Salar de Uyuni

Este foi um dia especial para nós, pois era o dia do aniversário do Alexandre e fomos comemorá-lo no Salar de Uyuni, o maior salar do mundo!

Acordamos cedo e tomamos café da manhã, que foi semelhante aos outros. O tour para o salar iria sair somente às 10:30h (Bolívia). Então nós e Andrew fomos caminhar pela cidade e brincar de fotografar o povo local. Falamos em brincar, pois parecia uma brincadeira, tínhamos que fotografar cenas e pessoas de modo disfarçado (com flash desligado, ou fingindo fotografar outra coisa), porque eles ficam muito bravos ao serem fotografados. Não gostam até mesmo quando fotografávamos os produtos vendidos no mercado.

Foi bem legal o nosso passeio e fotografamos cenas bem interessantes da cultura boliviana. Compramos algumas alças para carregar garrafas de água mineral, o que é muito comum tanto aqui quanto em San Pedro no Chile.

Em Uyuni existem turistas de todas as partes do mundo.

Em Uyuni existem turistas de todas as partes do mundo.

Povo boliviano

Povo boliviano

Povo boliviano

Povo boliviano

Mochileiros em Uyuni

Mochileiros em Uyuni

Mamãe canguru

Mamãe canguru

Cultura x tecnologia

Cultura x tecnologia

Vovó!

Vovó!

Mercado público em Uyuni

Mercado público em Uyuni

Mercado público em Uyuni

Mercado público em Uyuni

Mercado público em Uyuni

Mercado público em Uyuni

Passeando pelas ruas de Uyuni

Passeando pelas ruas de Uyuni

Mercado público em Uyuni

Mercado público em Uyuni

Depois fomos para agência Colque, esperamos um pouco e em seguida partimos para o Salar de Uyuni. Agora tinha mais um integrante, o Sebastian, um francês que estava numa viagem de 10 meses pela América do Sul. A caminhonete que usaríamos para entrar no salar é outra, bem mais antiga e sem injeção eletrônica. Isto porque o sal prejudica muito o funcionamento de carros com muitos dispositivos eletrônicos.

Nosso "novo" carro que usaremos para atravessar o salar

Nosso “novo” carro que usaremos para atravessar o salar

Chegando ao salar, o guia fez uma parada antes em um lugar onde havia muitas bancas vendendo artesanato local e esculturas feitas em sal. Eram muito bonitas, porém não adquirimos, pois tínhamos a informação de que as mesmas poderiam derreter no Brasil devido à umidade.

Artesanatos de sal

Artesanatos de sal

Até que nosso carro não era tão ruim assim

Até que nosso carro não era tão ruim assim

Protegendo as partes elétricas da água salgada

Protegendo as partes elétricas da água salgada

Protegendo as partes elétricas da água salgada

Protegendo as partes elétricas da água salgada

Entramos então de carro no salar, onde havia em torno de 5 a 10cm de água. O guia parou durante alguns minutos dentro do salar, mas é claro que o tempo que o guia disponibilizou não foi o suficiente para nós, que queríamos aproveitar e tirar muitas fotos. Seguimos então com a camionete entrando mais um pouco no salar. Paramos novamente próximo ao Hotel de Sal (GPS Lat 20°19’50.45″S – Long 67° 2’48.92″O), onde também iríamos almoçar. O hotel fica há uns 7km para dentro do salar.

Cruzando o salar

Cruzando o salar

Salar de Uyuni: mais um dos pontos altos de nossa viagem

Salar de Uyuni: mais um dos pontos altos de nossa viagem

Salar de Uyuni: o maior salar do mundo

Salar de Uyuni: o maior salar do mundo

Salar de Uyuni

Salar de Uyuni

Ainda dava para ver os hexágonos formados quando o salar fica seco

Ainda dava para ver os hexágonos formados quando o salar fica seco

Hotel de Sal

Hotel de Sal

Hotel de Sal

Hotel de Sal

Aproveitamos para tirar mais umas fotos e em seguida o guia nos chamou para almoçar. Almoçamos em mesas e cadeiras feitas de sal ao ar livre, junto do hotel de sal. Uma maneira bem interessante e diferente para o Alexandre passar o seu aniversário, ainda em companhia de pessoas agradáveis vinda de vários lugares do mundo. Muito legal!

Almoço de aniversário multi-cultural: Brasil, Inglaterra, Estados Unidos e França

Almoço de aniversário multi-cultural: Brasil, Inglaterra, Estados Unidos e França

Após o almoço fomos visitar o hotel de sal onde tiramos mais algumas fotos.

Esculturas no Hotel de Sal

Esculturas no Hotel de Sal

Quando chegamos ao salar o guia havia nos comunicado que não iríamos a Isla del Pescado (GPS Lat 20°08’35″S – Long 67°48’27″O). Este fato foi o único problema que temos de reclamação deste tour. O guia justificou que não poderíamos ir porque havia muita água no salar. Pelo que vimos isto não era verdade, já que outros carros estavam indo até a ilha. O problema real é que a caminhonete que andávamos estava com problemas, falhando muito e provavelmente iria nos deixar no meio do caminho.

O guia falou que poderia ser bastante arriscado, pois o carro poderia ter problemas e também porque levaríamos muito tempo para chegar até a ilha devido à quantidade de água no salar (que para nós não parecia ser muita). Resolvemos não complicar, pois tínhamos horário para retorno a San Pedro e os demais integrantes tinham que pegar um ônibus para partirem para outras cidades. Resolvemos também não arriscar porque se a camionete tivesse problemas teríamos que fazer uma longa caminhada de volta, já que a ilha ficava a 82Km do Hotel de Sal. Enfim, é uma pena, mas ficamos sem ir a Isla del Pescado. Então, após a visita ao Hotel de Sal ficamos mais algum tempo no salar e retornamos para a cidade de Uyuni.

Contemplando o maior salar do mundo

Contemplando o maior salar do mundo

Uyuni: o maior salar do mundo

Uyuni: o maior salar do mundo

Bem novinho!

Bem novinho!

Cruzando o salar

Cruzando o salar

As belas paisagens do Salar de Uyuni

As belas paisagens do Salar de Uyuni

As belas paisagens do Salar de Uyuni

As belas paisagens do Salar de Uyuni

Em Uyuni aproveitamos para caminhar mais um pouco pela cidade e tirar mais algumas fotos. Fomos dar mais algumas voltas pelos mercados da cidade, que é sempre um bom local para conhecer mais sobre a cultura do povo.

