Saída: Colônia del Sacramento – Km 7762 (11:25h)
Chegada: Pelotas – Km 8539 (22:00h)
Distância: 777Km

Colonia del Sacramento no Uruguai

Colonia del Sacramento no Uruguai

Partimos de Colônia às 11:25h. Hoje era um dia importante no Uruguai devido às eleições presidenciais. O caminho que percorremos até Pelotas foi o mesmo que fizemos no início da viagem: saimos de Colônia, passando por Montevideo pela ruta 1, depois pegamos a ruta 9 (próximo a Las Flores) até o Chuy. Havia pouco movimento na estrada.

Novamente perdemos muito tempo em Montevideo, pois entramos numa estrada errada e a partir daí o GPS não nos ajudou muito, pois existiam várias ruas bloqueadas e a sinalização nesta cidade é bem confusa.

Passamos por algumas viaturas policiais pelo caminho, mas não fomos parados em nenhuma vez. Como soubemos que existem relatos de corrupção da polícia local, percorremos todo o trecho dentro da velocidade limite indicada pelas placas (máximo de 110Km/h).

Chegamos ao Chuy às 19h. Fomos liberados na aduana em tempo recorde de 1 minuto. Na aduana brasileira, no Chuí, não paramos, pois não tínhamos nenhuma compra a declarar.

Como passamos pelo Taim durante à noite, percorremos os 15Km da reserva dentro da velocidade permitida (60Km/h), evitando assim transtornos com os 2 pardais e possíveis acidentes devido animais na pista.

Chegamos a Pelotas às 22h, após ter rodado 8539Km em 21 dias. Esta viagem foi uma aventura fantástica. Nos surpreendemos com as belas paisagens da Argentina e Chile. Com certeza esta foi a primeira de uma série de aventuras pela América do Sul.

Saída: Bahia Blanca – Km 7040 (10:50h)
Chegada: Colônia del Sacramento – Km 7760 (21:00h)
Distância: 720Km

Para podermos descansar um pouco, saímos do hotel no limite do check out, que era às 10h. Não tomamos o café da manhã, pois era daqueles muito ruins. Seguimos viagem rumo a Colônia no Uruguai por volta das 11h.

A estrada (ruta RN3) é boa, porém a sinalização nem tanto. Não havia muito movimento e o trânsito era composto basicamente de caminhões.

Chegamos a Buenos Aires em torno das 18h. Demoramos um pouco para chegar ao buquebus, por volta das 18:40. O próximo ferri era às 19:30h.

Pois é, lembra do policial atrapalhado que nos atendeu no paso Tromen, na aduana da Argentina?! Quando chegamos naquele paso, tínhamos 2 vias do cartão de entrada e saída dos países. O policial disse que tinha que ficar com as 2 vias. Então perguntamos se não deveríamos ficar com 1 delas, pois precisaríamos para fazer a saída da Argentina, ele garantia que não precisava. Insistimos 3 vezes e ele continuou dizendo que os papéis tinham que ficar com ele e que isto não nos traria nenhum problema, fazer o quê?! Acreditamos.

Já fomos sabendo que poderíamos ter problemas e, no buquebus, o problema ocorreu já na hora de comprar as passagens. A atendente nos pediu o os documentos e não tínhamos. Explicamos o ocorrido para ela, que não deu muita importância e solicitou que passássemos no setor da migração para pagarmos uma multa. Chegamos neste setor, explicamos tudo novamente e reforçamos que deveria haver informações de nossa passagem pelo paso no sistema, pois tinha sido registrado no computador pelos policiais. A atendente pediu então que falássemos com uma outra pessoa que poderia verificar no sistema. Após explicarmos a situação outra vez e informarmos a data de entrada no país, o sistema foi consultado e o atendente imprimiu os dados de entrada no país e fomos liberados. Ainda bem!! Isto poderia ter dado uma boa dor de cabeça e atrasar nosso retorno ao Brasil.

Depois da correria conseguirmos comprar as passagens e darmos entrada na aduana do Uruguai.

Ao embarcarmos no ferry o carro foi revistado rapidamente, sem muito detalhes. O fiscal pediu o documento do carro, perguntou se havia alguma bebida e liberou.

