Saída: Villa La Angostura – Km 4114 (11:00h)
Chegada: Villa La Angostura – Km 4157 (20:00h)
Distância: 43Km

Acordamos às 10h (nesta região amanhece às 9h nesta época do ano), tomamos café da manhã na hosteria. A proprietária nos indicou alguns pontos turísticos na Villa. Para complementar estas dicas fomos ao centro de informações turísticas, que está localizado na avenida principal em frente ao posto YPF.

O dia estava nublado, mas não estava chovendo. Permitindo que fizéssemos nossos passeios. A temperatura estava em torno de 11°C.

Villa La Angostura é uma cidade de 10 mil habitantes, situada a 27Km da fronteira com Chile pelo passo Cardenal Samoré e distante 83Km de Bariloche. Na arquitetura da Villa  predomina o uso de madeira nativa. Até mesmo em placas informativas a madeira esta presente. É quase uma cidade de bonecas, muito graciosa.

Fomos então visitar o Cerro Bayo, que é um centro de ski localizado a 6Km da Villa. Lá é possível, além de esquiar, subir de teleférico a uma altitude de 1710m e apreciar a bela paisagem do lago Nahuel Huapi e suas montanhas com picos nevados. Segundo a revista National Geographics, a vista de lá esta entre as 10 mais belas do mundo.  Não sabemos se é uma das mais belas do mundo, mas concordamos que é um espetáculo. O passeio para subir de teleférico custa $44,00 (R$22,00). Não havia neve suficiente para esquiar, mas mesmo assim existia bastante neve no topo do cerro. Este é um passeio que realmente vale a pena ser feito.

Subindo o Cerro Bayo em Villa La Angostura

Subindo o Cerro Bayo em Villa La Angostura

Vista do Cerro Bayo

Vista do Cerro Bayo

Centro de ski Cerro Bayo

Centro de ski Cerro Bayo

Paisagem vista do Cerro Bayo

Paisagem vista do Cerro Bayo

Teleférico no Cerro Bayo

Teleférico no Cerro Bayo

Lago Nahuel visto do Cerro Bayo

Lago Nahuel visto do Cerro Bayo

Lago Nahuel visto do Cerro Bayo

Lago Nahuel visto do Cerro Bayo

Almoçamos no restaurante Gran Nevada, Av.Arrayanes, 102. Há várias opções de pratos, o lugar é agradável o preço atraente. Pagamos $48,00 ($24,00) para 2 pessoas.

Após, fomos conhecer o Rio Correntoso que liga os lagos Nahuel Huapi e o Correntoso. Este rio é considerado um dos mais curtos do mundo, com 300m de comprimento. O rio possui águas claras e esverdeadas e realmente faz jus ao nome. O Lago Correntoso com as montanhas no fundo formam uma bela vista.

Rio Correntoso: um dos menores rios do mundo

Rio Correntoso: um dos menores rios do mundo

Rio Correntoso

Rio Correntoso

Lago Nahuel Huapi

Lago Nahuel Huapi

Lago Nahuel Huapi

Lago Nahuel Huapi

Posteriormente fomos ao Puerto Manzano que fica a uns 7Km do centro da Villa na ruta 231, em direção a Bariloche. A entrada fica à direita logo após a ponte do Rio Bonito. Existe uma placa de boas vindas ao lugar. São várias ruas não pavimentadas no meio de um bosque a beira do lago Nahuel Huapi, onde estão situadas várias propriedades privadas e pousadas de arquitetura típica da região.  É um lugar daqueles que qualquer um gostaria de ter a sua casa de montanha. Vale a pena conhecer.

Puerto Manzano

Puerto Manzano

Puerto Manzano

Puerto Manzano

Demos uma volta pelo centro para conhecermos as lojas da Villa e admirar a sua arquitetura. Há uma grande variedade de lojas de vestuário e presentes. Há também algumas chocolaterias, além de diversos restaurantes e cafés.

Devido a falta de tempo não pudemos fazer o passeio de barco que leva ao Bosque de Arrayanes. Uma boa desculpa para voltarmos em outra oportunidade.

Dica do dia:

O Cerro Bayo é um dos melhores passeios de Villa.

Não deixe de fazer um passeio ao Puerto Manzano.

Ir para o próximo dia.

Saída: Pucón – Km 3677 (11:35h)
Chegada: Villa La Angostura – Km 4114 (20:00h)
Distância: 437Km

Depois de pesquisarmos na internet sobre a previsão do tempo nas cidades que pretendíamos ir, decidimos partir para Villa La Angostura na Argentina. A previsão de tempo ruim para Pucón era para os próximos 4 dias e não poderíamos ficar esperando. Nossa intenção é visitar Bariloche e as cidades próximas e depois voltar a Pucón passando por Puerto Varas, Puerto Octay e Frutillar. Tudo isso para podermos ver os vulcões de perto. Vamos ver se vai dar certo.