Coisas da Bolívia: vai uma coca aí?

Coisas da Bolívia: vai uma coca aí?

Mais tarde retornamos a agência Colque, onde tivemos que esperar um bom tempo até que o motorista aparecesse. Próximo das 20h o carro que iria nos levar novamente para San Pedro apareceu. Mais uma vez nos disponibilizaram um caminhonete em estado questionável, bem diferente do estado daquela que andamos nos outros 2 dias. A caminhonete era também uma Toyota Land Cruiser, só que bem antiga. O motorista também era bem “antigo”, devia ter uns 70 anos.

Desta vez tínhamos outras 3 companheiras de viagem: uma francesa e duas argentinas de Tucumán. A simpática francesa estava tirando férias de 6 meses pela América do Sul e já estava na Bolívia há 2 meses. As argentinas, mãe e filha, estavam tirando férias no Chile e Bolívia por alguns dias. Todas estavam indo passar alguns dias em San Pedro.

O objetivo de hoje era chegar a Alota, distante 145Km de Uyuni pela ruta 701. A distância parecia pequena, mas devido ao horário que saímos, o estado da estrada, a caminhonete e o motorista, pudemos perceber logo no início que a missão não seria muito fácil. Todo o percurso até San Pedro é de estrada de chão. Os primeiros quilômetros foram bem assustadores, pois o motorista não enxergava muito bem, o limpador de pára-brisas não funcionava e o vidro ficava sujo de lama, pois havia chovido na estrada.

O motorista insistia em dirigir do lado esquerdo da estrada, indo para o lado direito somente quando o carro em sentido contrário estava bem próximo de nós. O engraçado, na verdade de engraçado não tinha nada, é que mesmo que a estrada do lado esquerdo estivesse em estado pior que do lado direito, o motorista insistia em andar do lado errado. Além de tudo estava muito frio e a caminhonete não tinha aquecimento. Não sei como não pegamos uma gripe de tanto frio que passamos.

Após uns 50km onde não havia mais nenhum carro na estrada. Isto foi uma boa notícia, já que ficávamos apavorados sempre que tínhamos que passar por outro carro.

A estrada estava bem ruim, mas o motorista andava sempre correndo, pois saímos muito tarde de Uyuni. Chegamos em Alota as 22:26h, exautos e com muito frio. O alojamento foi o mesmo onde tínhamos almoçado no dia anterior. Nos serviram uma janta, que estava muito boa e com bastante variedade de alimentos.

O banheiro era uma espelunca e banho nem pensar. Ficamos todos (menos o motorista) em um dos quartos do alojamento. Os quartos até que estavam limpos, mas resolvemos usar os sacos de dormir.

O motorista nos disse que pretendia sair às 3h da manhã (horário da Bolívia). Pior notícia impossível! Fomos então dormir e aproveitar as poucas horas de sono que nos restavam.

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Valle de Las Rocas

Saída: Villa Mar/Bolívia – Km 3592 (8:54h)
Chegada: Uyuni
/Bolívia – Km 3592 (16:52h)
Distância: 205Km

Acordamos cedo e fomos dar uma caminhada por Villa Mar para fotografar.

Ruas de Villa Mar

Ruas de Villa Mar

Alojamento em Villa Mar

Alojamento em Villa Mar

Como seria um churrasco de lhama? :)

Como seria um churrasco de lhama? 🙂

Brincando com os pequenos bolivianos

Brincando com os pequenos bolivianos

Obstáculos do caminho (mas não são páreo para a Toyota Land Cruiser)! :)

Obstáculos do caminho (mas não são páreo para a Toyota Land Cruiser)! 🙂

Voltamos ao alojamento, tomamos o café da manhã e seguimos viagem às 8:54h. A primeira parada foi na Copa del Mundo (GPS Lat 21°43’34.11″S – Long 67°31’27.34″O), que é uma formação rochosa na forma da taça da Copa do Mundo. Após passamos pela Itália Perdida (GPS Lat 21°43’6.97″S – Long 67°31’42.06″O) também um lugar muito bonito com várias formações rochosas. Posteriormente, paramos rapidamente na Laguna Pinto (GPS Lat 21°41’56.39″S – Long 67°31’31.59″O) e fotografamos de dentro da camionete.

Equipe a bordo da Toyota Land Cruiser

Equipe a bordo da Toyota Land Cruiser

Formação rochosa Copa del Mundo

Formação rochosa Copa del Mundo

Itália Perdida

Itália Perdida

Itália Perdida

Itália Perdida

Itália Perdida

Itália Perdida

Após fomos para o Valle de Las Rocas (GPS Lat 21°32’6.32″S – Long 67°34’45.84″O) que é um lugar com diversas formações rochosas muito bonitas para serem fotografadas. A próxima parada foi na La Cascata (GPS Lat 21°28’0.10″S – Long 67°37’19.89″O), que ao contrário do que o nome diz, não é uma cascata. É um lugar que tem um precipício e lá embaixo passa um riozinho que tem várias cores.

Valle de Las Rocas

Valle de Las Rocas

Valle de Las Rocas

Valle de Las Rocas – Onde está Wally?

Valle de Las Rocas

Valle de Las Rocas

Valle de Las Rocas

Valle de Las Rocas

La Cascata

La Cascata

Dirigimos-nos então para a Villa Alota (GPS Lat 21°24’11.23″S – Long 67°35’47.70″O), onde iríamos almoçar. Enquanto aguardávamos o almoço ficar pronto, passeamos um pouco delo vilarejo. No almoço, finalmente, comemos a carne de lhama frita acompanhada de arroz, tomate, cebola, cenoura, ovo cozido, coca-cola e melancia de sobremesa. A carne de lhama foi somente para provar, pois foi um pedacinho pequenino para cada um, porém no geral ficamos satisfeitos.

Villa Alota

Villa Alota

Villa Alota

Villa Alota

Villa Alota

Villa Alota

Almoçando em Villa Alota

Almoçando em Villa Alota

Saindo de Villa Alota, pegamos a ruta 701 e seguimos para a cidade de San Cristóbal (GPS Lat 21° 9’14.79″S – Long 67° 9’54.98″O) onde passeamos pelo Mercado Publico e pela zona central da cidadezinha.

