Posts

Hoje nos despedimos do Chile e rumamos para Argentina. Logo estaremos em casa! Mas, ainda faltam três longos dias de viagem. Tomamos um delicioso o café da manhã no Bed and Breakfast Hola Chile, onde foi servido pães, leite, iogurte, suco, chás, café, geleias, manteiga, ovos (opcional) e frutas e após seguimos viagem.

O trajeto é hoje é: La Serena->(41)->Vicuña->Guanta->[aduana]->(RN150)->Las Flores->Pismanta->Rodeo. São 341km, sendo 150km em rípio o resto asfaltado.

No nosso trajeto atravessamos o Paso Internacional Água Negra. Esse paso une a região de Coquimbo no Chile a província de San Juan na Argentina. É importante estar bem aclimatado a altitude, pois o ponto mais alto, no limite internacional, atinge a altitude de 4779m. Esta foi a maior altitude que já chegamos em nossas viagens.

O paso Água Negra possui belas paisagens. Durante a nossa travessia passamos por lagos, paisagens características de clima árido e também vimos a formações de gelo denominadas penitentes.

Com certeza valeu a pena! A travessia é um pouco demorada em função da estrada de rípio e das condições da mesma. Nós deveríamos ter saído mais cedo para fazer a travessia de forma mais tranquila.

Não é possível andar muito rápido devido as condições da estradas. As nossas paradas foram breves para não demorarmos muito na travessia. Caso as paradas sejam mais frequentes ou demoradas é recomendado o uso de um protetor solar, devido ao clima seco e a elevada altitude, assim como fazer uma boa hidratação. O horário de travessia é das 7 às 17h, sendo que esse paso fica aberto somente entre os meses de novembro a maio. Nos outros meses do ano o paso fica fechado devido as condições climáticas que impossibilitam a travessia. Para mais informações sobre o Paso Internacional Agua Negra acesse o site oficial aqui e consulte o folheto de integração aqui. Sugerimos não confiar totalmente nos horários informados, pois podem sempre haver alterações.

Para o trajeto percorrido hoje saímos de de La Serena e pegamos a ruta 41 até a aduana chilena que corresponde a aproximadamente 150km de asfalto em bom estado. Neste trecho a estrada passa por diversos vilarejos em um percurso cheio de curvas. A partir da aduana inicia o trecho de rípio, que até a fronteira está em mau estado, com muitas pedras e costelas de boi. O trecho em rípio também é o mais alto da travessia do paso. Em alguns pontos o carro trepida tanto que parece que vai soltar os parafusos. Neste trecho dificilmente se passa dos 40Km/h.

O caminho até a fronteira tem subidas íngremes e inúmeras curvas. Neste trecho, sai-se de La Serena ao nível do mar e chega-se a altitude máxima 4779m na divisa entre os dois países. A partir daí inicia-se a decida com as condições da estrada um pouco melhores. Este último trecho é menos pedregoso e havia acabado de ser patrolado, por isto estava melhor. Há algumas obras na pista, próximo ao final do ripio no lado argentino. Este trecho está sendo asfaltado, mas pelo que parece isso ainda irá levar muito tempo para ser concluído.

Pelo lado argentino a ruta de chama RN150. No lado argentino, os quilômetros iniciais do asfalto estão um pouco deteriorados. Para atravessar o trecho de rípio levamos cerca de 3h e 40 minutos, contando com algumas paradas que fizemos para fotografar. Mesmo sem paradas, acreditamos que dificilmente dá para fazer em menos de 3h no estado em que o trecho se encontrava.

Em relação ao tempo de travessia, leve em consideração que depende muito das condições da estrada. Quando passamos, cerca de 60% da estrada havia sido recentemente patrolada, facilitando bastante a travessia. Apesar das condições da estrada, esse paso pode ser cruzado por qualquer tipo de veículo. Para motos o trecho inicial do lado chileno pode ser um pouco mais complicado, porque há muitas pedras soltas. Pelo menos a metade dos carros que vimos cruzando o paso eram veículos de passeio convencionais. Mesmo carros com motorização 1.0 cruzariam este paso. O nosso carro possui motorização 1.4 (97 cv) e não teve perda de potencia significativa ou aumento de consumo devido a altitude. Em algumas subidas mais longas e íngremes o motor aqueceu bastante (ainda abaixo do limite) e tivemos que desligar o ar condicionado para ganhar um pouco mais de potencia e não forçar tanto o motor. Passamos por um policial com radar entre as cidades de La Serena e Vicuña.