Desta vez pegamos o buquebus rápido que levou cerca de 1:15h para atravessar o Rio da Prata até Colônia. Neste barco o espaço entre as poltrona era menor, mas mesmo assim bem confortável. Pagamos para o carro e 2 pessoas $566,00 (R$296,00).

No pátio de saída do buquebus haviam 2 policiais no escuro com umas lanterninhas revistando os carros. Revistaram todos, que não eram muitos, mas se detiveram mesmo no carro de outro brasileiro e no nosso, é claro. No do outro brasileiro a revista foi bem minuciosa, demorou uns 10 minutos. Estávamos pensando que se ele resolver revistar o nosso do mesmo jeito iria levar um tempão, devido a grande quantidade de bagagens que tínhamos. Eles revistaram o porta-malas, pediram para olhar o baú de teto,  dentro do carro revistaram atentamente uma bolsa onde tínhamos algumas bolachas e a caixa térmica. Na caixa térmica tínhamos 5 litros de iogurte chileno. Estes foram confiscados, pois são derivados de leite. Parece algo bem óbvio, porém na aduana de entrada do Chile, tínhamos entendido que quando fosse industrializado não tinha problema. No carro do outro brasileiro, foi confiscado leite em pó.

Chegamos em Colônia, com poucos pesos uruguaios e precisávamos encontrar um hotel que aceitasse cartão.  Depois de visitarmos algumas opções na avenida central, decidimos ficar no Royal Hotel (Av. Gral. Flores, 340) que nos cobrou US$55 (R$110,00).  O hotel oferece café da manhã, aquecimento, acomodações confortáveis e estacionamento (a uma quadra de distância). O hotel possui um bom custo-benefício, recomendamos. Os outros 2 hotéis custavam US$70 (R$140,00) e US$75 (R$150,00).

Saímos para jantar no restaurante Blanco & Negro, que fica na mesma avenida, a 2 quadras do hotel. O restaurante oferece excelente música ao vivo (jazz). O ambiente tem uma linda decoração com instrumentos musicais e fotos. Jantamos uma parrillada com salada por $600 (R$60,00). Vale à pena conhecer este lugar!!

Restaurante Blanco & Negro em Colonia del Sacramento (Uruguai)

Restaurante Blanco & Negro em Colonia del Sacramento (Uruguai)

Restaurante Blanco & Negro em Colonia del Sacramento (Uruguai)

Restaurante Blanco & Negro em Colonia del Sacramento (Uruguai)

Ir para o próximo dia.

Saída: Villa Él Chocon – Km 6423 (14:40h)
Chegada: Bahia Blanca – Km 7034 (22:30h)
Distância: 611Km

Acordamos às 9h e fomos tomar o café da manhã, que agora voltou a ser ao estilo argentino. Resolvemos dar um breve passeio para conhecer Él Chocon antes de seguir viagem até Bahia Blanca.

Vista do Hotel "La Posada Del Dinosaurio"

Vista do Hotel “La Posada Del Dinosaurio”

Villa Él Chocon é conhecida por ser a cidade dos dinossauros. Lá foram descobertos os fósseis do maior dinossauro carnívoro já encontrado no mundo. Este foi encontrado em 1993, por Ruben Carolini e nomeado Giganotosauros carolonii. Desde então há diversas expedições a procura de fósseis de dinossauro na região. Seguidamente são encontrados fósseis da diversa fauna de dinossauros, crocodilos, tartaruga, sapos e outros grupos que viveram aqui no passado.

Fomos visitar o Museu Paleontológico Ernesto Bachmann, que possivelmente seja a maior atração da cidade. É bem interessante conhecer o museu e os fósseis que foram encontrados na cidade estão expostos lá. Há um guia que apresenta as principais salas do museu e conta a sua história. Há pegadas de dinossauro pintadas no asfalto logo que entra na cidade indicando o caminho até o museu. Vale a pena.

Museu Paleontológico Ernesto Bachmann

Museu Paleontológico Ernesto Bachmann

Giganotosauros carolonii: maior dinossauro carnívoro do mundo

Giganotosauros carolonii: maior dinossauro carnívoro do mundo

Dino!

