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Hoje nos despedimos do Chile e rumamos para Argentina. Logo estaremos em casa! Mas, ainda faltam três longos dias de viagem. Tomamos um delicioso o café da manhã no Bed and Breakfast Hola Chile, onde foi servido pães, leite, iogurte, suco, chás, café, geleias, manteiga, ovos (opcional) e frutas e após seguimos viagem.

O trajeto é hoje é: La Serena->(41)->Vicuña->Guanta->[aduana]->(RN150)->Las Flores->Pismanta->Rodeo. São 341km, sendo 150km em rípio o resto asfaltado.

No nosso trajeto atravessamos o Paso Internacional Água Negra. Esse paso une a região de Coquimbo no Chile a província de San Juan na Argentina. É importante estar bem aclimatado a altitude, pois o ponto mais alto, no limite internacional, atinge a altitude de 4779m. Esta foi a maior altitude que já chegamos em nossas viagens.

O paso Água Negra possui belas paisagens. Durante a nossa travessia passamos por lagos, paisagens características de clima árido e também vimos a formações de gelo denominadas penitentes.

Com certeza valeu a pena! A travessia é um pouco demorada em função da estrada de rípio e das condições da mesma. Nós deveríamos ter saído mais cedo para fazer a travessia de forma mais tranquila.

Não é possível andar muito rápido devido as condições da estradas. As nossas paradas foram breves para não demorarmos muito na travessia. Caso as paradas sejam mais frequentes ou demoradas é recomendado o uso de um protetor solar, devido ao clima seco e a elevada altitude, assim como fazer uma boa hidratação. O horário de travessia é das 7 às 17h, sendo que esse paso fica aberto somente entre os meses de novembro a maio. Nos outros meses do ano o paso fica fechado devido as condições climáticas que impossibilitam a travessia. Para mais informações sobre o Paso Internacional Agua Negra acesse o site oficial aqui e consulte o folheto de integração aqui. Sugerimos não confiar totalmente nos horários informados, pois podem sempre haver alterações.

Para o trajeto percorrido hoje saímos de de La Serena e pegamos a ruta 41 até a aduana chilena que corresponde a aproximadamente 150km de asfalto em bom estado. Neste trecho a estrada passa por diversos vilarejos em um percurso cheio de curvas. A partir da aduana inicia o trecho de rípio, que até a fronteira está em mau estado, com muitas pedras e costelas de boi. O trecho em rípio também é o mais alto da travessia do paso. Em alguns pontos o carro trepida tanto que parece que vai soltar os parafusos. Neste trecho dificilmente se passa dos 40Km/h.

O caminho até a fronteira tem subidas íngremes e inúmeras curvas. Neste trecho, sai-se de La Serena ao nível do mar e chega-se a altitude máxima 4779m na divisa entre os dois países. A partir daí inicia-se a decida com as condições da estrada um pouco melhores. Este último trecho é menos pedregoso e havia acabado de ser patrolado, por isto estava melhor. Há algumas obras na pista, próximo ao final do ripio no lado argentino. Este trecho está sendo asfaltado, mas pelo que parece isso ainda irá levar muito tempo para ser concluído.

Pelo lado argentino a ruta de chama RN150. No lado argentino, os quilômetros iniciais do asfalto estão um pouco deteriorados. Para atravessar o trecho de rípio levamos cerca de 3h e 40 minutos, contando com algumas paradas que fizemos para fotografar. Mesmo sem paradas, acreditamos que dificilmente dá para fazer em menos de 3h no estado em que o trecho se encontrava.

Em relação ao tempo de travessia, leve em consideração que depende muito das condições da estrada. Quando passamos, cerca de 60% da estrada havia sido recentemente patrolada, facilitando bastante a travessia. Apesar das condições da estrada, esse paso pode ser cruzado por qualquer tipo de veículo. Para motos o trecho inicial do lado chileno pode ser um pouco mais complicado, porque há muitas pedras soltas. Pelo menos a metade dos carros que vimos cruzando o paso eram veículos de passeio convencionais. Mesmo carros com motorização 1.0 cruzariam este paso. O nosso carro possui motorização 1.4 (97 cv) e não teve perda de potencia significativa ou aumento de consumo devido a altitude. Em algumas subidas mais longas e íngremes o motor aqueceu bastante (ainda abaixo do limite) e tivemos que desligar o ar condicionado para ganhar um pouco mais de potencia e não forçar tanto o motor. Passamos por um policial com radar entre as cidades de La Serena e Vicuña.

