente seja melhor do que onde ficamos. Colocamos sua localização no mapa acima. Veja mais informações no próximo diário.

Após nos acomodarmos saímos para comer alguma coisa. No entanto, não no agradamos de nada. A cidade é bem suja e a infraestrutura é precária (mesmo!). Dentre as diversas opções de restaurantes e lanchonetes, o único local que nos pareceu um pouco mais limpo não havia mais comida, rsrsrs. Desistimos de procurar e preferimos comer somente algumas frutas que compramos em uma das diversas bancas da feira livre localizadas junto ao terminal de ônibus.

Ao retornarmos ao hotel iniciamos a “saga” em busca de uma garagem. Quando reservamos o hotel, nos falaram que o carro ficaria em uma garagem independente, localizada há uma quadra de distância. Como quando fizemos o check-in não havia ninguém do hotel para nos levar até o estacionamento, eles nos chamariam em seguida. No entanto já havíamos perguntado várias vezes quando poderíamos levar o carro e eles sempre adiando para um pouco mais tarde. Eles insistiam que iriam nos avisar quando fosse possível. Já estava anoitecendo e nada de nos chamarem, inclusive não havia mais nenhum funcionário na loja de decoração. Desistimos de esperar e resolvemos procurar por conta própria um local para deixar o carro. O Alexandre saiu sozinho para fazer isso e depois de procurar por mais de 1 hora, finalmente conseguiu um outro local, muito precário mas, bem próximo aonde estávamos hospedados.

Conforme um taxista da cidade nos falou, não é seguro deixar o carro na rua devido aos roubos e arrombamentos a veículos. Segundo os moradores, não há muitas opções de garagem na cidade. As hospedagens, na sua grande maioria, não possuem estacionamento. A que ficamos ofereceu esta opção, mas acabou nos deixando na mão. Não ficamos sabendo se foi por má fé ou se realmente não apareceu ninguém para abrir o local onde o carro ficaria. De qualquer forma, consideramos um desrespeito, pois mesmo que não tivesse aparecido o responsável por abrir o local conforme prometido, eles deveriam, no mínimo, ter nos dado uma satisfação e até mesmo ajudado a encontrar um outro local. No entanto, por parte do hotel ninguém se manifestou e caso não tivéssemos procurado por conta própria, o carro certamente iria pernoitar na rua.

Enfim fomos dormir para seguir percorrendo a Bolívia no próximo dia.

 

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Dando continuidade as postagens de outros viajantes que, assim como nós, adoram colocar os “pneus na estrada” hoje apresentamos o relato da viagem do Guilherme Pegoraro que partiu em uma viagem de carro pela Argentina, Chile, Peru e Bolívia juntamente com os seus amigos Marília Tizziani, Maurício Chaves e Joana Demoliner.

Essa turma de amigos foi incentivada a sair de Erechim/RS por um casal, da mesma cidade, bastante experientes nesse estilo de viagem.

Não deixem de conferir o relato desta aventura que inclui o roteiro, os passeios, uma ideia de custo, as belíssimas fotos, além de muitas outras informações.

Como consequência dessa primeira viagem de carro pela América do Sul, eles já fazem planos para as próximas… Quem se anima a dar esse pontapé inicial já retorna pensando em partir novamente. Não poderia ser diferente… Não é mesmo?

Agradecemos ao Guilherme e seus amigos pela colaboração e disponibilidade em contar como foi a sua viagem para nós e nossos leitores. Temos certeza que servirá de inspiração para muitos!

Viajantes: Guilherme Pegoraro, Marilia Tizziani, Maurício Chaves e Joana Demoliner

Blog: http://tripsulamericana.blogspot.com.br (em atualização)

Período: 28 de agosto a 16 de setembro de 2015 (20 dias)

Local de Partida: Erechim/RS

Quilometragem total: 8.000 km

Países visitados: Argentina, Chile, Peru e Bolívia.