Mercado público em San Cristóbal

Mercado público em San Cristóbal

San Cristóbal

San Cristóbal

Igreja de San Cristóbal

Igreja de San Cristóbal

Ruas de San Cristóbal

Ruas de San Cristóbal

Mercado público em San Cristóbal

Mercado público em San Cristóbal

San Cristóbal

San Cristóbal

Continuamos na ruta 701 até o cemitério de trens (GPS Lat 20°28’52.58″S – Long 66°50’15.58″O) na cidade de Uyuni, que não é muito interessante. Seguimos então para o centro da cidade de Uyuni.

Ruta 701 em direção a Uyuni

Ruta 701 em direção a Uyuni

Abastecimento na ruta 701

Abastecimento na ruta 701

Cemitério de trens em Uyuni

Cemitério de trens em Uyuni

Em Uyuni finalmente ficamos melhor acomodados no Hotel Kutimuy (Avenida Potosi esquina calle Avaroa), cujo dono é o mesmo da operadora local da Colque Tours. Como éramos 5, ficamos em quartos duplos e triplos.  Do quarto do hotel podíamos ver a avenida Potosi, onde aos domingos tem uma feira onde se vende de tudo um pouco. Aproveitamos e tiramos várias fotos pela janela, já que o povo não gosta muito de tirar fotos. Tomamos um bom banho reconfortante e fomos dar uma volta pela cidade.

Feira em Uyuni

Feira em Uyuni

Feira em Uyuni

Feira em Uyuni

Feira em Uyuni

Feira em Uyuni

Hotel Kutimuy

Hotel Kutimuy

Mamãe canguru - coisas da Bolívia

Mamãe canguru – coisas da Bolívia

Uyuni é uma cidade com cerca de 11 mil habitantes que vive basicamente do turismo (devido a proximidade do salar homônimo). A maioria das pessoas trabalha no comércio ou para o exército e governo boliviano. Pela cidade você pode encontrar algumas casas de câmbio, que aceitam inclusive reais.

Na Bolívia, os preços de algumas mercadorias são bem baratos em relação ao Brasil. Compramos um abrigo completo para o nosso sobrinho de 3 anos e pagamos B$35 bolivianos (R$9,47). Andamos pela avenida e pelo mercado central observando a cultura boliviana. Fomos a uma central telefônica fazer umas ligações telefônicas para o Brasil, afinal já estávamos incomunicáveis há alguns dias.

Saudades do Brasil

Saudades do Brasil

Mercado público em Uyuni

Mercado público em Uyuni

Mercado público em Uyuni

Mercado público em Uyuni

Enquanto passeávamos começou uma chuva fria e voltamos correndo para o hotel. No hotel ficamos descansando enquanto aguardávamos o horário do jantar. Fomos até o quarto dos nossos companheiros de viagem chamá-los para vir conosco jantar. Descemos e o hotel estava deserto, na sala onde poderia ser o jantar não havia ninguém. Aliás, não havia ninguém além de nós no hotel inteiro. Ligamos a TV e ficamos assistindo enquanto aguardávamos alguém aparecer. Após alguns minutos o rapaz da agência chegou e avisou que em alguns instantes iríamos sair para jantar.

Fomos a um restaurante a umas 4 quadras do hotel, onde foi servido frango, arroz, batata frita e coca-cola. Após o jantar ficamos esperando, porém o motorista que havia nos levado desapareceu sem falar nada e daí decidimos ir embora a pé. Saindo do restaurante, como o Alexandre ia fazer aniversário no dia seguinte, Andrew sugeriu que fossemos a um PUB. Fomos a um muito legal na avenida Potosi chamado Extreme Fun Pub, onde há uma decoração com fotos criativas no Salar de Uyuni. As mesas e cadeiras são de sal, além do chão estar repleto de sal como se fosse areia, muito interessante. No bar, é possível consultar livros com fotos de cidades bolivianas. Tomamos uns drinks e retornamos para o hotel. Precisávamos descansar, pois o dia seguinte seria o ponto alto de nosso tour a Bolívia, o Salar de Uyuni.

Jantando com nossos novos amigos

Jantando com nossos novos amigos

Extreme Fun Pub: bar com a decoração feita de sal

Extreme Fun Pub: bar com a decoração feita de sal

Fotos criativas do Salar de Uyuni nas paredes do bar

Fotos criativas do Salar de Uyuni nas paredes do bar

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Laguna Verde (vulcão Lincabur ao fundo)

Saída: San Pedro de Atacama/Chile – Km 3592 (8:15h)
Chegada: Villa Mar/Bolívia
– Km 3592 (17:07h)
Distância: 102Km

Chegou o tão esperado dia de fazermos nosso tour de 4 dias pela Bolívia! Nós havíamos reservado há 2 dias atrás e pago US$ 260 pelo tour, incluindo passeios, hospedagens e alimentação. Para chegarmos neste valor tivemos que negociar um pouco, pagando em dinheiro. Não há necessidade de fazer a compra do tour no Brasil, pois sairá mais caro. Deixe para comprá-lo diretamente em São Pedro, com uns 2 ou 3 dias de antecedência.

Chegamos a agência Colque Tours às 7:50h (horário chileno). Como o tour não iria passar no hotel, tivemos que carregar nossas mochilas e caminharmos umas 5 quadras. Saímos da agência em um microônibus por volta das 8:15h. Passamos por outro hotel mais distante para pegar outros passageiros. Chegamos à aduana chilena em torno de 9h, onde fizemos o registro de saída do Chile. No nosso tour havia mais 9 pessoas. Nenhum brasileiro, somente argentinos, franceses, americanos e ingleses. Seguimos então pelo mesmo caminho do Paso Jama. Antes de chegar à aduana chilena, o pessoal da agência perguntou se queríamos trocar pesos chilenos por bolivianos, mas já havíamos efetuado esta troca.

 

Agência Colque em San Pedro de Atacama: aguardando o bus que nos levará à fronteira com a Bolívia

Agência Colque em San Pedro de Atacama: aguardando o bus que nos levará à fronteira com a Bolívia

 

Chegando a fronteira com a Bolívia (Paso Hito Cajón) paramos na aduana, onde fizemos a burocracia para entrar no país. Além do nosso documento de identidade, não foi solicitado mais nenhum documento, nem mesmo a carteira de vacinação. Informaram-nos que como iríamos retornar para San Pedro, no retorno deveríamos pagar uma taxa. Já os americanos tiveram que pagar uma taxa de US$130,00 para entrar no país.