Dino!

Vértebra do maior dinossauro herbívoro do mundo (40 metros de altura) - foi encontrado em Neuquén

Vértebra do maior dinossauro herbívoro do mundo (40 metros de altura) – foi encontrado em Neuquén

Dino!

Dino!

Após a visita ao museu, demos uma volta para fotografar o lago que está presente em toda cidade e forma uma bela paisagem.

Lago em El Chocón

Lago em El Chocón

Fomos ver as pegadas de dinossauro, Ignitas (Huellas de Dinosaurios),  na beira do lago. Elas estão localizadas no barrio LLequén, 5Km pela ruta 237, em direção a Bariloche. Tem uma entrada à esquerda onde há uma placa indicativa. O caminho de 2Km é uma estrada de rípio e as Ignitas ficam bem próximas do lago. Há algumas passarelas onde mostram as pegadas reais dos dinossauros, que foram petrificadas no barro há milhares de anos. Tem que procurar um pouquinho, mas elas estão lá!!

Pegadas reais de dinossauros na beira do lago - Ignitas (Huellas de Dinosaurios)

Pegadas reais de dinossauros na beira do lago – Ignitas (Huellas de Dinosaurios)

Cuidado, dinossauros!

Cuidado, dinossauros!

Por volta das 14:40h, pegamos a ruta 237 rumo a Bahia Blanca. Alguns quilômetros depois de El Chocón, a ruta 237 passa a ser chamada de ruta 22. A estrada pouco depois de Neuquém está em obras, sendo duplicada. Em torno de 20Km, ao arredor de Neuquém, a estrada passa pela região metropolitana e a velocidade máxima permitida é de 60Km/h. Neste trecho existem vários semáforos e o tráfego de veículos é intenso. Neste ponto a viagem não rende e é bem entediante. De Villa Él Chocon até Bahia Blanca a estrada é quase que totalmente pista simples, sem acostamento e a sinalização é razoável. Durante quase todo percurso a estrada esta deformada. O asfalto nos lugares onde passam as rodas dos caminhões estão afundados, exigindo muito cuidado e atenção do motorista, pois o carro fica instável e muitas vezes não é fácil mantê-lo alinhado dentro dos sulcos. Deve-se tomar muito cuidado principalmente ao ultrapassar.

Alguns quilômetros após Neuquén o fluxo de veículos diminui e é composto principalmente de caminhões. A partir daí consegue-se manter uma velocidade entre 100 e 140Km/h. Onde os sulcos são muito profundos é necessário reduzir para 100Km/h para poder dirigir com segurança. Existem os sulcos, mas ao menos a estrada não estava esburacada.

Durante todo este percurso só encontramos um pedágio em Neuquén, porém estava fechado devido a uma manifestação.

Próximo a Bahia Blanca, a ruta 22 termina e pega-se a ruta 3. Chegamos em Bahia Blanca às 22:30h e fomos direto a um dos hotéis indicados pelo nosso guia de viagem. Segundo o guia, era um hotel com um dos melhores custo-benefício da cidade. Não concordamos e fomos conhecer outro bem próximo a este. Resolvemos nos hospedar neste segundo (Hotel Chiclana, rua Chiclana, 370 – email: hotel@infovia.com.ar), cuja diária para 2 pessoas saiu $140 (R$73,00). Era um hotel simples, mas um bom custo-benefício para passar à noite. Não tinha garagem no local, mas pode-se deixar o carro em um estacionamento distante uma quadra do hotel (valor já incluso na diária).

Ir para o próximo dia.

Saída: Pucón – Km 5830 (9:15h)
Chegada: Villa Él Chocon – Km 6388 (21:15h)
Distância: 558Km (a distância é na verdade 468Km, pois percorremos 90Km a mais por causa do retorno a aduana. Veja texto abaixo.)

Acordamos às 9:00h, arrumamos nossas bagagens e fomos tomar o café da manhã. Sandra, a proprietária do hotel, tinha nos informado que estava montando um mural com fotos das pessoas que tinham se hospedado ali, tiradas em algum lugar de Pucón e com uma dedicatória sobre a cidade. Imprimimos uma foto nossa e a entregamos a Sandra, que a colocou direto no mural. Além da dedicatória, falamos também do quanto nos sentimos em casa durante o tempo que ficamos hospedados naquele hotel.

Hostal Pucón Sur

Hostal Pucón Sur

Iniciamos o nosso retorno ao Brasil, passando do Chile para a Argentina através  paso Tromen (Mamuil Malal) de Pucón para Junin. Para seguir por este caminho deve-se pegar a ruta 199 (neste trecho chamada de Camino Internacional) em sentido contrário a cidade de Villarrica. Segue-se por esta estrada, passando pela cidade de Curarrehue, até a aduana chilena. Após a aduana, já em território argentino, a estrada passa a ser chamada de RP60 e vai até a cidade de Junin de Los Andes.

De Pucón até a aduana chilena são 74Km, destes, 34 são em rípio. O asfalto está em boas condições, porém a parte em rípio (do lado chileno) possui vários trechos em condições bem ruins (muitos buracos e pedras). Mesmo assim está transitável, desde que em velocidades inferiores a 40Km/h.

Passamos no centro de informações turísticas da cidadezinha de Curarrehue, que fica a cerca de 40Km de Púcon (percurso todo de asfalto em boas condições), para pedir informações sobre como estava o paso. Lá fomos informados que a passagem de veículos estava tranquila e sem a necessidade do uso de cadenas. O centro de informações fica do lado esquerdo da avenida principal da cidade, que é o mesmo caminho para o paso.

Curarrehue (entre Pucón e Junin de Los Andes)

Curarrehue (entre Pucón e Junin de Los Andes)

Vulcão Quetrupillan, próximo a Curarrehue

Vulcão Quetrupillan, próximo a Curarrehue

Na travessia da cordilheira, tinha um pouco de neve na estrada de rípio, porém dava para transitar tranquilamente sem as cadenas. A distância com neve foi pequena, em torno de 10Km. Neste trecho também havia várias curvas, subidas e descidas típicas da travessia da cordilheira.

Paso Tromen (Mamuil Malal)

Paso Tromen (Mamuil Malal)

Paso Tromen (Mamuil Malal)

Paso Tromen (Mamuil Malal)

Paso Tromen (Mamuil Malal)

Paso Tromen (Mamuil Malal)

Laguna Quillelhue

Laguna Quillelhue

Paso Tromen (Mamuil Malal) - lado chileno

Paso Tromen (Mamuil Malal) – lado chileno

Vulcão Lanin no Paso Tromen (Mamuil Malal) - lado chileno

Vulcão Lanin no Paso Tromen (Mamuil Malal) – lado chileno

A burocracia para a saída do Chile foi rápida, nos tomou uns 10 minutos.

Seguimos então mais 1Km e chegamos a aduana da Argentina (as duas aduanas estão bem próximas). Nesta demoramos um pouco mais (20 minutos), pois o pessoal estava um pouco atrapalhado, acho que não recebem muitos turistas brasileiros por este paso. Na entrada da Argentina eles não revistaram o carro.

Paso Tromen (Mamuil Malal)

Paso Tromen (Mamuil Malal)

Paso Tromen (Mamuil Malal) - lado argentino

Paso Tromen (Mamuil Malal) – lado argentino

Vulção Lanin no Paso Tromen (Mamuil Malal) - visto do lado argentino

Vulção Lanin no Paso Tromen (Mamuil Malal) – visto do lado argentino

Depois desta última aduana são mais 13Km em estrada de rípio. Este trecho está em boas condições, podendo-se chegar até a velocidade de 80Km/h em alguns pontos. Nos pareceu que os argentinos cuidam mais de suas estradas. Inclusive estavam patrolando este trecho, ficando melhor ainda. Neste último trecho em rípio havia somente um pouco de neve. A estrada é praticamente toda plana, passando pelo belo Bosque das Araucárias com vulcão Lanin ao fundo. Da aduana argentina até Junin são mais 66Km.

No trecho entre Pucón e Junín, só há postos de combustível em Curarrehue e em Junín.

