Primeiro abastecimento no Peru

Olá amigos

Já estamos em casa. Chegamos no último domingo, dia 25 de janeiro.

Neste post iremos falar sobre nossa primeira experiência entrando de carro no Peru.

Saímos de Copacabana (Bolívia) em direção a Puno (Peru) no dia 3 de janeiro. A fronteira fica entre as cidades de Yunguyo (Bolívia) e Juli (Peru).

O procedimento para saída da Bolívia foi rápido. Apenas apresentamos as Tarjetas Migratorias (e uma cópia das mesmas, que pode ser feita no local) na Polícia Internacional e entregamos a ¨Declaracion Jurada¨ (que é a permissão para trafegar de carro estrangeiro pela Bolívia) na Aduana e fomos liberados para seguir em frente. Demoramos uns 30 minutos para fazer isto.

A uns 300 metros a frente fica a aduana peruana. Na Polícia Internacional fizemos as Tarjetas Migratórias e fomos então a aduana (SUNAT – localizada do outro lado da rua) para fazer a documentação do carro. Na aduana somente apresentamos o RG e o CRLV do veículo. Fizeram então o documento chamado ¨Certificado de Internacion Temporal¨, autorizando a entrarmos com o carro estrangeiro no país. Levamos mais uns 30 minutos para fazermos este procedimento. Não haviam outros carros para fazer a entrada no Peru, por isso o atendimento foi rápido. Fomos muito bem atendidos durante todos os procedimentos, o que já nos passou uma impressão positiva sobre o Peru. Eles não comentaram nada sobre a SOAT, que é o seguro obrigatório para acidentes de trânsito. Resolvemos também não perguntar nada, pois pretendíamos contratá-lo somente em Puno.

Logo na entrada de Puno há uma barreira para fiscalização de entrada de mercadorias no Peru, feito pela SUNAT. Nesse local o policial nem nos parou. Um pouco mais adiante fomos parados pela Polícia de Trânsito peruana. Pediram a carteira de motorista, documento do carro e a bendita SOAT. A SOAT, no Peru, é equivalente ao DPVAT no Brasil: todos os veículo precisam contratar este seguro.

Como não tínhamos, mostramos o DPVAT, a carta verde e depois o cartão da seguradora MAPFRE (obviamente um de cada vez, para tentar convencer o policial). Os dois primeiros o policial não aceitou, pois disse que não havia nenhuma referência ao Peru. Dissemos para ele que iríamos contratar a SOAT em Puno, mas ele disse que para circular pelo país nós deveríamos ter contratado o seguro na fronteira. Tentamos argumentar que não conseguimos contratar a SOAT na fronteira (na verdade nem tentamos), mas ele insistia que não poderíamos ter seguindo em frente sem o mesmo. O policial não estava com ares de estar querendo propina, e nós muito menos de querer pagar. Então mostramos o cartão da MAPFRE, que é a seguradora de nosso carro. Dissemos para ele que o seguro era internacional e que valia no Peru (mesmo não sendo verdade, pois o seguro somente abrange o Mercosul). Como a MAPFRE está presente no Peru, o policial deu uma olhada rápida no cartão e, não querendo complicar mais, nos mandou seguir em frente. Foi um alívio. Sorte que ele não percebeu que o cartão era de uns 3 anos atrás. 🙂 Então vai a dica: ande sempre com o cartão da seguradora. Em nossa terceira viagem, na Argentina, um policial também nos pediu um seguro e, mostrando esse mesmo cartão, fomos liberados rapidamente.

Em Puno tentamos contratar o seguro SOAT em vários locais, mas não conseguimos. Como era início de ano e todos os peruanos estavam renovando o seguro, faltou o formulário de contratação do seguro na cidade inteira. Existem inúmeros pontos onde vendem o SOAT e em todos eles não haviam mais formulários. A venda do SOAT, além de ser feita por mais de uma seguradora, é também comercializada por diversos corretores. Geralmente há placas com o letreiro indicando: ¨Compre aqui seu SOAT¨.

Um dos corretores nos indicou contratar o SOAT na próxima cidade, Juliaca, onde ainda haviam formulários. Como iríamos passar por lá, resolvemos tentar. Chegando em Juliaca fomos a um ponto de venda do seguro, porém nos informaram que para carros estrangeiros deveríamos ir a um ponto de venda oficial da seguradora La Positiva. Esta seguradora, aparentemente, é a que mais comercializa este tipo de seguro. Os pontos de venda não oficiais estão acostumados a vender o seguro por 12 meses para os peruanos, e nos informaram que o formulário para estrangeiros é diferente. Não sabemos se isto é verdade ou não, no entanto no ponto de venda oficial conseguimos contratar o SOAT por 1 mes rapidamente. O custo foi de 50 soles. Pedimos o seguro para 15 dias, mas eles nos venderam somente por um mes. Já lemos em relatos de outros viajantes que já adquiriram o seguro por 15 dias por 25 soles.

