Saída: Mendoza – Km 1884 (9:00h)
Chegada: Mendoza – Km 2119 (18:15h)
Distância: 235Km

Acordamos cedo e partimos às 9:00h em direção a Uspallata (Argentina) pela antiga estrada que leva ao Chile, passando por Villavicencio. O caminho é a ruta RP52, cuja distância é de aproximadamente 120Km. Atualmente, para ir até o Chile, o trajeto normal é através da ruta RN7.

Ruas arborizadas de Mendoza

Ruas arborizadas de Mendoza

Villavicencio fica a uns 53Km de Mendoza. Em Villavicencio há termas e também o caminho das 365 curvas, conhecidas como os caracóis da pré-cordilheira.

O dia estava ensolarado e a temperatura em torno de 20°C.

Vista da pré-cordilheira desde Mendoza

Vista da pré-cordilheira desde Mendoza

Já nos primeiros quilômetros começamos a nos encantar com a proximidade das montanhas da pré-cordilheira. A RP52 até Villavicencio é asfaltada e está em boas condições. A bela vista das montanhas impede andar a mais do que 80Km/h.

A estrada asfaltada leva até aos pés das montanhas. A partir daí inicia-se a travessia da pré-cordilheira através de uma estrada de rípio que leva até Uspallata, distante uns 60Km de Villavicencio. A estrada é bem sinuosa e irregular, subindo até uma altitude de 2800m. Na altura de 2200m existe um mirante, de onde é possível ver o impressionante zigue-zague feito pelas curvas subindo as montanhas. O percurso deve ser feito com cuidado e devagar, pois só existem algumas proteções na beira da estrada. O trajeto é tranqüilo e pode ser feito por qualquer automóvel que não possua suspensão rebaixada. Desde que se mantenha uma velocidade baixa (menor que 40Km/h) o trajeto é bem seguro, apesar da má impressão dada pelas placas de advertência no início da subida.

Ruta RP52 em direção as curvas de Villavicencio

Ruta RP52 em direção as curvas de Villavicencio

As paisagens vistas neste percurso são indescritíveis. Várias paradas são necessárias para os clicks e contemplação da beleza do lugar.

Curvas de Villavicencio

Curvas de Villavicencio

Curvas de Villavicencio

Curvas de Villavicencio

Curvas de Villavicencio no GPS

Curvas de Villavicencio no GPS

Após as curvas de Villavicencio paramos no lugar chamado El Balcón, que é um mirante geológico. Do mirante é possível observar uma imensa cratera no meio da pré-cordilheira, formada pela erosão. Vale a pena uma parada para tirar algumas fotos.

Mirante geológico El Balcón

Mirante geológico El Balcón

Após percorrermos mais alguns quilômetros começamos a avistar as cordilheiras do Andes com seus picos nevados. A paisagem é magnífica e indescritível. Neste ponto o vento é muito frio e em alguns lugares deste caminho, onde há sombra, é possível ver a água congelada.

Logo em seguida nos deparamos com algo inesperado, um mirante de onde pode-se avistar o imponente Aconcaguá, com seus 6962m de altura. Paramos e aproveitamos para fazer um lanche, enquanto apreciávamos a vista. Neste ponto a altitude é de 3100m.

Mirante do Aconcaguá (maior montanha, à esquerda da foto)

Mirante do Aconcaguá (maior montanha, à esquerda da foto)

Próximo ao mirante, existe a chamada Via Crusius “Paramillos”, criada em homenagem aos aborígenes que habitaram a região.

Alguns quilômetros adiante a estrada volta a ser asfaltada, próximo a chegada a Uspallata. A bela vista da entrada de Uspallata é formada por um corredor de árvores. Paramos na vila para obter informações turísticas, obtidas no entroncamento entre a RP52 e RN7, em frente ao posto YPF. Nosso objetivo é visitar este povoado no próximo dia.

Corredor de árvores na entrada de Uspallata

Corredor de árvores na entrada de Uspallata

Voltamos a Mendoza pela RN7, cuja distância é de 123Km. A estrada está em perfeitas condições e atravessa a pré-cordilheira. No caminho existem diversos túneis cortando as montanhas. O tráfego não é muito intenso, composto basicamente de caminhões. As paisagens que se descortinam são belas e as paradas para fotos são inevitáveis. Em boa parte do percurso, o Rio Mendoza acompanha a estrada.

