Hoje apresentamos um relato de viagem diferente. Na verdade nem tão diferente assim… O que tem de diferente é o local, que é fora da América do Sul, pois todos os outros relatos encontrados aqui nesse blog é dentro da nossa América.

Logo abaixo vocês vão ler um texto leve e bem humorado que relata a grande aventura da Fernanda e do Gilberto que passaram um tempo percorrendo os Estados Unidos de carro. No total foram 2 meses e 18 estados. No relato a Fernanda destaca o roteiro percorrido, os lugares visitados e alguns perrengues enfrentados. Viagem boa sempre tem perrengue, não é mesmo? Então, vamos curtir um pouquinho os EUA aos olhos desse casal gaúcho?

Agradecemos a Fernanda e o Gilberto pela colaboração e disponibilidade em contar como foi a sua viagem para nós e nossos leitores. Temos certeza que servirá de inspiração para muitos que tem o desejo ou sonho de explorar os EUA de carro!

Viajantes: Fernanda Schena e Gilberto Matiotti

Período: 60 dias

Local de Partida: New York

Quilometragem total: 12.000 Km

Países visitados: Estados Unidos (18 estados)

Veículo: Cruze e Jeep

Malas prontas, passagem na mão: chegou a hora! O roteiro da viagem foi (quase) todo preparado pelo meu marido, meu bedelho estava presente na parte que dizia: povo AMISH. Dois meses para voar as tranças pelos EUA, percorrer 18 estados, sugar todo conhecimento possível e nos divertir. Lá fomos nós. Uma jornalista que não falava inglês e um marido que serviu incansáveis (e lindos) dias como google tradutor.

Quem não lembra de uma viagem marcante? Independente do destino sair da rotina sempre traz novas histórias para contar. E do que é feita a nossa vida se não de um grande livro aberto pronto para ser escrito com as mais loucas histórias?

Essa foi a viagem que mais nos marcou até agora. Não só pelo fato de ser a mais longa fora de casa (foram dois meses), ou por ser fora do país. Mas pelos pequenos detalhes que foram acontecendo no desenrolar dos dias e, claro, porque éramos só nós dois vendo o sol nascer na estrada e a lua cheia iluminando as noites claras. Teve dias silenciosos e dias de barulho. Teve bagunça só nossa. E os melhores sorrisos iam se fazendo presentes.

De New York até a Califórnia dirigindo. Da Califórnia até a Florida voando. 60 dias de risadas, de corre pro hospital mal da barriga no meio da madrugada, de “sorry,i dont speak english”, de muito fast food e quilos a mais, de festival de piadas no carro, de policial dizendo que nossa carteira não valia nada para eles… Ah! Pois é, uma viagem não pode ser contada só pelas partes boas. Mas juuuro que tentarei me concentrar nas partes boas. Confesso que adoro um drama!

Carregando curiosidade e frio na barriga e motivados por muito café com panqueca e bacon seguíamos cada dia mais impressionados com o que víamos. Cada km percorrido a sensação de liberdade nos fazia mais felizes. Vegetação, comidas típicas do sul, pântanos, estradas com 5 pistas, donuts deliciosos, só de descrever isso bate uma sensação louca de ‘queria estar lá de novo’.

O roteiro foi o seguinte: New York, Pennsylvania, DC Washington, Delaware, New Jersey, Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Tennessee, Mississipi, Louisiana, Texas, Oklahoma, New Mexico, Arizona, Nevada, Califórnia, Flórida. Boa parte do caminho fizemos a Rota 66.

Alugamos o primeiro carro em NY e fomos com ele até o Texas. Lá trocamos a caranga. Pegamos um jeep pra encarar o deserto até a Califórnia. Os hotéis que nos hospedamos eram escolhidos no momento que chegamos nas cidades. Sempre optando pelas redes mais simples e que ficavam fora da cidade para facilitar a saída no dia seguinte.

Depois de todo aquele sonho que é NY fomos até a praia de Hamptons. Curtimos aquela água gelada (óteeema) e seguimos para Pennsylvania. Bóra conhecer os costumes do povo amish! Chegando em Lancaster, a maior concentração desse povo de costumes tão peculiar, já nos deparamos com famílias em suas charretes. Eu, encantada, abanava para todos, e eles retribuíam o gesto. Não existe estar frente a frente com essa cultura e não comparar com a nossa vida. A simplicidade é evidente. Eles não usufruem de energia elétrica, e seu lema é “Be in the world, not of the world”. E assim, o fazem. Vivem como se estivessem no século XVI. Uma luz e gentileza que nos enche os olhos e o coração!

Bueno, continuando as andanças no clima de paz e amor fomos parados por um policial que dizia que nossa carteira de habilitação internacional não valia nada pra eles. Trememos na base, mas no fim ele nos liberou. Já que estamos falando da parte bad da viagem… Uma dica que vale ouro: o pacote de seguro saúde que eles oferecem é fundamental para quem vai ficar mais dias por lá. Eu fiquei mal, fui para o hospital e desembolsei 500 dólares. Se tivesse pago o seguro tinha lucrado. Mas enfim, fiquei bem no dia seguinte e seguimos viagem cantarolando e agradecendo.

Washington, Filadelfia, NY e New Orleans foram os lugares que mais provamos comidas diferentes. Sabe aqueles reality de competições dos melhores lugares: pois então, fomos em todos que conseguimos. Provamos por exemplo o tal po-boy e amamos!! Ele é feito numa baguete de pão francês e o recheio tradicional é o rosbife.

O cajun e creole em nossos pratos ardiam e ascendiam todos os sentidos. New Orleans, que apesar de ser considerada uma das cidades mais perigosas nos EUA, nos recebeu muito bem. Uma cidade que foi devastada pelo furacão Katrina em 2005 e que ainda sente os prejuízos enquanto tenta se reerguer. Com seus shows de jazz à noite vira uma bagunça. Nos hospedamos, por brincadeira sem graça do meu marido, num hotel mal assombrado. Só fiquei sabendo quando saímos. Quase tive um treco.

No Tennessee, as cidades de Nashville, Chatanooga e Memphis com sua alma musical laçaram o coração do marido. Em Memphis visitamos a casa de Elvis Presley e demos sorte, estávamos na semana do aniversário da morte dele, onde várias homenagens foram prestadas por fãs do mundo todo. Esse estado tem uma alma jovem e uma energia eletrizante. Preciso citar que em Nashville tem o famoso café LoveLess e sua deliciosa comida americana, com um toque sulista.

Teria muito mais a contar. Gran Cânion, Las Vegas, Texas e suas cidades fantasmas (texolas). O Texas foi uma surpresa com sua modernidade. Não que esperássemos ver caubóis… Interrompendo minha linha de concentração, meu marido está me obrigando a contar que sim, eu esperava ver caubóis. Gente! Deem um desconto, sou pisciana, sonhadora e fantasio o que eu quiser na minha cabecinha. Porque assim a vida tem mais graça e não sou obrigada a chegar no Texas e não ver caubói!!! Em protesto comprei bota e desfilei por lá! Ora bolas…

Ainda no Texas teve uma cidade que nos marcou muito, San Antonio! A cidade é toda romântica, uma fofura!

Bem, chegando na Califórnia teve todo aquele glamour de Los Angeles, Malibu, Venice, Santa Monica e Hollywood, mas a cereja do bolo foi a linda San Francisco. De uma arquitetura excêntrica, o berço da cultura hippie me pegou de jeito. Me apaixonei pelas cores e pelos ares anos 70. Toquei a campainha de uma das casas que morou Janes Joplin e sai correndo me sentindo pirralha (me julguem!), fiz arte muda pelas ruas, comprei nuns brechós muito loucos e fui muito feliz!

Meu marido fez uma planilha com os dias que ficaríamos em cada lugar, quais atrações iríamos ver, a quilometragem de uma cidade até a outra. Esse planejamento tinha que dar certo porque nossa passagem de avião da Califórnia até a Flórida já estava comprada. Mesmo com algumas mudanças sobraram dois dias para aproveitar em Los Angeles.

Entre uma lambida e outra nos deliciosos sorvetes Ben e Jerry atravessamos boa parte dos EUA. Cada estado foi especial de uma maneira. Nossa última parada foi a Disney. E eu que nunca esperava conhecer e nem tinha esse sonho quase chorei no Magic Kingdom. Foi revigorante estar lá, compartilhando daquela energia e sentindo aquela euforia de criança que estava adormecida.

Claro que as melhores lembranças estão na memória, e, por mais que a gente descreva nunca é a mesma coisa. Assim como as melhores fotografias ficam guardadas no coração e não presas em flash automático com filtros perfeitos. Uma viagem a dois, seja pra onde for, só é boa se as duas almas estiverem serenas e juntas no mesmo ritmo. Tem que ajudar e estar disposto. Tem que ser companheiro mesmo que tu prefira a roda gigante e ele a montanha russa. Aprender a curtir o momento do outro tranquilo e na paz é coisa linda de viver!

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Dando continuidade as postagens de outros viajantes que, assim como nós, adoram colocar os “pneus na estrada” hoje apresentamos o relato da viagem do Guilherme Pegoraro que partiu em uma viagem de carro pela Argentina, Chile, Peru e Bolívia juntamente com os seus amigos Marília Tizziani, Maurício Chaves e Joana Demoliner.

Essa turma de amigos foi incentivada a sair de Erechim/RS por um casal, da mesma cidade, bastante experientes nesse estilo de viagem.

Não deixem de conferir o relato desta aventura que inclui o roteiro, os passeios, uma ideia de custo, as belíssimas fotos, além de muitas outras informações.

Como consequência dessa primeira viagem de carro pela América do Sul, eles já fazem planos para as próximas… Quem se anima a dar esse pontapé inicial já retorna pensando em partir novamente. Não poderia ser diferente… Não é mesmo?

Agradecemos ao Guilherme e seus amigos pela colaboração e disponibilidade em contar como foi a sua viagem para nós e nossos leitores. Temos certeza que servirá de inspiração para muitos!

Viajantes: Guilherme Pegoraro, Marilia Tizziani, Maurício Chaves e Joana Demoliner

Blog: http://tripsulamericana.blogspot.com.br (em atualização)

Período: 28 de agosto a 16 de setembro de 2015 (20 dias)

Local de Partida: Erechim/RS

Quilometragem total: 8.000 km

Países visitados: Argentina, Chile, Peru e Bolívia.

Veículo: Fiesta 1.6, 2013

Objetivo geral: Vivenciar as diversas culturas e os lugares encantadores de uma pequena parte da nossa grande América do Sul;

Objetivo específico: Machu Picchu, San Pedro do Atacama e a misteriosa Bolívia

Objetivo dos objetivos: Pontapé inicial das primeiras de muitas viagens de carro que virão pela frente…

 O relato:

A ideia de partir de carro pela América do Sul sempre nos soou muito encantadora. Seguíamos diversos aventureiros nas redes sociais e tivemos a oportunidade de dividir a experiência dos nossos queridos amigos Felipe Mocelin e Júlia Parenti, também de Erechim/RS, que já se aventuraram em mais de 60.000 km pela América do Sul.

A data definida para o pontapé inicial aconteceu em um dia comum, após alguns chopes na cervejaria Ágape do nosso amigo Valmor Bandiera (um grande incentivador para a nossa viagem), também em Erechim/RS. Sempre tínhamos receio de fazer uma grande viagem assim, em apenas um casal e em um carro. Neste dia os dois casais e quatro grandes amigos: Eu (Guilherme), Marilia, Mauricio e Joana definimos que a viagem sairia em aproximadamente dois meses: dia 28 de agosto de 2015. Em função das circunstâncias conseguimos pegar férias no nosso emprego e planejar a viagem. Após esta data eu e o Maurício dedicamos nossas horas vagas planejando e definindo o roteiro.

Após alguns dias o roteiro e os pontos de interesse foram definidos: Argentina, Chile, Peru e Bolívia.

Roteiro

O tão esperado dia 28 de agosto chegou, e partimos logo a meia noite de quinta para sexta. No primeiro dia saímos de Erechim/RS e fomos até San Salvador de Jujuy/ARG, fazendo 1800km. Tínhamos planejado esta distância, mas não acreditamos que iriamos conseguir fazer tamanha distância em apenas um dia. Mas a adrenalina era tão grande, que fomos revezando no volante, sem cansaço e chegamos em Jujuy/ARG as 20:00 onde ficamos hospedados no Hotel Fenícia no centro da cidade.

No segundo dia partimos cedo, abastecemos e carro e seguimos em direção a cordilheira. A paisagem na estrada sentido Paso de Jama é espetacular e fica mais linda a cada quilometro rodado. Passamos pelas Salinas Grandes onde paramos para tirar algumas fotos. O visual da estrada é incrível e vale a pena fazer este trajeto com calma.

De San Salvador de Jujuy para SPA

De San Salvador de Jujuy para SPA

De San Salvador de Jujuy para SPA

De San Salvador de Jujuy para SPA

Em SPA nos hospedamos no Hostal Puritama. Nos três dias que ficamos no Atacama, fizemos todos os passeios de carro, menos os Gêiseres que fomos com agencia pois, o pessoal das agencias haviam nos orientado que a estrada era muito ruim e não era recomendado ir com carro pequeno. Grande mentira, nos arrependemos de ter ido por agencia, pois chegamos tarde no local, não vimos a maior atividade dos mesmos e foi um verdadeiro perrengue. Em SPA também conhecemos as Lagunas Altiplanicas, Salar de Águas Calientes, Laguna Tuyajto, Vale de la Luna, Termas de Puritama e Geisers del Tatio. Faltaram muitos lugares para conhecer, os quais ficarão para uma próxima viagem.

Salar de Águas Calientes no Chile

Salar de Águas Calientes no Chile

Lagunas Altiplanicas

Lagunas Altiplanicas

Laguna Tuyajto

Laguna Tuyajto

Sentido Paso de Sico em SPA

Sentido Paso de Sico em SPA

De SPA partimos para Tacna/PER, dando uma passadinha na bela cidade de Iquique/CHI, uma cidade portuária de zona franca, onde avistamos o lindo oceano Pacífico. De Tacna/PER partimos no outro dia direto para Arequipa/PER e no mesmo dia já partimos fazer alguns passeios. Conhecemos a famosa Catedral na bela Plaza de Armas, Monastério de Santa Calatina e o Museu da Múmia Juanita. Ficamos apenas uma noite em Arequipa e no outro dia já seguimos sentido Cusco/PER. O centro histórico de Arequipa é muito bonito e o passeio no Monastério de Santa Catalina é indispensável. A chegada em Arequipa assusta um pouco em função do transito e da pobreza da cidade, mas o centro histórico compensa o sofrimento da entrada. Uma dica é fazer o passeio no Monastério de Santa Catalina a noite e auxiliado por um guia, o qual você contrata na entrada.

De Tacna para Arequipa no Peru

De Tacna para Arequipa no Peru

Saímos de Arequipa/PER logo cedo após o café e seguimos para Cusco/PER. A estrada é um pouco sinuosa e sempre aparecem lhamas, cabras e cachorros soltos na pista, os quais exigem uma atenção a mais. Passar por Juliaca/PER também não é coisa fácil e interessante, mas o caminho exige. A cidade de Juliaca/PER é um caos a parte, o transito é impossível de ser compreendido, mas com um pouco de calma e alguns pedidos de informação logo fica claro.

Juliaca, ainda a parte bonita da cidade

Juliaca, ainda a parte bonita da cidade

Em Cusco, ficamos cinco dias e fizemos os passeios de carro: Vale Sagrado, Moray, Salinas de Maras, Centro Histórico de Cusco, Qorikancha, Tambomachay, Sacsayhuamán, Pikillaqta, Oropesa e o tão esperado Machu Picchu. Para o passeio do vale sagrado e o centro histórico vale a pena contratar um guia, pois tem muitas informações que passam despercebidas. Para Machu Picchu, fomos pelo meio convencional: Van de Cusco a Ollantaytambo, trem até Aguas Calientes, e micro-ônibus para subir a Machu Picchu. Em Machu Picchu chegamos cedo e curtimos todo o dia, retornando a pé para Águas Calientes, descendo a íngreme montanha.

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Machu Picchu

De Cusco/PER partimos para Copacabana/BOL. Chegando na Aduana da Bolívia tivemos que esperar mais de três horas pois a fronteira estava fechada para a realização de uma tourada, algo inacreditável. Não imaginamos que pudessem fechar a fronteira de um pais para realizar uma tourada. Porém, Copacabana/BOL foi uma cidade que nos surpreendeu. A rua principal com diversos bares e restaurantes é muito aconchegante com boas opções para diversão, com bares de rock, reggae e muitos gringos.

Marilia aguardando a Aduana do Peru para Bolivia abrir ao fundo, pois estava fechada para uma tourada

Marilia aguardando a Aduana do Peru para Bolivia abrir ao fundo, pois estava fechada para uma tourada

Ficamos mais um dia em Copacabana e depois seguimos para Uyuni/BOL, passando por Potosí/BOL. Em Uyuni pegamos um Apart Hotel. Ficamos duas noites na cidade de Uyuni. O Salar é muito belo, e fizemos o passeio com agencia, por medo de colocar o carro no salar. A cidade de Uyuni, a entrada no salar e basicamente toda a Bolívia são muito sujos, com lixo espalhado por todos os lados, tamanha diferença de cultura.

Mauricio, Joana e Marilia em foto em perspectiva no salar de Uyuni

Mauricio, Joana e Marilia em foto em perspectiva no salar de Uyuni

Guilherme em uma foto com sua cerveja artesanal Bota Amarela em Uyuni

Guilherme em uma foto com sua cerveja artesanal Bota Amarela em Uyuni

Saindo de Uyuni/BOL seguimos para Tilcara/ARG no norte da Argentina. Outra cidade surpreendente com inúmeras opções para entretenimento, muito bela e rústica. De Tilcara/ARG seguimos para Resistencia/ARG, onde dormimos antes de retornar a nossa cidade.

Gastos: Em torno de R$ 4.500 / pessoa. Um conselho é sempre levar a maior quantidade em dólar. Nós levamos poucos dólares e maior quantidade em reais, pois na época que partimos o dólar estava na casa dos R$ 3,80. Em todas as trocas o dólar sempre é mais valorizado e os cambistas sempre pagam da cotação oficial para mais, enquanto o real é sempre para abaixo do oficial.

Bares e Restaurantes Inperdíveis: Calate de Los Verdes (Iquique/CHI): Um pequeno vilarejo de pescadores a 10km de Iquique/CHI de frente para o oceano pacifico com muitas opções de frutos do mar frescos;

La Pica del Índio: Restaurante em San Pedro do Atacama/CHI com culinária típica e ótimo custo benefício (pagamos em torno de 20 reais por pessoa, com entrada, prato principal e sobremesa);

Chela Cabur: Pub de San Pedro do Atacama/CHI com algumas cervejas artesanais e diversão na certa;

Minuteman Revolutionary Pizza: Pizzaria de Uyuni/BOL, fica dentro de uma das avenidas. Sem dúvida a melhor pizza que já comemos na vida. Atendimento e local espetacular.