Tomamos o café da manhã, também simples, mas muito saboroso.

Pegamos a estrada por volta das 10:30h.

Voltamos até a cidade de Villarrica pela ruta 199 e pegamos a ruta S-91 em direção a Loncoche. Este caminho é mais curto do que voltar pela ruta 199 até encontrar a ruta RN 5 em Freire. A ruta S-91 está em ótimo estado, e parece der sido pavimentada há pouco tempo. De Villarrica até a RN 5 pela ruta S-91 são uns 35Km. Em Loncoche a ruta S-91 encontra a RN-5, de onde seguimos pela RN-5 até próximo a cidade de Osorno, ao sul do Chile. Neste trecho da RN-5 passamos por mais 2 pedágios de $1900 (R$ 6,60) cada.

Como não existia nenhuma indicação de onde fica a entrada da ruta 215, acabamos passando por sua entrada e tivemos que fazer um retorno por uma estrada de terra, percorrendo uns 7Km a mais. Descobrimos este retorno através de nossos mapas digitais no notebook, pois o GPS acabou nos confundindo um pouco.

Para seguir para Argentina em direção a Villa La Angostura e Bariloche, deve-se pegar a ruta 215 e atravessar a Aduana Paso Cardenal Antonio Samoré. Para pegar a ruta 215 através da RN 5, deve-se entrar no trevo à direita, próximo a Osorno, nas placas que indicam Puyehue indo em direção a Entre Lagos. Não há placas indicando o acesso a Bariloche/Argentina na ruta RN5.

A ruta 215 está bem conservada, com apenas algumas imperfeições em seus primeiros quilômetros, os quais estão em manutenção. A sinalização não é muito boa. Após percorrer os primeiros 30Km a paisagem começa a mudar, e próximo a região de Puyehue o cenário é deslumbrante. Quanto mais próximo a aduana, mais bonita a paisagem, passando por lagos, rios e algumas cascatas.

Ruta 215 em direção a Villa La Angostura

Ruta 215 em direção a Villa La Angostura

Em frente ao Lago Puyehue, passando Entre Lagos, paramos para almoçar no restaurante La Valenciana. O ambiente é muito agradável, com direito a vista para o Lago Puyehue e o atendimento é impecável. Saboreamos um belo almoço por $11100 (R$38,40).

Ruta 215

Ruta 215

Ruta 215

Ruta 215

Seguimos nossa viagem, que já estava um tanto atrasada. Como o tempo estava nublado, não conseguimos apreciar melhor as belas vistas que existem pelo caminho. Teremos de fazer este percurso novamente!

Ruta 215

Ruta 215

Ruta 215

Ruta 215

Chegarmos na aduana do Chile, onde não levamos mais do que 5 minutos para fazer a saída do país. Poucos km após a saída do Chile começa a subida da Cordilheira, com muitas curvas e subidas íngremes. Neste ponto a paisagem muda radicalmente e a neve apareceu na beira da estrada. Mais alguns quilômetros e a neve acumulada na estrada aumentou bastante. Os campos a beira da estrada estavam totalmente cobertos pela neve. A paisagem é fantástica. A neve da rodovia foi retirada, porém existem alguns trechos com um pouco de gelo.

Neve no Paso Cardenal Antonio Samoré

Neve no Paso Cardenal Antonio Samoré

Neve no Paso Cardenal Antonio Samoré

Neve no Paso Cardenal Antonio Samoré

Em uma descida íngreme numa curva o carro derrapou por alguns poucos metros, apesar de estarmos no máximo a 40Km/h. O susto foi grande, mas conseguimos recuperar a aderência e tomar o controle novamente. O problema é que havia mais gelo na pista e a descida sinuosa continuava, e logo atrás de nós apareceu uma carreta. Reduzimos a velocidade, temendo que o carro derrapasse novamente, porém a carreta que vinha atrás de nós não reduziu e começou a nos dar sinal de luz. Ligamos as luzes de alerta do carro e a carreta reduziu um pouco a velocidade, mas ficou bem próxima. Andamos assim por certo tempo, pois o pouco acostamento que tinha estava coberto de neve e não dava para parar o carro, pois a estrada não é duplicada. Algum tempo depois conseguimos parar no acostamento e deixar a carreta passar, para nosso alívio. Seguimos adiante em baixa velocidade até chegar a aduana da Argentina.

Atravessando a cordilheira pelo Paso Cardenal Antonio Samoré

Atravessando a cordilheira pelo Paso Cardenal Antonio Samoré

Atravessando a cordilheira pelo Paso Cardenal Antonio Samoré

Atravessando a cordilheira pelo Paso Cardenal Antonio Samoré

Nesta aduana levamos uns 20 minutos. O pessoal que nos atendeu foram bem simpáticos e nos informaram que no percurso de uns 35Km até a Villa La Angostura não havia neve ou gelo. Ficamos mais tranquilos e seguimos em frente.