Na metade do caminho, à esquerda da estrada, existe um lago azul junto às montanhas. Neste local fica a vila de Potrerillos. O lugar é um vale com algumas casas de montanha, junto a pré-cordilheira andina. Nesta vila moram em torno de 500 habitantes. Circulando pela vila, não vimos mais do que 10 pessoas. No centro da vila existe o Parque Urbano, de onde é possível subir nas pedras e ter uma visão de 360° da região. A vila é pequena, porém a beleza é imensa.

Vila de Potrerillos (na Ruta RN7 entre Uspallata e Mendoza)

Vila de Potrerillos (na Ruta RN7 entre Uspallata e Mendoza)

Vila de Potrerillos

Vila de Potrerillos

Fomos ao centro de Mendoza para fazer algumas compras e jantar. Os preços de roupas e alimentação são bem atrativos. Mesmo nos restaurantes da Peatonal Sarmiento (calçadão) é possível fazer uma boa refeição para duas pessoas por $40 (aproximadamento R$20,00). Voltamos para o hotel por volta das 22:30h.

Dicas do dia:

Ao visitar Mendoza, não deixe de percorrer a estrada RP52 que leva até Uspallata, passando por Villavicencio. Até agora foi o ponto alto de nossa aventura.

Não deixe de visitar Potrerillos, a beleza do lugar impressiona.

O preço de lanches prontos nos supermercados de Mendoza são bem baratos. É possível comprar um bom lanche para 2 pessoas por menos de $10 (R$5,00).

Ir para o próximo dia.

12 respostas
  1. Rogério Tomaz Jr.
    Rogério Tomaz Jr. says:

    Muito boas a descrição e esse roteiro, que fiz este ano, por uma agência de Mendoza, Parabéns pelo blog e pelo espírito viajante da família!

    Responder
  2. Pablo Carvalho
    Pablo Carvalho says:

    O Blog de vcs é muito bom, parabens. Sou do Rio de Janeiro, tenho muitos parentes um Pelotas, minha mae nasceu em Pelotas. Vou a Santiago em novembro, mas fiquei com uma duvida. Quando vcs sairam de Buenos Aires pegaram a rota 7, mas em todos os simuladores de que utilizo, (inclusive o MAPEIA) a rota 7 é evitada. Percorri a rota 7 pelo computador de vi que que existe um hiato na estrada antes de Mercedes e Vicuña makkena. Vcs utilizaram desde Buenos Aires?

    Responder
    • arrsouza
      arrsouza says:

      Olá Pablo
      Realmente não sei porque há esta falha na ruta 7 (verifiquei que há tb no Google Maps e no Mapear). Em 2009 nós fizemos todo o percurso Buenos Aires->Mendoza por ela.
      É muita coincidência esta falha em todos os maps, vale a pena dar uma investigada. Sugiro que envies um email para a policia argentina questionando sobre isto.
      Abraços
      Alexandre e Rosângela

      Responder
  3. Roberto Schlindwein
    Roberto Schlindwein says:

    Amigos, o relato está muito bem feito. Passei por ali e é exatamente assim como está descrito. Gostaria de fazer um alerta, pois quando eu passei pelos caracóis, havia água congelada misturada ao rípio, o que provocava perigosas patinagens do meu carro, um Voyage (tração dianteira) e que eventualmente perdia a aderência e direção. Portanto, cuidado e devagar. Isso foi no verão, em janeiro.
    Quanto ao colega que perguntou se poderia ir de moto, eu digo que sim, com qualquer moto. É só tomar cuidado com o gelo na pista, misturado à areia, para não escorregar.

    Responder
  4. Eduardo
    Eduardo says:

    Estou adorando o blog de vocês, além de muito bem feito, é bem interessante e ajuda muito…
    Estou indo para o mesmo destino que vocês agora em março, porém de MOTO. A minha moto não é bigtrail, portanto acho que não poderei fazer está rota RP57, pois como entendi, ezistem algusn trechos de estrada de chão, certo?

    ABraços

    Responder
    • arrsouza
      arrsouza says:

      Obrigado Eduardo.

      Acho que você quis dizer RP52, que é o caminho de Villavicencio entre Mendoza e Uspallata. A maior parte deste trecho é em rípio, com muitas subidas, descidas e curvas. Porém o rípio está em bom estado e para um carro normal não há muita dificuldade. Não sei dizer qual a dificuldade de fazer este trecho com uma moto.
      O que posso lhe dizer que o caminho é bem legal e vale a pena percorrê-lo.
      Como o trecho é curto (120Km) dá para fazê-lo bem devagar.
      O trajeto entre Mendoza e Uspallata pela RN7 é todo em asfalto em bom estado e pode ser feito de moto tranquilamente, desde que não seja inverno.

      Abraços

      Alexandre e Rosângela

      Responder

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *