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Hoje seguimos rumo a Bolívia. Arrumamos a nossa bagagem, tomamos café da manhã e fomos abastecer o carro.

Antes de partir aproveitamos para levar o Felipe e a Isabela na pracinha que fica bem em frente ao posto. A pracinha é bem legal e tem uma boa diversidade de brinquedos. No entanto, ela estava muito depredada e a maioria dos brinquedos estavam danificados e não podiam ser utilizados. Mesmo assim, as crianças aproveitaram e se divertiram por alguns minutos. Depois compramos um lanche para comer durante a viagem e partimos.

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Felipe e os cardones em Humahuaca

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Na pracinha em Humahuaca

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Pracinha em Humahuaca

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Na pracinha em Humahuaca

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Na pracinha em Humahuaca

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Na pracinha em Humahuaca

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Na pracinha em Humahuaca

No dia de hoje planejamos um roteiro bem leve e de pouca quilometragem, pois não sabíamos ao certo quanto demoraríamos para realizar os trâmites para a travessia da Argentina para a Bolívia.

Seguimos para La Quiaca, que é a cidade na Argentina que faz divisa com a Bolívia. Para chegar a La Quiaca seguimos pela ruta RN9, percorrendo 159km. O roteiro foi: Humahuaca->(RN9)->Abra Pampa->La Quiaca->Villazón.

A rodovia está em ótimo estado e tem um baixo movimento de veículos. Neste trecho não há cobrança de pedágios.

Abastecemos o carro em La Quiaca, pois não sabíamos como seria a compra de gasolina na Bolívia. Muitos viajantes têm relatado da dificuldade de abastecer nesse país, pois há preços diferentes para bolivianos e para estrangeiros. Devido a diferença na forma de cobrança, muitos postos não querem abastecer os carros de estrangeiros.

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Pertinho da fronteira da Argentina com a Bolívia

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Ruta RN9

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Lhamas na beira da estrada

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O colorido das montanhas

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Quase na Bolívia

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Ruta RN9

Chegando na Aduana, deixamos o carro no estacionamento e fomos nos informar a respeito dos trâmites. A aduana neste Paso é integrada, ou seja, você faz a saída da Argentina e a entrada na Bolívia no mesmo local. Há uma fila específica para quem está de carro. Fizemos os trâmites, que demoraram em torno de 1h e 30min. Gostamos muito do atendimento dos agentes da aduana, mas a logística nos pareceu um pouco confusa.

Logo que chegamos deixamos o carro no estacionamento público que fica junto a aduana, conforme a orientação dos policiais. Na imigração argentina recebemos uma senha para o carro e continuamos realizando os passos seguintes dos trâmites. Depois de algum tempo chamaram a senha do nosso carro e fomos buscá-lo no estacionamento. Neste ponto, não sabíamos se dávamos atenção ao carro ou a continuidade dos passos para a realização da documentação. Isto foi bem confuso, mas nos dividimos e conseguimos fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

O carro tinha de ser reposicionado quando a fila se movimentava. Como estávamos entre dois, eu (Rosângela) fiquei no carro com as crianças e o Alexandre na fila para concluir a documentação.

O atendimento para quem está de carro próprio é diferente dos que estão de ônibus ou a pé. Tivemos sorte que haviam poucas pessoas de carro, pois, caso contrário, levaríamos o dia inteiro, já que o atendimento é muito lento.

Os policiais dos 2 países foram muito simpáticos e atenciosos conosco. Nos explicaram todo o procedimento e somente nos exigiram o documento do carro (CRLV) e a carteira de identidade. Não chegaram nem a revistar o carro. No entanto o tratamento era diferente para os Argentinos, que tinham mais alguns procedimentos para fazer e seus carros eram revistados.

A burocracia é composta de 4 passos (da mesma forma que acontece nas fronteiras da Argentina e Chile):

  1. Imigração argentina: para registrar a saída dos viajantes do país;
  2. Aduana argentina: para registrar a saída do carro do país;
  3. Imigração boliviana: para registrar a entrada dos viajantes no país;
  4. Aduana boliviana: para registrar a entrada do carro no país.

Na aduana boliviana é entregue a ¨Declaracion Jurada¨, que é a permissão para trafegar de carro pela Bolívia. Sem esse documento o veículo pode ser retido sob a acusação de entrada ilegal no país. Posteriormente constatamos que esse documento realmente é solicitado nas estradas pela polícia boliviana.

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Aduana argentina

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Aduana boliviana

A SOAT é o seguro obrigatório para veículos automotores dos bolivianos, equivalente ao DPVAT no Brasil. Esse documento somente é necessário se for permanecer na Bolívia por mais de 3 meses. Mesmo assim tentamos contratá-la em Villazón, porém o corretor de seguros confirmou a informação de que ela não é necessária se for ficar menos de 3 meses no país. Insistimos com ele que queríamos contratar mesmo assim, porém o corretor falou que o seguro somente seria válido a partir de 1o de janeiro de 2015. Sendo assim, não valeria a pena, pois sairíamos do país no dia 3 de janeiro. Portanto optamos por ficar sem este seguro. Queríamos contratá-lo para evitar aborrecimentos com a polícia e para termos cobertura ao menos contra danos pessoais no caso de um acidente de trânsito.

Após termos concluída a documentação, seguimos em frente. Em seguida, logo na entrada de Villazón, havia uma barreira policial fazendo o controle de quem estava entrando no país de carro. Neste momento pensamos que iam nos cobrar alguma “taxa”. No entanto foi feito somente uma verificação da documentação e nos foi solicitada a ¨Declaracion Jurada¨. Fomos liberados rapidamente.

Chegando em Villazón a primeira coisa que fizemos foi procurar por um caixa eletrônico para tentar sacar dinheiro. Felizmente conseguimos na primeira tentativa, sem nenhuma dificuldade.

Não tínhamos reserva de hospedagem em Villazón. Desta forma nosso próximo passo foi percorrer a cidade a procura de um lugar para ficar e que obrigatoriamente tivesse estacionamento, já que a cidade não nos pareceu muito segura. Não foi uma tarefa muito fácil, pois não tínhamos nenhuma indicação. As opções eram muito precárias e a maioria não possuia estacionamento. As hospedagens eram tão, tão ruins, que pensamos em seguir em frente e procurar um lugar para ficar na próxima cidade, Tupiza. No entanto achamos que o risco era grande, pois a situação poderia ser pior ainda por lá.

Enfim encontramos uma opção em Villazón: o Hotel Centenário (veja mapa abaixo). Ele está localizado na rua (calle La Paz – veja figura abaixo) que passa ao lado do terminal rodoviário (está distante meia quadra do terminal). Não há estacionamento junto ao hotel, mas nos prometeram uma garagem localizada a uma quadra de distância pelo custo adicional de 15 bolivianos.

Mapa Villazón/Bolívia

Mapa Villazón/Bolívia

A hospedagem custou 150 bolivianos. O quarto é relativamente amplo e tinha TV. As janelas do quarto que ficamos possuiam aberturas para o corredor do prédio e não para a rua. O banheiro era razoável, apesar do alto risco de levar um choque no chuveiro elétrico. Não há café da manhã, wi-fi e nem recepção no hotel.

Há uma loja de decorações no térreo chamada Mi Sueños, onde se pode obter informações sobre o hotel e realizar reservas. O pessoal fica por ali até um certa hora da noite e depois vai embora. Há um cartaz com telefone no caso de alguma emergência ou necessidade dos hóspedes. No entanto, era um local limpo e organizado e, sem dúvidas, deve ser uma das melhores opções na cidade.

Obs.: no dia seguinte encontramos uma opção de hospedagem (Center Hotel, Plaza “6 de Agosto” n.125, Telefone 5965472) que provavelmente seja melhor do que onde ficamos. Colocamos sua localização no mapa acima. Veja mais informações no próximo diário.

Após nos acomodarmos saímos para comer alguma coisa. No entanto, não no agradamos de nada. A cidade é bem suja e a infraestrutura é precária (mesmo!). Dentre as diversas opções de restaurantes e lanchonetes, o único local que nos pareceu um pouco mais limpo não havia mais comida, rsrsrs. Desistimos de procurar e preferimos comer somente algumas frutas que compramos em uma das diversas bancas da feira livre localizadas junto ao terminal de ônibus.

Ao retornarmos ao hotel iniciamos a “saga” em busca de uma garagem. Quando reservamos o hotel, nos falaram que o carro ficaria em uma garagem independente, localizada há uma quadra de distância. Como quando fizemos o check-in não havia ninguém do hotel para nos levar até o estacionamento, eles nos chamariam em seguida. No entanto já havíamos perguntado várias vezes quando poderíamos levar o carro e eles sempre adiando para um pouco mais tarde. Eles insistiam que iriam nos avisar quando fosse possível. Já estava anoitecendo e nada de nos chamarem, inclusive não havia mais nenhum funcionário na loja de decoração. Desistimos de esperar e resolvemos procurar por conta própria um local para deixar o carro. O Alexandre saiu sozinho para fazer isso e depois de procurar por mais de 1 hora, finalmente conseguiu um outro local, muito precário mas, bem próximo aonde estávamos hospedados.