A travessia da cordilheira neste paso foi bem tranquila e é bem segura, mesmo sendo em rípio. Consideramos este paso muito mais fácil e seguro que o Cardenal Samoré. Na estrada em rípio, no caso de haver neve, o carro fica mais estável (não derrapa ou patina com tanta facilidade quanto no asfalto). Como também o número de veículos é bem inferior (passamos por no máximo 5 carros e por nenhum caminhão) e você consegue dirigir mais tranquilo. Outro aspecto interessante é a possibilidade de parar em vários trechos da estrada para tirar fotos, sem atrapalhar o trânsito (praticamente inexistente). Neste paso praticamente não existem penhascos que coloquem em risco os passageiros no caso de uma derrapagem. Caso o carro derrapar provavelmente vai acabar batendo nos barrancos das laterais da estrada. Outro aspecto é que o trecho de subidas e descidas para a travessia das cordilheiras é bem curto, em torno de 10Km e as subidas e descidas não são muito íngremes. Talvez em julho tenha muita neve e então este paso esteja mais difícil de cruzar ou provavelmente interditado.

Após nos afastarmos 45Km da aduana argentina, estávamos parados na beira da estrada tirando algumas fotos da paisagem, quando pára um ônibus e desce o policial que tinha nos atendido na aduana argentina. Ele nos disse que tinha se dado conta que não havia pedido um documento do carro que tínhamos recebido na entrada do Chile e que teríamos que retornar até a aduana, pois isto poderia nos trazer problemas na saída da Argentina. Momentos antes, na aduana da Argentina, vimos que eles estavam meio atrapalhados. Quando saímos até perguntamos se estava tudo bem e se poderíamos prosseguir, este mesmo guarda concordou e nós não nos demos conta que teríamos que ter entregue o tal do documento. Bom, sorte que pelo menos ele foi atrás e conseguiu nos alcançar. Voltamos a aduana e resolvemos o problema rapidamente, aproveitando para rever as belas paisagens do caminho.

A paisagem da travessia por este paso é muito bonita. Passa-se pela espetacular Laguna Quillelhue e pelos vulcões Vilarrica, Quetrupillan e Lanin.  Este último fica à direita da estrada, junto (junto mesmo!) a aduana da Argentina, porém é possível visualizá-lo bem antes de chegar a aduana. Você continua enxergando o Lanin por vários quilômetros. Após passarmos por Junin de Los Andes ainda podíamos visualizá-lo perfeitamente. O Lanin possui 3770m e é a montanha mais alta da região. O Quetrupillan, que fica entre os outros 2 vulcões,  está distante em torno de 20km de cada um.

Após os 13Km de rípio dentro da Argentina, segue-se ainda pela ruta 60 (já pavimentada) até a ruta 23, onde toma-se a ponte à direita.  Segue-se por esta estrada (que está em perfeitas condições) até bem próximo a Junin de Los Andes, onde pegamos a ruta 234 em direção a Neuquén. Alguns quilômetros depois pegamos a ruta 40 (no cruzamento à direita, no mesmo sentido de Bariloche).   Posteriormente pegamos a ruta 237 (próximo a ponte sobre o rio Limay) até Villa El Chocón (mesmo sentido que Neuquén). O trecho da ruta 237 até El Chocón  está em boas condições, apesar de alguns trechos estarem em manutenção. Neste último trecho há uma maior concentração de caminhões do que de carros, porém o trânsito estava calmo.

Não podemos deixar de comentar novamente a beleza das rutas 234 e 40 do trecho de Junin até chegar a RN237, junto ao rio Limay. É a mesma estrada que passamos quando fomos de Junin a Bariloche. A beleza deste caminho é espetacular!! Além de ter uma flora diversificada com uma combinação belíssima de cores, seus lagos, suas montanhas e o vulcão Lanín. Desta vez vimos flamingos e até cervos!! Devido a termos nos atrasado um pouco por causa do retorno até a aduana, pegamos o entardecer no final deste trecho, porém o pôr-do-sol foi maravilhoso e compensou tudo.

Vulção Lanin no Paso Tromen (Mamuil Malal) - visto do lado argentino

Vulção Lanin no Paso Tromen (Mamuil Malal) – visto do lado argentino

Paso Tromen (Mamuil Malal) - lado argentino

Paso Tromen (Mamuil Malal) – lado argentino

Paso Tromen (Mamuil Malal) - lado argentino

Paso Tromen (Mamuil Malal) – lado argentino

Vulcão Lanin ao fundo

Vulcão Lanin ao fundo

Ruta 234 na Argentina

Ruta 234 na Argentina

Ruta 234 na Argentina

Ruta 234 na Argentina

Ruta 40 na Argentina

Ruta 40 na Argentina

Ruta 40 na Argentina

Ruta 40 na Argentina

Chegamos em Él Chocon às 22h. Tínhamos uma indicação de hotel, mas pretendíamos dar uma volta para verificar outras opções. Como estamos na baixa temporada, não achamos nada além de cabanas que estavam fechadas. Fomos então ao hotel La Posada Del Dinosaurio que é localizado na beira do lago, no Barrio 1. É um hotel 3 estrelas bem apresentável. Todos os quartos tem vista para o lago, tem TV a cabo, aquecimento e café da manhã. Não tem nenhum tipo de internet. Foi a diária mais cara da viagem até o momento $260,00 (R$136,00) e mesmo assim não era melhor do que os outros. Na verdade ele ganha muito em aparência e acaba-se pagando um pouco mais pela vista do lago e pela falta de outras opções. Acreditamos que seja o único hotel da cidade, pois além deste, o que vimos são cabanas para alugar.  Chegamos tarde e não tinha onde jantar, então a funcionária do hotel disse que poderíamos escolher entre 2 pratos do menu do restaurante do hotel (que foi caro comparado as valores de alimentação que já tínhamos pago na Argentina). Acabamos jantando no hotel. Pagamos $68,00 (R$36,00) para os dois.

Dica do dia:

Caso você queira atravessar do Chile para a Argentina através do paso Tromen, informe-se sobre suas condições da estrada no centro de informações turísticas da cidade de Curarrehue, uns 30Km após Pucón.

Novamente vai a dica: não deixe de reservar um bom tempo para percorrer as belas paisagens através das rutas 234 e 40 do trecho de Junin de Los Andes até chegar a RN237. O trecho não é muito longo, mas as paradas para apreciar a vista são inevitáveis. Este trecho merece ao menos 1 hora para poder-se contemplar o lugar.

Ir para o próximo dia.

Saída: Pucón – Km 5363 (9:30h)
Chegada: Pucón – Km 5830 (23:00h)
Distância: 467Km

Nossa intenção era partir hoje para Puerto Varas/Chile. Porém o tempo está ficando escasso e não iria valer a pena ir até lá para aproveitarmos somente uma tarde. Mesmo porque além de Puerto Varas há outros lugares como Frutillar e Puerto Octay que achamos interessantes conhecer. Resumindo não daria tempo, pois amanhã já temos que começar a nossa viagem de retorno ao Brasil.

Esta região (arredores de Puerto Varas) fazia parte do nosso roteiro, porém como pegamos alguns dias de chuva, acabou que tivemos que desistir. Como agravante, a previsão do tempo para Puerto Varas é de que somente hoje faria sol e nos próximos dias iria chover muito. Não iria adiantar mesmo.

Vimos na internet algumas recomendações sobre passeios ao Parque Nacional Conguillio que fica em torno de 260Km de Pucón e resolvemos passar o dia lá, até para poder aproveitar o tempo bom. A maior atração deste parque é o Vulcão Llaima, de 3125m, que é um dos vulcões mais ativos do Chile. Sua última erupção ocorreu há 2 meses atrás (abril 2009).

Veja mais informações sobre a última erupção em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u546072.shtml
http://www.youtube.com/watch?v=cR1Qnee_BAw&feature=related

Saímos de Pucón as 9:30h com o dia lindo e ensolarado. Logo no início da viagem passamos por uma neblina e o dia ficou feio e nublado. Continuamos mesmo assim. Quando estávamos na estrada de acesso a Curacautin o céu começou a limpar, o sol apareceu e logo podemos enxergar o Vulcão Llaima no horizonte. Chegamos então à cidadezinha de Curacautin.

