Devido ao grande percurso em rípio, o “ideal” são carros mais altos e com rodas maiores, tal como pickups, SUVs e crossovers. Mas isto é apenas uma recomendação para que se tenha maior conforto e menor desgaste no carro. Quanto maior a roda do carro, menor será a trepidação devido aos buracos e costelas de boi. A grande maioria dos aventureiros que percorrem a carretera utilizam pickups e SUVs. Os moradores destas regiões também dificilmente andam com carros menores.

A necessidade de uso de tração 4×4 é quase nula, pois a estrada é firme o suficiente para permitir a circulação de qualquer tipo de veículo. Portanto pode-se fazer toda a carretera com um carro convencional sem maiores dificuldades, desde que tenha uma altura normal em relação ao solo. Apesar de boa parte do percurso ser em rípio, dificilmente se encontram pedras grandes na estrada que poderiam danificar o cárter ou algum outro componente da parte inferior do carro.

A carretera austral pode ser percorrida com um carro de passeio convencional

De qualquer forma, ao utilizar um carro convencional deve-se sempre dirigir com mais atenção para desviar de pedras e buracos maiores, evitando assim uma surpresa desagradável na viagem.

Pode-se percorrer toda a carretera mesmo com um carro com motor 1.0. Os leitores que nos acompanham sabem que utilizávamos em nossas outras viagens um Prisma 1.4 2007 e um Classic 1.0 2013. Pela nossa experiência, qualquer um destes dois carros poderiam ser utilizados para percorrer a ruta 7. Obviamente que o carro iria sofrer um pouco devido as condições da estrada, mas não há nada que impeçam seu uso. Dúvida? Clique aqui e veja então o relato de um viajante que foi de Uno Mille.

Para mais informações sobre a carretera austral acesse os demais links do nosso guia.

Guia da Carretera Austral: aspectos gerais

Guia da Carretera Austral: travessias de balsa

Guia da Carretera Austral: principais pontos turísticos

Guia da Carretera Austral: condições da estrada

Guia da Carretera Austral: postos de combustíveis

Guia da Carretera Austral: vale a pena ir até Villa O’Higgins?

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Há muitos anos queríamos percorrer a famosa e enigmática Carretera Austral. Enfim, em dezembro de 2016, partirmos para lá. Foi uma viagem de 23 dias e cerca de 8.500km rodados. Foi nessa viagem que estreamos nosso novo carro (Chevrolet S10) e o camper Duaron. Acreditamos que o momento foi perfeito, já que o uso do camper compensou a pouca infraestrutura da região.

A Carretera Austral, oficialmente chamada de Ruta 7, está localizada no sul do Chile (regiões de Los Lagos e Aysén) e conecta as cidade de Puerto Montt e Villa O’Higgins. Esta última cidade é a porta de entrada do Campo de Hielo Sur. Atualmente carretera possui 1255km, sendo que cerca de 769km desses não estão pavimentados.

Lago General Carrera na chegada a Puerto Tranquilo

Ao longo da estrada a altitude varia entre 200 e 2000m, podendo cair neve até mesmo no verão. As temperaturas na região são baixas e as chuvas estão presentes durante todo o ano.

Sua construção foi iniciada em 1976 durante o governo militar de Pinochet. Os militares levaram mais de 20 anos para abrirem a estrada. A obra está localizada em um território com características geográficas bastante complicadas, junto a Cordilheira dos Andes. Sua construção ainda é um enorme desafio de engenharia, já que a região possui campos de gelos, rios, lagos, montanhas e florestas. Ao percorrê-la é fácil entender a complexidade desse projeto.

A pavimentação iniciou na década de 90, mas ainda segue em ritmo lento. Para se ter uma ideia, durante o ano de 2015 foram asfaltados somente 24km.

O asfalto na Carretera Austral

A carretera está em constante manutenção, pois são comuns os desmoronamentos, quedas de árvores e chuvas que podem algumas vezes causar interdições temporárias. Diversos trechos estão sendo asfaltados, de forma que o tráfego pode também estar interditado em alguns horários para a continuidade das obras.