A partir deste trecho já estava totalmente escuro. Seguimos em baixa velocidade, pois o susto anterior foi grande. Passamos por poucos carros no caminho. Neste trecho existem alguns mirantes, nos quais obviamente não paramos.

Chegamos a Villa La Angostura por volta das 20h. Tínhamos 2 hosterias em vista, aconselhadas pelo nosso guia de viagem. A primeira estava em reforma e abriria somente no próximo mês. Fomos então a procura de nossa segunda opção, a hosteria Verena’s Haus, situada na rua Los Taiques, 268, a 3 quadras da avenida principal (Arrayanes). Fomos atendidos por seu dono, um argentino simpático que nos mostrou um dos quartos. A hosteria é ótima, muito aconchegante e bem decorada. Os quartos e os banheiros são amplos e funcionais. Toda a hosteria é aquecida, tornando seu ambiente muito agradável (muito agradável mesmo!). A diária para casal é de $150 (R$75,00), incluindo café da manhã, internet wi-fi e estacionamento. As fotos no site da hosteria não valorizam o lugar a altura que merece. Não tivemos dúvidas e resolvemos ficar.

Dica do dia:

Ao visitar Villa La Angostura, indicamos a hosteria Verena’s Haus.

Caso exista neve na estrada do Paso Cardenal Antonio Samoré dirija com cuidado, pois pode haver gelo na pista. As placas recomendam andar a velocidades inferiores a 40Km/h e mesmo assim alguns sustos podem acontecer. Neste caso, evite também andar na frente de caminhões.

Ir para o próximo dia.

Saída: Pucón – Km 3664 (12:00h)
Chegada: Pucón – Km 3677 (19:00h)
Distância: 13Km

Como chegamos durante a madrugada, dormimos até tarde. Quando acordamos vimos que o tempo não estava muito bom, com uma persistente chuva fraca. Vimos a previsão do tempo pela internet e para os próximos dias iria continuar chovendo.

Fomos então almoçar no restaurante Milla-Rahue na avenida principal da cidade. Boa comida com carne, acompanhamento, saladas e sobremesa. Pagamos para 2 pessoas $11000 (R$38,00). Dá para ver que alimentação no Chile não é barata mesmo.

Restaurante Milla-Rahue em Pucón

Restaurante Milla-Rahue em Pucón

Fomos no centro de informações turísticas, que também fica na avenida principal, O’Higgins, 483, no prédio da Municipalidad. Lá nos deram mapas, lista com preços dos hotéis, preços das termas da cidade e um ótimo guia colorido sobre Pucón.

Sistema de alerta de risco vulcânico em Pucón

Sistema de alerta de risco vulcânico em Pucón

Andamos um pouco pela cidade e aproveitamos o mau tempo para trocar o óleo do carro, ir à lavanderia e ao supermercado.

Hoje foi um dia inútil. Não conseguimos aproveitar nada e praticamente não conhecemos a cidade, além da região central. Não parou de chover em nenhum momento.

Placa indicando caminho de evacuação em caso de erupção do Villarrica

Placa indicando caminho de evacuação em caso de erupção do vulcão Villarrica

Voltamos para o hotel para decidirmos o que fazer em relação ao mau tempo.

Dica do dia:

Como o percurso total de uma viagem como esta é grande, se você utilizar óleo mineral em seu carro, obrigatoriamente terá de fazer sua troca durante a viagem. Para evitarmos problemas, resolvemos levar do Brasil o óleo e os filtros (combustível, ar e óleo) recomendados pelo manual do fabricante. Assim a troca destes itens poderia ser feita em qualquer posto de combustível que preste este serviço (também comum no Chile e Argentina). Pagamos $3000 (R$ 10,39) em um posto da rede Shell. Outra possibilidade é fazer a troca dos filtros antes da viagem e utilizar óleo sintético, não havendo a necessidade de se preocupar com isto. Em espanhol o serviço de troca de óleo é chamado de câmbio de aceite.

Ir para o próximo dia.

Saída: Viña del Mar – Km 2704 (11:00h)
Chegada: Pucón – Km 3664 (1:00h)
Distância: 960Km

Acordamos cedo e fomos tomar o café no hotel. O café, apesar de básico, foi muito saboroso. Pelo que podemos perceber, por aqui esta refeição nos hotéis é sempre servida (não é self service) e não há uma grande variedade de alimentos como no Brasil.

