Hoje o nosso destino foi visitar o Parque Nacional Lanin pela RP61. Para acessar o parque é necessário pagar $65,00 pesos argentinos por pessoa, sendo que abaixo de 16 e acima de 65 anos não pagam. Esta entrada é válida para acesso ao parque por dois dias.
Através da RP61 pode-se ter uma visão da face sul do vulcão Lanin. Desde Junin até o final desta ruta são 63 km.
Toda RP61 é em rípio em condições ruins. Alguns trechos estão em um estado razoável, mas espere andar boa parte do tempo em velocidades entre 20 e 40km/h.
Logo após o guardaparque, onde se paga a entrada, inicia o Lago Huechulafquen. Neste ponto dá para fazer ótimas fotos do lago com o vulcão ao fundo. Neste ponto o vulcão ainda está distante. Boa parte da RP61 contorna este lago. Mais adiante a ruta contorna parte do lago Paimun.
Paramos no Lago Huechulafquen para fazermos um piquenique. Tem programa melhor do que este? Para nós, não! Adoramos estar em contato com a natureza e fazer uma refeição com a família reunida. Se tiver vista para uma bela paisagem, não tem preço!
Neste momento o vulcão estava encoberto pelas nuvens. No entanto o dia estava ensolarado, tornando a paisagem do lago, com as montanhas ao fundo, bela de qualquer forma.
A melhor vista do vulcão Lanin, e a mais próxima que se chega através da RP61, fica a mais ou menos 1km depois do Puerto Canoa. Não há necessidade de seguir depois deste ponto. Após este local a estrada piora um pouco e a visão do Lanin fica obstruída por algumas montanhas.
Nós seguimos até mais adiante, mas acabamos voltamos até esse ponto. Ficamos aguardando as nuvens se afastarem para avistarmos o cume nevado do vulcão. Enquanto isso fizemos um lanche, tiramos fotos e descansamos. No final da tarde conseguimos avistar melhor o vulcão, não totalmente, mas foi o que a natureza nos permitiu ver neste dia.
Vale a pena conhecer e passear no Parque Nacional Lanin pela ruta RP61. Mas quem tem somente o objetivo de avistar o vulcão, o melhor lugar é o Paso Tromen na Ruta 60 (divisa da Argentina com Chile). Pela ruta 60 é possível chegar mais próximo do vulcão e avistá-lo por inteiro. Desta vez não iremos passar novamente por este caminho, mas você pode conferir mais detalhadas sobre a ruta 60 através deste link (junho de 2009), quando atravessamos este paso.
Após conhecermos o parque, seguimos para fazer algumas compras na rede de supermercados La Anonima. Gostamos muito de fazer compras nesta rede, pois algumas de suas unidades tem rotiseria. Desta forma, podemos comprar comida para levar e comer no hotel a um custo bem mais baixo do que se fossemos fazer refeições em restaurante. Alguns supermercados dessa rede não tem rotiseria, mas, mesmo assim, é uma boa opção para refeições rápidas, pois sempre vendem sanduíches, empanadas e pizzas congeladas. É um supermercado bem forte e está presente na maioria das cidades argentinas.
A Isabela atualmente está com quatro meses e mama somente no peito. Então com ela não há nenhuma preocupação quanto a alimentação, já que o leite está sempre pronto e na temperatura certa sempre que ela quiser!!
Quanto ao Felipe, geralmente não temos problemas, pois ele é bom de garfo. No entanto, nesses primeiros dias de viagem ele não tem se alimentado muito bem. Em virtude disso resolvemos comprar comida para fazer no hostel, no intuito de oferecer algo mais próximo possível do que ele está acostumado a comer.
Os hostels geralmente disponibilizam uma cozinha completa (com fogão, geladeira, microondas, etc.) para a utilização dos seus hóspedes. Normalmente eles fornecem inclusive óleo, sal e temperos, não havendo necessidade de comprar estes ingredientes. No caso do hostel Él Reencontro, a cozinha era pouco equipada, de modo que se duas pessoas quisessem cozinhar, não haviam panelas suficientes. Por este motivo procurávamos utilizar a cozinha quando não havia mais ninguém cozinhando.
O fato de cozinhar eventualmente durante a viagem, além de favorecer que o Felipe e, até mesmo nós, comamos melhor, também economizamos bastante. Os valores dos restaurantes estão extremamente altos, estamos pagando ao menos R$ 50 por refeição e, para nós, este é um custo alto para ser mantido em todas as refeições da viagem.
Está tudo mais caro na Argentina. A alimentação (comidas prontas para levar e até mesmo os alimentos para preparar as refeições) estão com valores mais elevados do que no Brasil. Para fazer uma refeição simples, com carne, ovo, arroz ou massa e frutas, por exemplo, gastamos em torno de R$20,00. Isto representa uma ótima economia e, certamente, melhor qualidade na nossa alimentação.
O único inconveniente é que temos que comprar os alimentos na quantidade certa para as refeições que temos que fazer, pois ficamos poucos dias em cada lugar. No caso de carnes, laticínios, frutas e verduras não é recomendado viajar com estes alimentos devido as barreiras fitossanitárias e da fiscalização nas aduanas, no caso de trocar de país.
Um outro beneficio que estamos tendo neste hostel é o fato deles permitirem o uso da máquina de lavar roupa sem custo adicional. Porém nós compramos o sabão em pó e utilizamos o ciclo rápido de 35 minutos recomendado pelo encarregado do hostel. Desta forma, lavamos toda a roupa que estava suja desde o início da viagem. Assim vamos mantê-las sempre limpas durante este período, aproveitando assim esta oportunidade nunca vista antes, pelo menos por nós, em uma hospedagem.
Por outro lado este hostel tem alguns pontos negativos. Além de considerarmos a cozinha pouco equipada, a limpeza, principalmente dos banheiros, deveria ser mais frequente, assim como a reposição do papel higiênico. Além disso, o banheiro do piso térreo não possui chave, assim como alguns de seus quartos (ainda bem que o nosso quarto tinha). No mais, o hostel é bom, possui um ambiente agradável, seus encarregados são atenciosos e prestativos. O café da manhã é simples, porém com torradas quentinhas, margarina e doce de leite. Para o Felipe, a nosso pedido, eles providenciaram leite.
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