Conforme um taxista da cidade nos falou, não é seguro deixar o carro na rua devido aos roubos e arrombamentos a veículos. Segundo os moradores, não há muitas opções de garagem na cidade. As hospedagens, na sua grande maioria, não possuem estacionamento. A que ficamos ofereceu esta opção, mas acabou nos deixando na mão. Não ficamos sabendo se foi por má fé ou se realmente não apareceu ninguém para abrir o local onde o carro ficaria. De qualquer forma, consideramos um desrespeito, pois mesmo que não tivesse aparecido o responsável por abrir o local conforme prometido, eles deveriam, no mínimo, ter nos dado uma satisfação e até mesmo ajudado a encontrar um outro local. No entanto, por parte do hotel ninguém se manifestou e caso não tivéssemos procurado por conta própria, o carro certamente iria pernoitar na rua.

Enfim fomos dormir para seguir percorrendo a Bolívia no próximo dia.

 

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Hoje foi o dia do Natal! Trouxemos os presentes das crianças e touquinhas do Papai Noel na bagagem para comemorar a festa com as crianças de forma simples e simbólica para não deixar passar em branco. O Felipe comentou que o Papai Noel não ia encontrá-lo, pois estávamos viajando. Mas, explicamos para ele que havíamos avisado para o “velhinho” sobre a viagem e que ele iria encontrá-lo para entregar o seu presentinho. Ele ficou muito surpreso e gostou muito do presente que ganhou!

Em Maimará nos hospedamos na pousada La Estancia um local que consideramos muito bom. Ambiente rústico e muito acolhedor. Fomos muito bem recebidos pela senhora encarregada do local que fez de tudo para atender a todas as nossas necessidades da melhor forma possível. Veja mais informações sobre esta hospedagem clicando aqui.

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É Natal!

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Pousada La Estancia

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Estacionamento da Pousada La Estancia

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Vista da pousada

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Curtindo a paisagem!

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Pousada La Estancia

O dia foi reservado para fazermos passeios pela Quebrada de Humahuaca, Cuesta de Lipán e Salinas Grandes. Nosso roteiro foi: Maimará->(RN9)->(RN52)->Purmamarca->Custa del Lipan->Salinas Grandes->[voltar]->Purmamarca->(RN9)->Maimará->Tilcara->Humahuaca. Percorremos 229km neste dia.

O roteiro de hoje faz parte de nosso processo de aclimatação à altitude. Em Maimará a altitude é de 2390m. Nos próximos dias ainda estaremos em nosso esquema de aclimatação, passando pelas cidades de Humahuaca/ARG – altitude: 3012m, Villazón/BOL – altitude: 3407m, Potosí/BOL – altitude: 3967m e La Paz/BOL – altitude: 3640m.

Após tomarmos o nosso café da manhã fomos até Purmamarca para dar uma volta pela cidade e aproveitarmos para almoçar.

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Pórtico de Maimará

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Ruas de Maimará

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Praça de Maimará

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Morro de Siete Colores em Purmamarca

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Purmamarca

Depois fomos até a Cuesta de Lipán, localizada na ruta 52, a qual faz parte do caminho para quem tem como destino o Deserto do Atacama no Chile. Nós já passamos nesta ruta quando fomos para o Atacama em 2009 (clique aqui). Veja mais sobre esta viagem aqui.

Fomo a Cuesta de Lipán para ir adaptando nosso organismo as grandes altitudes. Nada melhor do que unir o útil ao agradável e retornar a este local que é show. Paramos em vários locais para fotografar incluindo o ponto mais alto chamado Abra de Potrerillos (4170m).

Depois resolvemos dar uma esticada até as Salinas Grandes (3450m de altitude), que fica em torno de 23Km de distância da Cuesta de Lipán. As salinas é outro local que já visitamos previamente, mas que vale a pena retornar. Além disso, o Felipe ficou muito interessado em conhecer o local. Desta vez as salinas não estavam alagadas como em nossa visita anterior, mas mesmo assim é um local muito bonito e propicia lindas fotos. Para quem tem tempo e criatividade, o salar é uma ótima oportunidade pata tirar fotos com alguns efeitos bem legais.