Os trâmites nas aduanas chilena e argentina foram rápidos. Nós atravessamos na aduana chilena no final da manhã. Perguntamos aos agentes chilenos o horário que a aduana argentina fechava, eles nos informaram que é feito um controle compartilhado entre agentes dos dois países de quais veículos estão fazendo a travessia do paso.

Um pouco antes de chegar a aduana chilena pegamos uma chuva de granizo muito forte. As pedras de gelo não eram grandes, mas caiam em muita quantidade e choveu durante alguns minutos torrencialmente. Esse com certeza foi o maior susto de nossa viagem, pois pensamos que o parabrisa ia quebrar.

Nunca havíamos presenciado uma chuva de granizo tão intensa. A estrada e os campos ficaram brancos de tantas pedras.

O maior problema foi que a estrada não tinha nenhum tipo de abrigo, nem mesmo uma única árvore para noso proteger. Aqueles minutos não passavam. Não paramos de dirigir para ver se escapávamos nuvem de granizo e ficamos com as mãos segurando o parabrisas para ver se amenizava o impacto. O vidro vibrava devido a força das pedras. Foram realmente momentos assustadores. As pedras caíram durante longos 10 minutos. Tiramos algumas fotos nos momentos em que as pedras aliviavam um pouco, porque nos mais intensos realmente não foi possível. Felizmente passamos ilesos e o parabrisas ficou intacto. O bagageiro de teto protegeu o teto do carro. Posteriormente verificamos o carro e felizmente não vimos nenhuma marca das pedras.

Depois de alguns minutos chegamos na aduana ainda debaixo de chuva. Enquanto fazíamos os trâmites voltou a cair mais algumas pedras, mas com pouca intensidade e durou bem pouco.

A seguir partimos em direção a cidade Rodeo, onde iríamos pernoitar. Em Rodeo, após pesquisar alguns lugares, nos hospedamos na Pousada 50 Nudos. De uma forma geral gostamos da pousada, mas o que nos conquistou foi a parte externa. O local tem uma grande área verde, com piscina e um campo de futebol. É uma ambiente muito agradável e, mesmo pagando um pouco a mais do que pretendíamos, foi ótimo para a nossa família e principalmente para as crianças. Após um dia cansativo de viagem curtir a área verde do local foi muito bom para recarregarmos as baterias.

Na parte externa dos quartos há mesinhas com vista para a piscina, onde os hóspedes podem ficar curtindo a paisagem. O Alexandre e o Felipe ficaram até a noitinha jogando futebol com o filho da proprietária, um vizinho e mais dois meninos que estavam hospedados no local.

Nem preciso dizer o quanto o Felipe gostou desse final de dia. Foi bem legal, até porque foi algo que nem havíamos planejado e acabou sendo um final de dia bem divertido e agradável para todos nós. A família que administra o local foi bem hospitaleira e nos recebeu muito bem. No entanto, em relação aos quartos propriamente ditos, não nos agradamos muito. O ambiente todo é bem rústico, chega a ser rústico demais! Tinha banheiro privativo, mas não consideramos muito bom. A limpeza do local também deixou um pouco a desejar. Mesmo assim, consideramos uma opção regular. Como disse inicialmente, a parte externa nos conquistou primeiro e isso foi decisivo para nos hospedarmos lá.

No final, acabou compensando uma coisa pela outra. O lugar oferece estacionamento, café da manhã e wi-fi. A rede sem fio funciona somente em alguns lugares, como por exemplo na sala de café da manhã, nos quartos o sinal é muito fraco. Junto a sala do café da manhã tem uma cozinha que pode ser utiliza pelos hóspedes. O local também dispõe de aluguel de bicicletas.

Hoje foi o dia de chegarmos em casa. Por um lado estamos tristes com o fim da viagem, pois os 35 dias passaram voando… Quando estamos viajando nem sentimos o tempo passar e queremos que a viagem dure mais. Por outro lado, também é legal chegar em casa e em seguida já começar o planejamento de uma nova viagem.aduana

Essa foi uma viagem especial, pois foi a realização de mais um sonho, um sonho de chegar ao Peru de carro. Há bastante tempo planejávamos isso, mas somente agora foi possível. Hoje estamos felizes em escrever esse diário, pois nossa viagem foi ótima. Não aconteceu 100% como o planejado, pois tivemos que fazer algumas pequenas adaptações no caminho. Essa é uma das características das aventuras de carro, pois podemos mudar os planos sem comprometer a viagem como um todo.

O que realmente importa é que foi tudo tranquilo e sem grandes perrengues que pudessem interferir em nossa viagem. Por isso, estamos muito agradecidos! As crianças, mais uma vez, foram super parceiras. Realmente são ótimos pequenos viajantes de carro! Podemos dizer que nossa aventura foi tudo de bom e valeu muito a pena os nossos últimos 34 dias!! Será mais uma recordação para toda a vida.