Antes de seguir viagem, resolvemos dar uma passada em Valparaíso para ver os famosos ascensores, que são elevadores para transportar as pessoas ao alto dos morros da cidade. Ao total existem 15 elevadores, considerados patrimônio histórico. Estes elevadores sobem na diagonal e o custo fica em torno de $300 (R$1,00), somente a subida ou descida. Estes ascensores são um dos principais cartões postais da cidade. Não poderíamos sair de Valparaíso sem conhecê-los.

Vista do Ascensor Artillería em Valparaíso

Vista do Ascensor Artillería em Valparaíso

Subimos no ascensor Artillería, localizado no cerro Artillería junto ao Museo Naval y Marítimo. Este elevador sobe a uma altura de 80m, de onde se pode ter uma vista geral de Valparaíso e Viña Del Mar. Deste ponto também é possível ver a movimentação do porto de Valparaíso. Descemos a pé pela escadaria do morro.

Vista de Valparaíso e Viña del Mar (Ascensor Artillería)

Vista de Valparaíso e Viña del Mar (Ascensor Artillería)

Pelo que pudemos observar em Valparaíso, a população próxima ao porto é pobre e esta área não nos pareceu muito segura. Inclusive fomos avisados por um morador para termos cuidado com nossa câmera fotográfica, pois poderíamos ser assaltados. Como a área próxima ao porto é muito movimentada, deixamos o carro em um estacionamento. Quando voltamos para pegá-lo, alguns policiais estavam vasculhando o local procurando alguma coisa ou alguém. Deixamos o local com certa sensação de insegurança.

Ascensor Artillería em Valparaíso

Ascensor Artillería em Valparaíso

Ascensor Artillería em Valparaíso

Ascensor Artillería em Valparaíso

Devido à falta de tempo, não pudemos explorar um pouco mais Valparaíso.

Saímos de Valparaíso em direção ao Valle del Maipo, distante 27Km de Santiago, com o objetivo de conhecer a famosa vinícola Concha y Toro. Fomos pela Ruta 68, estrada duplicada e em boas condições, ao custo de pedágios é claro. Até a chegada à vinícola, passamos por 1 pedágio que custou $1500 (R$5,20). Após pegamos a av. Américo Vespucio e então a Av. Concha y Toro até a vinícola.

Esta vinícola possui uma estrutura toda preparada para o turismo, onde é possível fazer um tour guiado pela empresa. O site da vinícola informa para agendar a visita com antecedência, como não tivemos tempo, resolvemos ir até lá e arriscar a sorte. Chegamos lá as 12:30h e conseguimos participar do tour das 13:30h. O custo é de $7000 (R$24,00) por pessoa, com direito a degustação de 2 vinhos e levar a taça personalizada da vinícola como “regalo”.

Jardins da Vinícola Concha y Toro

Jardins da Vinícola Concha y Toro

Jardins da Vinícola Concha y Toro

Jardins da Vinícola Concha y Toro

O tour mostra um pouco da história da empresa, passeando pela vinícola e pelas vinhas. O passeio dura em torno de 1:30h. A vinícola possui belos jardins, com várias árvores trazidas da Europa. Achamos o preço do tour um pouco salgado. Os preços dos vinhos na loja da vinícola são mais caros que nos supermercados do Chile.

Vinhas da Concha y Toro

Vinhas da Concha y Toro

Adega da Concha y Toro

Adega da Concha y Toro

Degustação na Concha y Toro

Degustação na Concha y Toro

Saímos da Concha y Toro às 15h em direção a Pucón, um pouco tarde para percorrer os 760Km de distância. Entramos na Ruta 5 (a famosa rodovia Panamericana) em direção ao sul do Chile. Veja mais informações sobre esta ruta em http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Pan-americana. A estrada é toda duplicada, bem sinalizada e muito bem pedagiada! Pagamos um total de $15400 (R$53,30) para percorrer este percurso. Alguns poucos trechos estão em manutenção, reduzindo para uma pista em cada sentido. O tráfego não estava muito intenso. Em quase todo o percurso a velocidade máxima permitida é de 120Km/h. Mesmo dirigindo boa parte do percurso à noite, conseguimos sempre andar nesta velocidade, quando permitido. No pouco tempo que andamos durante o dia, podia-se contemplar a cordilheira que ficava à esquerda da estrada.

Existem diversos postos de combustíveis pelo caminho e pudemos observar que, quanto mais para o sul, mais cara fica a gasolina. A gasolina de octanagem 93 iniciou em Viña Del Mar em $515 (R$1,78) e em Pucón estava em $570 (R$1,97), aumentando gradativamente pelo caminho.

Não fomos parados pela polícia nenhuma vez, mesmo passando por vários carabineros pela estrada. Também não vimos nenhum radar de velocidade, mas mantemos o tempo todo a velocidade máxima indicada pelas placas de sinalização.

