Saída: Pucón – Km 5363 (9:30h)
Chegada: Pucón – Km 5830 (23:00h)
Distância: 467Km

Nossa intenção era partir hoje para Puerto Varas/Chile. Porém o tempo está ficando escasso e não iria valer a pena ir até lá para aproveitarmos somente uma tarde. Mesmo porque além de Puerto Varas há outros lugares como Frutillar e Puerto Octay que achamos interessantes conhecer. Resumindo não daria tempo, pois amanhã já temos que começar a nossa viagem de retorno ao Brasil.

Esta região (arredores de Puerto Varas) fazia parte do nosso roteiro, porém como pegamos alguns dias de chuva, acabou que tivemos que desistir. Como agravante, a previsão do tempo para Puerto Varas é de que somente hoje faria sol e nos próximos dias iria chover muito. Não iria adiantar mesmo.

Vimos na internet algumas recomendações sobre passeios ao Parque Nacional Conguillio que fica em torno de 260Km de Pucón e resolvemos passar o dia lá, até para poder aproveitar o tempo bom. A maior atração deste parque é o Vulcão Llaima, de 3125m, que é um dos vulcões mais ativos do Chile. Sua última erupção ocorreu há 2 meses atrás (abril 2009).

Veja mais informações sobre a última erupção em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u546072.shtml
http://www.youtube.com/watch?v=cR1Qnee_BAw&feature=related

Saímos de Pucón as 9:30h com o dia lindo e ensolarado. Logo no início da viagem passamos por uma neblina e o dia ficou feio e nublado. Continuamos mesmo assim. Quando estávamos na estrada de acesso a Curacautin o céu começou a limpar, o sol apareceu e logo podemos enxergar o Vulcão Llaima no horizonte. Chegamos então à cidadezinha de Curacautin.

Para chegar a Curacautin, saindo de Pucón, deve-se seguir até Villarrica pela RN199. Continua-se pela mesma ruta até encontrar a RN-5, junto a cidade de Freire. Segue-se então pela RN5 ao Norte até chegar a cidade de Lautaro. A partir segue-se até Curacautin pela S-11. Este última ruta é toda asfaltada e está em boas condições. De Curacautin ao Parque são 35Km, quase tudo em estrada de rípio, que está transitável, mas em condições precárias. Quando passamos estavam patrolando a estrada, sinal de que ficaria em melhores condições.

Supomos que existe uma rota mais próxima de Pucón, talvez pela ruta S-61 ou S-31. Como não conhecíamos as condições destas estradas, fomos pela rota descrita anteriormente (ruta S-11).

Quando seguimos em direção a estrada de acesso ao parque, vimos uma placa grande dizendo que a estrada que leva ao parque e ao vulcão estavam fechadas. Não sabíamos o porquê e resolvemos seguir mesmo assim para, pelo menos, ver o vulcão mais de perto. Durante este trajeto a paisagem era bonita e podíamos admirar o vulcão bem próximo de nós.

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Paisagens aos arredores do Vulcão Llaima

Paisagens aos arredores do Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima: é possível ver a fumaça saindo do vulcão

Vulcão Llaima: é possível ver a fumaça saindo de seu cume

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Para onde correr caso o vulcão entre em erupção

Para onde correr caso o vulcão entre em erupção

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Paisagens próximas ao Vulcão Llaima

Paisagens próximas ao Vulcão Llaima

Quando estávamos a poucos quilômetros de chegar ao parque, descobrimos o porquê do mesmo se encontrar fechado: a estrada estava interrompida devido a erosões. Nos pareceu que a estrada estava desse jeito há um bom tempo. Então, tivemos que nos contentar somente com o vulcão sem conhecer o parque e seu lago azul.

Estrada para acesso ao Vulcão Llaima interrompida

Estrada para acesso ao Vulcão Llaima interrompida

Voltamos em direção a Temuco para dar uma olhada nos preços de pneus (neumáticos) e também de bagageiros de teto (porta equipaje), pois tínhamos visto pela internet que os preços eram bons no Chile.