Documentação: Levamos a Carta Verde, PID, Passaportes e a Carteira de Vacinação Internacional (exigida na Bolívia – Febre Amarela). A Carteira de Vacinação e a PID não nos foi exigida em nenhum momento. Um conselho nosso é ir com passaporte, o qual agiliza um pouco os trâmites em algumas aduanas. No Peru fizemos o seguro SOAT na cidade de Tacna, por algo em torno de 20 soles.

Polícia: Fomos parados inúmeras vezes nas estradas. Sempre que viam que o carro era estrangeiro nos mandavam encostar. Porém, não tivemos nenhum problema com propinas e todos os polícias foram muito legais, sempre prestativos dando informações. O Maurício Chaves estava sempre com um colete estilo do exército e a barba grande, o que acreditamos que possa ter ajudado um pouco nesse sentido hehe. Uma dica é sempre muito gentil com os policias e trocar informações. Eles também têm curiosidade em saber um pouco sobre nosso país, cultura… enfim, conversa fiada!

A viagem foi tão espetacular que não vemos a hora de fazermos a próxima. Nossa idéia voltar o quanto antes para San Pedro do Atacama/CHI, um lugar espetacular pela sua diversidade.

Guilherme Luís Pegoraro

 

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Dando continuidade a nossa seção de posts com o relato de outros viajantes hoje vamos apresentar a viagem do Diego e da Janaina. Pelo relato deles, a viagem foi de Lua de Mel e exatamente hoje eles estão completando um ano de casados. Nada melhor para o casal relembrar os momentos que passaram juntos há um ano. Eles toparam compartilhar conosco e com nossos leitores como foi a viagem de carro deles pelo Paraguai, Argentina e Chile com destino ao Deserto do Atacama.

Curtam o relato do Diego, que inclui o roteiro, os passeios, as fotos, além de muitas outras informações.

Eles já estão planejando a próxima viagem de carro para o final de 2015 com destino a Ushuaia!

Agradecemos ao Diego pela colaboração e disponibilidade em relatar esta aventura para nós e nossos leitores. Temos certeza que servirá de inspiração e incentivo para muitos de nossos leitores.

DSC_0628Dados da viagem
Viajantes: Diego de Almeida e Janaina Lins
Período: dia 22/12/13 a 10/01/14 (20 dias).
Cidade e estado de origem: São Paulo/SP
Quilometragem total: 7.150km
Países visitados: Paraguai, Argentina e Chile
Veículo: Pajero TR4
Principal objetivo: Vivenciar novas experiências de viagens, buscando conhecer a fundo a cultura local e conhecer lugares e paisagens diferentes das quais estamos habituados…Fora conhecer e percorrer a grande Cordilheira dos Andes
Olá pessoal! Tudo bem?
Como tínhamos combinado, passarei um relato dessa aventura que ficará marcada como sendo a nossa primeira grande viagem.
Somos de São Paulo e há exatamente 2 anos e meio eu vi uma reportagem de um rapaz indo viajar pela América do Sul em uma Brasília… Fiquei maravilhado com as paisagens e comecei a pesquisar tudo sobre o assunto…Vários blogs, relatos de viajantes, mas o que mais me ofereceu suporte foi o blog Viajando de Carro. Levei uma semana pra ler todos os relatos de viagens de blog e todas as dicas.
O roteiro escolhido iria de São Paulo até San Pedro de Atacama. Casamos no dia 21/12/2013 e saímos para a viagem tão sonhada..DSC_0381. Fomos sozinhos e passamos por Maringá e Foz do Iguaçu (lugar que não conhecíamos ainda). Acabamos ficando 3 dias na cidade.
Demos saída e pegamos a estrada, passando por cidades como Posadas, Corrientes e Resistência, onde ficamos hospedados no hotel Nyiat Urban Hotel que fica praticamente no centro da cidade em frente a uma bela praça, que aliás, tinha ótimo preço e era excelente. Vimos que a cidade vive a noite, onde todo mundo sai pra se distrair e resolvemos dar uma volta… Meu Deus, que calor, marcava 39° as 22:30.
No dia seguinte, iríamos pegar o que seria o  trecho mais cansativo da viagem, a famosa Ruta 16, com suas intermináveis retas. Nesta ruta, o Interessante é ver a mudança da vegetação de árvores altas para arbustos nos Pampas e logo depois, a entrada nas Cordilheiras…
DSC_0922Chegamos em Salta “La Linda” que fica em um vale e logo encontramos um casal do Brasil, onde perguntamos onde estavam hospedados e para onde estavam indo, e logo nos falaram que também iam para SPA. Desta forma, nos juntamos a eles e outro casal.
Ficamos no Hotel Continental, que não tem luxo, mas muito acolhedor e nos deu o merecido descanso. No dia seguinte nos reunimos, demos uma volta na cidade e, após, seguimos viagem para San Salvador de Jujuy  por uma estrada muito estreita, mas bela.
Logo depois, pegamos o famoso Paso Jama, passando por Cuesta de Lipan, Salinas Grandes, onde compramos alguns quadros feito pelos indígenas.DSC_0956
Chegamos em SPA e nos hospedamos no Hotel San Pedro de Atacama. De carro, fomos para os lugares mais visitados, passando pela Gran Duna onde a princípio parece que não é tão grande assim, mas quando você sobe, sobe e não vê o topo, entende logo seu nome… Bela vista aliás do Valle de La Luna…
DSC_1088Depois fomos para o Vale del Arco Iris, onde uma infinidade de cores te deixa estonteado… Laguna Cejar era parada obrigatória para provarmos um mergulho onde você não afunda… Alíás, quem for, leve galões de água para tirar o excesso de sal do corpo. No final do dia, um belo pôr do sol na Laguna Chaxa é obrigatório. Detalhe bacana, é  ao fundo, o vulcão Licancabúr nunca te
abandona e te brinda com toda a sua beleza.DSC_0642
No retorno, optamos por voltar pelo Paso Sico, bem depois de Socaíre todo em rípio. Belas paisagens pelo caminho como Salar Águas Calientes e Lagunas Tuyaito. Passando pela Aduana argentina, o caminho fica bem sinuoso e a atenção tem que ser redobrada, pois qualquer derrapada no rípio pode ser fatal nos sopé da Cordilheira, mas nada que tire suas belezas.
Chegamos em San Antonio de Los Cobres e garotos nos abordaram para comprar algumas pedras brilhantes e alguns bonecos de lhamas… Comemos em uma lanchonete na cidade e aproveitamos para ver uma apresentação de dança típica indígena de crianças da cidade. Voltando a estrada, começamos a ver os trilhos elevados do Tren a Las Nubes. Bem bacana, mas não tivemos tempo para tentar o passeio. Chegamos em Salta a noite e no dia seguinte fomos para Corrientes passear por uma “praia” em pleno Rio Paraná onde pudemos nos divertir bastante e aproveitar o dia. De lá, voltamos para o Brasil, fazendo paradas novamente em Foz do Iguaçu e depois São Paulo.  DSC_0640
Enfim, uma aventura sem igual, que me despertou o espírito aventureiro e com certeza iremos explorar muito mais esse lindo continente que temos e  que muitas das vezes, não damos o devido valor, mas quando damos uma chance a ele, nos maravilhamos com suas belezas e rica cultura.
Obrigado Alexandre e Rosângela, por todo o suporte que vocês deram colocando detalhes tão ricos no Blog “Viajando de carro”. Aproveito também para deixar o link do meu facebook para mais algumas fotos da viagem.DSC_0625
Planejamos a nossa próxima viagem no final de 2015, pois queremos ir até Ushuaia e demanda bem mais preparação em todos os sentidos.
A todos os leitores desejamos que aproveitem a vida e peguem a estrada!
Grande abraço a todos!!!
Diego Almeida

Dando continuidade a nossa seção de posts com o relato de outros viajantes hoje vamos apresentar a viagem da Roseli e da Fernandinha de 9 anos.

As duas partiram de Curitiba no Paraná em uma aventura de carro pela Argentina e Chile passando por Mendoza na Argentina, atravessando a fronteira pelo espetacular Paso Los Libertadores, mais conhecido como Caracoles (detalhe: com neve!) e chegando a Santiago no Chile.

A Roseli foi muito determinada e corajosa, mesmo sem encontrar relatos de outras mulheres viajando de carro sozinhas com criança, foi persistente e partiu em busca da realização de um sonho, além de curtir ótimos momentos junto de sua filha.

Curtam este ótimo e divertido relato da Roseli, que inclui o roteiro, os passeios, uma ideia de custo, os perrengues, as fotos, corrupção policial, além de muitas outras informações.

Elas gostaram tanto que já estão planejando a próxima viagem de carro para o final deste ano com destino a Ushuaia!

Agradecemos a Roseli e a Fernandinha pela colaboração e disponibilidade em relatar esta aventura para nós e nossos leitores. Temos certeza que servirá de inspiração e encorajamento para muitos!

 

Fernandinha no carro 2

Fernandinha aproveitando a viagem

Dados da viagem

Viajantes: Roseli e Fernandinha (9 anos).
Período: dia 05 de julho a 23 de julho (19 dias).
Quilometragem total: 7500km
Países visitados: Argentina e Chile.
Veículo: Estrela Polar – um Fiat Novo Uno 2013 – 1.0
Objetivo geral: passarmos juntas momentos inesquecíveis e conhecer lugares incríveis.
Objetivo específico: Parque Provincial Aconcágua e chegar ao Chile pelos Caracoles, além de ver as montanhas nevadas dos Andes.
Objetivo dos objetivos: Viver um sonho e provar que vale a pena sonhar!

O relato

carro

O “Estrela Polar” carinhosamente batizado pela Fernandinha

Tudo começou com uma decepção:

Em janeiro de 2014, fizemos (eu e Fernandinha) uma viagem de 16 dias para Salvador, voltamos bastante tristes com a situação da sujeira das praias mais lindas e que amávamos, lixo e mais lixo…uma pena. A Fernandinha ficava com um saco recolhendo lixo, como se ela pudesse resolver o problema da educação de todo um povo. Foi então que decidi não ir mais para o Nordeste do Brasil, decidi que já estava na hora de seguir rumo ao sul, não somente o sul do Brasil, mas ao sul do nosso vasto continente. Estava na hora de irmos além.

O planejamento do projeto

Assim, em fevereiro (mal havia chegado) começamos a ler diversos relatos sobre viagens de carro, foram horas e horas de leitura, aproveitamos para ver diversos vídeos de viagens. No entanto, poucas relatavam viagens de carro com crianças e nenhuma com mulher ao volante e sozinha.

Fernandinha no carro

Fernandinha: a co-piloto

Então, resolvi escrever minha própria história, iria eu, minha filhinha que ia completar 9 aninhos num FIAT NOVO UNO 2013, 1.0. Somente para ilustrar, tenho 53 anos, sou formada em administração e economia e sou diretora de escola em Curitiba, filha de caminhoneiro e, devido a isso, tenho a estrada no meu DNA.

Decidido isso, o caso agora era definir o trajeto, nesse ponto achei o blog Viajando de Carro… Desde então fiquei maluca, não parei de ler, comecei às 20h e terminei no dia seguinte, sem parar. Quando amanheceu, a idéia estava toda formada na minha cabeça, eu já havia viajado muito de carro no Brasil e, em 2003, cheguei até Montevidéu, levando meus pais comigo mas, precisei voltar pois, eles eram idosos e ficaram cansados (hoje os meus velhinhos são falecidos).

Agora, eu queria mais, queria uma verdadeira aventura.

Fui ao shopping e encomendei na livraria dois excelentes e caros guias da Argentina. Aborreceu-me não ter disponíveis os guias para levar na hora pois, sou assim, imediatista. Mas, após a espera, os guias chegaram depois de uma semana. Um absurdo. Uma espera que me devastava. Kkk

Roseli 3

Roseli realizando um sonho

Porém, com a ajuda da santa internet, fui vendo o trajeto e colocando a quilometragem, minha filha já estava totalmente envolvida… Achou que o nosso carro devia ser chamado de “Estrela Polar” e assim foi feito. Meus alunos desenhavam e me presenteavam com bandeirinhas da Argentina, Chile e Brasil, embalados pela Copa do Mundo que batia às portas do Brasil.

No final do do planejamento, nosso roteiro ficou assim: Curitiba, Florianópolis, Torres, Porto Alegre, Uruguaiana, Paraná, Santa Fé, San Luís, Mendoza, Uspallata, Los Andes, Santiago, Mendoza, Córdoba, Rosário, Buenos Aires, Uruguaiana, Curitiba.