Veículo: Fiesta 1.6, 2013

Objetivo geral: Vivenciar as diversas culturas e os lugares encantadores de uma pequena parte da nossa grande América do Sul;

Objetivo específico: Machu Picchu, San Pedro do Atacama e a misteriosa Bolívia

Objetivo dos objetivos: Pontapé inicial das primeiras de muitas viagens de carro que virão pela frente…

 O relato:

A ideia de partir de carro pela América do Sul sempre nos soou muito encantadora. Seguíamos diversos aventureiros nas redes sociais e tivemos a oportunidade de dividir a experiência dos nossos queridos amigos Felipe Mocelin e Júlia Parenti, também de Erechim/RS, que já se aventuraram em mais de 60.000 km pela América do Sul.

A data definida para o pontapé inicial aconteceu em um dia comum, após alguns chopes na cervejaria Ágape do nosso amigo Valmor Bandiera (um grande incentivador para a nossa viagem), também em Erechim/RS. Sempre tínhamos receio de fazer uma grande viagem assim, em apenas um casal e em um carro. Neste dia os dois casais e quatro grandes amigos: Eu (Guilherme), Marilia, Mauricio e Joana definimos que a viagem sairia em aproximadamente dois meses: dia 28 de agosto de 2015. Em função das circunstâncias conseguimos pegar férias no nosso emprego e planejar a viagem. Após esta data eu e o Maurício dedicamos nossas horas vagas planejando e definindo o roteiro.

Após alguns dias o roteiro e os pontos de interesse foram definidos: Argentina, Chile, Peru e Bolívia.

Roteiro

O tão esperado dia 28 de agosto chegou, e partimos logo a meia noite de quinta para sexta. No primeiro dia saímos de Erechim/RS e fomos até San Salvador de Jujuy/ARG, fazendo 1800km. Tínhamos planejado esta distância, mas não acreditamos que iriamos conseguir fazer tamanha distância em apenas um dia. Mas a adrenalina era tão grande, que fomos revezando no volante, sem cansaço e chegamos em Jujuy/ARG as 20:00 onde ficamos hospedados no Hotel Fenícia no centro da cidade.

No segundo dia partimos cedo, abastecemos e carro e seguimos em direção a cordilheira. A paisagem na estrada sentido Paso de Jama é espetacular e fica mais linda a cada quilometro rodado. Passamos pelas Salinas Grandes onde paramos para tirar algumas fotos. O visual da estrada é incrível e vale a pena fazer este trajeto com calma.

De San Salvador de Jujuy para SPA

De San Salvador de Jujuy para SPA

De San Salvador de Jujuy para SPA

De San Salvador de Jujuy para SPA

Em SPA nos hospedamos no Hostal Puritama. Nos três dias que ficamos no Atacama, fizemos todos os passeios de carro, menos os Gêiseres que fomos com agencia pois, o pessoal das agencias haviam nos orientado que a estrada era muito ruim e não era recomendado ir com carro pequeno. Grande mentira, nos arrependemos de ter ido por agencia, pois chegamos tarde no local, não vimos a maior atividade dos mesmos e foi um verdadeiro perrengue. Em SPA também conhecemos as Lagunas Altiplanicas, Salar de Águas Calientes, Laguna Tuyajto, Vale de la Luna, Termas de Puritama e Geisers del Tatio. Faltaram muitos lugares para conhecer, os quais ficarão para uma próxima viagem.

Salar de Águas Calientes no Chile

Salar de Águas Calientes no Chile

Lagunas Altiplanicas

Lagunas Altiplanicas

Laguna Tuyajto

Laguna Tuyajto

Sentido Paso de Sico em SPA

Sentido Paso de Sico em SPA

De SPA partimos para Tacna/PER, dando uma passadinha na bela cidade de Iquique/CHI, uma cidade portuária de zona franca, onde avistamos o lindo oceano Pacífico. De Tacna/PER partimos no outro dia direto para Arequipa/PER e no mesmo dia já partimos fazer alguns passeios. Conhecemos a famosa Catedral na bela Plaza de Armas, Monastério de Santa Calatina e o Museu da Múmia Juanita. Ficamos apenas uma noite em Arequipa e no outro dia já seguimos sentido Cusco/PER. O centro histórico de Arequipa é muito bonito e o passeio no Monastério de Santa Catalina é indispensável. A chegada em Arequipa assusta um pouco em função do transito e da pobreza da cidade, mas o centro histórico compensa o sofrimento da entrada. Uma dica é fazer o passeio no Monastério de Santa Catalina a noite e auxiliado por um guia, o qual você contrata na entrada.