Na aduana trocamos de veículo e fomos para uma Toyota Land Cruiser com o guia Lucio e, como companheiros de tour, 2 americanos (Jeniffer e Bryan) e um inglês, o Andrew. Seguimos e paramos em outro local onde tivemos que pagar B$30 bolivianos (R$8,12) para nós 2 termos acesso ao parque nacional. Mais adiante paramos na Laguna Blanca (GPS Lat 22°49’19.12″S – Long 67°47’0.20″O), onde tomamos o nosso café da manhã com pão, doce, manteiga, queijo, leite em pó, café e chá, que por sinal, foi muito bom.

 

Aduana na fronteira da Bolívia

Aduana na fronteira da Bolívia

 

 

Pickups usadas nos tours pela Bolívia

Pickups usadas nos tours pela Bolívia

 

 

Laguna Blanca

Laguna Blanca

 

 

Flamingos na Laguna Blanca

Flamingos na Laguna Blanca

 

 

Rosângela e nossos companheiros de tour. Da esquerda para a direita: Rosângela, Bryan (USA), Jeniffer (USA) e Andrew (England).

Rosângela e nossos companheiros de tour. Da esquerda para a direita: Rosângela, Bryan (USA), Jeniffer (USA) e Andrew (England).

 

Nossa próxima parada foi na Laguna Verde (GPS Lat 22°47’39.78″S – Long 67°50’2.90″O) bem mais interessante que a Blanca. A Laguna Verde, é verde mesmo e com o Lincancabur ao fundo é espetacular. Fomos então até as águas termais Polques onde também era o local onde iríamos almoçar. Então antes de almoçar, fomos aproveitar as águas calientes da terma. O banho estava uma delícia, principalmente com as paisagens que tínhamos ao fundo. Fomos almoçar e a comida estava muito saborosa. Comemos salada de tomate e pepino, atum, abacate, massa com ervilhas e batata cozida com cenoura, coca-cola e maçã de sobremesa.

 

Laguna Verde (vulcão Lincabur ao fundo)

Laguna Verde (vulcão Lincabur ao fundo)

 

 

Laguna Verde

Laguna Verde

 

 

Águas termais Polques

Águas termais Polques

 

 

Águas termais Polques

Águas termais Polques

 

 

Águas termais Polques

Águas termais Polques

 

 

Almoçando junto às águas termais Polques

Almoçando junto às águas termais Polques

 

Saímos para continuar viagem por volta das 13:40h. Passamos pelo Desierto de Salvador Dalí (GPS Lat 22°36’31.00″S – Long 67°41’14.00″O) e após pelos Geisers Sol de Mañana (GPS Lat 22°26’1.96″S – Long 67°45’26.97″O). No deserto só uma parada rápida para fotografar de dentro do carro mesmo. Nos geisers paramos, porém o frio não permitiu ficarmos muito tempo (4900m de altitude). Até não estava tão frio, nós é que não estávamos com agasalho suficiente.

 

Geisers Sol de Mañana

Geisers Sol de Mañana

 

 

Geisers Sol de Mañana

Geisers Sol de Mañana

 

Após passamos pela Laguna Colorada (GPS Lat 22°12’29.78″S – Long 67°46’24.68″O), a qual não estava com a cor muito característica, mas em compensação estava lotada de flamingos. Após a parada, passamos por toda a sua extensão e, toda vez que a camionete se aproximava, causava uma revoada de flamingos. Muito bonito de se ver. Depois passamos no Cerro Kapina (GPS Lat 21°55’60.00″S  – Long 67°46’0.00″O) e posteriormente fomos para Villa Mar (GPS Lat 21°45’15.69″S – Long 67°28’51.17″O) onde foi o nosso alojamento na primeira noite na Bolívia.

 

Flamingos no Laguna Colorada

Flamingos no Laguna Colorada

 

 

Laguna Colorada

Laguna Colorada

 

 

Laguna Colorada

Laguna Colorada

 

 

Lhamas

Lhamas

 

Chegamos a Villa Mar às 17:07h. No alojamento havia vários quartos. Em cada um dos quartos ficavam todas os turistas de um mesmo veículo. Cada quarto é compartilhado com 6 camas. É super simples e não nos pareceu ser muito limpo, na dúvida usamos os nossos sacos de dormir. Quando chegamos não havia energia elétrica, porém mais tarde o gerador foi ligado (durante poucas horas) e era possível carregar as baterias. O banheiro não era nada bom. Nos vasos sanitários não havia nem os assentos e eram pouco higiênicos. Acabamos ficando sem tomar banho (normal por aqui), pois o chuveiro era a gás e o aquecedor não foi ligado. Banho frio (na verdade gelado) nem pensar!

 

Alojamento em Villa Mar

Alojamento em Villa Mar

 

 

Villa Mar

Villa Mar

 

 

Jantando em Villa Mar

Jantando em Villa Mar

 

Ficamos descansando até a hora do jantar. No jantar serviram uma sopa Maggi reforçada com alguns legumes e após macarrão com molho, queijo ralado e para beber vinho. Ficamos satisfeitos.  Conversamos um pouco com os nossos companheiros de viagem e fomos dormir. No outro dia sairíamos cedo para continuar o tour.

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Ruta 23 em direção a Toconao

Saída: San Pedro de Atacama/Chile – Km 3397 (12:45h)
Chegada:
San Pedro de Atacama/Chile – Km 3592 (22:13h)
Distância: 195Km

Acordamos em torno das 10h. Arrumamos-nos e saímos para passar no posto de informações turísticas. Em San Pedro ele está localizado na praça da cidade, porém estava fechado devido a ser o dia do Natal. Ainda não havíamos decidido bem aonde iríamos. Pretendíamos ir a Laguna Cejas, porém não tínhamos certeza se era possível chegar de carro normal até lá.

Fomos então ao posto dos carabineiros, também localizado na praça, solicitar esta informação. O policial informou que não era possível. Não ficamos satisfeito com a resposta e fomos à agência Colque (aonde tínhamos contratado o tour para a Bolívia) para saber o caminho e também se era possível chegar de carro. O atendente da agência foi muito atencioso e nos desenhou um mapa. Informou-nos também que dava perfeitamente para ir de carro, pois parte do caminho era asfaltada e outra rípio, mas em boas condições.

Calle Caracolles: a rua principal de San Pedro

Calle Caracolles: a rua principal de San Pedro

Igreja de San  Pedro  do início do século XVI, uma bonita contrução legada pelos antigos colonizadores espanhóis

Igreja de San Pedro do início do século XVI, uma bonita contrução legada pelos antigos colonizadores espanhóis.

Saímos para comprar umas frutas e um lanche. Compramos nectarinas, damascos e uvas. As frutas estavam todas muito saborosas, apesar de caras.