Encontramos pneus Michelin, em uma franquia desta marca, aro 14 por $44925,00 (R$156,00) cada um, já instalados e balanceados. No Brasil, custam por volta de R$230,00 cada. Resolvemos comprar 2, para substituir os dianteiros que já estavam na indicação de limite de uso.

O funcionário que instalou os pneus nos indicou uma loja onde poderíamos encontrar o bagageiro de teto por um preço bom. A loja é Casa de La Bateria, que fica na rua Gral. Cruz, 496. Compramos um de 450l por $149000,00 (R$516,00) já instalado e com o rack grátis, pois pagamos em dinheiro (efectivo). No Brasil, o mais barato que vimos foi de 320l, sem rack por R$670,00, sendo que a grande maioria é por volta de R$800 a R$1000. Aproveitamos para transferir nossas compras, que estavam lotando o porta-malas, para o novo bagageiro.

Passamos no Jumbo, que é um supermercado e shopping ao estilo Big, para jantar. Pagamos pouco desta vez, $3990 (R$14,00) para nós dois. Após seguimos para Pucón, onde chegamos por volta das 23:00h.

Ir para o próximo dia.

Saída: Pucón – Km 5158 (10:00h)
Chegada: Pucón – Km 5287 (23:00h)
Distância: 129Km

Fomos tomar o café da manhã, que segundo a proprietária do hotel era ao estilo “brasileiro”. E realmente era, foi com certeza o melhor café da manhã que tomamos durante toda a viagem. Neste hotel o café é do tipo self-service e, devido ao ambiente, você acaba se sentindo em casa, muito bom!

O dia estava chuvoso, a previsão do tempo errou! Ao menos estava um pouco melhor do que em nossa estada anterior em Pucón. Porém voltamos para pegar tempo bom, e até agora nada. Nos restou dar algumas voltas pela cidade e conferir algumas lojas. Novamente comprovamos que os preços de roupas no Chile são realmente baixos, basta saber procurar. Existem diversas opções de lojas na cidade, para todos os gostos e “bolsos”. Não é a melhor cidade para se fazer compras, mas mesmo assim tem algumas opções com preços consideravelmente mais baratos que no Brasil.

Haja porta-malas! O nosso já está cheio de sacolas, as malas estão sendo acomodadas no banco de trás. Nosso carro virou um Coupé. Para a próxima viagem já estamos certos de adquirir um bagageiro de teto.

Tiramos algumas fotos pela cidade, mas com o dia nublado e chuvoso, nenhuma ficou boa. O vulcão até agora é lenda. Não sabemos nem onde fica. A previsão, que dizia que hoje o tempo estaria bom, promete que amanhã será um dia ensolarado. Vamos ver!

Com o dia chuvoso, nossa única opção era conhecer uma das termas da região. Então fomos para as Termas Los Pozones, indicada pela Sandra, proprietária do hotel. Segundo ela, além de um bom preço, estas termas são rústicas e é uma das que possuem as águas mais quentes.

Erramos o caminho e acabamos indo até a Playa Negra, no Lago Caburgua. Com o tempo ruim não conseguimos apreciar a vista e resolvemos voltar para procurar as termas.

No caminho passamos pela entrada do Parque Nacional Huerquehue. Resolvemos conhecer o parque, já que estávamos perto. O parque fica a 35Km do centro da cidade, em torno de 7Km são de estrada de rípio, que apesar de transitável, em alguns pontos está em más condições. Pior ainda hoje com o dia chuvoso. O parque fica no alto de uma montanha, e em um dia ensolarado possivelmente se tenha uma visão panorâmica da região. Ao chegarmos na portaria do parque vimos que era cobrado $4000 (R$14,00). Como já estava tarde e chovendo, resolvemos não entrar e retornar.