De Tacna para Arequipa no Peru

De Tacna para Arequipa no Peru

Saímos de Arequipa/PER logo cedo após o café e seguimos para Cusco/PER. A estrada é um pouco sinuosa e sempre aparecem lhamas, cabras e cachorros soltos na pista, os quais exigem uma atenção a mais. Passar por Juliaca/PER também não é coisa fácil e interessante, mas o caminho exige. A cidade de Juliaca/PER é um caos a parte, o transito é impossível de ser compreendido, mas com um pouco de calma e alguns pedidos de informação logo fica claro.

Juliaca, ainda a parte bonita da cidade

Juliaca, ainda a parte bonita da cidade

Em Cusco, ficamos cinco dias e fizemos os passeios de carro: Vale Sagrado, Moray, Salinas de Maras, Centro Histórico de Cusco, Qorikancha, Tambomachay, Sacsayhuamán, Pikillaqta, Oropesa e o tão esperado Machu Picchu. Para o passeio do vale sagrado e o centro histórico vale a pena contratar um guia, pois tem muitas informações que passam despercebidas. Para Machu Picchu, fomos pelo meio convencional: Van de Cusco a Ollantaytambo, trem até Aguas Calientes, e micro-ônibus para subir a Machu Picchu. Em Machu Picchu chegamos cedo e curtimos todo o dia, retornando a pé para Águas Calientes, descendo a íngreme montanha.

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Machu Picchu

De Cusco/PER partimos para Copacabana/BOL. Chegando na Aduana da Bolívia tivemos que esperar mais de três horas pois a fronteira estava fechada para a realização de uma tourada, algo inacreditável. Não imaginamos que pudessem fechar a fronteira de um pais para realizar uma tourada. Porém, Copacabana/BOL foi uma cidade que nos surpreendeu. A rua principal com diversos bares e restaurantes é muito aconchegante com boas opções para diversão, com bares de rock, reggae e muitos gringos.

Marilia aguardando a Aduana do Peru para Bolivia abrir ao fundo, pois estava fechada para uma tourada

Marilia aguardando a Aduana do Peru para Bolivia abrir ao fundo, pois estava fechada para uma tourada

Ficamos mais um dia em Copacabana e depois seguimos para Uyuni/BOL, passando por Potosí/BOL. Em Uyuni pegamos um Apart Hotel. Ficamos duas noites na cidade de Uyuni. O Salar é muito belo, e fizemos o passeio com agencia, por medo de colocar o carro no salar. A cidade de Uyuni, a entrada no salar e basicamente toda a Bolívia são muito sujos, com lixo espalhado por todos os lados, tamanha diferença de cultura.

Mauricio, Joana e Marilia em foto em perspectiva no salar de Uyuni

Mauricio, Joana e Marilia em foto em perspectiva no salar de Uyuni

Guilherme em uma foto com sua cerveja artesanal Bota Amarela em Uyuni

Guilherme em uma foto com sua cerveja artesanal Bota Amarela em Uyuni

Saindo de Uyuni/BOL seguimos para Tilcara/ARG no norte da Argentina. Outra cidade surpreendente com inúmeras opções para entretenimento, muito bela e rústica. De Tilcara/ARG seguimos para Resistencia/ARG, onde dormimos antes de retornar a nossa cidade.

Gastos: Em torno de R$ 4.500 / pessoa. Um conselho é sempre levar a maior quantidade em dólar. Nós levamos poucos dólares e maior quantidade em reais, pois na época que partimos o dólar estava na casa dos R$ 3,80. Em todas as trocas o dólar sempre é mais valorizado e os cambistas sempre pagam da cotação oficial para mais, enquanto o real é sempre para abaixo do oficial.

Bares e Restaurantes Inperdíveis: Calate de Los Verdes (Iquique/CHI): Um pequeno vilarejo de pescadores a 10km de Iquique/CHI de frente para o oceano pacifico com muitas opções de frutos do mar frescos;

La Pica del Índio: Restaurante em San Pedro do Atacama/CHI com culinária típica e ótimo custo benefício (pagamos em torno de 20 reais por pessoa, com entrada, prato principal e sobremesa);

Chela Cabur: Pub de San Pedro do Atacama/CHI com algumas cervejas artesanais e diversão na certa;

Minuteman Revolutionary Pizza: Pizzaria de Uyuni/BOL, fica dentro de uma das avenidas. Sem dúvida a melhor pizza que já comemos na vida. Atendimento e local espetacular.