Seguimos para a Laguna Cejas (coordenadas de GPS Lat 23° 3’47.78″S  – Long 68°12’53.88″O) que fica 24km de San Pedro. Para chegar lá se deve pegar a ruta 23 em direção ao povoado Toconao. Deve-se dobrar a direita após 8km (coordenadas GPS Lat 22°58’28.01″S  Long 68° 9’35.46″O), entrando em uma estrada de rípio que tem bem próxima a uma casa de máquinas. Se prestar bem atenção, logo que entra na estrada de rípio há uma placa indicativa a uns 50m da ruta 23. Seguindo a estrada de ripio existem mais placas indicando o caminho a seguir até a laguna. Tem um pouco de areia na estrada, porém é possível passar com um carro normal. Chegando na laguna há um guardaparque que cobra PC$2000,00 (R$ 6,88) por pessoa para o acesso a laguna. Ele nos informou que a Laguna Cejas somente poderia ser fotografada e para tomar banho somente nas outras duas lagunas localizadas 100m ao lado.

Estas lagunas têm uma grande concentração de sal e é possível flutuar involuntariamente. Para quem não sabe nadar é uma beleza. Logo que chegamos à laguna maior onde se podia entrar, tivemos a impressão de que fosse rasa. Mas à medida que se entra na água se vê que a profundidade é grande. No entanto, é seguro, pois não afunda mesmo! A sensação é muito legal, até mesmo quando se está flutuando de barriga para baixo e se quer mudar de posição sente-se um pouco de dificuldade. Além disso, o visual do lugar também é bem bonito, de onde se avista os vulcões Licancabur e Juriques.

Laguna Cejas: vulcões Licancabur e Juriques ao fundo

Laguna Cejas: vulcões Licancabur e Juriques ao fundo

Flutuando na laguna ao lado da Cejas devido a alta concentração de sal da água

Flutuando na laguna ao lado da Cejas devido a alta concentração de sal da água

Lá também encontramos o casal de gaúchos que conhecemos nas Salinas Grandes, além de outro casal de brasileiros que viajavam de moto. Conhecemos também um brasileiro que viajava sozinho e que estava conhecendo os arredores de San Pedro de bicicleta.

Saindo de lá fomos até os Ojos del Salar (coordenadas de GPS Lat 23° 8’14.80″S – Long 68°14’6.59″O) que fica a uns 12Km adiante da Laguna Cejas. Logo que se pega a estrada de volta dobra-se para a direita a uns 100m do guardaparque. Percorre-se os 12Km e com facilidade chega-se aos Ojos del Salar que são 2 buracos cheios de água no meio do Salar de Atacama.

Atravessando o Salar de Atacama em direção aos ojos del salar

Atravessando o Salar de Atacama em direção aos ojos del salar

Ojos del Salar: localizado do Salar de Atacama, em pleno Deserto de Atacama

Ojos del Salar: localizado do Salar de Atacama, em pleno Deserto de Atacama

Ojos del Salar (Salar de Atacama): vulcões Licancabur e Juriques ao fundo

Ojos del Salar (Salar de Atacama): vulcões Licancabur e Juriques ao fundo

Salar de Atacama

Salar de Atacama

Após fomos em direção a Toconao, um povoado distante 33km de San Pedro, seguindo a ruta 23 em direção ao sul. As paisagens deste trecho valem a ida até o povoado. Lá a maior atração é o Valle de Jere, que fica a uns 500m da área central do povoado. Chegamos ao povoado e passeamos pela pequena praça, encontramos mais lhamas soltas e após fomos para o Valle de Jere. Lá pagamos P$1500,00 (R$5,16) por pessoa para entrar. O Valle é uma quebrada, onde corre um rio e há uma plantação de árvores frutíferas. É um passeio bem interessante.

Ruta 23 em direção a Toconao: cortando o deserto

Ruta 23 em direção a Toconao: cortando o deserto

Ruta 23 em direção a Toconao

Ruta 23 em direção a Toconao

Um dos moradores de Toconao

Um dos moradores de Toconao

Valle de Jere

Valle de Jere

Valle de Jere

Valle de Jere

Queríamos ir ainda a Laguna Chaxa (coordenadas de GPS Lat 23°17’17.41″S – Long 68°10’38.89″O) no Salar de Atacama. Saímos de Toconao um pouco tarde, porém nos informamos quanto à distância e acesso e partimos rumo à laguna. Ela fica a 29km de Toconao e o caminho é pela ruta 23 em direção ao sul. Na estrada há uma placa indicando a estrada à direita para chegar à laguna, onde se segue por uma estrada que parece ser uma mistura de ripio e sal e está em ótimas condições de tráfego. Percorre-se esta estrada durante 9Km até entrada do Salar do Atacama e Laguna Chaxa.

A laguna está localizada dentro do salar. Lá também há um guarda parque e a entrada custou PC$2500,00 (R$8,60) por pessoa.

Na laguna existem vários flamingos. Os flamingos ficam voando de uma parte para outra da laguna e há um local específico para a procriação. No salar há caminhos pré-definidos para serem percorridos por seus visitantes.

Antes de ir até esta laguna, estávamos indecisos sobre o horário que estávamos indo seria tarde ou não, porém acabamos acertando muito, pois o salar durante o pôr do sol fica com uma paisagem incrível.

Flamingos na Laguna Chaxa (Salar do Atacama)

Flamingos na Laguna Chaxa (Salar do Atacama)

Salar de Atacama

Salar de Atacama

Salar de Atacama

Salar de Atacama

Estrada de sal: caminho que atravessa o Salar de Atacama até a Laguna Chaxa

Estrada de sal: caminho que atravessa o Salar de Atacama até a Laguna Chaxa

Pôr do sol no salar: retornando a San Pedro

Pôr do sol no salar: retornando a San Pedro

Após retornamos para San Pedro, abastecemos o carro e fomos para o hotel. O hotel que estamos hospedados em San Pedro é o hotel La Ruca que fica na calle Toconoao umas 2 quadras da Caracoles. É um hotel simples, porém é limpo e confortável. Tem internet wi-fi, porém nem sempre tem sinal no quarto, às vezes somente na aérea de lazer no pátio do hotel. O único inconveniente, é que na noite anterior deixamos para tomar banho muito tarde e a água acabou. Porém hoje já nos antecipamos e tomamos um ótimo banho. Mais tarde a água acabou novamente, então para ficar neste hotel o negócio é tomar banho cedo. É um hotel com um ótimo custo-benefício. Como vamos ficar hospedados mais dias o dono cobrou 30000,00 (R$103) a diária sendo possível o pagamento com cartão. Além disso, como vamos para a Bolívia de tour no próximo dia, conseguimos deixar o carro no pátio do hotel sem custo extra.