Entrada do Parque Nacional Huerquehue

Entrada do Parque Nacional Huerquehue

Estrada de acesso ao Parque Nacional Huerquehue

Estrada de acesso ao Parque Nacional Huerquehue

Descobrimos o caminho correto para as Termas Los Pozones, que ficam bem próximas as Termas Huife. Chegamos nas termas às 16:30h. O caminho é todo asfaltado, apesar de alguns mapas e sites indicarem que não. Dá para perceber que a pavimentação é nova e está em ótimas condições. Estas termas ficam distantes 32Km do centro, possuem 7 piscinas naturais (todas descobertas) feitas de rochas. As temperaturas das piscinas variam de 30 a 42°C. O lugar é bem rústico e a infraestrutura é bem básica. O lugar é bonito, com uma grande corredeira (Rio Liucura) ao lado das termas. Ficamos “de molho” até as 18:30h. O preço é de $4000 (R$14,00) por pessoa por 3 horas. Caso você não tenha levado roupa de banho, eles alugam por $500 (R$1,75).

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Depois fomos comer uma pizza no restaurante Focaccia, que fica na rua Fresia, próximo a praça. A pizza é saborosa e o ambiente é muito bom. Pagamos $12700 (R$44,00). Que saudades dos preços da comida na Argentina!

Dica do dia:

Com certeza vale a pena conhecer e aproveitar uma das termas da região. Até com muito frio, mesmo em termas descobertas, dá para se aproveitar bastante. No nosso caso, estava caindo uma chuva fina, que mesmo assim não atrapalhou nosso relaxamento. Uma boa dica é experimentar várias piscinas para encontrar a água com a temperatura mais agradável. Na Oficina de Turismo, localizado no prédio da Municipalidad, existe uma lista com todas as termas da cidade e com os preços e temperaturas.

No Camino Internacional, distante 1Km do centro de Pucón, existe um centro comercial onde há um supermercado da rede Eltit e com mais opções do que na loja da avenida principal.

Ir para o próximo dia.

Saída: Pucón – Km 5287 (10:00h)
Chegada: Pucón – Km 5363 (20:00h)
Distância: 76Km

Hoje acordamos na expectativa de abrir a janela e ver o dia ensolarado, para podermos enxergar o famoso vulcão Villarica. O dia realmente estava bom, com um tímido sol aparecendo. A dona do hotel nos mostrou pela janela o vulcão ainda encoberto por uma densa nuvem. Falou que provavelmente o céu estaria limpo mais tarde e poderíamos vê-lo. Saímos então para passear pela cidade enquanto o vulcão ainda estava encoberto. Demos umas voltas pela praça e pelas margens do lago. Nisto, um simpático vendedor das famosas flores de madeira de Pucón nos abordou, e com sua lábia, fez com que comprássemos um ramo de suas flores.

Como queríamos fotografar a cidade com o vulcão ao fundo e naquele momento enxergava-mos somente uma pequena parte do vulcão, resolvemos ir até sua base e deixarmos estas fotos para mais tarde.

Seguimos então em direção ao Parque Nacional Villarica, que fica num desvio da ruta 199 (Camino Al Voncán ou ruta S-887), distante 11Km de Pucón. A estrada é de ripio e está em boas condições. Não foi necessário o uso de cadenas, pois não havia muita neve. Desde que não haja neve na estrada, é possível subir até a base do vulcão com tranquilidade. A estrada está em obras, sendo asfaltada.

Camino Al Voncán ou ruta S-887

Camino Al Voncán ou ruta S-887

Camino Al Voncán ou ruta S-887

Camino Al Voncán ou ruta S-887

Durante o trajeto até o parque foi surpreendente ver aquele enorme vulcão despontando no final da estrada.

A caminho do Vulcão Villarrica

A caminho do Vulcão Villarrica

Chegando no parque, mais próximo do vulcão, já havia uma boa quantidade de neve, sendo necessário deixar o carro no estacionamento um pouco antes da cafeteria. A propósito, não pagamos nada para entrar neste parque.

Estacionamento da base do Vulcão Villarrica

Estacionamento da base do Vulcão Villarrica

Não subimos ao cume do vulcão porque não estávamos nos sentindo dispostos fisicamente para isto (5 horas de subida a pé mais 2 horas de descida), porém mesmo da base a vista é bem gratificante.