Os trâmites nas aduanas chilena e argentina foram rápidos. Nós atravessamos na aduana chilena no final da manhã. Perguntamos aos agentes chilenos o horário que a aduana argentina fechava, eles nos informaram que é feito um controle compartilhado entre agentes dos dois países de quais veículos estão fazendo a travessia do paso.

Um pouco antes de chegar a aduana chilena pegamos uma chuva de granizo muito forte. As pedras de gelo não eram grandes, mas caiam em muita quantidade e choveu durante alguns minutos torrencialmente. Esse com certeza foi o maior susto de nossa viagem, pois pensamos que o parabrisa ia quebrar.

Nunca havíamos presenciado uma chuva de granizo tão intensa. A estrada e os campos ficaram brancos de tantas pedras.

O maior problema foi que a estrada não tinha nenhum tipo de abrigo, nem mesmo uma única árvore para noso proteger. Aqueles minutos não passavam. Não paramos de dirigir para ver se escapávamos nuvem de granizo e ficamos com as mãos segurando o parabrisas para ver se amenizava o impacto. O vidro vibrava devido a força das pedras. Foram realmente momentos assustadores. As pedras caíram durante longos 10 minutos. Tiramos algumas fotos nos momentos em que as pedras aliviavam um pouco, porque nos mais intensos realmente não foi possível. Felizmente passamos ilesos e o parabrisas ficou intacto. O bagageiro de teto protegeu o teto do carro. Posteriormente verificamos o carro e felizmente não vimos nenhuma marca das pedras.

Depois de alguns minutos chegamos na aduana ainda debaixo de chuva. Enquanto fazíamos os trâmites voltou a cair mais algumas pedras, mas com pouca intensidade e durou bem pouco.

A seguir partimos em direção a cidade Rodeo, onde iríamos pernoitar. Em Rodeo, após pesquisar alguns lugares, nos hospedamos na Pousada 50 Nudos. De uma forma geral gostamos da pousada, mas o que nos conquistou foi a parte externa. O local tem uma grande área verde, com piscina e um campo de futebol. É uma ambiente muito agradável e, mesmo pagando um pouco a mais do que pretendíamos, foi ótimo para a nossa família e principalmente para as crianças. Após um dia cansativo de viagem curtir a área verde do local foi muito bom para recarregarmos as baterias.

Na parte externa dos quartos há mesinhas com vista para a piscina, onde os hóspedes podem ficar curtindo a paisagem. O Alexandre e o Felipe ficaram até a noitinha jogando futebol com o filho da proprietária, um vizinho e mais dois meninos que estavam hospedados no local.

Nem preciso dizer o quanto o Felipe gostou desse final de dia. Foi bem legal, até porque foi algo que nem havíamos planejado e acabou sendo um final de dia bem divertido e agradável para todos nós. A família que administra o local foi bem hospitaleira e nos recebeu muito bem. No entanto, em relação aos quartos propriamente ditos, não nos agradamos muito. O ambiente todo é bem rústico, chega a ser rústico demais! Tinha banheiro privativo, mas não consideramos muito bom. A limpeza do local também deixou um pouco a desejar. Mesmo assim, consideramos uma opção regular. Como disse inicialmente, a parte externa nos conquistou primeiro e isso foi decisivo para nos hospedarmos lá.

No final, acabou compensando uma coisa pela outra. O lugar oferece estacionamento, café da manhã e wi-fi. A rede sem fio funciona somente em alguns lugares, como por exemplo na sala de café da manhã, nos quartos o sinal é muito fraco. Junto a sala do café da manhã tem uma cozinha que pode ser utiliza pelos hóspedes. O local também dispõe de aluguel de bicicletas.