Em relação aos trâmites, para a saída da Argentina e entrada no Uruguai, todos são feitos na mesma aduana (que fica do lado argentino), pois é integrada. Nesta aduana foi necessário a presença de todos os membros da família. Demorou somente uns 10 minutos para a realização dos trâmites. As aduanas da Argentina e Uruguai (Concordia/Salto) funcionam durante 24h, portanto neste sentido não há a preocupação com o horário de chegada nessa fronteira.

Mais adiante, documentação para a saída do Uruguai e entrada no Brasil foi super tranquila, não sendo necessária a presença de todos os membros da família junto aos agentes. Dessa forma o Alexandre foi sozinho com os nossos documentos e fez o registro da nossa saída do Uruguai.

Esse último dia de viagem transcorreu numa boa ou quase… Na verdade os pequenos perrengues que tivemos, fora o Alexandre ter ficado doente, se concentraram todos nesse último dia. Ainda bem, né?

Perrengues com a viagem acabando e mais perto de casa são mais fáceis de contornar. Nisso estamos tendo sorte pois, em outra viagem, quando o nosso carro estragou, estávamos no Uruguai no último dia de viagem e a poucos quilômetros de casa (para conferir clique aqui).

Mas, voltando aos problemas do dia, hoje tivemos um pneu furado e o ar condicionado pifado. O dia estava quente e tivemos que relembrar o tempo em que o nosso carro não tinha ar condicionado e tivemos que viajar com os vidros abertos! Mas, um ventinho no rosto não faz mal a ninguém, né?! Bom, mas ainda bem que foi no último dia pois, pegamos dias bem quentes e com criança seria bem complicado ficar sem o ar.

Também tivemos que consertar o pneu furado, mas foi tranquilo. Já estávamos no Brasil. Passamos então em uma borracharia ao lado de um posto de combustíveis e fizemos a troca. Aproveitamos para esticar as pernas e fazer um lanchinho com as crianças.

O trajeto realizado no dia de hoje foi: Condordia->Salto->(RN31)->Biassini->(RN4)->Artigas->Quaraí->(BR-293)->Santana do Livramento->Bagé->Pelotas.

A RN31 e RN4 (ambas no Uruguai) possuem baixo movimento de veículos e são cheias de buracos, no entanto é possível dirigir entre 80 e 100Km/h desviando da maioria deles.

A BR293 está em bom estado e com baixo movimento de veículos.

No caminho passamos pelo Complexo Eólico Cerro Chato, da Eletrosul em Santana do Livramento, onde mais uma vez podemos apreciar os “cataventos” enormes.

A nossa viagem chegou portanto ao fim, após percorrermos 10351km. Mesmo com todos os percalços do dia chegamos em casa felizes após esses 35 dias viajando de carro pelos países da América do Sul. E já estamos ansiosos pela próxima…

Em comemoração ao dia das mães, o grupo do facebook Assuntos de Blogueiros – Viajando em Família está fazendo uma blogagem coletiva para comemorar a data. O tema escolhido é 10 dicas de viagem que só uma mãe pode dar.

Como o meu foco é viagem de carro, algumas dicas são mais focadas para essa forma de viajar. Confira as minhas 10 dicas:

1. Comece a viajar com os filhos desde cedo, se possível nos primeiros meses de vida. É, isso mesmo! Quanto mais cedo começar a viajar com as crianças melhor será sua adaptação, maior será o incentivo pelo gosto de viajar e maior o envolvimento delas com essa atividade em família. Essa é uma dica importante, pois vejo muitas famílias deixarem de viajar ou ficarem adiando as viagens para quando os filhos crescerem um pouco mais. No meu ponto de vista isso é um erro, pois deixam de acostumar a criança a viajar desde cedo e, principalmente, por deixarem de vivenciar momentos preciosos junto dos pequenos com todos os aprendizados e descobertas que uma viagem pode proporcionar.

Isabela, com 4 meses, na sua primeira viagem de carro

2. Entretenimento é muito importante! Não saia de casa sem levar alguns atrativos para entreter as crianças naqueles momentos de “tédio”, durante longos percursos, por exemplo. Leve alguns brinquedos, livros de historinhas, livros de colorir, giz de cera, joguinhos (dominó, cartas, etc,), tablet ou DVD portátil, CDs de músicas que agradem as crianças. No entanto, tenha bom senso, não exagere e imponha limites para não extrapolar o volume da bagagem. Para os brinquedos eletrônicos, não esqueça de levar baterias extras e/ou carregadores.

