Salinas Grandes (Ruta 52/Argentina)

Olá amigos

Como vocês já sabem, estamos na estrada novamente. Esta é nossa sexta viagem pela América do Sul. Desta vez nosso roteiro contempla Uruguai, Argentina, Chile, Peru e Bolívia.

Esta será nossa primeira viagem ao Peru. Ir de carro até lá é um sonho que temos alimentado há anos. Finalmente estamos tornando este sonho realidade.

Já havíamos visitado a Bolívia em 2010, em nossa segunda viagem. Porém naquela oportunidade conhecemos a região chamada Sud Lípez através de um tour 4×4. Naquela oportunidade conhecemos o famoso Salar de Uyuni, Laguna Colorada, Laguna Blanca, entre outros lugares fantásticos. Desta vez vamos nos aventurar pela Bolívia com nosso próprio carro.

Até agora a viagem está sendo bem tranquila. Somente pegamos estradas ruins no Chaco Argentino (ruta RN16). Em compensação passamos ilesos pelos já conhecidos policiais corruptos de Pampa del Infierno e da ponte de Corrientes/Resistencia. Na verdade, nesta viagem, ainda não fomos parados nenhuma vez pelos policiais Argentinos.

Ficamos 2 dias no noroeste da Argentina para nos adaptarmos com a altitude. Valeu muito a pena investir este tempo nesta região, pois além de preparar nosso organismo para as grandes altitudes da Bolívia e Peru, aproveitamos para rever as belezas naturais deste lugar.

Sierro Siete Colores (Purmamarca/Argentina)

Sierro Siete Colores (Purmamarca/Argentina)

Salinas Grandes (Ruta 52/Argentina)

Salinas Grandes (Ruta 52/Argentina)

Cuesta de Lípan (Ruta 52 ' Argentina)

Cuesta de Lípan (Ruta 52 ‘ Argentina)

Entramos na Bolívia através da fronteira La Quiaca (Argentina) e Villazón (Bolívia), onde as aduanas dos 2 países são integradas. Levamos em torno de 1h e 30min para fazer toda a burocracia. O atendimento para quem está de carro próprio é diferente dos que estão de ônibus ou a pé. Tivemos sorte que haviam poucas pessoas de carro, pois caso contrário levaríamos o dia inteiro, pois o atendimento é muito lento.

Estrada entre Humahuaca e La Quiaca (Argentina)

Estrada entre Humahuaca e La Quiaca (Argentina)

Bem vindos a Bolívia!

Bem vindos a Bolívia!

Os policiais dos 2 países foram muito simpáticos e atenciosos conosco. Nos explicaram todo o procedimento e somente nos exigiram o documento do carro (CRLV) e a carteira de identidade. Não chegaram nem a revistar o carro. No entanto o tratamento era diferente para os Argentinos, que tinham mais alguns procedimentos para fazer e seus carros eram revistados.

A burocracia é composta de 4 passos (da mesma forma que acontece nas fronteiras da Argentina e Chile):

1. Imigração argentina: para registrar a saída dos viajantes do país

2. Aduana argentina: para registrar a saída do carro do país

3. Imigração boliviana: para registrar a entrada dos viajantes no país

4. Aduana boliviana: para registrar a entrada do carro no país

Na aduana boliviana é entregue a ¨Declaracion Jurada¨,  que é a permissão para trafegar de carro pela Bolívia. Sem esse documento o veículo pode ser retido sob a acusação de entrada ilegal no país. Na prática este documento realmente é solicitado nas estradas pela polícia Boliviana. Entre Villazón e Potozi a apresentação da ¨Declaracion Jurada¨ nos foi solicitada várias vezes. Geralmente há um posto policial junto a cada pedágio e, na maioria das vezes, tem-se que mostrar este documento e ainda pagar uma taxa para a polícia (em torno de 10 bolivianos), além do valor do pedágio. Por falar nisso, nunca fomos parados pela polícia tantas vezes como aconteceu na Bolívia.

A famosa SOAT somente é necessária se for permanecer na Bolívia por mais de 3 meses. Mesmo assim tentamos contratá-la em Villazón, porém o corretor de seguros confirmou a informação de que ela não é necessária se for ficar menos de 3 meses no país. Insistimos com ele que queríamos contratar mesmo assim, porém o corretor falou que o seguro somente seria válido a partir de 1o de janeiro de 2015. Sendo assim, tivemos que ficar sem este seguro. Queríamos contratá-lo para evitar aborrecimentos com a polícia e para termos cobertura ao menos contra danos pessoais no caso de um acidente de trânsito.

A SOAT é o seguro obrigatório para veículos automotores dos bolivianos, equivalente ao DPVAT no Brasil.

Nos surpreendemos com as condições das estradas na Bolívia. De Villazón até La Paz todas estavam em ótimas condições, a custa, é claro, de diversos pedágios. No entanto o valor dos pedágios são baratos, em torno de 8 bolivianos ou menos.

Por falar em estradas, todo o trecho entre Villazón e La Paz está asfaltado, apesar do site ruta0.com falar que há alguns trechos de rípio entre Villazón e Potosí.

Potosí (Bolìvia)

Potosí (Bolìvia)

O trecho entre Oruro e La Paz está todo duplicado e em excelentes condições. Neste percurso existem policiais parando os veículos em diversos pontos. Foi neste trecho que dois policiais nos pararam por estarmos acima da velocidade limite. O radar móvel nos pegou a 109km/h, enquanto a velocidade limite era de 80km/h. Esta realmente era a velocidade que estávamos e ficamos sem argumentos. Neste trecho, apesar de ser uma autopista, não há nenhum tipo de placa sinalizando coisa alguma, quanto mais a velocidade limite. No entanto os policiais já vieram com a famosa conversa de que a multa era de US$200 e que teríamos que pagar no banco e depois ir no consulado. Em pouco tempo eles já deixaram claro que queriam era uma propina. Demos em torno de 200 bolivianos (cerca de R$80,00) e fomos liberados imediatamente. Somos totalmente contra pagar propina, mas foi a nossa primeira experiência deste tipo neste país e não tivemos a paciência necessária para escapar ilesos.

Posteriormente observamos que os policiais estavam parando diversos carros em alguns outros pontos da rodovia. No entanto, só vimos o uso de radar móvel neste lugar onde fomos parados. Notamos que alguns bolivianos, mesmo que os policiais mandassem parar, seguiam em frente e os ignoravam. Por isso acreditamos que a fama destes policiais corruptos seja bem conhecida neste trecho.

Chegando a La Paz (Bolívia)

Chegando a La Paz (Bolívia)

No percurso entre Tupiza e Challapata as paisagens são muito belas, com muitas curvas, subidas e descidas. O trecho mais complicado é a serra logo após Potosí. Neste trecho existem subidas e descidas muito íngrimes, que exigem bastante dos freios e embreagem do carro. Pelo número de cruzes na beira da estrada, acreditamos que os acidentes sejam bem frequentes.

De Challapata em diante as estradas são planas e retas, permitindo manter-se velocidades maiores.

Até o próximo post. Continuem nos acompanhando.

Abraços

Alexandre, Rosângela, Felipe e Isabela

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