Documentação: Levamos a Carta Verde, PID, Passaportes e a Carteira de Vacinação Internacional (exigida na Bolívia – Febre Amarela). A Carteira de Vacinação e a PID não nos foi exigida em nenhum momento. Um conselho nosso é ir com passaporte, o qual agiliza um pouco os trâmites em algumas aduanas. No Peru fizemos o seguro SOAT na cidade de Tacna, por algo em torno de 20 soles.

Polícia: Fomos parados inúmeras vezes nas estradas. Sempre que viam que o carro era estrangeiro nos mandavam encostar. Porém, não tivemos nenhum problema com propinas e todos os polícias foram muito legais, sempre prestativos dando informações. O Maurício Chaves estava sempre com um colete estilo do exército e a barba grande, o que acreditamos que possa ter ajudado um pouco nesse sentido hehe. Uma dica é sempre muito gentil com os policias e trocar informações. Eles também têm curiosidade em saber um pouco sobre nosso país, cultura… enfim, conversa fiada!

A viagem foi tão espetacular que não vemos a hora de fazermos a próxima. Nossa idéia voltar o quanto antes para San Pedro do Atacama/CHI, um lugar espetacular pela sua diversidade.

Guilherme Luís Pegoraro

 

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Roteiro da viagem 2015 pela Bolívia, Peru, Chile, Argentina e Uruguai

Nossa viagem de janeiro de 2015 durou 35 dias, quando percorremos 10.300km pela Bolívia, Peru, Chile, Argentina e Uruguai. Todo o percurso foi registrado através de um GPS.

Roteiro da viagem 2015 pela Bolívia, Peru, Chile, Argentina e Uruguai

Roteiro da viagem 2015 pela Bolívia, Peru, Chile, Argentina e Uruguai

A seguir estão alguns links para download com o roteiro da viagem:

  • Download do log de GPS (15MB) – Arquivo de log do GPS (roteiro realizado): pode ser aberto no Google Earth, Garmin Mapsource (Windows) ou Garmin BaseCamp (Mac).
  • Download roteiro Garmin (3,8MB) – Arquivo de planejamento do roteiro: pode ser aberto no Google Earth, Garmin Mapsource (Windows) ou Garmin BaseCamp (Mac).
  • Download planilha do roteiro (53KB) – Arquivo Excel com o roteiro realizado.

Na tabela abaixo estão as informações resumidas da planilha do roteiro realizado. A tabela completa pode ser obtida através do link acima.