Em seguida o dia ficou ensolarado e o céu azul. Tínhamos nos precavido para não sentir frio, porém o fato de ter sol e nada de vento, fez com que sentíssemos até calor mesmo no meio a tanta neve. A vista desde a base do vulcão foi magnífica: pudemos contemplar a paisagem com neve e as nuvens no horizonte próximo do lago Villarica.

Vista da base do vulcão

Vista da base do vulcão

Vista da base do vulcão

Vista da base do vulcão

O teleférico e o centro de ski ainda não estavam funcionando. Para quem quer se aventurar a subir no vulcão terá de pagar em torno de $30000 – $48000 (R$104,00 – R$166,00), dependendo da agência contratada. Eles oferecem roupas e equipamentos necessários. Alimentação e água é por sua conta. A subida dura em torno de 5h e a descida 2h. Haja fôlego!! Uma coisa é certa: voltaremos aqui para esta empreitada!!

Vulcão Villarrica

Vulcão Villarrica

Após matarmos bem a vontade de ver o vulcão de perto, fomos à cidade para fotografá-lo de lá. O fato de ter aquele vulcão bem próximo a cidade é algo que impressiona. É possível enxergá-lo praticamente de qualquer lugar da cidade, deixando-a mais bela do que já é. Com o fim da chuva conseguimos contemplar melhor as belezas de Pucón.

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Passeamos mas um pouco, fomos comprar algumas coisas que ficaram faltando e depois fomos jantar.

Voltamos para o hotel por volta das 20h.

Ir para o próximo dia.

Saída: Bariloche – Km 4676 (12:00h)
Chegada: Pucón – Km 5158 (23:00h)
Distância: 482Km

Hoje pretendíamos subir ao Cerro Campanário para nos despedir da cidade, porém estava chovendo e tivemos que desistir. Partimos, então novamente para Pucón, no Chile. Segundo a previsão do tempo, os próximos dias seriam de sol. Saímos de Bariloche às 12:00h.

Saímos em direção a Villa La Angostura pela ruta RN40, após alguns quilômetros seguimos pela ruta 231. Ambas as estradas estão em bom estado. Durante este percurso choveu o tempo todo e nevou em alguns pontos.

Ruta 231, entre Bariloche e Villa La Angostura

Ruta 231, entre Bariloche e Villa La Angostura

Ruta 231, entre Bariloche e Villa La Angostura

Ruta 231, entre Bariloche e Villa La Angostura

Em Villa La Angostura fomos ao centro de informações turísticas perguntar sobre as condições de travessia do Paso Cardenal Samoré. Lá informaram que provavelmente seria necessário o uso de cadenas. Seguimos viagem e após poucos quilômetros começou a nevar.

Mais adiante a neve começou a ficar mais intensa e já havia uma quantidade razoável cobrindo a pista. Dava para perceber que os pneus do carro não estavam aderindo muito bem ao asfalto. Encontramos no caminho um caminhoneiro chileno que estava colocando as cadenas em sua carreta. Resolvemos parar e colocar também, pois em uma subida um pouco íngreme o carro já estava patinando. Como nunca havíamos instalado as cadenas e só sabíamos como fazer apenas teóricamente, resolvemos pedir ajuda ao caminhoneiro. Este exitou um pouco, mas acabou concordando.

Neve na pista: uso obrigatório de cadenas

Neve na pista: uso obrigatório de cadenas

Caminhoneiro chileno nos ajudando a instalar as cadenas

Caminhoneiro chileno nos ajudando a instalar as cadenas

Neste momento percebemos, também, que estávamos com um dos pneus traseiros furado e, para complicar, estava nevando muito. Como o caminhoneiro nunca tinha instalado as cadenas do modelo que compramos, tivemos um pouco de dificuldade em colocá-las, mas com um pouco de persistência conseguimos. Conferimos cuidadosamente para ver se estavam bem apertadas e que não estavam encostando nas mangueiras de freio e amortecedores do carro.

Trocando o pneu

Trocando o pneu

Caindo neve...