Hoje literalmente caímos da cama para seguir viagem. Inicialmente pretendíamos ir até Oruro. No entanto, o Alexandre foi buscar o carro no estacionamento, mas haviam outros três veículos impedindo a saída do nosso. A garagem era um corredor descoberto em que todos os carros ficavam enfileirados. O nosso foi o primeiro a entrar no dia anterior e, portanto, teria de ser o último a sair. O lugar era sujo, todo bagunçado, enfim, uma zona! Não ficava ninguém cuidando, mas nos pareceu (relativamente) seguro, já que o portão ficava fechado.

Era bem cedo, algo em torno de 7h no horário da Bolívia. Informaram que os carros sairiam em seguida, dentro de uns 30 minutos. Não acreditamos que todos os carros sairiam em um intervalo tão curto de tempo. Desta forma, aguardamos um pouco e resolvemos ir dar uma volta pelo centro de Villazón.

A cidade é pequena e o povo se mostra bem desconfiado dos estrangeiros. Há muitas barracas nas ruas vendendo de tudo um pouco, desde alimentos, sucos, frutas, brinquedos e roupas. Tinha até uma barraca vendendo especificamente cartões SD e pendrives.

A cultura boliviana é mantida na cidade e há muitas mulheres com as vestimentas típicas do país.

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Fachada do local onde ficamos hospedados em Villazón – andar de cima

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Estação rodoviária

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Muitas vans! Esse tipo de transporte é muito comum na Bolívia. O pessoal fica o tempo todo gritando e fazendo propaganda dos destinos

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Uma das muitas feiras livres da cidade

Em Villazón há no mínimo dois parquinhos legais para crianças. Resolvemos levar os pequenos em um que fica próximo do terminal de ônibus. Porém, chegando lá, estava fechado e o horário de abertura era somente às 9h. O parque é gratuito, no entanto o horário é restrito. Provavelmente isto é feito para evitar o mau uso, ação de vândalos e depredação do local.

Infelizmente tivemos que desistir do parquinho, pois não poderíamos aguardar pela sua abertura. Voltamos para as proximidades do hotel para aguardar a liberação do carro no estacionamento. Dando uma volta pela praça que fica próxima ao terminal de ônibus, encontramos uma outra hospedagem (Center Hotel, Plaza “6 de Agosto” n.125, Telefone 5965472). Nos pareceu uma boa opção, provavelmente melhor do que a nossa. Entramos para pegar informações, pois poderiam ser úteis para outros viajantes. O hotel também não tem estacionamento. Mas há elevador, café da manhã e wi-fi. Porém, no momento, o elevador e a wi-fi não estavam funcionando. O custo é cerca de 250 bolivianos, 100 a mais do que o local onde nos hospedamos.

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Monumento em Villazón

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Praça central de Villazón

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Há muito monumentos como esse na praça

Fomos até o estacionamento para ver se o nosso carro já estava liberado, mas ainda havia um veículo na nossa frente. Eu (Rosângela) e as crianças fomos aguardar um pouco mais no hotel. Neste momento já eram 9h e 30min. Desta forma, combinei com o Alexandre que iríamos novamente para o parquinho e, quando o carro estivesse liberado, ele passaria por lá para nos pegar. Já que estávamos sendo obrigados a esperar, achamos justo as crianças aproveitarem a pracinha, pelo menos, por alguns minutos.

A pracinha é muito legal e tem muitos brinquedos para as crianças se divertirem. Ficamos um pouco por ali até o Alexandre aparecer a pé dizendo que ainda estava esperando o carro ser liberado e resolveu ir até onde estávamos para matar o tempo.

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Um dos parquinhos público da cidade

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Felipe no parquinho

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Isabela fazendo amizades

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Ótima estrutura do parquinho em Villazón

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Local onde deixamos o carro estacionado durante o pernoite

Ficamos mais alguns minutos no parquinho e resolvemos retornar todos juntos para ver se o carro já estava liberado. Após chegarmos no hotel tivemos que esperar ainda mais um pouco. Os donos do carro que estava na nossa frente não tiveram nenhuma consideração e somente retiraram seu veículo no momento que lhes fossem mais conveniente. Em resumo, conseguimos sair da cidade rumo a Oruro somente por volta das 11h da manhã. Um horário um tanto tarde para conseguirmos vencer o trajeto programado para hoje. No entanto, seguimos viagem para ver o que seria possível percorrer no dia de hoje após este grande imprevisto.