Placa concordia

Na estrada: viajando de carro

A viagem

Marcamos a saída para o dia 07 de julho, mas ficamos tão ansiosas que saímos dia 05. Em relação aos custos, disponibilizei R$4.500,00 em dinheiro, mais cartão de crédito onde gastamos R$2.100,00. E ainda voltamos com dimdim para Curitiba e trouxemos, inclusive, algumas lembrancinhas… quase todas para o papai.

No percurso, ficamos hospedadas em Hostel na cidade de Torres-RS, Mendoza e Uspallata (únicos lugares que fizemos reservas). Nas demais cidades ficamos em hotéis, a média das diárias ficou em torno de R$120,00.

Nossas refeições eram feitas de forma simples, sem luxo. Fomos muitas vezes ao supermercado. Nada de gastar demais. Nosso carro fez uma média de 17 kms por litro. Rodamos mais ou menos 7.500km inclusive contando os passeios (fizemos muitos passeios).

Passeios – lindos e inesquecíveis

Potrerillos

Roseli em Potrerillos

Em Mendoza fomos visitar algumas bodegas, visitamos o Zoológico, subimos o Cerro da Glória e conhecemos o Parque San Martin, ficamos hospedadas no Hostel Mi Casa, lugar agradável localizado a cem metros da entrada do Parque San Martin. Fomos a Villavicencio e retornamos a Mendoza por Uspallata, pelas cuervas de Villavicencio. Passamos outro dia visitando Potrerillos e Las Vegas. Depois ficamos um dia e uma noite em Uspallata, somos adeptas a trilhas e bike e aproveitamos para fazer lindos passeios nessa pequena cidade. Tinha neve e seguimos até Los Penitentes para esquiar. Depois retornamos a Uspallata para dormir e descansar. Nessa noite teve um tremor de terra, foi sinistro, como disse a Fernandinha.

Fernadinha em Aconcagua

Parque Provincial Aconcagua

No dia seguinte seguimos novamente a Ruta 7 até Puente Del Inca e Parque Provincial Aconcagua. Tinha muita neve. A Ruta ficou fechada algumas horas, precisei colocar as “cadenas” que eu havia alugado em Uspallata. Descemos Los Caracoles com neve, foi um pouco assustador, mas o medo nunca me paralisou, muito pelo contrário. Já era noitinha quando chegamos a Santiago, ficamos no IBIS, pois eu não tinha reserva e não queria rodar muito.

Passamos o dia passeando e retornamos no dia seguinte, pelo mesmo trajeto, dessa vez mais tranquila. Paramos novamente no Parque Aconcagua e na Puente Del Inca. Novamente estava com neve e o vento era cortante. Paramos também para a Fernanda brincar de trenó. Ela ama a neve! Em Uspallata devolvemos as cadenas e os trajes de neve que havíamos alugado ($120,00). Dormimos em Mendoza e seguimos para Córdoba, pois eu queria conhecer a universidade (coisa de professora). Depois retornamos passando por Rosário e Buenos Aires (nós já tínhamos ido de navio para Buenos Aires) então não pretendia ficar muito tempo por lá. Depois subimos para Uruguaiana e retornamos para casa, passando por Porto Alegre novamente. Chegamos a Curitiba no dia 23 de julho, às 17 horas, para a alegria do papai que estava aflito demais. Kkkk

Roseli 2

Roseli curtindo as baixas temperaturas da região

Detalhes tão pequenos

Bom, quando estava em Uspallata quebrou nosso GPS, então fizemos todo o percurso até Santiago e o retorno apenas pelos nossos mapas e guias. O cabo da bateria do nosso notebook também quebrou… Então ficamos sem internet. Mas, não nos perdemos nenhuma vez. Apenas em Córdoba precisei perguntar aonde era a saída da cidade, pois me confundi no viaduto. Mas, nada que fosse perturbador.

Neve

Fernandinha brincando na neve

A viagem toda abasteci o carro somente nos Postos YPF que são ótimos. Levei um pneu sobressalente, além do estepe mas, não precisou ser utilizado. Levei uma caixa de ferramenta (mas, também não precisei dela). Para dizer a verdade nem calibrei os pneus do carro, esqueci. Coloquei as cadenas na Puente Del Inca, pois começou a nevar forte e a polícia começou a parar os carros. No Hostel Internacional, em Uspallata, o proprietário havia me ensinado a colocar e não teve nenhum segredo. Naquele lugar que nós estavamos, eu não queria pedir para ninguém… A estrada fechou, passaram as máquinas e logo ela abriu somente para carros. E como tinha carro! Muito movimento.

Sobre a documentação

Fiz o Seguro Carta Verde com a minha seguradora, paguei R$280,00, comprei o cambão em São Paulo pela internet, paguei R$90,00. O mesmo chegou dois dias antes da viagem e ainda está na mesma caixa no meu porta malas. Não abri, nem sei se tem mesmo um cambão dentro da caixa Kkkk. Peguei o triângulo extra no carro do pai da minha filha e a caixa de primeiros socorros foi a Fernandinha que montou. Fomos na Casa China compramos uma caixa de plástico, depois fomos à farmácia e compramos diversos itens. Em casa ela pintou uma cruz vermelha na caixa. Ficou linda!!!

O carro está no meu nome então não tive problema com documentos do veículo. O pai da minha filha foi no cartório e fez uma autorização com firma reconhecida por presença e não por semelhança (essa última não serve) e autorizou que ela fosse para Uruguai, Argentina e Chile (mas, não fomos para o Uruguai).

Comprei um “bom” GPS, que quebrou e me deixou na mão, conforme falei anteriormente. Até hoje ele está no técnico para consertar. Mas, acho que vou jogar fora e comprar um melhor. Inclusive, preciso de dicas sobre isso. kkkkkk

Aconcagua

Parque Provincial Aconcagua

Sobre a polícia

Essa me parou inúmeras vezes, mas não tive nenhum problema. Segui os conselhos dos viajantes, quando passava pela polícia a Fernandinha (minha co piloto) abria o vidro do carro, eu já tirava os óculos, facilitava, e quando me pediam documentos eu tinha uma pasta transparente com todos os documentos e a carta verde em cima de tudo. Alguns momentos eles olhavam para dentro do carro, como se estivessem pensando: – Cadê o homem… kkkkk. Quando viam que eram apenas eu e a minha menina, diziam para seguir.

Ahhh… seguindo conselhos de viajantes, tirei uma cópia de todos os documentos, todos mesmo, e levei dentro de uma outra pasta, para o caso de perder ou ser furtada. Achei prudente fazer isso.

Levamos passaportes… Somos meio bobinhas e adoramos carimbos no passaporte. kkkkk

Fernandinha em Mendoza

Parque San Martin em Mendoza

Um pouco antes de Mercedes, a Policia Camineira me parou e me multou em $666 pesos. Um absurdo. Disse que eu estava com os faróis desligados, e eu não estava. Mas, como eu ia provar (int). Pois, desliguei o carro quando eles me mandaram parar. Enfim, não discuti, deixei que me multassem. Disseram que eu tinha 3 dias para pagar, depois a multa passaria para $1.333,00 pesos. Claro que não paguei a multa até o dia de hoje. Kkkkk

No Hostel, em Mendoza, conheci um Oficial da Policia, que morava em Rosário, e estava de férias em Mendoza. Ele me aconselhou a não pagar, me disse que são policiais corruptos e que queriam propina. Mesmo assim, fiquei preocupada, passei um e-mail para a minha sobrinha que mora em Foz do Iguaçu e é advogada na fronteira. Ela também me aconselhou a não pagar. Diante de duas fortes opiniões e da vontade que eu tinha de economizar essa graninha resolvi não pagar.

Bicicleta

Passeio de bicicleta em Uspallata

Na ida, quando atravessamos o Portal de entrada na Província de Mendoza, eles vieram fazer inspeção no carro, perguntaram se tinha frutas, queijos, etc…. Eu disse que não tinha e a Fernandinha logo disse: Tem sim mãe, tem bastante fruta! Kkkkkkk. Foi o maior barato. O inspetor não sabia se acreditava em mim ou na Fernanda. Kkk. No fim ele deu risada e mandou seguir. Foi ótimo pois, salvamos meia dúzia de maçãs, quase meio quilo de uva e umas três bananas. Kkkkk.

Bom, vou encerrando dizendo que não corri nenhum perigo na estrada, os caminhoneiros argentinos são gente boa, os chilenos correm demais, são meio malucos. Mas, os brasileiros são piores. As estradas são boas. Em Mendoza tinha quase 100km de pista em obras, mas foi tranquilo. Perto de Paraná, pegamos 40km de estrada em obras, mas também foi tranqüilo.

Não dirigi à noite, apenas um pouco em Santiago e um pouco em Porto Alegre na freeway. Eu não gosto de dirigir à noite.

Fernandinha

Fernandinha em Potrerillos

Sempre parava antes do anoitecer. Assim dava sempre para dar umas voltinhas e conhecer a cidade e ainda ir ao mercado.

Fiz câmbio somente em lugares confiáveis, em Uruguaiana, em Santa Fé, em Mendoza e em Santiago. Nada de fazer câmbio em lugares estranhos. Carreguei o dinheiro escondido em três lugares. Nunca deixei o carro na rua, sempre em estacionamentos. Não fiquei me expondo e nem de conversa com qualquer um.

Teve um lugar em Mendoza que o povo estava meio revoltado com os brasileiros por causa da final da Copa do Mundo, achei o clima meio tenso. Então eu e a Fernandinha resolvemos conversar apenas em inglês para que eles não nos hostilizassem. Mas, foi somente isso, logo essa galera foi embora e nós ficamos tranquilas e ainda praticamos nosso inglês macarrônico.

Roseli

Roseli curtindo a viagem

A viagem foi tão maravilhosa que seguiremos para a Patagônia no dia 14 de dezembro. Mas, isso é uma outra história…

Roseli Martins e Fernanda Martins Christmann

 

 

 

 

 

 

Hoje damos início a uma série de posts de outros viajantes que, assim como nós, adoram colocar os “pneus na estrada” e partir rodando pelos países da América do Sul.

Para estrear a nossa seção contamos com a colaboração da Marilza, do interior de São Paulo, que relatou a viagem solitária que fez com destino ao Deserto do Atacama, no Chile, passando por Mendoza na Argentina.

A Marilza, mesmo sozinha, foi corajosa, determinada e partiu em busca de realizar seus sonhos viajando de carro. Não deixem de conferir o relato desta aventura que inclui o roteiro, os passeios, uma ideia de custo, os perrengues, as belíssimas fotos, além de muitas outras informações.

Segundo ela, viciou e já esta pensando na próxima… Mas, depois de uma aventura como esta, quem não vicia?

Agradecemos a Marilza por sua colaboração e disponibilidade em contar como foi a sua viagem para nós e nossos leitores. Temos certeza que servirá de inspiração para muitos!

Mah Barros

Chegando a Mendoza/Argentina

“Quando a Rosângela me fez o convite para compartilhar minha experiência no blog Viajando de Carro, fiquei super feliz !!!

Primeiro, porque é uma oportunidade para agradecer a vocês pelas valiosas dicas que dão no blog e, segundo, porque sempre é muito gostoso relembrar essa aventura. Foram 23 dias sozinha na estrada, partindo da minha cidade, Avaré/SP, no dia 10/3/2014, com destino a San Pedro de Atacama. Contando ida e volta, rodei cerca de 10.000 km.

Era um sonho antigo meu, que adiei por muito tempo envolvida que estive com trabalho e criação de filhos… Por fim, veio a aposentadoria e minha oportunidade de criar asas… ou rodas !!! Na etapa de planejamento, encontrei no blog Viajando de Carro todas as respostas às minhas dúvidas e, graças a vocês, não tive quaisquer surpresas desagradáveis pelo caminho.

Escolhi um roteiro, a grosso modo, sem muito detalhamento, pois minha intenção era mesmo viajar no estilo “easy rider”. Assim, fui tomando outras decisões pelo meio do caminho. Me concedi um prazo máximo de 30 dias para a aventura e me joguei na estrada, sem medo de ser feliz !!!

O roteiro que acabei fazendo foi: Avaré, Foz do Iguaçú, Posadas, descendo pela RN 12 até Santo Tomé, Rosário e  Mendoza, na Argentina… depois,  Quillota, Caldera, Antofagasta e, finalmente, San Pedro de Atacama, no Chile.

Chegando a Mendoza2

Chegando a Mendoza/Argentina

Chegando a Mendoza

Chegando a Mendoza/Argentina

Como estava viajando sozinha, dirigia apenas durante o dia e descansava uma noite, ou duas, dependendo do nível de cansaço. Para me hospedar preferi hostels, por ser mais a minha cara, mais descontraídos e mais baratos. Fiz todas as reservas pelo Booking, à medida que decidia quando e onde iria parar. Além do GPS, como ferramenta auxiliar, e importante, utilizei as rotas do site Ruta 0 que ia consultando pela internet, nas paradas com wi fi.

Não calculei o custo da viagem na ponta do lápis, mas entre despesas com seguros e equipamentos, combustível, pedágios, hospedagens, alimentação, ingressos e “regalos”, gastei por volta de R$ 7.000,00, sendo o combustível, disparado, a maior delas. Gastei pouco com alimentação, talvez porque carregava o tempo todo no carro água, frutas e chocolates e, encantada com as paisagens e fazendo fotos pelo caminho, até me esquecia de comer… Acabava fazendo uma única refeição à noite. Além disso, meu foco não eram restaurantes ou lojas…. Eu estava solta era na estrada mesmo !!!

Fora tudo o que vi e fotografei pelo caminho, nos 2 dias que passei em Mendoza, contratei um tour pelas vinícolas e um pelas altas montanhas… Eu queria saber como meu corpo se comportaria com a mudança de altitude, já que dali a 2 dias eu faria o mesmo percurso dirigindo sozinha. Esse tour é de um dia inteiro e chega-se até Las Cuevas, praticamente fronteira com o Chile já, incluindo uma visita ao Parque Provincial do Aconcágua e paradas em Los Penitentes, Uspallata, Las Cuevas e Puente Del Inca. Vale muito a pena !!!

Vinhedo em Mendoza

Vinhedo em Mendoza/Argentina

Pré Cordilheira

Pré-Cordilheira – Mendoza/Argentina

Puente Del Inca

Puente Del Inca – Mendoza/Argentina

Degustação de vinhos

Degustação de vinhos – Mendoza/Argentina

Parque Provincial Aconcágua

Parque Provincial Aconcágua – Mendoza/Argentina

Los Penitentes4

Los Penitentes – Mendoza/Argentina

Em San Pedro de Atacama, onde fiquei 5 dias, assim que cheguei, tratei de contratar os tours que me interessavam: Valle de La Luna e Valle e Valle de La Muerte, Salar do Atacama, Laguna Cejar, Lagunas Miscanti e Niñique, Gêiseres Del Tatio e uma visita a um observatório. Para isso, bastou me dirigir à Calle Caracoles, centro de San Pedro, onde existem váaaarios escritórios de turismo que fazem pacotes legais… O bom é que eles organizam os passeios em ordem crescente de altitude dos lugares visitados, para que a gente tenha tempo para se aclimatar, de modo que eu não tive qualquer desconforto por conta da altitude… E olha que Gêiseres Del Tatio, por exemplo, fica a 4.500m acima do nível do mar. Seguindo a dica de um amigo farmacêutico aqui da minha cidade, que já fez essa viagem ao Chile 5 vezes, tomei umas cápsulas de Maca Chilena com Guaraná, manipuladas por ele, e passei tranquila por tudo… Inclusive o trecking pelo Valle de La Luna, sob sol escaldante e tempo muito seco… O Valle de La Luna é a região mais seca do planeta, né?

Vulcão Licancabur

Vulcão Licancabur – Deserto do Atacama/Chile

Valle de La Muerte2

Valle de La Muerte – Deserto do Atacama/Chile

Valle de La Luna

Valle de La Luna – Deserto do Atacama/Chile

Salar do Atacama2

Salar do Atacama – Deserto do Atacama/Chile

Laguna Niñique

Laguna Niñique – Deserto do Atacama/Chile

Laguna Miscante

Laguna Miscante – Deserto do Atacama/Chile

Laguna Cejar

Laguna Cejar – Deserto do Atacama/Chile

Gêiseres El Tatio3

Gêiseres El Tatio – Deserto do Atacama/Chile

Céu Atacama

O céu do Atacama – Deserto do Atacama/Chile

Fauna do Deserto

Fauna – Deserto do Atacama/Chile

Apenas um contratempo, na volta, mas que acabou sendo a parte mais aventureira da minha aventura… rs: Pouco antes de cruzar a fronteira Chile/Argentina, por Paso Jama, uma pane na injeção eletrônica do carro me deixou no deserto, sem sinal de telefone ou internet. Eram 9:30 h da manhã e, entre alguém parar e se dispor a me rebocar até a Aduana e a chegada do socorro do lado argentino, foram 14 horas de espera… Depois, uma viagem de 30 horas a bordo de uma grua, até Foz do Iguaçú novamente. CAUSA: combustível sem adição de álcool. As sucessivas leituras do chip de uma mistura diferente daquela programada na central, enlouqueceram o coitado, que cortou a injeção de combustível.

Enfim… foram muitas fotos, muitos momentos de intensa emoção, uma sensação de liberdade incrível, amigos pelo caminho… Não dá pra contar tudo porque isso era pra ser apenas um breve relato e não posso me empolgar! Só posso dizer que viciei e já estou pensando na próxima em 2015!!!

Grata novamente ao blog Viajando de Carro !!! Se alguém quiser saber mais alguma coisa, ou dar uma olhadinha nas fotos, eu abri uma página no Facebook onde pretendia manter um diário, mas acabei tão envolvida na viagem que, confesso, ficou meio incompleto .

https://www.facebook.com/diariodebordomah

Boas viagens a todos… Beijão !!!

Mah Barros (marilza.barros@hotmail.com)”

De Brasília, no Salar de Uyuni/Bolívia (foto de Ney Mello Júnior).

De Brasília, no Salar de Uyuni/Bolívia (foto de Ney Mello Júnior).

Olá viajantes

Trouxemos para vocês mais uma dica de blog sobre viagens de carro pela América do Sul. Desta vez a viagem foi feita por um carro especial: Volkswagen Brasília 1978.
A aventura foi realizada pelo agente de viagens de 31 anos, Ney Mello Júnior, que partiu de Araraquara (SP) e passou pela Bolívia, Peru, Chile, Argentina e Paraguai.
Foram 31 dias de viagem e 11500 quilômetros de aventura, passando por lugares fantásticos como Estrada da Morte (Bolívia), Santa Cruz de la Sierra, Sucre, Salar de Yuni, Deserto do Atacama, Machu Pichu e as linhas de Nazca.

De Brasília, na estrada entre Chala e Arequipa.

De Brasília, na estrada entre Chala e Arequipa.

Parabéns ao Ney por nos mostrar que, independente do carro que você tenha, é possível desbravar nosso querido continente e se encantar com suas pelas paisagens.

Site oficial da aventura:

Reportagens:

Um abraço a todos
Alexandre, Rosângela e Felipe