O entretenimento é super importante, especialmente para aqueles momentos de tédio das crianças

3. Qualquer destino é bom para viajar com toda a família. Essa é a minha opinião, pois é possível envolver toda a família independente do destino. No entanto, se os principais atrativos são de maior interesse dos adultos, procure fazer algumas adaptações e inclua atividades que sejam de interesse das crianças. Geralmente as crianças se contentam com coisas simples como, por exemplo, passar um tempo no parquinho da cidade.

Um parquinho diferente! A crianças curtem muito!

4. Incentive os filhos no período pré-viagem. Para as crianças um pouco maiores, acredito que a partir de uns 3-4 anos, comece a envolvê-las no planejamento da viagem. Fale sobre os destinos, mostre fotos, mapas, faça um calendário com uma contagem regressiva até o dia de partir. Com certeza todo esse envolvimento pré-viagem farão os pequenos curtirem muito os dias da viagem propriamente dita.

Felipe ajudando a planejar a viagem

5. Cuide para não exagerar na bagagem. Crianças sempre necessitam de muitos itens e roupas extras. No entanto, não exagere e leve na bagagem somente o básico e o estritamente necessário. Faça um bom planejamento e uma lista e para não exagerar na bagagem. Acredite, o excesso pode acabar gerando muito incômodo durante a viagem. Para as mães que viajam de carro, também é importante separar um kit com mudas de roupas, lenços umedecidos, fraldas, etc. para deixar bem a mão dentro do carro. Dessa forma, caso ocorra algum imprevisto, como por exemplo, a comida que virou na roupa, um vômito inesperado, uma fralda que vasou, entre outras situações, será fácil encontrar o kit com todos os itens necessários para facilitar a resolução desse breve “sufoco”. Falando em lenço umedecido, esse item deve estar muito a mão. De preferência deixe-o no porta trecos da porta do carro, pois é muito útil em várias situações, não somente para as crianças, mas para os adultos também.

6. Leve uma caixa com alguns medicamentos básicos e itens de primeiros socorros. Vale pedir ajuda para o pediatra indicar o que é importante incluir nessa caixinha. Não esqueça de levar também protetor solar, repelente e álcool gel. São itens que, geralmente, se tem facilidade de adquirir em qualquer lugar, no entanto nunca sabemos quando será necessário e se já estiver em mãos vai facilitar muito a vida de todos durante a viagem.

7. Fazer paradas frequentes. Para as mamães que curtem viajar de carro, não esqueça que é importante fazer paradas frequentes para que todos, especialmente as crianças, dê-em um esticada nas pernas. Procure avaliar o andamento da viagem para programar as paradas. Paradas a cada 2-3h horas são muito recomendadas para evitar o stress das crianças dentro do carro. Para otimizar a viagem, aproveite as paradas para abastecer o carro, ir ao banheiro, fazer uma refeição ou lanche. Outro cuidado importante é estacionar o carro somente em locais seguros, dando preferência para postos de combustíveis ou praças de pedágios. Não estacione o carro no acostamento da estrada, pois pode ser muito perigoso, especialmente em rodovias muito movimentadas. Em viagens longas de carro, que durem vários dias, procure não programar distâncias muitos grandes para percorrer diariamente. Nestes casos, por volta de 600km por dia é o recomendado para viagens com crianças. Mesmo assim, não dá para percorrer tudo isso por muitos dias seguidos.

E no meio de um grande percurso, uma parada para um piquenique na beira da estrada

8. As crianças são a prioridade. Temos que ter sempre em mente que a viagem com crianças muda tudo. Tudo deve ser pensado colocando a criança em primeiro lugar. Sabemos que uma viagem com crianças é diferente, tem que ser mais planejada, nem todos os passeios poderão ser realizados e a viagem será mais cansativa. No entanto, por outro lado, é uma delícia viajar com os filhos e com certeza todas as dificuldades, de alguma forma, serão recompensadas.

9. Não esqueça dos lanches. Sempre tenha pequenos lanches a mão (se possível utilize uma geladeira automotiva ou caixa térmica para pode ter uma maior variedade de alimentos). Crianças adoram fazer lanches durante as viagens, no entanto não se limite a apenas guloseimas. Ofereça também frutas, biscoitos simples, barras de cereais e etc.  Ah, não esqueça da hidratação! Oferecer água é fundamental, especialmente nos dias muito quentes.

Os lanches são super importantes! Tenha sempre uma variedade deles a mão.