Nosso roteiro de hoje foi Villazón->(RN14)->Tupiza->Santiago de Cotagaita->Potosí, percorrendo 360km ao total.

Alguns quilômetros após iniciado a nossa viagem chegamos a um pórtico de boas vindas a Bolívia. Paramos para fotografar rapidamente e seguimos viagem.

As paisagens pelo caminho são muito bonitas, especialmente até a cidade de Tupiza. Como não conseguimos obter muitas informações a respeito deste trecho durante as nossas pesquisas na elaboração do roteiro, as belezas desse trajeto foi uma grande surpresa. Como sempre comentamos, esta é uma das grandes vantagens das viagens de carro, muitas vezes o trajeto é mais bonito do que o próprio destino e isso faz a viagem ficar ainda mais prazerosa.

A estrada está toda em bom estado de conservação. Há um baixo movimento de veículos. Além disso, há postos de combustíveis e conseguimos abastecer pelo valor destinado aos estrangeiros sem nenhuma dificuldade.

Não há muitas opções de restaurantes pelo caminho e os postos de combustíveis não possuem lancherias. Para quem quer fazer uma refeição terá que aproveitar as opções existentes nas cidades por onde se passa neste trecho da viagem.

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Pórtico de boas vindas

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RN 14

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RN 14

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RN 14

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Mirante em Tupiza

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Tupiza vista do mirante

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Linda imagem vista do mirante em Tupiza

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Em todo o trajeto há muito vilarejos com casas feitas de barro

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RN 14

Chegando em Potosi ficamos impressionados com a bela paisagem da cidade. Potosi está a 3967m sobre o nível do mar e é uma das cidades mais altas do mundo. A cidade também é conhecida pelas suas minas, localizadas no Cerro Rico, que se constituíram no principal centro produtor de prata em toda América no período colonial. Hoje em dia ainda há atividade nas minas onde é extraído, 24 horas por dia, estanho, chumbo e zinco. Também é realizada visitação guiada nas minas onde turistas, mais aventureiros do que nós, realizam arriscados tours por seus corredores subterrâneos.

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Minas em Potosi

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Cultura

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Minas em Potosi

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A impressionante vista da cidade de Potosi

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Minas em Potosi

Resolvemos pernoitar em Potosi alterando um pouco o nosso roteiro. Já era em torno de 18 horas da tarde. Os próximos trechos da estrada eram de serra e, além de ser perigoso, certamente iríamos ter que adentrar até tarde da noite para cumprir o trajeto. Sem dúvidas, esta foi a nossa melhor decisão neste momento.

Desta forma, entramos na cidade em busca de um lugar para ficar. Pegamos uma das opções indicados pelo GPS. Nos hospedamos no Hotel Santa Teresa . Um bom hotel e com um valor um pouco acima da média do que costumamos pagar. No entanto, tinha estacionamento, café da manhã, restaurante no local, enfim tudo o que precisávamos para facilitar a nossa vida após um dia um pouco estressante e cansativo. Os quartos são amplos e confortáveis, possuem aquecimento, TV LCD e wi-fi. O banheiro era bom, mas a água quente do banho era um pouco instável.

Descemos para jantar no restaurante do hotel e depois fomos descansar.

Hoje foi a nossa primeira experiência dirigindo no trânsito boliviano de uma cidade maior porte. Potosi tem cerca de 130 mil habitantes. O trânsito é um pouco bagunçado, onde a preferência é de quem avança primeiro. Mas não chega a assustar. Depois de algum tempo se entender as “regras” e dá para se virar bem. A maior dificuldade são as inúmeras ruas com descidas e subidas íngremes.

 

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Hoje foi o dia do Natal! Trouxemos os presentes das crianças e touquinhas do Papai Noel na bagagem para comemorar a festa com as crianças de forma simples e simbólica para não deixar passar em branco. O Felipe comentou que o Papai Noel não ia encontrá-lo, pois estávamos viajando. Mas, explicamos para ele que havíamos avisado para o “velhinho” sobre a viagem e que ele iria encontrá-lo para entregar o seu presentinho. Ele ficou muito surpreso e gostou muito do presente que ganhou!