Então, após o banho saímos para jantar. Passamos em frente a uma loja que fazia câmbio e já trocamos alguns pesos chilenos por bolivianos. Aproveitamos e pedimos informações sobre onde jantar algo bom e barato. O rapaz nos informou que na calle Tocopilla havia vários restaurantes com bom custo-benefício. Escolhemos um deles e jantamos uma deliciosa pizza por PC$8000 (R$27,52). Voltamos para o hotel arrumamos as coisas para levar para Bolívia e descansar para acordar cedo no dia seguinte.

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Festa em homenagem a Gauchito Gil em Mercedez/Argentina

Saída: Resistencia/Argentina – Km 6904 (10:30h)
Chegada: Pelotas/Brasil – Km 7920 (1:30h)
Distância: 1016Km

Acordamos em torno das 9:30h. Arrumamos tudo e saímos sem tomar café. Abastecemos o carro e “pneu na estrada”. Já na saída de Resistencia, logo que pegamos a RN16 um policial muito simpático nos parou. Pediu documento do carro e carteira de motorista. Deu uma rápida olhada, perguntou para onde estávamos indo e falou em português: “Muito obrigado”. 🙂

De Resistencia até Paso de Los Libres passamos por uns 8 policiais que estavam em frente aos postos de controle. Fomos parados em uns 3 deles. Em todos os postos policiais havia um policial à beira da rodovia. Logo depois descobrimos que havia uma festa relacionada ao famoso Gauchito Gil em Mercedes e estava todo mundo indo para lá, por isto tanto controle policial na estrada. Neste trecho nenhum policial pediu documentos, somente perguntaram de onde vínhamos e para onde íamos, nos liberando rapidamente.

Próximo ao trevo de entrada para Mercedes havia uma quantidade absurda de pessoas e carros, acampados próximos a estrada. Muitos estavam vestidos como “gaúchos”, com roupas vermelhas em homenagem ao Gauchito. Havia diversas bancas vendendo de tudo um pouco: comida (alguns estavam fazendo churrasco), frutas, lembranças, artesanatos, entre outros. No local havia vários guardas organizando o trânsito, que estava um caos.

Festa em homenagem a Gauchito Gil em Mercedez/Argentina

Festa em homenagem a Gauchito Gil em Mercedez/Argentina

Festa em homenagem a Gauchito Gil em Mercedez/Argentina

Festa em homenagem a Gauchito Gil em Mercedez/Argentina

O Gauchito Gil é uma lenda na Argentina, conta-se que ele foi recrutado pelo exército e se recusou a lutar contra seus amigos. Mais tarde ele desertou e acabou sendo preso e assassinado por isso. Ele é uma espécie de protetor dos motoristas. Pelo que pudemos perceber realmente ele é muito querido pelos argentinos, pois a quantidade de pessoas no local era realmente grande. Por todos os lugares da Argentina que passamos nesta viagem, havia pequenos santuários (todos enfeitados de vermelho) à beira das estradas em homenagem a ele. Pelo que nos contaram o Gauchito não é reconhecido como um santo pela igreja católica. Mas milhares de pessoas em toda a Argentina dizem terem sido abençoadas por Gauchito Gil

Paramos em Mercedes para abastecer o carro e almoçar. Mercedes estava bem agitada, devido à festa do Gauchito. Havia um pequeno restaurante chamado Sal e Pimenta onde estavam diversas pessoas almoçando. Já que estava lotado, deveria ser bom. Pedimos 2 pratos de carne de rês (lomito), com queijo, presunto e um ovo frito por cima, tomate e alface, além de uma porção de batatas fritas e uma coca litro. Aproveitamos para pedir nossa janta: dois sanduíches de milanesa (que coisa boa). Tudo saiu por PA$ 51,00 (R$26,56). Já estamos ficando com saudades de pagar pouco e comer muito na Argentina!

Chegamos à aduana em Paso de Los Libres, na qual havia uma circulação grande de carros entrando e saindo da Argentina. Carimbamos nosso cartão de imigração, pegamos novamente o carro e entregamos o cartão ao policial da aduana, que nos perguntou de onde vínhamos. Todo o processo foi muito rápido e não durou mais que 15 minutos. Para o carro não precisamos de nenhum documento de controle de entrada/saída na Argentina, pois esta faz parte do Mercosul. Percebemos que vários carros brasileiros estavam retornando ao Brasil sem precisar entregar nenhum documento. Ficamos supondo que para os carros de Uruguaiana não exista nenhum controle de entrada/saída na Argentina, podendo ir a Paso de Los Libres sem nenhuma burocracia.

Desta vez fizemos um caminho diferente para ir para Pelotas, pois queríamos passar por Alegrete/RS, onde a Rosângela morou quando criança. Saindo de Uruguaiana fomos então para Pelotas pela BR290 e BR392.

Ficamos em Alegrete por 1h, visitando a vila militar (onde a Rosângela morou) e a escola Oswaldo Aranha (onde ela estudou). Tiramos algumas fotos da cidade, abastecemos o carro e pé na estrada.

Trevo de entrada a Alegrete

Trevo de entrada a Alegrete (Brasil/RS)

Catedral de Alegrete (Brasil/RS)

Catedral de Alegrete (Brasil/RS)

BR290 - as belas paisagens do Rio Grande do Sul, tchê!

BR290 – as belas paisagens do Rio Grande do Sul, tchê!

Na BR290 o movimento era maior nos primeiros 50Km, depois o trânsito ficou mais calmo.

Saindo de Resistencia, para chegar a Pelotas deve-se tomar a RN16 em sentido leste. Em seguida toma-se a RN12 à direita, passando por Empedrado, San Lorenzo e San Roque. Depois pega-se a RP123 à esquerda, passando por Chavarria e Mercedes. Posteriormente toma-se a RN14 à direita e em seguida a RN117 à direita até a ponte de divisa Argentina/Brasil em Paso de Los Libres. Depois pega-se a BR290, passando por Alegrete, Rosário do Sul, São Gabriel e Vila Nova do Sul. Depois pega-se a BR392 à direita, passando por Caçapava do Sul, Santana da Boa Vista, Canguçu e então chegando a Pelotas.