Para ir para Pucón, deve-se sair da Ruta 5 e pegar a Ruta RN199 na altura da cidade de Freire. Existe uma placa indicando esta saída como o nome de Pucón, que é a mesma que leva a cidade de Villarrica (distante 25Km de Pucón). Da saída da Ruta 5 até Pucón são uns 60Km, percorrendo uma estrada sinuosa, bem conservada e sinalizada.

Chegamos em Pucón à 1:00h, um pouco tarde para procurar um lugar para dormir. Na RN199 existem várias pousadas pelo caminho, porém todas estavam fechadas. Nesta rodovia praticamente não havia trânsito (devido ao horário), passamos por uns 4 carros.

Ao chegarmos em Pucón estava chovendo e a cidade estava deserta. Tínhamos 2 pousadas em mente, mas ambas já estavam fechadas. Fomos então em busca de qualquer hotel que estivesse aberto, pois estávamos exaustos da viagem. Passamos em frente do Hotel y Cabañas chamado La Palmera, que estava com alguém de plantão na recepção. A diária era de $30000 (R$104,00) e o quarto que pedimos para ver era bem confortável, com café da manhã, internet wi-fi nos quartos, um computador disponível para os hospedes e estacionamento. Não tinha ar condicionado, porém havia um aquecedor de ambientes. Resolvemos ficar. Esta localizado na Geronimo de Alderete, 435, e-mail palmera@ceprinet.cl.

Dica do dia:

Ao visitar a região do Porto de Valparaíso, não deixe seu carro estacionado na rua e tome cuidado em relação a sua segurança.

Para evitar problemas com a polícia, respeite a velocidade máxima indicada nas placas de sinalização, pois polícia carabinera é rígida. Pelo que percebemos, as reduções de velocidade indicadas pelas placas na ruta RN5 foram colocadas em pontos realmente necessários para manter a segurança. Ao ver a placa informando “Peligro”, reduza a velocidade.

Muitos dos postos de gasolina da rede Copec têm internet wi-fi liberada na loja e no estacionamento. Não precisa nem abastecer para aproveitar e dar uma navegada!

No Chile, aconselhamos a abastecer o carro em redes de postos conhecidas, como Shell, Copec e Esso.

Ir para o próximo dia.

Saída: Valparaíso – Km 2632 (10:00h)
Chegada: Viña del Mar – Km 2704 (22:30h)
Distância: 72Km

Após uma noite muito mal dormida, acordamos e logo ouvimos o barulhinho da chuva. Era o primeiro dia da viagem que chovia. Nos arrumamos, pegamos nossas malas e fomos embora. Tinha café da manhã, mas dispensamos, queríamos era ir embora o mais rápido possível daquele hotel.

As cidades de Viña del Mar e Valparaíso estão distantes 9Km. Estão tão próximas que fica difícil saber onde termina uma e começa outra.

Com o tempo ruim, ficamos sem saber o que fazer. Acabamos circulando de carro pela cidade. Depois fomos para o supermercado Jumbo em Viña Del Mar sacar dinheiro e almoçar.  Almoçamos em um restaurante dentro do supermercado. Só então descobrimos que o horário no Chile tem 1h de diferença em relação ao Brasil, pois achamos estranho que era meio-dia em nossos relógios e o buffet ainda não estava pronto. Neste momento também percebemos a diferença do custo da alimentação entre Argentina e Chile. Nosso almoço, de comida simples, custou $10920 (R$37,80) para 2 pessoas.

Após passearmos um pouco pelo supermercado, fazendo umas comprinhas e esperando o tempo passar para ver se a chuva parava, saímos para dar mais umas voltas e conhecer melhor a cidade de Viña e seus pontos turísticos.

Já eram umas 15:00h quando a chuva passou e ficamos passeando pela linda Viña Del Mar. Fomos “molhar os pés” no oceano pacífico, é claro! De sapatos mesmo, porque estava frio, possivelmente uns 13°C. Passeamos na avenida à beira mar, onde as ondas estavam agitadas e às vezes molhavam até as pessoas que as admiravam do calçadão. Caminhamos pelas ruas e praças com suas lindas palmeiras, muito comuns aqui no Chile. Fotografamos o famoso relógio das flores.

Viña del Mar

Viña del Mar

Viña del Mar

Viña del Mar

Relógio das Flores em Viña del Mar

Relógio das Flores em Viña del Mar

Oceano Pacífico

Oceano Pacífico

Viña del Mar

Viña del Mar

Viña del Mar

Viña del Mar

Viña del Mar

Viña del Mar

Tínhamos ainda que achar outro hotel para ficar. Durante o nosso passeio pela cidade, passamos pelo Hotel Marina Azul (calle Teniente Merino, nº 39,  entre Av. San Martín e Av. Perú, Vina del Mar, Chile) em frente a uma praça e a uma quadra da avenida à beira mar (av. Perú). Acreditamos que não seria muito acessível devido a ótima localização. Surpresa foi a nossa, quando descobrimos que era mais barato que o nosso hotel da noite anterior e ainda por cima com quartos aconchegantes, vista para o mar, wi-fi nos quartos, frigobar e café da manhã. De negativo o fato de não ter ar condicionado e estacionamento. Fizemos a reserva. O valor da pernoite para casal era $22000 (R$76,00). Os recepcionistas do hotel também foram muito atenciosos e cordiais. Excelente custo benefício, recomendamos.