Em Maimará nos hospedamos na pousada La Estancia um local que consideramos muito bom. Ambiente rústico e muito acolhedor. Fomos muito bem recebidos pela senhora encarregada do local que fez de tudo para atender a todas as nossas necessidades da melhor forma possível. Veja mais informações sobre esta hospedagem clicando aqui.

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É Natal!

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Pousada La Estancia

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Estacionamento da Pousada La Estancia

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Vista da pousada

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Curtindo a paisagem!

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Pousada La Estancia

O dia foi reservado para fazermos passeios pela Quebrada de Humahuaca, Cuesta de Lipán e Salinas Grandes. Nosso roteiro foi: Maimará->(RN9)->(RN52)->Purmamarca->Custa del Lipan->Salinas Grandes->[voltar]->Purmamarca->(RN9)->Maimará->Tilcara->Humahuaca. Percorremos 229km neste dia.

O roteiro de hoje faz parte de nosso processo de aclimatação à altitude. Em Maimará a altitude é de 2390m. Nos próximos dias ainda estaremos em nosso esquema de aclimatação, passando pelas cidades de Humahuaca/ARG – altitude: 3012m, Villazón/BOL – altitude: 3407m, Potosí/BOL – altitude: 3967m e La Paz/BOL – altitude: 3640m.

Após tomarmos o nosso café da manhã fomos até Purmamarca para dar uma volta pela cidade e aproveitarmos para almoçar.

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Pórtico de Maimará

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Ruas de Maimará

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Praça de Maimará

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Morro de Siete Colores em Purmamarca

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Purmamarca

Depois fomos até a Cuesta de Lipán, localizada na ruta 52, a qual faz parte do caminho para quem tem como destino o Deserto do Atacama no Chile. Nós já passamos nesta ruta quando fomos para o Atacama em 2009 (clique aqui). Veja mais sobre esta viagem aqui.

Fomo a Cuesta de Lipán para ir adaptando nosso organismo as grandes altitudes. Nada melhor do que unir o útil ao agradável e retornar a este local que é show. Paramos em vários locais para fotografar incluindo o ponto mais alto chamado Abra de Potrerillos (4170m).

Depois resolvemos dar uma esticada até as Salinas Grandes (3450m de altitude), que fica em torno de 23Km de distância da Cuesta de Lipán. As salinas é outro local que já visitamos previamente, mas que vale a pena retornar. Além disso, o Felipe ficou muito interessado em conhecer o local. Desta vez as salinas não estavam alagadas como em nossa visita anterior, mas mesmo assim é um local muito bonito e propicia lindas fotos. Para quem tem tempo e criatividade, o salar é uma ótima oportunidade pata tirar fotos com alguns efeitos bem legais.

O dia estava muito quente e o sol muito forte e, por este motivo, não quisemos ficar muito tempo por lá. Tiramos algumas fotos rapidamente das crianças e seguimos viagem retornando pelas rutas 52 e 9 até Humahuaca, onde iríamos pernoitar.

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Cuesta de Lipán

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Cuesta de Lipán

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Cuesta de Lipán

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Abra de Potrerillos

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Abra de Potrerillos

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Ruta 52 com Salinas Grandes ao fundo

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Salinas Grandes

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Ruta 52 – Salinas Grandes

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Salinas Grandes

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Família nas Salinas

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Salinas Grandes

Chegando em Humahuaca fomos procurar pelo hostel que havíamos reservado previamente pelo site do Booking. Tínhamos o endereço, mas não tínhamos as coordenadas do mesmo no GPS. Após perguntar a algumas pessoas descobrimos onde ficava. Próximo do El Sol Hostel de Humahuaca haviam placas indicando o caminho do mesmo. O nosso quarto era com banheiro privativo. O hostel possui área de uso coletivo, como uma cozinha equipada e um salão, o qual também é utilizado para o café da manhã. Há estacionamento no local, porém cabe somente dois carros. O nosso carro ficou na rua, mas a região é segura. Além disso, o carro ficou estacionado bem em frente a janela do nosso quarto. O hostel tem wi-fi porém, não é acessível dos quartos porque o sinal é muito fraco. É servido café da manhã com suco natural, leite, café, chá, pão, torradinhas, broas, doce de leite e manteiga.