Ficamos vários dias no Peru e não nos pediram mais o SOAT. Aliás, a polícia raramente nos parou por lá. Além desta vez em Puno, somente nos pararam mais duas vezes na estrada entre Ollantaytambo e Nasca, onde somente nos pediram o documento do carro e identidade.

Abastecer o carro no Peru é bem tranquilo. Existem inúmeros postos de combustíveis nas cidades e pelas estradas. Diferentemente da Bolívia, aqui eles atendem muito bem aos estrangeiros. Muitos postos, assim como os demais estabelecimentos comerciais, aceitam cartão de créditos (mesmo com chip). O combustível por aqui é medido em galões e não em litros. Um galão equivale a 4,55 litros. O preço da gasolina custa em torno de R$2,30 o litro (12 soles o galão).

Até o próximo post. Em breve publicaremos mais informações sobre a viagem.

Abraços

Alexandre, Rosângela, Felipe e Isabela

Ilha Taquile (Peru)

Ilha Taquile (Peru)

Mototaxi no Peru - existem muitos por lá

Mototaxi no Peru – existem muitos por lá

Ilhas flutuantes (Puno/Peru)

Ilhas flutuantes (Puno/Peru)

Primeiro abastecimento no Peru

Primeiro abastecimento no Peru

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Sítio arqueológico de Pisac (Cusco/Peru)

Sítio arqueológico de Pisac (Cusco/Peru)

Sítio arqueológico de Pisac (Cusco/Peru)

Sítio arqueológico de Pisac (Cusco/Peru)

Praça de Armas de Cusco/Peru

Praça de Armas de Cusco/Peru

Praça de Armas de Cusco/Peru

Praça de Armas de Cusco/Peru

Praça de Armas de Cusco/Peru

Praça de Armas de Cusco/Peru

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Cena típica no Peru

Cena típica no Peru

Cusco/Peru

Cusco/Peru

Neve na estrada a 4650m de altitude entre Cusco e Nasca (Peru)

Neve na estrada a 4650m de altitude entre Cusco e Nasca (Peru)

Neve na estrada a 4650m de altitude entre Cusco e Nasca (Peru)

Neve na estrada a 4650m de altitude entre Cusco e Nasca (Peru)

8 respostas
    • Thiago
      Thiago says:

      Boa tarde José, Desculpe-me por dar minha opinião, mas na verdade a intensão é poder contribuir. Já ouvi dizer e me certifique que de fato existe uma diferença de preço de combustível para extrangeiros na Bolívia, ou seja, há uma lei que garante essa diferença. Quanto há assaltos não sei lhe dizer…..Abraços

      Responder
    • Rosângela Souza
      Rosângela Souza says:

      Olá Bárbara!
      Esta indo aos pouquinhos… Acompanhe pois, espero que finalmente em breve todos os diários dessa viagem estejam inseridos no blog.

      Obrigada por sua visita!!

      Grande abraço,
      Rosângela, Alexandre, Felipe e Isabela.

      Responder
  1. rossana
    rossana says:

    Ola Estou indo para o Peru em Abril, mas locarei o carro em Lima e desceremos até Cusco, como estão as estradas? tem um blog que diz que nunca mas nunca ande de carro pelo peru, Nossa to assustada pois quero fazer de carro, oq ue vc me diz?

    Responder
  2. Thiago
    Thiago says:

    Olá,

    Graças a Deus que já estão em casa e agora vem o momento das recordações. Parabéns pela expedição e todos os posts, rumo a próxima expedição.

    Quando fomos ao Peru, entramos pela fronteira de Tacna e obtivemos o SOAT, mesmo pagando caro, pois nossa preocupação era de ser parado e cobrado. Quando estava lendo o POST e vi a palavra Juliana, começei a soar frio (rsrsr), pois essa cidade infelizmente já é conhecida por muitos como a cidade propina. Isso porque ao ser parado os policiais buscam alguma desculpa para lhe dar uma multa, mas na verdade eles querem a propina.

    Abração

    Responder
    • Alexandre Souza
      Alexandre Souza says:

      Olá Thiago
      Agradecemos sua visita ao blog e por ter nos acompanhado nesta viagem.
      Enfrentar policiais corruptos não é fácil. Nesta viagem só tivemos este tipo de problemas na Bolívia.
      Um abraço
      Alexandre, Rosângela, Felipe e Isabela

      Responder

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