Depois fomos na praia de Reñaca, uma das mais famosas de Viña, com sua orla ocupada repleta de prédios construídos em forma de degraus que acompanham o desnível do morro onde estão situados.

Praia de Reñaca em Viña del Mar

Praia de Reñaca em Viña del Mar

Praia de Reñaca em Viña del Mar

Praia de Reñaca em Viña del Mar

Fotografamos a estátua do moai, original da Ilha da Páscoa, em frente ao museu arqueológico de Viña. Neste momento tinha uma garoa fininha, que acabou prejudicando um pouco nossas fotos.

Estátua do moai original da Ilha da Páscoa (museu arqueológico de Viña)

Estátua do moai original da Ilha da Páscoa (museu arqueológico de Viña)

Já à noite, fomos às compras. Sabemos que não é a mesma coisa que Santiago, mas fomos às lojas mais famosas e que têm de tudo: Falabella, Ripley e Paris. Achamos muitas coisas baratas, como roupas e eletrônicos. Estes itens custam de 30 a 50% mais baratos que no Brasil. Também nos pareceu mais baratos que na Argentina.

Depois das compras fomos para o hotel. Como não havia estacionamento, deixamos o carro na frente da portaria do hotel. O recepcionista nos garantiu que não haveria perigo, já que ele ficaria de plantão durante toda a noite. Pelo que vimos, nesta região é comum as pessoas deixarem os carros na rua.

Dica do dia

Não deixe de visitar a tradicional praia de Reñaca em Viña del Mar, é a mais popular e apta para o banho (limpa). Está a 7Km do centro.

Ir para o próximo dia.

Saída: Uspallata – Km 2310 (9:00h)
Chegada: Valparaíso – Km 2632 (21:30h)
Distância: 322Km

Acordamos cedo, pois como planejado, teríamos um dia cheio. A propósito aqui nesta região da Argentina (nesta época do ano) amanhece por volta das 8:00h e anoitece em torno das 19:00h. Arrumamos as malas, tomamos o café da manhã (muito fraco por sinal, só para dizer que tinha), organizamos o carro e acabamos saindo somente às 9:00h em direção a Valparaíso no Chile.

Embora a distância fosse pequena entre nossa origem e destino, tínhamos planejado fazer uma viagem de um dia inteiro aproveitando para conhecer os vários pontos turísticos pelo caminho.

Saímos de Uspallata em direção ao Chile pela Ruta RN7. Logo que começamos a viagem já começou a se descortinar belíssimas paisagens de morros e montanhas com seus picos nevados. Toda a viagem até passar pelos caracoles da Cordilheira dos Andes foi assim. Viajar num cenário como este, com certeza, é um show a parte. Somente pelas paisagens vistas neste trecho já valeria a pena uma viagem até o Chile. Ficamos encantados, filmamos, fotografamos, tentamos registrar de todas as maneiras aquela beleza, porém não adianta, só estando presente e vendo ao vivo este espetáculo da natureza para poder ter a idéia da emoção que sentimos.

Ruta RN7 en direção ao Chile (travessia da cordilheira)

Ruta RN7 em direção ao Chile (travessia da cordilheira)

Ruta RN7 em direção ao Chile (travessia da cordilheira)

Ruta RN7 em direção ao Chile (travessia da cordilheira)

A temperatura estava agradável, porém onde havia vento e sombra a sensação térmica era de muito frio. Tivemos até que colocar toucas, mantas e luvas em alguns locais.

Fomos parados pela polícia, que solicitou documentos do condutor e do carro. Pediu para dar uma olhada no porta-malas e nos entregou um papel que deveria ser entregue no pedágio (que ficava a 7Km da aduana), tipo algum registro de saída do país, pois nos perguntou qual o nosso destino.

A primeira parada que fizemos foi no Cementerio de Andinista, onde estão sepultados os corpos de alguns dos montanhistas que morreram na tentativa de subir o Aconcágua. Este cemitério esta localizado a 193Km de Mendoza, à esquerda de quem vai em direção ao Chile. Tem que cuidar pela quilometragem ou pelas coordenadas do GPS, pois há somente uma placa localizada bem na entrada, daquele tipo que quando você viu, já passou. Foi o que aconteceu conosco e tivemos que retornar. Vale fazer uma parada rápida para conhecê-lo. É um cemitério pequeno e surpreendente. Fica a 200m da rodovia.