Na figura abaixo selecionamos um mapa para que vocês possam entender melhor o roteiro. O mapa indica inclusive quais trechos da carretera estão asfaltados. Se você desejar um mapa mais detalhado clique aqui.

Mapa resumido da Carretera Austral (clique na imagem para ampliar)

Mapa resumido da Carretera Austral (clique na imagem para ampliar)

Resolvemos fazer uma série de posts sobre este maravilhoso destino, os quais estamos chamando de Guia da Carretera Austral. Com isso pretendemos tirar as principais dúvidas e ajudar no planejamento de quem quer se aventurar por lá.

Dinheiro

Recomendamos levar todo o valor para cobrir os gastos da viagem pela carretera em dinheiro em espécie. Obviamente que deve-se levar em pesos chilenos, pois é difícil fazer câmbio na região. As maiores cidades da carretera são Puerto Montt, com 220 mil habitantes, e Coyhaique, com cerca de 50 mil. Embora haja caixas eletrônicos em algumas cidades menores, por segurança, somente considere encontrar caixas e câmbio nestas duas cidades. O pagamento de despesas com cartão de crédito também dificilmente será possível nos demais povoados.

Também deve-se levar em conta que despesas inesperadas podem ocorrer, tal como um problema mecânico. Portanto é prudente levar dinheiro para gastos extras. Nossa sugestão é se precaver com pelo menos o equivalente a R$1 mil.

Hospedagem e alimentação

Ao longo da carretera existem hospedagens de diversos tipos e padrões, tais como pousadas, campings e albergues. O verão é a alta temporada, sendo que fevereiro é o mês em que a região recebe mais turistas. Portanto para não haver surpresas, nesta época é recomendável fazer suas reservas de hospedagem com antecedência. Esta dica é essencial para garantir as hospedagens de melhor custo-benefício e para economizar tempo tentando encontrar um bom lugar para pernoitar e ou mesmo a possibilidade de ficar sem acomodação.

Época ideal para percorrer a carretera

Muitos viajantes acreditam que somente é possível viajar pela carretera no verão. No entanto isto não é verdade. A primavera e outono são ótimas épocas para se aventurar por lá. Durante a primavera o caminho fica repleto de flores, o que torna o caminho ainda mais encantador. No outono é o colorido das folhas das árvores que impressionam os viajantes. A vantagem da viagem no verão são as melhores condições climáticas, maior disponibilidade de balsas e menor probabilidade de problemas com a neve.

Boa parte da estrada é de rípio e passa em meio a mata fechada

Acesso a internet

A subsecretaria de telecomunicações juntamente com os governos regionais do Chile colocaram a disposição vários pontos de internet wi-fi, de acesso gratuito, espalhados pelo país. O Wi-Fi ChileGob é um projeto que visa ajudar a melhorar o acesso nos lugares mais vulneráveis do Chile que possuem poucas alternativas de conectividade. Para informações sobre as zonas com wi-fi gratuita clique aqui.

Essa é uma ótima alternativa para acesso a internet, especialmente, em uma região de pouca infraestrutura de comunicação como a carretera austral. Nós utilizamos essa internet em várias zonas da carretera e constatamos a facilidade do uso e a boa velocidade de acesso da rede.

Além disso, compramos um chip da entel que, segundo informações que coletamos na internet, é a operadora de internet mais rápida do país. O chip é barato, custou 2 mil pesos chilenos o que equivale, na cotação atual, a cerca de R$10,00. É muito fácil utilizar, uma vez que não há necessidade de realizar nenhum tipo de cadastro e, depois de inserido no celular e ativado o número de acesso, basta inserir os créditos para sair utilizando. A partir de um valor X de crédito adquirido é possível acessar algumas redes sociais de forma ilimitada. Também é aconselhavel escolher um plano que se adeque melhor ao uso do chip. Nós optamos por utilizar somente internet e escolhemos um plano específico para acesso a rede com validade de um mês o que foi mais do que o suficiente para o nosso uso (cerca de 10 dias). Há sinal da operadora em todas as cidades da carretera. O chip adquirimos em Pucón, pois não saberíamos se encontraríamos na carretera. Por outro lado, recarregar os créditos é muito fácil, pois são encontrados em minimercados de todas as cidades da carretera austral.