10. Acima de tudo aproveite a viagem! A viagem com as crianças pode nos apresentar surpresas indesejáveis. Em algum momento pode ser trabalhosa, cansativa e, por conta disso, causar um pouco de desânimo. No entanto, mamãe, não se deixe abater. Lembre-se que a viagem foi planejada para curtir momentos agradáveis ao lado da família. Se em algum ponto as coisas não saírem conforme o planejado, pare, respire fundo e retome as “rédeas” da situação com tranquilidade para que as coisas entrem nos eixos novamente. Siga as dicas anteriores e as chances da viagem sair conforme o planejamento, sem imprevistos e situações desagradáveis aumentarão substancialmente.

Curtindo a viagem!

Agora confira as dicas das demais mamães participantes da blogagem coletiva.

Hoje apresentamos um relato de viagem diferente. Na verdade nem tão diferente assim… O que tem de diferente é o local, que é fora da América do Sul, pois todos os outros relatos encontrados aqui nesse blog é dentro da nossa América.

Logo abaixo vocês vão ler um texto leve e bem humorado que relata a grande aventura da Fernanda e do Gilberto que passaram um tempo percorrendo os Estados Unidos de carro. No total foram 2 meses e 18 estados. No relato a Fernanda destaca o roteiro percorrido, os lugares visitados e alguns perrengues enfrentados. Viagem boa sempre tem perrengue, não é mesmo? Então, vamos curtir um pouquinho os EUA aos olhos desse casal gaúcho?

Agradecemos a Fernanda e o Gilberto pela colaboração e disponibilidade em contar como foi a sua viagem para nós e nossos leitores. Temos certeza que servirá de inspiração para muitos que tem o desejo ou sonho de explorar os EUA de carro!

Viajantes: Fernanda Schena e Gilberto Matiotti

Período: 60 dias

Local de Partida: New York

Quilometragem total: 12.000 Km

Países visitados: Estados Unidos (18 estados)

Veículo: Cruze e Jeep

Malas prontas, passagem na mão: chegou a hora! O roteiro da viagem foi (quase) todo preparado pelo meu marido, meu bedelho estava presente na parte que dizia: povo AMISH. Dois meses para voar as tranças pelos EUA, percorrer 18 estados, sugar todo conhecimento possível e nos divertir. Lá fomos nós. Uma jornalista que não falava inglês e um marido que serviu incansáveis (e lindos) dias como google tradutor.

Quem não lembra de uma viagem marcante? Independente do destino sair da rotina sempre traz novas histórias para contar. E do que é feita a nossa vida se não de um grande livro aberto pronto para ser escrito com as mais loucas histórias?

Essa foi a viagem que mais nos marcou até agora. Não só pelo fato de ser a mais longa fora de casa (foram dois meses), ou por ser fora do país. Mas pelos pequenos detalhes que foram acontecendo no desenrolar dos dias e, claro, porque éramos só nós dois vendo o sol nascer na estrada e a lua cheia iluminando as noites claras. Teve dias silenciosos e dias de barulho. Teve bagunça só nossa. E os melhores sorrisos iam se fazendo presentes.

De New York até a Califórnia dirigindo. Da Califórnia até a Florida voando. 60 dias de risadas, de corre pro hospital mal da barriga no meio da madrugada, de “sorry,i dont speak english”, de muito fast food e quilos a mais, de festival de piadas no carro, de policial dizendo que nossa carteira não valia nada para eles… Ah! Pois é, uma viagem não pode ser contada só pelas partes boas. Mas juuuro que tentarei me concentrar nas partes boas. Confesso que adoro um drama!

Carregando curiosidade e frio na barriga e motivados por muito café com panqueca e bacon seguíamos cada dia mais impressionados com o que víamos. Cada km percorrido a sensação de liberdade nos fazia mais felizes. Vegetação, comidas típicas do sul, pântanos, estradas com 5 pistas, donuts deliciosos, só de descrever isso bate uma sensação louca de ‘queria estar lá de novo’.

O roteiro foi o seguinte: New York, Pennsylvania, DC Washington, Delaware, New Jersey, Maryland, Virginia, Carolina do Norte, Tennessee, Mississipi, Louisiana, Texas, Oklahoma, New Mexico, Arizona, Nevada, Califórnia, Flórida. Boa parte do caminho fizemos a Rota 66.

Alugamos o primeiro carro em NY e fomos com ele até o Texas. Lá trocamos a caranga. Pegamos um jeep pra encarar o deserto até a Califórnia. Os hotéis que nos hospedamos eram escolhidos no momento que chegamos nas cidades. Sempre optando pelas redes mais simples e que ficavam fora da cidade para facilitar a saída no dia seguinte.

Depois de todo aquele sonho que é NY fomos até a praia de Hamptons. Curtimos aquela água gelada (óteeema) e seguimos para Pennsylvania. Bóra conhecer os costumes do povo amish! Chegando em Lancaster, a maior concentração desse povo de costumes tão peculiar, já nos deparamos com famílias em suas charretes. Eu, encantada, abanava para todos, e eles retribuíam o gesto. Não existe estar frente a frente com essa cultura e não comparar com a nossa vida. A simplicidade é evidente. Eles não usufruem de energia elétrica, e seu lema é “Be in the world, not of the world”. E assim, o fazem. Vivem como se estivessem no século XVI. Uma luz e gentileza que nos enche os olhos e o coração!

Bueno, continuando as andanças no clima de paz e amor fomos parados por um policial que dizia que nossa carteira de habilitação internacional não valia nada pra eles. Trememos na base, mas no fim ele nos liberou. Já que estamos falando da parte bad da viagem… Uma dica que vale ouro: o pacote de seguro saúde que eles oferecem é fundamental para quem vai ficar mais dias por lá. Eu fiquei mal, fui para o hospital e desembolsei 500 dólares. Se tivesse pago o seguro tinha lucrado. Mas enfim, fiquei bem no dia seguinte e seguimos viagem cantarolando e agradecendo.

Washington, Filadelfia, NY e New Orleans foram os lugares que mais provamos comidas diferentes. Sabe aqueles reality de competições dos melhores lugares: pois então, fomos em todos que conseguimos. Provamos por exemplo o tal po-boy e amamos!! Ele é feito numa baguete de pão francês e o recheio tradicional é o rosbife.

O cajun e creole em nossos pratos ardiam e ascendiam todos os sentidos. New Orleans, que apesar de ser considerada uma das cidades mais perigosas nos EUA, nos recebeu muito bem. Uma cidade que foi devastada pelo furacão Katrina em 2005 e que ainda sente os prejuízos enquanto tenta se reerguer. Com seus shows de jazz à noite vira uma bagunça. Nos hospedamos, por brincadeira sem graça do meu marido, num hotel mal assombrado. Só fiquei sabendo quando saímos. Quase tive um treco.

No Tennessee, as cidades de Nashville, Chatanooga e Memphis com sua alma musical laçaram o coração do marido. Em Memphis visitamos a casa de Elvis Presley e demos sorte, estávamos na semana do aniversário da morte dele, onde várias homenagens foram prestadas por fãs do mundo todo. Esse estado tem uma alma jovem e uma energia eletrizante. Preciso citar que em Nashville tem o famoso café LoveLess e sua deliciosa comida americana, com um toque sulista.

Teria muito mais a contar. Gran Cânion, Las Vegas, Texas e suas cidades fantasmas (texolas). O Texas foi uma surpresa com sua modernidade. Não que esperássemos ver caubóis… Interrompendo minha linha de concentração, meu marido está me obrigando a contar que sim, eu esperava ver caubóis. Gente! Deem um desconto, sou pisciana, sonhadora e fantasio o que eu quiser na minha cabecinha. Porque assim a vida tem mais graça e não sou obrigada a chegar no Texas e não ver caubói!!! Em protesto comprei bota e desfilei por lá! Ora bolas…

Ainda no Texas teve uma cidade que nos marcou muito, San Antonio! A cidade é toda romântica, uma fofura!

Bem, chegando na Califórnia teve todo aquele glamour de Los Angeles, Malibu, Venice, Santa Monica e Hollywood, mas a cereja do bolo foi a linda San Francisco. De uma arquitetura excêntrica, o berço da cultura hippie me pegou de jeito. Me apaixonei pelas cores e pelos ares anos 70. Toquei a campainha de uma das casas que morou Janes Joplin e sai correndo me sentindo pirralha (me julguem!), fiz arte muda pelas ruas, comprei nuns brechós muito loucos e fui muito feliz!

Meu marido fez uma planilha com os dias que ficaríamos em cada lugar, quais atrações iríamos ver, a quilometragem de uma cidade até a outra. Esse planejamento tinha que dar certo porque nossa passagem de avião da Califórnia até a Flórida já estava comprada. Mesmo com algumas mudanças sobraram dois dias para aproveitar em Los Angeles.

Entre uma lambida e outra nos deliciosos sorvetes Ben e Jerry atravessamos boa parte dos EUA. Cada estado foi especial de uma maneira. Nossa última parada foi a Disney. E eu que nunca esperava conhecer e nem tinha esse sonho quase chorei no Magic Kingdom. Foi revigorante estar lá, compartilhando daquela energia e sentindo aquela euforia de criança que estava adormecida.

Claro que as melhores lembranças estão na memória, e, por mais que a gente descreva nunca é a mesma coisa. Assim como as melhores fotografias ficam guardadas no coração e não presas em flash automático com filtros perfeitos. Uma viagem a dois, seja pra onde for, só é boa se as duas almas estiverem serenas e juntas no mesmo ritmo. Tem que ajudar e estar disposto. Tem que ser companheiro mesmo que tu prefira a roda gigante e ele a montanha russa. Aprender a curtir o momento do outro tranquilo e na paz é coisa linda de viver!

Encontre o Viajando de Carro nas redes sociais.

Curta a Fanpage do Viajando de Carro no Facebook e acompanhe as notícias sobre todas as viagens que realizamos de carro.

Nos siga no Instagram @blogviajandodecarro e curta as fotografias que tiramos durante as nossas viagens.

Veja as nossas fotografias no Flickr.

Nos acompanhe no Twiter: @viajedecarro.

Hoje acordamos e fomos tomar o nosso café da manhã no Hostal Sunny Days. Acho que isso foi a única coisa que gostamos nesta hospedagem. O café da manhã é self-service, onde são servidos uma boa variedade de alimentos. Inclui pães, bolos, cereais, frutas, queijo, presunto, leite, iogurte, suco, café, chá entre outras opções. Com certeza é um ótimo desjejum para começar o dia.

Após o café fomos até o Parque Nacional Lauca. O parque fica na estrada que vai em direção a Bolívia, no entanto fomos somente até o Lago Chungará, que fica antes da fronteira. Nós fizemos o seguinte roteiro: Arica->(A-27)->Azapa->(A-143)->(CH-11)->Poconchile->Chucuyo->Lago Chungará->[voltar]->(CH-11)->Chucuyo->Poconchile->Arica. No entanto, o melhor roteiro é ir e voltar sempre pela ruta CH-11, que vai de Arica até a fronteira. Fizemos outro caminho na ida por indicação do GPS, mas no retorno voltamos sempre pela ruta CH-11 que é melhor estruturada que a ruta A-27. Entre Azapa Chico e Poconchile pegamos por engano a ruta A-19, que não era pavimentada. Após percorrermos alguns quilômetros, retornamos e pegamos a estrada correta (A-143), que é totalmente asfaltada e leva até a ruta CH-11 (próximo a Poconchile).

dsc_2418 dsc_2421 dsc_2422 dsc_2427 dsc_2431 dsc_2436dsc_2438

O caminho para o parque é feito pela ruta CH-11 (Ruta del Desierto). O trecho é todo asfaltado com trânsito médio de veículos composto basicamente de caminhões. Alguns trechos da estrada estão em reforma com interrupções temporárias. Todo o caminho é montanhoso e lento principalmente na ida, uma vez que sobe a montanha. Não há postos de combustível em todo o percurso. Se necessitar abastecer há uma “Tienda” (venda) em Putre,  que vende combustível em galões.

As paisagens deste trecho são muito bonitas e se atinge uma altitude bem elevada, cerca de 4650m. Como nós já estávamos bem aclimatados a altitude elevada não fez diferença para nós. Neste passeio se pode ter uma vista do lago Chungará e dos Vulcões Parinacota (6348m) e Pomerape (6282). Para visitar o Parque Nacional Lauca não é cobrada a entrada assim como não é estabelecido um horário para a visitação. O dia estava nublado e com muitas nuvens, o que prejudicou bastante nossas fotos e a visão dos vulcões. Esse é uma passeio demorado, sendo necessário reservar um dia inteiro. Para fazer esse trajeto percorremos em torno de 340km ida e volta.

dsc_2462dsc_2463dsc_2465dsc_2473dsc_2481dsc_2484dsc_2498dsc_2549dsc_2560dsc_2562dsc_2572dsc_2590dsc_2618

No retorno a Arica, fomos passear na avenida beira mar na praia Chinchorro e apreciar o lindo entardecer no Oceano Pacífico. Depois levamos as crianças na pracinha e retornamos para o hostal para descansar.

dsc_2640dsc_2662

Procurando onde se hospedar em Arica? Clique no logo abaixo e efetue a sua reserva!

Tem interesse em efetuar uma reserva? Antes de reservar a sua hospedagem utilize os links do Booking do nosso blog ou fanpage e colabore conosco! Não há nenhum acréscimo de valor e nós ganhamos uma pequena comissão por cada reserva efetuada que irá auxiliar na manutenção do nosso blog.

Encontre o Viajando de Carro nas redes sociais.

Curta a Fanpage do Viajando de Carro no Facebook e acompanhe as notícias sobre todas as viagens que realizamos de carro.

Nos siga no Instagram @blogviajandodecarro e curta as fotografias que tiramos durante as nossas viagens.