Cementerio de Andinista

Cementerio de Andinista

Logo em seguida, paramos na Puente del Inca, cujo nome origina-se da formação natural em forma de arco que passa sobre o Rio Mendoza como uma ponte, que, dizem, foi utilizada pelos incas. Um lugar bem interessante e vale a parada de alguns minutos para fotografar. Também fica bem próximo da estrada. Para quem gosta de compras e suvenires, lá há muitas banquinhas vendendo roupas de lã e toda sorte de lembrancinhas, pedras e outros objetos feitos pelo povo local.

Puente del Inca

Puente del Inca

Depois fomos a um dos nossos mais esperados pontos turísticos, o Parque Provincial Aconcagua. Este parque fica a 196Km de Mendoza. Tem que pagar $5,00 (R$2.60) por pessoa para entrar no parque. Lá, eles te entregam um folder com um mapinha das paradas dentro do parque. É possível entrar de carro até o estacionamento localizado dentro do parque e seguir o restante a pé. Consegue-se visitar o parque em um passeio sem pressa de 1h. O parque é muito bonito, com belas paisagens e no final do trajeto há um mirante para poder admirar de perto o imponente Aconcagua de 6962m de altitude, que é a maior montanha das Américas.

Aconcagua - a montanha mais alta das américas

Aconcagua – a montanha mais alta das américas

Lago congelado no Parque Provincial Aconcagua

Lago congelado no Parque Provincial Aconcagua

Passamos pelo povoado de Las Cuevas rapidamente e em seguida fomos subir para ver o Cristo Redentor, distante 218Km de Mendoza. Este monumento marca a divisa da fronteira Argentina-Chile. Fica a uma altitude de 4200m. Deve-se ter cuidado para subir a íngreme estrada de terra de 8Km montanha acima. Não foi possível chegar até o Cristo de carro. Tivemos que estacioná-lo e andar cerca de 200m a pé, devido a quantidade de neve acumulada na estrada. Levamos aproximadamente 40 minutos para subir de carro.  Lá sim é muito frio e venta muito, quase encarangamos de frio. Quanto mais alto se chega, mais neve se acumula à beira da estrada. Lá de cima, a visão que se tem das cordilheiras é espetacular. Aconselhamos ir bem agasalhado para não sentir tanto frio e aproveitar mais o momento. Se houver muita neve na estrada que leva ao Cristo, a mesma é interditada.

Antes da construção do Tunel Cristo Redentor, o cerro do Cristo Redentor era o caminho internacional para ir até o Chile. Através  do Google Earth é possível ver a estrada serpenteada que, após o monumento do Cristo, continua descendo o cerro em direção ao Chile.

Povoado de Las Cuevas

Povoado de Las Cuevas

Cerro Cristo Redentor

Cerro Cristo Redentor

Cerro Cristo Redentor

Cerro Cristo Redentor

Monumento no cerro Cristo Redentor

Monumento no cerro Cristo Redentor

Cerro Cristo Redentor

Cerro Cristo Redentor

Saímos do Cristo por volta das 15:30h e só então paramos para lanchar. Em seguida partimos para continuar a viagem. Passamos por um pedágio, que custou $3,00 (R$1,60), onde deixamos o papel que o policial havia pedido que fosse entregue.

Após 7Km, já estávamos na aduana (Paso Los Libertadores) para sair da Argentina e entrar no Chile. Antes de chegar tivemos que nos desfazer de alguns iogurtes e “Todinhos” que tínhamos. Como são produtos industrializados, não sabíamos se podíamos entrar ou não no Chile com eles. Não quisemos arriscar, porque se fosse proibido teríamos que pagar multa e sabe-se lá os outros problemas que isto poderia noa trazer. E realmente, quando chegamos lá vimos placas indicando que a infração de tentar entrar no país com alimentos proibidos (frutas, vegetais e derivados de carne e leite) acarretaria em pagamento de multas. Achamos que a burocracia na aduana foi rápida (40 minutos), pois não precisamos ficar esperando. Demora um pouco para preencher os formulários. Há 5 passos burocráticos pelos quais você deve passar para completar o processo. Pagamos o pedágio para a entrada no país que custou $4000,00 (R$14,00) e após o fiscal da aduana foi fazer a revista no carro. Eles revistaram mesmo, abriram o porta-malas e retiraram algumas bagagens. Também abriram as bagagens para ver seu conteúdo. Depois foram revistar o interior do carro, onde olharam dentro da caixa térmica e também de uma bolsa onde levávamos bolachinhas, bombons e balas. O fiscal foi bem educado, fiscalizou tudo, mas com bom humor. Enquanto esperávamos no guichê, vimos que eles usaram cão farejador nos carros para tentar encontrar algum tipo de droga.