Após tomarmos banho, aproveitamos para utilizar a cozinha do hostel e fazer o jantar.

Nosso plano de aclimatação está funcionando muito bem. Até agora as crianças não apresentaram nenhum comportamento diferente que indicasse que estavam com dificuldades devido à altitude. Eu (Alexandre) e a Rosângela estamos sentimos uma maior dificuldade aqui em Humahuaca (3012m). A Rosângela apresentou um pouco de taquicardia, tonturas e dor de cabeça. Eu tive um pouco de dor de cabeça e tonturas. Mas os sintomas não foram muito fortes e conseguimos superá-los sem maiores dificuldades. Não chegamos nem a tomar o famoso chá de coca para ajudar no processo de aclimatação. A Rosângela tomou Paracetamol algumas vezes para amenizar as dores de cabeça.

 

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Hoje estamos dando início a nossa viagem de carro até a Bolívia e Peru, passando pela Argentina, Chile e Uruguai. Assim como a viagem até a Ushuaia, esta faz parte de um grande sonho que temos já há bastante tempo e que estamos tendo oportunidade de realizar agora.

Para a realização desta viagem o planejamento foi mais complexo pois, como prioridade, tivemos que levar em consideração a duração de cada deslocamento e não a distância.  Como boa parte dos trechos dentro da Bolívia são acima dos 3000m de altitude e alguns percursos atravessam serras e a Cordilheira dos Andes, não se pode levar em consideração apenas as distâncias ao montar o roteiro. Outra dificuldade é que na internet existem poucas informações sobre as condições das estradas na Bolívia e Peru.

Portanto dessa vez tínhamos grandes desafios: criar um roteiro que permitisse uma boa aclimatação a altitude, descobrir toda a documentação necessária, contratar os seguros necessários para o carro e descobrir qual a melhor rota, evitando assim estradas ruins.

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Em relação a altitude, criamos um plano de aclimatação que permitisse irmos aumentando a altitude aos poucos, pois estávamos preocupados com a adaptação das crianças. O Felipe está agora com 4 anos e a Isabela com 1 ano e 3 meses. Nosso plano de aclimatação ficou assim:

Dia 3: Maimará/ARG – altitude: 2390m

Dia 4: Humahuaca/ARG – altitude: 3012m

Dia 5: Villazón/BOL – altitude: 3407m

Dia 6: Potosí/BOL – altitude: 3967m

Dia 7: La Paz/BOL – altitude: 3640m

Quanto as crianças, o Felipe vai para a sua quarta viagem de carro e está super entusiasmado, pois envolvemos ele durante todo o planejamento, falando sobre os lugares que iremos visitar e, em geral, sobre tudo relacionado a viagem.

A Isabela vai para a sua segunda viagem. Ela tem uma personalidade super tranquila e já esta adaptada as aventuras da família. Acreditamos que novamente ela vá se comportar bem durante a viagem.  Como ela está completando 1 ano e 3 meses, trocamos o bebê conforto por uma cadeira automotiva. Escolhemos a Burigotto Múltipla que vai de 9 a 36Kg. A princípio ela iria ficar com a cadeira do Felipe, que é  a Burigotto Neo Matrix que vai de zero a 25Kg. Mas, optamos por deixar a Isabela na Múltipla para futuramente fazer a troca das cadeiras conforme a necessidade, já que a Múltipla é própria para crianças maiores.

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Depois de muito pesquisar e consultar diversas seguradoras e corretores de seguro, não conseguimos realizar a extensão de perímetro para a Bolívia e Peru.  Desta forma, fizemos a extensão de perímetro somente para o Chile por meio da seguradora Mapfre. A carta verde foi feita pela HDI, que além de cobrir os países do Mercosul, possui cobertura também para o Chile. Durante a viagem, quando chegarmos aos respectivos países, faremos o SOAT para o Peru e Bolívia que é o seguro contra danos corporais à terceiros.