O dia estava muito quente e o sol muito forte e, por este motivo, não quisemos ficar muito tempo por lá. Tiramos algumas fotos rapidamente das crianças e seguimos viagem retornando pelas rutas 52 e 9 até Humahuaca, onde iríamos pernoitar.

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Cuesta de Lipán

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Cuesta de Lipán

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Cuesta de Lipán

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Abra de Potrerillos

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Abra de Potrerillos

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Ruta 52 com Salinas Grandes ao fundo

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Salinas Grandes

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Ruta 52 – Salinas Grandes

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Salinas Grandes

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Família nas Salinas

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Salinas Grandes

Chegando em Humahuaca fomos procurar pelo hostel que havíamos reservado previamente pelo site do Booking. Tínhamos o endereço, mas não tínhamos as coordenadas do mesmo no GPS. Após perguntar a algumas pessoas descobrimos onde ficava. Próximo do El Sol Hostel de Humahuaca haviam placas indicando o caminho do mesmo. O nosso quarto era com banheiro privativo. O hostel possui área de uso coletivo, como uma cozinha equipada e um salão, o qual também é utilizado para o café da manhã. Há estacionamento no local, porém cabe somente dois carros. O nosso carro ficou na rua, mas a região é segura. Além disso, o carro ficou estacionado bem em frente a janela do nosso quarto. O hostel tem wi-fi porém, não é acessível dos quartos porque o sinal é muito fraco. É servido café da manhã com suco natural, leite, café, chá, pão, torradinhas, broas, doce de leite e manteiga.

Após tomarmos banho, aproveitamos para utilizar a cozinha do hostel e fazer o jantar.

Nosso plano de aclimatação está funcionando muito bem. Até agora as crianças não apresentaram nenhum comportamento diferente que indicasse que estavam com dificuldades devido à altitude. Eu (Alexandre) e a Rosângela estamos sentimos uma maior dificuldade aqui em Humahuaca (3012m). A Rosângela apresentou um pouco de taquicardia, tonturas e dor de cabeça. Eu tive um pouco de dor de cabeça e tonturas. Mas os sintomas não foram muito fortes e conseguimos superá-los sem maiores dificuldades. Não chegamos nem a tomar o famoso chá de coca para ajudar no processo de aclimatação. A Rosângela tomou Paracetamol algumas vezes para amenizar as dores de cabeça.

 

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Hoje o nosso destino foi até Maimará na Quebrada de Humahuaca. Acordamos cedo, arrumamos a nossa bagagem e seguimos viagem. O hotel serviu café da manhã bem simples com algumas medialunas, café, chá e leite, porém optamos por não tomar. Queríamos logo sair logo daquele hotel.

Nosso roteiro foi: Presidencia Roque Saenz Peña->(RN16)->Pampa del Infierno->Joaquin V Gonzales->El Galpón->(RN9/34)->(RN34)->Guemes->Pampa Blanca->(RN66)->Gobernador Horacio Guzman->(RN9)->San Salvador de Jujuy->Volcan->Maimará. Percorremos 768km neste dia.

O clima no dia de hoje esquentou muito e o ar condicionado do carro foi de grande utilidade para amenizar o calor.

Durante a viagem paramos para abastecer em Monte Quemado. Havia uma fila relativamente grande para abastecer. Não sabemos se foi por falta de combustível naquela região. A princípio, nesta ocasião, não há falta de combustíveis na Argentina e estamos conseguindo abastecer em todas as cidades. O preço do litro da gasolina até o momento tem variado entre 13,19 e 16,30 pesos argentinos, o que na cotação atual corresponde a 4,16 e 5,14 reais respectivamente. Desta forma, podemos observar como está caro o combustível na Argentina.

Em Monte Quemado aproveitamos para comer uns sanduíches de milanesa que compramos na lancheria Kiosco ao lado do posto. Não estávamos levando muita fé, mas os sanduíches estavam deliciosos.

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Fila para abastecer em Monte Quemado

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Fila de motos para abastecer em Monte Quemado

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Uma sombrinha para fazer o nosso lanche. O calor estava intenso

A viagem foi bem tranquila. As crianças estão bem adaptadas a rotina da viagem e praticamente não incomodaram nada. A Isabela dorme boa parte do tempo e, quando está acordada, viaja bem tranquila, brinca com o seus brinquedinhos. Quando ela começa a ficar entediada paramos um pouco ou colocamos algum vídeo no iPad.

O Felipe está se comportando muito bem e adorando a aventura. Nesta viagem ele deixou o iPad (seu companheiro inseparável) meio de lado e o que tem mais o distraído são as revistinhas de colorir e de atividades. Assim como na viagem anterior, ele não fica entediado ou ansioso para chegar. Até o momento os nossos pequenos viajantes estão se comportando muito bem.

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Felipe se distraindo

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Isabela brincando

Após Monte Quemado há 42km de estrada (RN16) em péssimas condições. Boa parte dele tivemos que andar em 1ª e 2ª marchas. Depois deste trecho, segue-se por mais 60km com a ruta em uma condição um pouco melhor, mas ainda há muitos buracos. Depois disso, até o encontro com a ruta 9/34, as condições da estrada melhoram. Há baixo movimento de veículos de Saenz Peña até o encontro com a ruta 9/34.

Esta última rodovia é duplicada e está em boas condições e com maior movimento de veículos. Há um pedágio próximo a Salta, onde pagamos PA$6,00.

Em função das péssimas condições da ruta 16, encontramos uma pick-up com o pneu completamente destruído (pelo estado que ficou, ele já não devia estar em boas condições). Era uma família viajando em duas camionetes (por incrível que pareça, nenhuma das duas estava equipada com macaco).

Eles nos pararam para ajudá-los, pedindo nosso macaco emprestado. Nós prontamente nos colocamos a disposição em ajudar mas, para isso tivemos que descarregar todo o nosso porta-malas (que estava lotadíssimo) para acessar o macaco que estava junto com o estepe. No entanto, o nosso macaco era o original do carro e, por funcionar por manivela, eles não conseguiram levantar a camionete. O pneu que estava furado era o traseiro, portanto era necessário levantar a picape pela mola, e não havia uma posição que permitisse a instalação do macaco de maneira que fosse possível girar sua manivela. Felizmente, logo em seguida, parou um outro veículo com um macaco hidráulico.

O calor estava insuportável, típico desta região. Ficamos uns 30 minutos parados para ajudar esta família, todo o tempo com o carro ligado para manter as crianças no ar condicionado (que só conseguia refrescá-las). Guardamos novamente todas as nossas malas e seguimos viagem.

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Condições precárias da RN16

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Condições precárias da RN16

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Pneu estourado de um viajante na RN16

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Ruta 9/34

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Ruta 9/34

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Ruta 9/34

Chegando em Maimará fomos procurar a hospedagem que havíamos reservado previamente pelo Booking.com. Reservamos a pousada La Estancia, porém a anfitriã não estaria a disposição para nos receber na véspera de Natal. Desta forma, ficou combinado que teríamos que fazer contato com a mãe dela, que mora bem próximo da hospedagem, para pegar a chave. Demoramos um pouco, mas foi bem tranquilo encontrar o local. Gostamos muito da La Estancia, que possui acomodações estilo cabanas bem rústicas. O local tem uma bela arquitetura, é bem decorado e limpo. Possui roupa de cama e banho, mesa com cadeiras, pia, chaleira elétrica, uma garrafa térmica com água fresca, utensílios para café e chá. É servido café da manhã na cabana com torradas, bolo, geleias, mateiga, leite, chá e café. Há aquecimento e estacionamento, além de uma bela vista das montanhas. O local é muito agradável e o atendimento das anfitriãs é muito atencioso e cordial. No entanto, tem que ir preparado para se desconectar do mundo, pois não há TV nem wi-fi disponível.

Após nos acomodarmos fomos dar uma volta para comer alguma coisa e aproveitamos para apreciar as festividades de Natal da região.

Em relação ao clima, na Quebrada de Humahuaca, faz muito calor durante o dia e muito frio durante a noite. Desta forma, é preciso ser prevenido ao visitar a região durante o verão devido esta brusca variação da temperatura. No entanto, para o frio da noite uma jaqueta e calça é suficiente. Nas crianças colocamos capuz e toucas para diminuir a probabilidade de pegarem frio e adoecerem durante a viagem.

 

Mais algumas informações durante o trecho percorrido no dia de hoje.

Há hotel e posto de combustíveis em Taco Pozo.

Há um posto em Pampa de Los Guanacos.

Em Monte Quemado há um bom hotel (junto a ruta 16) e postos de combustíveis.

Em El Quebrachal e Joaquim V. Gonzales há uma boa infraestrutura. Tem posto de combustíveis, hospedagem e restaurantes, além de um rica pracinha para as crianças.

Em El Galpón há posto de combustíveis.

 

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