Após sairmoa da aduana, a menos de 1Km, chegamos aos famosos Los Caracoles, descendo a Cordilheira dos Andes. Neste trecho há alguns locais no acostamento onde é possível parar o carro e admirar a paisagem da estrada com seus impressionantes zigue-zagues, formando um caracol entre as montanhas. A vista é com certeza fantástica. Não tinha nada de neve na estrada. Na descida passamos por aventureiros ciclistas (mochileiros) que começavam a aventura de subir as cordilheiras no pedal.

Los Caracoles descendo a Cordilheira dos Andes (entrando no Chile)

Los Caracoles descendo a Cordilheira dos Andes (entrando no Chile)

A ruta RN 7, entre Uspallata e a aduana Argentina-Chile, está em excelente condições. Apesar de somente em alguns pontos ser duplicada, a dirigibilidade é boa, e devido as paisagens não se consegue andar a mais do que a 100Km/h. Maior parte do tráfego são de caminhões que andam em sua maioria a 80Km/h. Tome cuidado ao dirigir, pois a pista é muito sinuosa e cheia de grandes penhascos. A travessia da cordilheira, desde que não haja neve ou gelo, é tranquila. Apesar de não termos atravessado este trecho com gelo ou neve, acreditamos que nestas condições deva ser bem complicado.

Após o Tunel del Cristo Redentor entra-se em território Chileno, e a estrada passa a ser chamada de ruta 60. O túnel situa-se a 3175 m de altitude e possui 3080 metros de extensão, dos quais 1564 correspondem ao território chileno e 1.516 ao argentino.

Logo após a aduana e os caracoles, a conservação da estrada já não é a mesma coisa. Em território chileno, a ruta possui muitas imperfeições e alguns trechos estão em obras.  Aproximadamente 100Km antes de chegar a Valparaiso, pega-se a Autopista Trocal  Sur e a conservação da pista muda radicalmente. Neste trecho a qualidade do asfalto e da sinalização são perfeitas. Em compensação, em poucos quilômetros passamos por 3 pedágios, totalizando $3750,00 (R$13,00). Até o momento, foi a rodovia de melhor qualidade que pegamos.

Chegamos em Valparaíso as 21:30h. Tínhamos visto um hotel (Hotel Puerto Valparaiso, Chacabuco 2362) pela internet e por coincidência, depois vimos que também estava indicado no nosso guia de viagem do Chile. Chegando ao hotel, vimos que não era muito bom. Porém já estava tarde, estávamos cansados e resolvemos ficar neste mesmo. Mais tarde percebemos que ele era bem pior do que imaginávamos. O prédio era uma casa antiga, o nosso quarto ficava ao lado da recepção e a janela dava para o corredor. Era muito barulhento, principalmente devido a recepção ser ao lado. Não dava para se ter muita privacidade, pois se ouvia tudo que as outras pessoas falavam no corredor e também dos outros quartos. No banheiro havia uma cortina mal colocada no box, o que fez com que o banheiro virasse uma piscina. O barulho de pessoas falando e telefone tocando foi até a madrugada. Também não tinha estacionamento. Obviamente, não recomendamos. Cuidado, as fotos no site do hotel enganam.

Dica do dia:

Recomendamos que a subida ao cerro Cristo Redendor só seja feita com tempo bom e a estrada seca e sem neve. Este percurso deve ser feito com muita cautela, baixa velocidade e a descida utilizando freio motor. Seguindo estas recomendações, a subida é tranquila e vale a pena ser feita.

Faça uma revisão do sistema de freios e pneus do seu veículo antes da viagem, para fazer a travessia da cordilheira com segurança.

Cuidado ao escolher os hotéis pela internet. Às vezes as fotos e os textos apresentados nos sites são muito diferentes do que a realidade. Este é um problema muito comum em Buenos Aires e Montevideo.

Ao fazer este trecho entre Uspallata e Val Paraiso, saia bem cedo, pois há muito o que ver no caminho.

Algumas distâncias, em relação a Mendoza:

Santiago de Chile – 398Km
Buenos Aires – 1049Km
Uspallata – 120Km
Picheuta – 143Km
Polvaredas – 163Km
Punta de Vacas – 176Km
Los Penitentes – 187Km
Los Puquios – 192Km
Puente del Inca – 194Km
Cementerio de Andinistas – 193Km
Parque Provincial Aconcagua – 196Km
Casucha del Rey – 208Km
Las Cuevas – 208Km
Cristo Redentor – 218Km
Las Bóvedas – 122Km
Mirador Camino del Inca – 140Km
Villavicencio – 51Km
El Balcón – 64Km
Paramillos – 71Km

Mais informações:

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