Dia Data/Hora Origem Destino Hora chegada (hh:mm) Tempo real (hh:mm) Distância real (km)
1 22/12/14 13:00 Pelotas Santiago/RS 20:00 7:00 465
2 23/12/14 10:30 Santiago/RS Presidencia Roque Saenz Peña/ARG 21:30 11:00 751
3 24/12/14 9:30 Presidencia Roque Saenz Peña/ARG Maimará/ARG 20:30 11:00 768
4 25/12/14 11:00 Maimará/ARG Humahuaca/ARG 20:00 9:00 229
5 26/12/14 11:00 Humahuaca/ARG Villazón/BOL 17:00 6:00 170
6 27/12/14 11:00 Villazón/BOL Potosí/BOL 18:00 7:00 360
7 28/12/14 9:46 Potosí/BOL La Paz/BOL 18:00 8:14 546
8 29/12/14 0:00 La Paz/BOL 0:00 0
9 30/12/14 0:00 La Paz/BOL 0:00 0
10 31/12/14 0:00 La Paz/BOL 0:00 0
11 1/1/15 11:00 La Paz/BOL Copacabana/BOL 18:00 7:00 153
12 2/1/15 0:00 Copacabana/BOL 0:00 0
13 3/1/15 13:30 Copacabana/BOL Puno/PER 17:00 3:30 147
14 4/1/15 0:00 Puno/PER 0:00 0
15 5/1/15 12:40 Puno/PER Cusco/PER 21:00 8:20 401
16 6/1/15 0:00 Cusco/PER 0:00 0
17 7/1/15 0:00 Cusco/PER 0:00 0
18 8/1/15 11:00 Cusco/PER Ollantaytambo/PER 19:00 8:00 112
19 9/1/15 0:00 Ollantaytambo/PER 0:00 0
20 10/1/15 7:20 Ollantaytambo/PER Nasca/PER 23:00 15:40 722
21 11/1/15 0:00 Nasca/PER 0:00 0
22 12/1/15 10:00 Nasca/PER Arequipa/PER 21:00 11:00 589
23 13/1/15 0:00 Arequipa/PER 0:00 0
24 14/1/15 0:00 Arequipa/PER 0:00 0
25 15/1/15 0:00 Arequipa/PER 0:00 0
26 16/1/15 9:30 Arequipa/PER Arica/CHI 20:00 10:30 482
27 17/1/15 11:00 Arica/CHI 20:00 9:00 408
28 18/1/15 10:30 Arica/CHI Iquique/CHI 19:00 8:30 344
29 19/1/15 19:00 Iquique/CHI Tocopilla/CHI 22:00 3:00 231
30 20/1/15 12:00 Tocopilla/CHI Chanaral/CHI 22:00 10:00 619
31 21/1/15 10:30 Chanaral/CHI La Serena/CHI 19:00 8:30 507
32 22/1/15 11:00 La Serena/CHI Rodeo/ARG 18:30 7:30 341
33 23/1/15 11:00 Rodeo/ARG Valle Hermoso/ARG 21:00 10:00 591
34 24/1/15 11:00 Valle Hermoso/ARG Concordia/ARG 23:00 12:00 740
35 25/1/15 10:00 Concordia/ARG Pelotas/BRA 20:00 10:00 701
Total 201:44 10377

Os dias 3, 4 e 5 (Maimará/ARG, Humahuaca/ARG, Villazón/BOL) foram planejados para adaptação a altitude (2390m, 3012m e 3407m, respectivamente). Como boa parte do roteiro na Bolívia e Peru foi feito em altitudes superiores aos 3000m, uma boa aclimatação para nós e as crianças foi essencial para o sucesso da viagem. Nosso plano funcionou muito bem e sofremos muito pouco com as grandes altitudes do roteiro.

Ficamos pouco tempo em Copacabana. Valeria a pena ter ficado 2 dias, reservando um inteiro para o passeio a Ilha do Sol. O passeio de 1/2 dia não vale a pena, pois ficamos apenas 15 minutos na ilha.

Em Cusco seria interessante uns 2 dias a mais para poder visitar com mais calma a cidade e seus sítios arqueológicos. Em Pisac, por exemplo, valeria a pena ficar ao menos uma tarde ou manhã inteira. Este sítio arqueológico é fantástico e vale a pena explorá-lo com calma. Depois de Machu Picchu, este é o sítio que mais nos impressionou!

O trecho de 722km entre Ollantaytambo/PER  (ou Cusco) a Nasca/PER é muito complicado para ser feito em apenas um dia. Levamos 15h e 40 min para percorrer este percurso, sem fazermos muitas paradas. Boa parte do tempo se passa serpenteando montanhas e a velocidade média é bem baixa. Em alguns pontos da estrada as altitudes são superiores aos 4500m, onde chegou até a nevar. Pode-se pernoitar em Chalhuanca ou Puquio. Os trechos que possuem mais curvas são as chegadas em Abancay, Puquio e Nasca. Próximo a Abancay, se desce dos 4000m aos 2411m. Na chegada de Puquio, se vai dos 4540m aos 3200m. A maior descida é a chegada a Nasca, que inicia por volta dos 4150m e chega-se na cidade aos 630m. Esta última descida parece que não vai acabar nunca, e acabamos fazendo à noite.

Em Arequipa não chegamos a fazer o tour de 2 dias pelo Cañon del Colca. Pelos relatos que lemos, os viajantes o consideram um dos lugares mais belos do Peru.

Para quem gosta de praias, vale a pena reservar um tempo em Arica, Iquique e La Sereña. Apesar das águas geladas do Oceano Pacífico, a beleza das paisagens compensam a visita.

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