O percurso entre Resistencia e Paso de Los Libres foi o mesmo que fizemos na viagem de ida. Todas as estradas deste trecho estão muito boas e sinalizadas. Pagamos um pedágio na RN16 de PA$1,20 (R$0,63) logo na saída de Resistencia e outro na RN12 de PA$2,10 (R$1,09).

A BR290 está em condições razoáveis. Nos primeiros 10Km saindo de Uruguaiana a estrada possui muitos buracos, desníveis e remendos.

A partir da BR392 o trânsito diminuiu bastante. Neste percurso se passa por alguns trechos de serra, onde se deve dirigir com cuidado. Quase toda a BR392 está em condições muito boas.

Devido a grande distância a ser percorrida neste dia, quando chegamos a Caçapava do Sul já estávamos bem cansados. Mas seguimos viagem, pois queríamos chegar logo em casa.

Próximo a Canguçu há um pedágio que custa R$7,20.

Chegamos a Pelotas já eram 1:30h. Após 7920km percorridos estávamos felizes por termos chegado em casa com segurança, após ter visto tanta beleza nestes últimos 20 dias. A viagem foi ótima, perfeita, surpreendente. Mais uma vez pudemos comprovar a beleza deste nosso continente, tão vasto e rodeado de belas e únicas paisagens.

Agradecemos a todos aqueles que nos acompanharam e, de alguma forma, contribuiram para tornar mais esta aventura em um grande sucesso. Um abraço a todos e até a próxima expedição, que provavelmente será para Ushuaia/Argentina e Puerto Williams/Chile no fim do mundo, onde conheceremos a Patagônia e a Terra do Fogo.

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Alexandre e Rosângela, Viajando de Carro – Liberdade para conhecer novos lugares.

Devido a chuva torrencial que caiu a noite, em alguns pontos da estrada havia desmoronamentos de barro e pedras

Saída: Tafí del Valle/Argentina – Km 5990 (10:20h)
Chegada: Resistencia/Argentina – Km 6903 (23:00h)
Distância: 913Km

O plano era acordar cedinho para percorrer mais de 900Km até Resistencia. Antes mesmo de o despertador tocar acordamos com um temporal com chuvas e ventos muito fortes. Esta chuva acabou por nos atrasar um pouco, pois tivemos que esperar a chuva forte passar. Tomamos o café da manhã no hotel, igualmente simples como os demais, mas muito gostoso e caprichado.

Passamos em um caixa eletrônico para sacar um pouco mais de dinheiro por garantia, pois muitos postos de combustível não aceitam cartão de crédito. Saímos de Tafí del Valle por volta das 10h.

De Tafi del Valle para chegar a Resistencia deve-se pegar a ruta RP307 até Acheral, onde pega-se a ruta RN38 à esquerda até Famailla. Pega-se então a ruta RP323 à direita e então dobra-se à esquerda na RN157. Em seguida toma-se a RP323 à direita, passando por Santa Rosa de Leales. Continua-se na RP323 e pega-se a ruta RN9 à direita. Segue-se na ruta RN9 passando por Termas de Rio Hondo até Santiago Del Estero.  Nesta cidade deve-se então pegar a ruta RN34, para fazer isto se deve: sair da RN9 pegando a Av. Liberdad à esquerda, posteriormente se pega  à Av. Belgrano à esquerda e então a autopista Peron Juan Domingo à direita, entra-se na próxima ruta à direita, seguindo até a ruta RN34, onde entra-se à direita. Segue-se pela RN34, passando por Beltran, Forres, Fernandez e Herrera. Alguns km após Herrera pega-se a RP92 à esquerda (próximo ao posto YPF). Segue-se pela RP92, passando por Añatuya e Vilelas, até a ruta RN89 em Quimili, onde se entra à direita. Segue-se pela ruta RN89, passando por General Pinedo, Charata, Las Breñas, Corzuela e Campo Largo, até o encontro com a RN16 (em Avia Terai), onde se entra à direita. Segue-se pela RN16 até Resistencia, passando por Presidencia Roque Saenz Peña e Quitilipi.

Saindo de Tafí del Valle pegamos a ruta RP307 que é um percurso cheio de curvas, onde se faz uma decida de aproximadamente 1000m de altitude. Existem muitos trechos em meia pista e curvas muito fechadas e por isto deve-se dirigir com precaução, usando freio motor e evitando fazer este trajeto durante a noite. A paisagem é muito bonita, só não podemos apreciá-la melhor devido à chuva. Acompanhando a estrada há um rio que estava com uma correnteza muito forte por causa da chuva e em muitos trechos da estrada a água da chuva descia em cachoeira morro abaixo.

Devido a chuva torrencial que caiu a noite, em alguns pontos da estrada havia desmoronamentos de barro e pedras

Devido a chuva torrencial que caiu a noite, em alguns pontos da estrada havia desmoronamentos de barro e pedras

Seguimos viagem e no entroncamento das rutas RP323 e RN9 (GPS Lat 27° 9’29.85″S – Long 65° 8’0.56″O,  na província de Tucumán) fomos parados e tivemos nossa primeira experiência com os famosos policiais argentinos corruptos. Já haviam nos informado que além das regiões do Chaco e de Entre Rios, Tucumán também estava apresentando casos de turistas com problemas com a corrupção da polícia argentina. Neste local havia uma barreira policial e eles estavam parando todo mundo. O policial da Dirección General de Transporte nos abordou pedindo carteira de motorista, documento do veículo e seguro. Entregamos os documentos, o policial olhou e solicitou um selo que devia estar colado no párabrisas do carro, certificando a revisão técnica anual do veículo. Nós já conhecíamos esta artimanha dos policiais e começamos a desconfiar que daí viesse um golpe de extorsão. Falamos que no Brasil não temos este selo e sabemos que não precisávamos dele para circular pelos países do Mercosul. O policial falou que precisava consultar um dos outros colegas e depois solicitou que o motorista descesse do carro (no caso, o Alexandre).  O policial abriu uma pasta e tirou a lei de trânsito da Argentina, onde mostrou alguns artigos que não tinham nada a ver com o tal selo. Daí ele falou que dariam várias multas que custariam em torno de 1000l de nafta super e, como eles não estavam com recibo para receber o pagamento da multa, teriam que apreender o carro pois o pagamento só poderia ser feito em Tucumán no outro dia.