Para chegar a Curacautin, saindo de Pucón, deve-se seguir até Villarrica pela RN199. Continua-se pela mesma ruta até encontrar a RN-5, junto a cidade de Freire. Segue-se então pela RN5 ao Norte até chegar a cidade de Lautaro. A partir segue-se até Curacautin pela S-11. Este última ruta é toda asfaltada e está em boas condições. De Curacautin ao Parque são 35Km, quase tudo em estrada de rípio, que está transitável, mas em condições precárias. Quando passamos estavam patrolando a estrada, sinal de que ficaria em melhores condições.

Supomos que existe uma rota mais próxima de Pucón, talvez pela ruta S-61 ou S-31. Como não conhecíamos as condições destas estradas, fomos pela rota descrita anteriormente (ruta S-11).

Quando seguimos em direção a estrada de acesso ao parque, vimos uma placa grande dizendo que a estrada que leva ao parque e ao vulcão estavam fechadas. Não sabíamos o porquê e resolvemos seguir mesmo assim para, pelo menos, ver o vulcão mais de perto. Durante este trajeto a paisagem era bonita e podíamos admirar o vulcão bem próximo de nós.

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Paisagens aos arredores do Vulcão Llaima

Paisagens aos arredores do Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima: é possível ver a fumaça saindo do vulcão

Vulcão Llaima: é possível ver a fumaça saindo de seu cume

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Para onde correr caso o vulcão entre em erupção

Para onde correr caso o vulcão entre em erupção

Vulcão Llaima

Vulcão Llaima

Paisagens próximas ao Vulcão Llaima

Paisagens próximas ao Vulcão Llaima

Quando estávamos a poucos quilômetros de chegar ao parque, descobrimos o porquê do mesmo se encontrar fechado: a estrada estava interrompida devido a erosões. Nos pareceu que a estrada estava desse jeito há um bom tempo. Então, tivemos que nos contentar somente com o vulcão sem conhecer o parque e seu lago azul.

Estrada para acesso ao Vulcão Llaima interrompida

Estrada para acesso ao Vulcão Llaima interrompida

Voltamos em direção a Temuco para dar uma olhada nos preços de pneus (neumáticos) e também de bagageiros de teto (porta equipaje), pois tínhamos visto pela internet que os preços eram bons no Chile.

Encontramos pneus Michelin, em uma franquia desta marca, aro 14 por $44925,00 (R$156,00) cada um, já instalados e balanceados. No Brasil, custam por volta de R$230,00 cada. Resolvemos comprar 2, para substituir os dianteiros que já estavam na indicação de limite de uso.

O funcionário que instalou os pneus nos indicou uma loja onde poderíamos encontrar o bagageiro de teto por um preço bom. A loja é Casa de La Bateria, que fica na rua Gral. Cruz, 496. Compramos um de 450l por $149000,00 (R$516,00) já instalado e com o rack grátis, pois pagamos em dinheiro (efectivo). No Brasil, o mais barato que vimos foi de 320l, sem rack por R$670,00, sendo que a grande maioria é por volta de R$800 a R$1000. Aproveitamos para transferir nossas compras, que estavam lotando o porta-malas, para o novo bagageiro.

Passamos no Jumbo, que é um supermercado e shopping ao estilo Big, para jantar. Pagamos pouco desta vez, $3990 (R$14,00) para nós dois. Após seguimos para Pucón, onde chegamos por volta das 23:00h.

Ir para o próximo dia.

Saída: Pucón – Km 5158 (10:00h)
Chegada: Pucón – Km 5287 (23:00h)
Distância: 129Km

Fomos tomar o café da manhã, que segundo a proprietária do hotel era ao estilo “brasileiro”. E realmente era, foi com certeza o melhor café da manhã que tomamos durante toda a viagem. Neste hotel o café é do tipo self-service e, devido ao ambiente, você acaba se sentindo em casa, muito bom!