Para mais informações sobre a carretera austral acesse os demais links do nosso guia.

Guia da Carretera Austral: carro mais adequado para a viagem

Guia da Carretera Austral: travessias de balsa

Guia da Carretera Austral: principais pontos turísticos

Guia da Carretera Austral: condições da estrada

Guia da Carretera Austral: postos de combustíveis

Guia da Carretera Austral: vale a pena ir até Villa O’Higgins?

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Ao longo da carretera há um bom número de postos de combustíveis, portanto não há necessidade de levar combustível reserva. A rede Copec está presente na maioria dos povoados e alguns dos postos aceitam cartão de crédito.

Portanto a falta combustível não é uma grande preocupação para os viajantes que querem se aventurar pela região. De qualquer forma é sempre recomendável manter uma autonomia mínima do tanque de 200km.

Localização dos postos Copec na Carretera Austral (Guia 2017)

Em nossa viagem nunca chegamos a menos de meio tanque de combustível em nosso carro, isto que nossa autonomia com tanque cheio era de apenas 520km devido ao peso do camper.

Embora haja um quantidade suficiente de postos de combustíveis em todo o trajeto da carretara austral, predominando os postos da rede Copec, eles não oferecem muita infraestrutura. Os postos, no geral, possuem uma cafeteria simples e banheiros. No entanto, para utilizar os banheiros é necessário pagar uma taxa, ou seja, não são gratuitos nem para quem abastece nos postos. A sua maioria possui wi-fi, mas não são disponibilizadas para os clientes.

Posto na Carretera Austral/Chile

Posto na Carretera Austral/Chile

No entanto, para veículos de recreação como motorhomes, trailers e campers os postos fornecem água gratuitamente para o reabastecimento dos depósitos dos veículos. O único que cobrou para esse abastecimento foi no posto Copec de Chaitén.

Além disso, é possível pernoitar pernoitar com segurança já que a maioria dos postos funcionam 24h.

Para mais informações sobre a carretera austral acesse os demais links do nosso guia.

Guia da Carretera Austral: aspectos gerais

Guia da Carretera Austral: carro mais adequado para a viagem

Guia da Carretera Austral: travessias de balsa

Guia da Carretera Austral: principais pontos turísticos

Guia da Carretera Austral: condições da estrada

Guia da Carretera Austral: vale a pena ir até Villa O’Higgins?

Veja também: Preços dos combustíveis na Argentina, Chile e Uruguai (jan/2017)

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Atualmente a carretera possui 1255km, sendo que cerca de 769km desses não estão pavimentados. O trecho não asfaltado é em rípio (cascalho).

É sempre complicado falar sobre as condições de uma estrada não pavimentada, já que o estado varia conforme as condições climáticas e com a sua manutenção. Por exemplo, em um dia um determinado trecho pode estar repleto de buracos e pedras soltas, enquanto no outro, após ter sido patrolado, a estrada pode ter ficado em ótimas condições.

Carretera Austral sendo patrolada

Devido a grande extensão em rípio, o estado da carretara varia muito de um lugar para outro. Mas no geral a estrada está bem conservada e são poucos os trechos em condições ruins.

Um dos piores trechos pelo qual passamos com buracos e pedras soltas

Apesar das constantes chuvas, como a estrada é composta de rípio, dificilmente forma barro em grande quantidade. Pegamos bastante chuva praticamente em toda a sua extensão e não vimos nenhum trecho que houvesse barro em que se pudesse se ficar atolado mesmo com um carro convencional. Também não encontramos nenhum ponto de alagamento, que dificultasse a travessia de carros menores.

Rípio em boas condições

O problema maior em alguns trechos são as pedras soltas e buracos. As famosas costelas de boi estão presentes em uma boa parte da extensão, pois são geradas pelo escorrimento das águas da chuva pela estrada.