Caindo neve…

O caminhoneiro, bem atencioso, nos deu algumas instruções de como dirigir na neve e disse que poderíamos seguir tranquilos, desde que devagar e com cuidado. Enquanto colocávamos as cadenas, vários carros passaram por nós sem usá-las. Estávamos achando que talvez estivéssemos exagerando em colocar as cadenas naquele trecho, quando um carro perdeu o controle e se atravessou na pista bem perto de onde estávamos. Este motorista parou e resolveu colocar as cadenas também.

Cadenas instaladas: carro pronto para seguir viagem

Cadenas instaladas: carro pronto para seguir viagem

Seguimos em frente a uma velocidade entre 20 e 30Km/h. Realmente as cadenas fazem uma boa diferença na aderência do carro. Mesmo nas subidas o carro seguia bem estável. Andamos alguns quilômetros e a neve da pista havia diminuído bastante. Resolvemos então retirar as correntes e seguir em frente.

Após mais alguns quilômetros a neve começou a acumular novamente na estrada. Haviam 2 caminhões instalando suas cadenas em uma subida, paramos e resolvemos colocá-las novamente. Um carro que vinha atrás de nós também parou. Fomos conversar com eles (um casal de chilenos), os quais nos informaram que tinham as cadenas, mas nunca tinham usado antes. Instalamos no nosso carro e ajudamos ao casal. Desta vez a instalação foi rápida, pois já tínhamos pegado “o jeito”. Depois de aprender a instalar, o processo é bem rápido e fácil. Por isto vale a pena “treinar” primeiro, pois no meio da neve e do frio o processo de aprendizagem é mais lento e “doloroso”. Levamos cerca de 10 minutos para instalar no nosso carro. Seguimos então os dois carros juntos, pois caso algum de nós tivesse algum problema teríamos com quem contar.

Durante o caminho vários outros carros passaram sem cadenas. Alguns estavam usando. Praticamente todos os caminhões também estavam com correntes. Passamos por 4 caminhões que derraparam e saíram da estrada, todos não estavam usando cadenas. Um deles era um brasileiro, que estava com o cavalo de sua carreta em posição perpendicular a pista. Incrível! Nenhum dos acidentes foi muito grave, mas alguns dos caminhões estavam um tanto amassados.

Acidente na estrada: a carreta derrapou por não estar usando cadenas

Acidente na estrada: a carreta derrapou por não estar usando cadenas

Caminhoneiro brasileiro: outro acidente devido a falta das cadenas

Caminhoneiro brasileiro: outro acidente devido a falta das cadenas

A cada 10Km parávamos para conferir como estavam as correntes. Percorremos vários quilômetros com as cadenas, tirando somente a uns 16Km antes da aduana chilena, quando vimos que a neve na estrada havia reduzido bastante e os caminhões estavam retirando as suas também. Neste momento fiz uso das cadenas líquidas. Após aplicar o spray, o fabricante aconselha aguardar alguns minutos. Deve-se também evitar que o spray atinja os discos de freios.

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Máquina retirando a neve da pista

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Dirigindo na neve

Dirigindo na neve

Máquina retirando a neve da pista

Máquina retirando a neve da pista

Desta vez, durante todo o percurso do paso não derrapamos nenhuma vez, comprovando assim a eficiência das cadenas convencionais e líquida. A melhor dica que podemos dar para dirigir no gelo é: conduza seu carro devagar. O segredo é ter paciência e não se afobar só porque os outros andam mais rápido que você. Lembre-se que muitos deles estão acostumados a dirigir nesta situação. Já outros são é mesmo imprudentes.

Neve na pista

Neve na pista

Chegando a aduana chilena depois de 4 horas desde a saída de Villa Angostura. Levamos uns 30 minutos para sermos liberados da aduana. Desta vez a revista no carro foi mais detalhada. Tivemos que esvaziar o porta-malas e abrir algumas de nossas malas. O fiscal acabou confiscando 2 de nossos artesanatos de madeira (tínhamos 6), pois estes tinham alguns furos que, segundo ele, indicavam que havia algum tipo de germe na madeira. O fiscal nos informou que leite em caixinha e iogurte poderiam entrar no Chile. Itens derivados de carne (presunto, mortadela, etc), leite e derivados não industrializados (queijo, por exemplo), vegetais (frutas, verduras, etc) não podem. Ele nos mostrou que no formulário, onde se refere a vegetais, também fala de artesanato em madeira.

Chegamos em Pucón às 23h. Nos hospedamos no Hotel Pucón Sur, indicado por um casal de brasileiros (Fabrício e Isabella) que encontramos no centro de Pucón. O hotel é muito aconchegante e com um ambiente bem familiar. A proprietária Sandra é uma pessoa muito simpática e atenciosa. Além disso, dá ótimas indicações de onde ir em Pucón. O hotel possui quartos bem confortáveis, com aquecedor elétrico, internet wi-fi e café da manhã. A diária é de $25000 (R$86,00).

Dica do dia:

Estamos acompanhando a previsão do tempo do Chile e Argentina através dos sites abaixo:

http://www.weather.com

http://www.zoover.pt/

Usamos estes sites para nos programar para onde ir, dependendo das condições do tempo. Algumas vezes estas previsões não deram certo e acabamos perdendo alguns dias em cidades que choveu, como Pucón e Bariloche.

Ir para o próximo dia.

Saída: Bariloche – Km 4536 (9:00h)
Chegada: Bariloche – Km 4676 (20:00h)
Distância: 140Km

Como teríamos pouco tempo para conhecer Bariloche, acordamos cedo e saímos. O tempo não estava muito bom, um pouco nublado, e às vezes sol aparecia. Estava muito frio, mas não estava nevando. Foi a cidade mais fria que já fomos até agora.

Fizemos o Circuito Chico que é uma estrada toda asfaltada, de 65Km e em bom estado de conservação, que é utilizada para conhecer parte do Parque Nahuel Huapi. O circuito margeia o Lago Nahuel Huapi e possui alguns mirantes. Há um mirante panorâmico, quase ao final do circuito, de onde é possível ter-se uma visão geral das paisagens deste trecho. Existem placas indicando o mirante e lá há movimento de banquinhas de artesanato e fotógrafos com seus cães da raça São Bernardo.

No início do circuito passa-se ao lado do Hotel Llao Llao, que é o hotel estrategicamente localizado junto às montanhas, de onde é possível ter uma visão panorâmica de toda região. Não é por nada que a diária para 2 pessoas custa, na baixa temporada, US$255 a 430 (R$510 a 860).

Hotel Llao Llao em Bariloche

Hotel Llao Llao em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

No caminho do circuito há também o Cementerio del Montañes. Há placa de identificação na estrada e este fica uns 300m para dentro do bosque. Não somos góticos :), mas resolvemos visitar este cemitério também. Lá, além dos túmulos de montanhistas que morreram tentando escalar alguns cerros da região, há uma bela vista das montanhas e do lago.

Após o circuito, fomos almoçar em um restaurante central, na Linguini na Mitre, 370. Por aqui, como é uma cidade muito turística, não tem nada de alimentação barata como em outras cidades argentinas. Pagamos $86,50 (R$45,00) para 2 pessoas.

Lago Nahuel Huapi em Bariloche

Lago Nahuel Huapi em Bariloche

Fomos ao Cerro Catedral que é o mais alto (2000m) e badalado da cidade. É considerado um dos centros de skis de melhor infraestrutura da América do Sul.

Um pouco antes de chegar ao cerro, há a Villa Catedral. Como fica a uma altitude maior que o centro de Bariloche, estava nevando. É uma Villa muito bonita e a neve deu um toque todo especial em seu visual.

Villa Catedral

Villa Catedral

Villa Catedral

Villa Catedral

Villa Catedral

Villa Catedral

Chegamos ao Cerro Catedral, o qual estava bastante movimentado. Tínhamos a intenção de subir de teleférico, porém o dia estava muito nublado e então desistimos. Com este tempo não conseguiríamos enxergar nada lá de cima, além do clima estar congelante.

No cerro foi onde encontramos o nosso primeiro conterrâneo viajando de carro, ele vinha de Joinville/SC.

Cerro Catedral

Cerro Catedral

Cerro Catedral

Cerro Catedral

Após este passeio fomos conhecer o Centro Cívico, a Catedral Nuestra Señora Del Nahuel Huapi. Fomos no centro e nas feiras de artesanato.

Catedral Nuestra Señora Del Nahuel Huapi

Catedral Nuestra Señora Del Nahuel Huapi

Passamos no supermercado e voltamos para o hotel às 20h.

Dica do dia:

Ao visitar Bariloche, não deixe de fazer o Circuito Chico. Vale a pena!

Ir para o próximo dia.

Saída: Villa La Angostura – Km 4157 (10:30h)
Chegada: Bariloche – Km 4536 (20:30h)
Distância: 379Km

Iníciamos o dia acordando cedo para fazer o caminho dos Siete Lagos. Choveu durante toda a madrugada, mas quando acordamos a chuva havia parado e o dia estava apenas nublado. Ao sairmos do hotel, observamos que tinha nevado nas montanhas ao redor da Villa, pois havia mais neve acumulada do que no dia anterior.

Villa La Angostura com as montanhas cobertas de neve

Villa La Angostura com as montanhas cobertas de neve

Villa La Angostura

Villa La Angostura

Villa La Angostura

Villa La Angostura

Lago Nahuel Huapi em Villa La Angostura

Lago Nahuel Huapi em Villa La Angostura

Neste caminho é possível avistar os lagos Espejo, Correntoso, Escondido, Villarino, Falkner, Machónico e Lacar (já em San Martín de Los Andes). De todos os lagos, o único que não vimos placas de identificação foi o Escondido. Consideramos o Espejo o mais belo de todos, com suas águas claras e areias negras.

O caminho é através da ruta RN234 e inicia em Villa La Angostura e vai até San Martín de Los Andes. Do total de 110Km, 60 são de estrada de rípio. O trajeto inicia no trecho de rípio, onde em vários pontos existem máquinas trabalhando para asfaltá-lo. Este percurso não pavimentado, no geral está em bom estado de conservação e pode ser percorrido por qualquer tipo de carro. Alguns poucos trechos estão bastante esburacados, bastando somente reduzir a velocidade.

Lago Espejo na Ruta dos Siete Lagos

Lago Espejo na Ruta dos Siete Lagos

Depois de percorridos alguns quilômetros do percurso, a neve que havia caído durante a noite começou a aparecer à beira da estrada, conforme aumentava a altitude da rota. As árvores à beira da estrada também estavam cobertas de neve, formando paisagens que pareciam pinturas. Em alguns trechos, tudo ao redor estava coberto de neve. A neve não ficou acumulada na estrada, permitindo continuar o passeio tranquilamente. Nevou discretamente em alguns momentos de nosso percurso.

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

No início da tarde o céu ficou limpo e o sol apareceu. A composição das montanhas e árvores cobertas de neve e o sol formaram algumas das paisagens mais belas que já vimos na vida. As fotos e vídeos que fizemos não conseguiram retratar o que presenciamos.

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Depois dos 60Km iniciais, começamos a percorrer a estrada asfaltada, a qual estava em ótimas condições. Após mais uns 50Km chegamos a San Martín de Los Andes. A cidade possui em torno de 30 mil habitantes e a arquitetura de suas casas é composta de muitas pedras e madeiras da região. A cidade está à beira do lago Lacar. Sua estrutura turística não é tão grande quanto Villa La Angostura.

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Lago Lacar em San Martín de Los Andes

Lago Lacar em San Martín de Los Andes

San Martín de Los Andes

San Martín de Los Andes

San Martín de Los Andes

San Martín de Los Andes

Lago Lacar em San Martín de Los Andes

Lago Lacar em San Martín de Los Andes

Almoçamos e passeamos rapidamente pelas ruas cidade. É uma bela vila de montanha, cuja beleza é maior devido estar junto ao lago. Não descreveremos mais detalhes porque não tivemos tempo de explorar seus pontos turísticos.