Veja as nossas fotografias no Flickr.

Nos acompanhe no Twiter: @viajedecarro.

Durante a viagem que fizemos com o propósito de buscar o nosso Camper Duaron, uma das empresas que apoiou o nosso projeto foi o Clasen Park Hotel. Esse hotel está situado na cidade de Ituporanga/SC que fica distante cerca de 30km de Rio do Sul/SC.

O Clasen Park Hotel era originalmente um pesque e pague, mas com o passar do tempo a clientela começou a apresentar sugestões para a ampliação das atrações do local e assim o empreendimento foi crescendo.

DSC_5724

Vista dos chalés luxo do Clasen Park Hotel

Atualmente a estrutura conta com a disponibilidade de 11 chalés luxo com três apartamentos individuais cada e 16 chalés simples com cozinha. Além das opções de hospedagem há diversos espaços de entretenimento, tais como: campo de futebol suíço, parque infantil, quadra de vôlei de areia, lagoas de pesca, passeios de pedalinho e cavalo, parque aquático com piscina para adulto e crianças, sala de jogos (mesas de sinuca, pebolim, carteado, dominó, aero hockey e tênis de mesa), quiosques com churrasqueiras e restaurante com buffet. O restaurante é apto para a realização de eventos sociais e casamentos. Para quem não desejar se hospedar, é possível passar o dia no local pagando somente pelo que utilizar.

DSC_5660

Salão de jogos

DSC_5654

Quiosque com churrasqueira

DSC_5675

Parquinho infantil

DSC_5680

Lagoa do pesque e pague

DSC_5682

Lagoa do pesque e pague

DSC_5684

Campo de futebol

DSC_5697

Estrada de acesso ao parque

DSC_5698

Chalés simples com cozinha

DSC_5700

Quiosques com churrasqueira

DSC_5709

Piscina com tobogã

DSC_5710

Piscina com tobogã

A diária também inclui o café da manhã. Algumas atrações do local não estão inclusas no valor da hospedagem, como passeios de pedalinho, cavalo e o pesque e pague.

Nos hospedamos em um chalé luxo, adequado para acomodar uma família. O chalé possui ar condicionado, TV, frigobar, banheiro privado, wi-fi e estacionamento ao lado. A partir dos chalés luxo, que estão localizados na parte superior, se tem um vista privilegiada do parque.

DSC_5715

Chalé luxo onde ficamos hospedados

DSC_5734

Chalé luxo com estacionamento ao lado

DSC_5608

Interior do chalé luxo para família

DSC_5617

Interior do chalé luxo para família

DSC_5615

Interior do chalé luxo para família

DSC_5737

Vista para o lago

DSC_5619 DSC_5620

Como chegamos à noite não foi possível fazer nenhuma atividade. Fomos direto dormir, pois estávamos bastante cansados da viagem. Felizmente, tínhamos a manhã do dia seguinte livre. Desta forma, acordamos cedo para tomar o nosso café da manhã.

O café é um buffet self-service, onde haviam pães, bolos, frios, margarina, doces, leite, café, chá e suco. Depois passeamos por todo o local e as crianças tiveram tempo de correr e brincar pelo parque. Infelizmente o sol não deu as caras. O dia estava feio e nublado, mas pelo menos não estava chuvoso e permitiu que aproveitássemos o local antes de buscar o nosso Camper em Rio do Sul.

DSC_5643

Buffet do café da manhã

DSC_5641

Buffet do café da manhã

DSC_5638

Buffet do café da manhã

DSC_5637

Buffet do café da manhã

DSC_5627

Salão do café da manhã

DSC_5626

Salão do café da manhã

DSC_5632

Salão do café da manhã

DSC_5636

Salão do café da manhã

DSC_5646

Restaurante

DSC_5648

Restaurante

DSC_5652

Restaurante

O Clasen Park Hotel é bem agradável para simplesmente pernoitar ou para passar o dia. Tanto a cabana luxo, onde ficamos hospedados, quanto a estrutura externa, que dispõe de um amplo espaço com diversas atrações, são boas opções para descansar, se divertir e passar ótimos momentos com a família ou amigos.

Para mais informações e reservas acesso o site do hotel clicando aqui.

* A nossa hospedagem foi uma cortesia do Clasen Park Hotel.

Curta a Fanpage do Viajando de Carro no Facebook e acompanhe as notícias sobre todas as viagens que realizamos de carro. Nos siga no Instagram @blogviajandodecarro e curta as fotografias que tiramos durante as nossas viagens.

Veja as nossas fotografias no Flickr.

Nos acompanhe no Twiter: @viajedecarro.