Os trechos asfaltados estão todos em boas condições, o que é uma características constantes da pavimentação chilena. Quando eles asfaltam um trecho, o fazem bem feito.

Um dos trechos asfaltados da Carretera Austral

De qualquer forma, é necessário cautela ao dirigir em estradas com rípio. Este tipo de solo diminui radicalmente a aderência do carro. Portanto deve-se tomar muito cuidado nas curvas, ultrapassagens e frenagens mais bruscas. Alguns viajantes se descuidam e acabam sendo surpreendidos por derraparem e saírem da estrada, o que pode acabar em um acidente grave devido aos diversos penhascos presentes na região.

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Guia da Carretera Austral: aspectos gerais

Guia da Carretera Austral: carro mais adequado para a viagem

Guia da Carretera Austral: travessias de balsa

Guia da Carretera Austral: principais pontos turísticos

Guia da Carretera Austral: postos de combustíveis

Guia da Carretera Austral: vale a pena ir até Villa O’Higgins?

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Villa O’Higgins é o último povoado da carretera, sendo o ponto de acesso ao Campo de Hielo Sur. A vila possui uma população de cerca de 600 pessoas e foi fundada em 1966 com o objetivo estratégico de marcar a soberania chilena na região.

No povoado há alguns supermercados, restaurantes, campings e pousadas. Também há um posto de combustível da rede Copec. Apesar de afastada de tudo, a população e os turistas possuem acesso gratuito à internet na Biblioteca Municipal.

Próximo a vila é possível visitar os glaciares O´Higgins (localizado no lago homônimo), El Mosco e El Tigre. Também pode-se conhecer o paso fronterizo Río Mayer. Para os que gostam de trekking, é possível fazer alguns trilhas nos arredores no povoado. Umas das principais trilhas é a que leva ao Mirador La Bandera.

Montanhas nevadas no caminho até Villa O´Higgins

A maioria dos viajantes que percorrem a carretera não segue até Villa O’Higgins. Provavelmente o principal motivo é que normalmente o fim ou início da viagem pela carretera é feito pelo paso fronterizo Río Jeinimeni, o qual conecta as cidades de Chile Chico (Chile) e Los Antigos (Argentina). Não há nenhum acesso a Argentina a partir de Villa O’Higgins que possa ser feito de carro. Portanto, por exemplo, para quem está fazendo a carretera no sentido norte->sul, logo após passar a cidade de Puerto Tranquilo e chegar ao entroncamento com a ruta 265, quem quer ir até Villa O’Higgins terá que seguir mais 293km ao sul pela carretera e retornar pelo mesmo caminho a este ponto (entroncamento com a 265), para então seguir para a Argentina pelo paso em Chile Chico.

Outro motivo para muitos aventureiros desistirem de seguir até o fim da carretera é a má fama das condições da estrada, no trecho entre o paso Chile Chico e a Villa O’Higgins. Existem muitos relatos falando que a estrada está muito mal conservada e até mesmo intransitável para veículos que não tenham tração 4×4. Em nossa viagem nós vimos uma realidade totalmente diferente, na verdade todo este trecho estava em condições muito boas, até melhores que a maioria do resto da carretera.

Um ventisqueiro no caminho que leva até ao ponto final da Carretera Austral

Um terceiro motivo que assusta os viajantes é depender de mais uma balsa, a qual atravessa o Fiordo Mitchell, conectando Puerto Yungay a Rampa Río Bravo. A balsa é pequena e comporta somente 12 carros.
Na alta temporada, entre dezembro e março, são feitas 4 travessias diárias. Nos demais meses do ano são 3 horários. Como são poucos os viajantes por aqui, esta frequência da balsa é o suficiente para atender a demanda da região. A travessia é sem custo, subsidiada pelo governo chileno.