Antes de sair da cidade fomos abastecer no posto YPF da Av. Koessler (Ruta 234). Esta avenida é a saída da cidade em direção a Junin de Los Andes. Neste posto havia as cadenas (correntes para rodas) à venda. O preço era de $150 (R$75,00), muito mais baratas do que nos informaram em Uspallata por cadenas usadas. O funcionário do posto, muito atencioso,  demonstrou para nós como colocá-las, explicando que só deveríamos usá-las se tiver neve na pista. No caso de ter gelo deve-se usar as cadenas líquidas, que são vendidas em spray.

Compramos também um frasco da líquida por $15,00 (R$7,50). Cada aplicação dura em torno de 20Km e cada frasco serve para 2 aplicações. Com neve na pista o carro atola facilmente. Com gelo o carro perde a aderência e derrapa sem controle, que é o pior caso. Regra: em ambos os casos, dirija devagar em 1ª ou 2ª marcha e sem freadas, aceleradas ou guinadas bruscas.  As correntes não podem ficar frouxas, elas tem que estar apertando o pneu.

Continuamos então nossa viagem em direção a Bariloche, passando por Junin. Este caminho foi indicado por outro viajante, que comentou que a paisagem era tão bela ou mais que a Ruta dos Siete Lagos. Resolvemos então comprovar. Saindo de San Martin, pega-se a ruta 234 até Junin, que são mais 60Km.

Parte-se de Junin ainda pela Ruta 234 e posteriormente deve-se tomar a ruta 40 até Bariloche (mais 220Km). Alguns quilômetros depois de Junin há um trecho curto (uns 2Km) de estrada de rípio, supomos que estão finalizando o asfaltamento.

O caminho entre São Martin e Junin é interessante e mostra algumas paisagens diferentes do que vimos anteriormente. A surpresa mesmo vem logo depois de Junin, onde descortina-se uma paisagem realmente deslumbrante, totalmente diferente da Ruta dos Siete Lagos. Passa-se por várias montanhas, rios, lagos e árvores coloridas. Este caminho realmente nos impressionou, mostrando que a Argentina é um país de várias paisagens. Neste trecho, a noite já estava chegando, formando imagens ainda mais belas.

Ruta 234

Ruta 234

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Chegamos em Bariloche as 20:30h. Resolvemos ir direto para o centro de informações turísticas da cidade que fica no Centro Cívico. Conseguimos uma listagem com os hotéis e pousadas, além de mapas.

Tínhamos uma indicação de pousada, porém acabamos ficando em outra, El Manantial, localizada na Av. Ezequiel Bustillo, 6026. Ótima pousada, equipada com cozinha completa, TV, aquecimento, camareira, estacionamento e wi-fi, além do ótimo atendimento. Pagamos a diária de $150,00 (R$78,00) para o casal.

Dica do dia:

Se você pretende viajar no inverno e fará a travessia das Cordilheiras dos Andes em algum dos passos Chile/Argentina é importante que você já possua as cadenas, pois quando há neve na pista (mais de 2cm) o uso destas é obrigatório (exigido pela polícia). Se você deixar para comprar na hora que realmente precisa, talvez acabe pagando muito mais caro do que elas realmente valem. Ou pior, não conseguir comprar e ter de aguardar a retirada da neve.

A instalação incorreta das cadenas pode causar danos ao veículo ou perda de eficiência das mesmas. Assim que não tiver mais neve deve-se retirar as cadenas para evitar danos aos pneus, cadenas e veículo. É importante também que você aprenda a instalá-las antes de realmente precisar delas. Procure pelo folder explicativo do Operativo Nieve nos postos da polícia caminera (Argentina).

Não deixe de percorrer a Ruta dos Siete Lagos, as paisagens são espetaculares e a estrada de rípio é trafegável e está em boas condições. Chegando em San Martin, continue a viagem até Bariloche, passando por Junin. Você se surprenderá com a paisagem. Reserve um dia inteiro para percorrer este caminho (Villa La Angostura, San Martín, Junín e Bariloche).

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