Em função desta indisponibilidade da cobertura do seguro do carro em todos os países, optamos por viajar novamente com o nosso Prisma Maxx 1.4 2007. Ele está mais rodado (146 mil km), mas sempre realizamos uma ótima manutenção, além de ter passado por uma revisão e troca de peças antes da viagem.

No final de semana, antes da viagem, as crianças apresentaram febre na sexta-feira e no sábado. Estavam apenas com febre e não apresentaram nenhum outro sintoma. No entanto, ficamos em alerta sobre a possibilidade de termos que adiar a viagem por alguns dias. Embora com febre, elas estavam bem. Desta forma, fomos terminando de organizar as coisas para a nossa aventura. No domingo a febre cedeu e, como nenhum outro sintoma havia se manifestado e elas estavam super bem, fizemos os preparativos finais. Deste modo, decidimos partir na segunda-feira conforme o planejamento inicial.  Essa febre misteriosa deve ter sido algum tipo de tensão pré-viagem :).

Pretendíamos sair no meio da manhã, mas não conseguimos em função de ter que deixar toda a casa em ordem, carregar o carro, organizar os últimos  detalhes e arrumar as crianças. Bom, quem tem crianças pequenas sabe que em quase toda saída, a embromação está presente. No entanto, não estávamos muito preocupados com o atraso, uma vez que  neste primeiro dia planejamos uma quilometragem baixa, já prevendo os costumeiros atrasos da saída.  Desta forma saímos de casa já no início da tarde, em torno das 13h.

O nosso destino neste primeiro dia de viagem foi Santiago/RS. Nosso percurso foi: Pelotas->(BR392)->Canguçu->Santa Maria->(BR287)->São Pedro do Sul->Palma->Jaguari->Santiago. Percorremos 465km neste dia.

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Um pouco antes de chegar a Santa Maria, cerca de 20km, o asfalto esta um pouco danificado apresentando algumas imperfeições e buracos.

Em função dos temporais que atingiram o RS e de uma frente fria, o tempo está bem fresquinho e agradável para viajar. O dia estava lindo e ensolarado, sendo um incentivo a mais para uma boa viagem de carro.

A viagem até Santiago transcorreu tranquilamente. Paramos algumas vezes para fazer lanches, ir ao banheiro, esticar as pernas e tirar algumas fotos.

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Fizemos também uma breve parada  na entrada da cidade de Mata/RS, que é uma região de estudos paleontológicos. Por este motivo há uma estátua de dinossauro no seu pórtico.  Desviamos um pouquinho de nosso roteiro original (cerca de 10km) para mostrar o dinossauro para o Felipe e tirar algumas fotos. No entanto, não ficamos mais do que 10 minutos, pois não queríamos  atrasar muito a viagem. Nós já havíamos realizado uma breve visita a esta cidade em outra viagem. Mata é conhecida como “a cidade de pedra que foi madeira”.  Desta forma, há várias esculturas petrificadas.  Veja a nossa visita anterior a essa cidade clicando aqui.

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No pórtico da cidade de Mata/RS

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No pórtico da cidade de Mata/RS

No pórtico da cidade de Mata/RS

No pórtico da cidade de Mata/RS

Chegando a Santiago fomos direto para o Hotel Palace São João, o qual já tínhamos reservado previamente. Este hotel é da Rede Versare e do Grupo Batista.  O hotel é muito confortável, possui estacionamento, wi-fi, um farto café da manhã, ar condicionado e TV LCD. Além disso, há um extremo cuidado com a limpeza do local e o atendimento é muito cordial por parte de todos os seus funcionários. Para as crianças há um pracinha na área externa do hotel. Veja um review sobre o hotel clicando aqui.

Após nos acomodarmos no hotel saímos para jantar.  Comemos na lancheria do Grupo Batista, que fica localizada ao lado do hotel. Além de lanches rápidos, eles servem buffet no almoço e jantar. No mesmo local há uma churrascaria e posto de combustíveis, também do Grupo Batista.

Após o jantar retornamos ao hotel para descansar.

 

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