Na verdade ele estava complicando a negociação para poder receber o dinheiro na hora sem precisar dar nenhum recibo. Explicamos que estávamos acostumados a viajar pela Argentina e sabíamos de tudo que era obrigatório para circular de carro neste país e, além disso, falamos que o consulado da Argentina no Brasil nos informou de todos os requisitos e de que o tal selo não era um deles. Inventamos que tínhamos outros amigos viajando de carro pela mesma região e que todos conheciam muito bem os requisitos para trafegar.

Explicamos educadamente e com convicção que isto era somente um mal entendido e que tínhamos um celular e o número do consulado do Brasil na Argentina e poderíamos ligar para que eles pudessem nos ajudar a resolver o problema. Neste momento, perguntarmos como resolver esta questão e o policial disse que precisaria falar novamente com o comissário que era o primeiro policial que nos parou. Explicamos tudo novamente e o outro policial falou ao comissário que queríamos entrar em contato com o consulado. Enquanto eles conversavam entre si, parou um carro argentino que chamou o Alexandre para pedir informações sobre como chegar a Tafí del Valle. O Alexandre explicou que estávamos vindo de lá e informou ao motorista como chegar a Tafí.

Assim que o carro seguiu viagem o policial perguntou se eram nossos amigos. Mentimos que eram e ele, desconfiado que nosso suposto amigo pudesse denunciá-los mais adiante, resolveu nos liberar. Ele entregou os documentos, apertamos as mãos (agradecendo por não nos roubar) e seguimos viagem. Este infeliz encontro nos atrasou em torno de 30 minutos. Logo que fomos parados eles estavam abordando quase todos os carros, em seguida ficamos somente nós parados e todos os policiais (4) ficaram “envolvidos” no nosso caso. A tática quase sempre é a mesma, pegam os seus documentos e não devolvem, ficam te passando de um policial para outro, inventam alguma exigência que você não está cumprindo e dizem que vão apreender o veículo e liberá-lo somente no outro dia (na tentativa de pressionar pelo atraso e transtorno que isto irá causar à viagem) e que a multa será alta.

O que parece ter realmente resolvido a situação foi dizer que queríamos entrar em contato com o consulado e talvez a coincidência de aparecer um carro pedindo informações (que seria um suposto amigo) bem na hora. O que também ajudou bastante foi nossa tranquilidade, argumentar educadamente e a convicção de que estávamos dentro da lei.

Seguimos viagem e paramos em Termas do Rio Hondo para comprarmos algo para comermos durante a viagem. Fomos a um restaurante procurando por empanadas. O atendente informou que não tinha e que deveríamos ter muito cuidado ao comprar empanadas, por devido ao calor poderiam estar estragadas. Então perguntamos se havia alguma outra coisa que pudéssemos levar para viagem, ele nos indicou os já conhecidos e saborosos sanduíches de milanesa com ovo, queijo, presunto, tomate e alface. Pedimos para que fizessem 2 para levar, enquanto íamos em uma loja do lado comprar alfajores.

Termas de Rio Hondo chamou-nos a atenção pela quantidade de lojas que vendem especificamente alfajores. Compramos alguns para provar e realmente são uma delicia! Voltamos para buscar os sanduíches e nos impressionamos com seu tamanho. Os sanduíches foram suficientes para almoçar e jantar. Pagamos PA$18,00 (R$9,38) pelos dois. Uma pechincha!

Seguimos viagem tranquila até Resistencia. Embora a viagem tenha sido longa, não foi uma viagem muito cansativa, pois fomos alternando o motorista. Chegamos a Resistencia e resolvemos nos hospedar ao hotel ao lado do hotel Royal, que ficamos anteriormente, que é o Residencial Bariloche, que fica na calle Obligado, 239. Fomos neste hotel por ter estacionamento no local (o Royal tem estacionamento, mas está afastado uma quadra). Os quartos do hotel Royal são um pouco melhores do que os deste hotel. Pagamos PA$100,00 (R$52,08) e mais PA$20,00 (R$10,42) para termos direito a usar o ar condicionado. Os quartos têm TV, ventilador de teto e internet wi-fi. Este hotel não é muito bom, não aconselhamos.

Deixamos nossas coisas no hotel e fomos a um bar próximo do calçadão de Resistencia comemoramos nossa última noite fora do Brasil. Após algumas voltas pelo calçadão, retornamos ao hotel e fomos dormir.

A RP89, em grande parte de sua extensão, estava com asfalto irregular com muitos buracos e remendos. As demais rutas estavam em boas condições para trafego. Na RN34 o movimento era razoável. Na RP92 e RN89 tinha pouquíssimo movimento e na RN16 (já durante a noite) o movimento de carros foi mais intenso.

No total do trajeto deste dia passamos por 3 pedágios: na RN9, RN34 e RN16. Pagamos PA$1,70 (R$0,89), PA$2,50 (R$1,30) e PA$2,10 (R$1,09), respectivamente.

Dicas do dia

Existe outra possibilidade de roteiro entre Santiago del Estero e Quimili, que é pegar a ruta RN89 diretamente da ruta RN34. Porém o trecho da RN89 entre a RN34 e Quimili (passando por Suncho Corral) é somente em meia pista, toda vez que vier um carro em outro sentido alguém terá que sair da pista. Como o acostamento é de rípio, algumas vezes as pedras pegam nos pára-brisas. Neste trecho também é muito difícil ultrapassar. Por estes motivos fizemos a volta pela RP92, sugestão dada por Osvaldo (Konai) do Forum 4×4 Brasil. Este desvio aumenta o percurso em 100Km, mas com certeza vale a pena reduzindo a possibilidade de danos ao veículo e reduzindo o risco de acidentes ao trafegar por uma ruta em meia pista. Veja a dica de desvio clicando aqui. O roteiro sugerido está grifado em amarelo na figura. Em rosa está o trecho em meia-pista.

Como opção de hospedagem em Resistencia, entre o Residencial Bariloche e o Hotel Royal, de preferência para este último. Apesar do Hotel Royal não ter estacionamento no local, seus quartos são melhores. Não indicamos o Residencial Bariloche (sua bela fachada engana muito bem).

De Presidencia Saenz Roque até Resistencia é possível circular a noite, pois há mais movimentos de carros e há menores chances de encontrar animais soltos na pista. No trecho final da RN16, entre Presidencia Saenz Roque e o entroncamento com a RN9/34 (em direção a Salta, trajeto que fizemos no segundo dia de viagem) raramente você passa por carros e vilarejos e há muitos animais soltos, não sendo recomendado percorrê-la durante a noite. Além disso, provavelmente os postos de combustível estarão fechados.

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