O dia estava chuvoso, a previsão do tempo errou! Ao menos estava um pouco melhor do que em nossa estada anterior em Pucón. Porém voltamos para pegar tempo bom, e até agora nada. Nos restou dar algumas voltas pela cidade e conferir algumas lojas. Novamente comprovamos que os preços de roupas no Chile são realmente baixos, basta saber procurar. Existem diversas opções de lojas na cidade, para todos os gostos e “bolsos”. Não é a melhor cidade para se fazer compras, mas mesmo assim tem algumas opções com preços consideravelmente mais baratos que no Brasil.

Haja porta-malas! O nosso já está cheio de sacolas, as malas estão sendo acomodadas no banco de trás. Nosso carro virou um Coupé. Para a próxima viagem já estamos certos de adquirir um bagageiro de teto.

Tiramos algumas fotos pela cidade, mas com o dia nublado e chuvoso, nenhuma ficou boa. O vulcão até agora é lenda. Não sabemos nem onde fica. A previsão, que dizia que hoje o tempo estaria bom, promete que amanhã será um dia ensolarado. Vamos ver!

Com o dia chuvoso, nossa única opção era conhecer uma das termas da região. Então fomos para as Termas Los Pozones, indicada pela Sandra, proprietária do hotel. Segundo ela, além de um bom preço, estas termas são rústicas e é uma das que possuem as águas mais quentes.

Erramos o caminho e acabamos indo até a Playa Negra, no Lago Caburgua. Com o tempo ruim não conseguimos apreciar a vista e resolvemos voltar para procurar as termas.

No caminho passamos pela entrada do Parque Nacional Huerquehue. Resolvemos conhecer o parque, já que estávamos perto. O parque fica a 35Km do centro da cidade, em torno de 7Km são de estrada de rípio, que apesar de transitável, em alguns pontos está em más condições. Pior ainda hoje com o dia chuvoso. O parque fica no alto de uma montanha, e em um dia ensolarado possivelmente se tenha uma visão panorâmica da região. Ao chegarmos na portaria do parque vimos que era cobrado $4000 (R$14,00). Como já estava tarde e chovendo, resolvemos não entrar e retornar.

Entrada do Parque Nacional Huerquehue

Entrada do Parque Nacional Huerquehue

Estrada de acesso ao Parque Nacional Huerquehue

Estrada de acesso ao Parque Nacional Huerquehue

Descobrimos o caminho correto para as Termas Los Pozones, que ficam bem próximas as Termas Huife. Chegamos nas termas às 16:30h. O caminho é todo asfaltado, apesar de alguns mapas e sites indicarem que não. Dá para perceber que a pavimentação é nova e está em ótimas condições. Estas termas ficam distantes 32Km do centro, possuem 7 piscinas naturais (todas descobertas) feitas de rochas. As temperaturas das piscinas variam de 30 a 42°C. O lugar é bem rústico e a infraestrutura é bem básica. O lugar é bonito, com uma grande corredeira (Rio Liucura) ao lado das termas. Ficamos “de molho” até as 18:30h. O preço é de $4000 (R$14,00) por pessoa por 3 horas. Caso você não tenha levado roupa de banho, eles alugam por $500 (R$1,75).

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Termas Los Pozones

Depois fomos comer uma pizza no restaurante Focaccia, que fica na rua Fresia, próximo a praça. A pizza é saborosa e o ambiente é muito bom. Pagamos $12700 (R$44,00). Que saudades dos preços da comida na Argentina!

Dica do dia:

Com certeza vale a pena conhecer e aproveitar uma das termas da região. Até com muito frio, mesmo em termas descobertas, dá para se aproveitar bastante. No nosso caso, estava caindo uma chuva fina, que mesmo assim não atrapalhou nosso relaxamento. Uma boa dica é experimentar várias piscinas para encontrar a água com a temperatura mais agradável. Na Oficina de Turismo, localizado no prédio da Municipalidad, existe uma lista com todas as termas da cidade e com os preços e temperaturas.

No Camino Internacional, distante 1Km do centro de Pucón, existe um centro comercial onde há um supermercado da rede Eltit e com mais opções do que na loja da avenida principal.

Ir para o próximo dia.