Belas paisagens que marcam a beleza de Villa O´Higgins

Em nossa opinião, o único problema de seguir até o final da carretera é que não há qualquer tipo de infraestrutura de apoio entre o entroncamento com a ruta 265 e Villa O’Higgins. Durante todo este percurso de 293km somente existem algumas poucas casas e nada mais. Portanto se ocorrer algum problema com o carro, pode ser bem complicado resolver. A única cidade com uma infraestrutura razoável é Coyhaique (50 mil habitantes), distante 559km ao norte de Villa O’Higgins. Nesta última cidade a infraestrutura para resolver problemas com o carro é praticamente inexistente, pois não há onde comprar peças, ou até mesmo um pneu. Se tiver um problema mais sério, será necessário colocar o carro em cima de um guincho e retornar uma boa quilometragem.

Uma queda d’água na beira da estrada

Em nossa viagem, quando estávamos indo em direção a Villa O’Higgins, rasgamos um pneu faltando 15km para pegar a balsa em Puerto Yungay. Resolvemos colocar a estepe e continuar a viagem rumo ao sul. Chegando em Villa O’Higgins confirmamos que realmente não haveria como consertar o pneu, pois o rasgo foi muito grande. Na vila não há onde comprar um pneu novo, portanto nossa única chance era conseguir um pneu usado para colocar como estepe. Como teríamos que percorrer 861km (sendo 407km em rípio) até Rivadavia (Argentina), que era a primeira cidade onde provavelmente conseguiríamos comprar o pneu, seguir a viagem sem a estepe seria uma péssima ideia. Como a roda de nossa pickup é de 17 polegadas, foi muito difícil encontrar um pneu deste tamanho. Com muita procura (muita mesmo), conseguimos comprar um pneu velho de um borracheiro. O pneu estava em péssimo estado, mas era melhor do que nada. Ainda tivemos que pagar em torno de R$120,00 pela sucata.

O ponto que marca o final da Carretera Austral

Olhando por outro lado o problema que tivemos com o pneu era fácil de resolver. Havia um casal de franco-chilenos (franceses que moram atualmente no chile), que estavam em uma pickup Nissan Frontier com um camper Duaron acoplado. Eles tiveram um problema no disco de embreagem da pickup (que tinha apenas 40 mil km), o qual precisava ser substituído. Apesar de eles terem conseguido um mecânico em Villa O’Higgins que conseguiria fazer o conserto, tiveram que esperar 2 semanas aguardando que a peça chegasse. Felizmente eles conseguiram consertar a pickup e seguir viagem. Posteriormente nos encontramos novamente com eles no paso Chile Chico.

De qualquer forma, o que queremos deixar claro é que inconvenientes podem acontecer na viagem (tanto na carretera, quanto em qualquer outro lugar). Durante a aventura pode ocorrer um problema de saúde ou mesmo com o carro. Todo viajante que se aventura por lugares mais isolados deve ter em mente que nem sempre será fácil resolvê-los. Mas precisamos ter paciência e tranquilidade na hora do aperto para achar uma solução e poder seguir viagem. Os obstáculos na viagem fazem parte da aventura e servem para nosso aprendizado e amadurecimento. Portanto não podemos deixar que nossos medos nos impeçam de seguir em frente e percorrer estes lugares mais remotos.

Villa O’Higgins vista do mirante

Não temos como descrever a beleza deste último trecho da carretera até Villa O’Higgins. Ele é diferente do que tínhamos visto antes e é verdadeiramente surpreendente. Portanto temos certeza ao afirmar que realmente vale a pena ir até o fim da carretera. A região é bastante selvagem e as paisagens são únicas, repletas de florestas fechadas, cachoeiras, penhascos e montanhas nevadas. Durante a ida até a villa estava chovendo, fazendo com que formassem incontáveis cachoeiras nas encostas das montanhas. As fotos não reproduzem o quanto esta região é única, portanto você precisa ir lá para ver com seus próprios olhos!

Para mais informações sobre a carretera austral acesse os demais links do nosso guia.

Guia da Carretera Austral: aspectos gerais

Guia da Carretera Austral: carro mais adequado para a viagem

Guia da Carretera Austral: travessias de balsa

Guia da Carretera Austral: principais pontos turísticos

Guia da Carretera Austral: condições da estrada

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