Saída: Pucón – Km 5287 (10:00h)
Chegada: Pucón – Km 5363 (20:00h)
Distância: 76Km

Hoje acordamos na expectativa de abrir a janela e ver o dia ensolarado, para podermos enxergar o famoso vulcão Villarica. O dia realmente estava bom, com um tímido sol aparecendo. A dona do hotel nos mostrou pela janela o vulcão ainda encoberto por uma densa nuvem. Falou que provavelmente o céu estaria limpo mais tarde e poderíamos vê-lo. Saímos então para passear pela cidade enquanto o vulcão ainda estava encoberto. Demos umas voltas pela praça e pelas margens do lago. Nisto, um simpático vendedor das famosas flores de madeira de Pucón nos abordou, e com sua lábia, fez com que comprássemos um ramo de suas flores.

Como queríamos fotografar a cidade com o vulcão ao fundo e naquele momento enxergava-mos somente uma pequena parte do vulcão, resolvemos ir até sua base e deixarmos estas fotos para mais tarde.

Seguimos então em direção ao Parque Nacional Villarica, que fica num desvio da ruta 199 (Camino Al Voncán ou ruta S-887), distante 11Km de Pucón. A estrada é de ripio e está em boas condições. Não foi necessário o uso de cadenas, pois não havia muita neve. Desde que não haja neve na estrada, é possível subir até a base do vulcão com tranquilidade. A estrada está em obras, sendo asfaltada.

Camino Al Voncán ou ruta S-887

Camino Al Voncán ou ruta S-887

Camino Al Voncán ou ruta S-887

Camino Al Voncán ou ruta S-887

Durante o trajeto até o parque foi surpreendente ver aquele enorme vulcão despontando no final da estrada.

A caminho do Vulcão Villarrica

A caminho do Vulcão Villarrica

Chegando no parque, mais próximo do vulcão, já havia uma boa quantidade de neve, sendo necessário deixar o carro no estacionamento um pouco antes da cafeteria. A propósito, não pagamos nada para entrar neste parque.

Estacionamento da base do Vulcão Villarrica

Estacionamento da base do Vulcão Villarrica

Não subimos ao cume do vulcão porque não estávamos nos sentindo dispostos fisicamente para isto (5 horas de subida a pé mais 2 horas de descida), porém mesmo da base a vista é bem gratificante.

Em seguida o dia ficou ensolarado e o céu azul. Tínhamos nos precavido para não sentir frio, porém o fato de ter sol e nada de vento, fez com que sentíssemos até calor mesmo no meio a tanta neve. A vista desde a base do vulcão foi magnífica: pudemos contemplar a paisagem com neve e as nuvens no horizonte próximo do lago Villarica.

Vista da base do vulcão

Vista da base do vulcão

Vista da base do vulcão

Vista da base do vulcão

O teleférico e o centro de ski ainda não estavam funcionando. Para quem quer se aventurar a subir no vulcão terá de pagar em torno de $30000 – $48000 (R$104,00 – R$166,00), dependendo da agência contratada. Eles oferecem roupas e equipamentos necessários. Alimentação e água é por sua conta. A subida dura em torno de 5h e a descida 2h. Haja fôlego!! Uma coisa é certa: voltaremos aqui para esta empreitada!!

Vulcão Villarrica

Vulcão Villarrica

Após matarmos bem a vontade de ver o vulcão de perto, fomos à cidade para fotografá-lo de lá. O fato de ter aquele vulcão bem próximo a cidade é algo que impressiona. É possível enxergá-lo praticamente de qualquer lugar da cidade, deixando-a mais bela do que já é. Com o fim da chuva conseguimos contemplar melhor as belezas de Pucón.

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Clicks em Pucón

Passeamos mas um pouco, fomos comprar algumas coisas que ficaram faltando e depois fomos jantar.

Voltamos para o hotel por volta das 20h.

Ir para o próximo dia.

Saída: Bariloche – Km 4676 (12:00h)
Chegada: Pucón – Km 5158 (23:00h)
Distância: 482Km

Hoje pretendíamos subir ao Cerro Campanário para nos despedir da cidade, porém estava chovendo e tivemos que desistir. Partimos, então novamente para Pucón, no Chile. Segundo a previsão do tempo, os próximos dias seriam de sol. Saímos de Bariloche às 12:00h.

Saímos em direção a Villa La Angostura pela ruta RN40, após alguns quilômetros seguimos pela ruta 231. Ambas as estradas estão em bom estado. Durante este percurso choveu o tempo todo e nevou em alguns pontos.

Ruta 231, entre Bariloche e Villa La Angostura

Ruta 231, entre Bariloche e Villa La Angostura

Ruta 231, entre Bariloche e Villa La Angostura

Ruta 231, entre Bariloche e Villa La Angostura

Em Villa La Angostura fomos ao centro de informações turísticas perguntar sobre as condições de travessia do Paso Cardenal Samoré. Lá informaram que provavelmente seria necessário o uso de cadenas. Seguimos viagem e após poucos quilômetros começou a nevar.

Mais adiante a neve começou a ficar mais intensa e já havia uma quantidade razoável cobrindo a pista. Dava para perceber que os pneus do carro não estavam aderindo muito bem ao asfalto. Encontramos no caminho um caminhoneiro chileno que estava colocando as cadenas em sua carreta. Resolvemos parar e colocar também, pois em uma subida um pouco íngreme o carro já estava patinando. Como nunca havíamos instalado as cadenas e só sabíamos como fazer apenas teóricamente, resolvemos pedir ajuda ao caminhoneiro. Este exitou um pouco, mas acabou concordando.

Neve na pista: uso obrigatório de cadenas

Neve na pista: uso obrigatório de cadenas

Caminhoneiro chileno nos ajudando a instalar as cadenas

Caminhoneiro chileno nos ajudando a instalar as cadenas

Neste momento percebemos, também, que estávamos com um dos pneus traseiros furado e, para complicar, estava nevando muito. Como o caminhoneiro nunca tinha instalado as cadenas do modelo que compramos, tivemos um pouco de dificuldade em colocá-las, mas com um pouco de persistência conseguimos. Conferimos cuidadosamente para ver se estavam bem apertadas e que não estavam encostando nas mangueiras de freio e amortecedores do carro.

Trocando o pneu

Trocando o pneu

Caindo neve...

Caindo neve…

O caminhoneiro, bem atencioso, nos deu algumas instruções de como dirigir na neve e disse que poderíamos seguir tranquilos, desde que devagar e com cuidado. Enquanto colocávamos as cadenas, vários carros passaram por nós sem usá-las. Estávamos achando que talvez estivéssemos exagerando em colocar as cadenas naquele trecho, quando um carro perdeu o controle e se atravessou na pista bem perto de onde estávamos. Este motorista parou e resolveu colocar as cadenas também.

Cadenas instaladas: carro pronto para seguir viagem

Cadenas instaladas: carro pronto para seguir viagem

Seguimos em frente a uma velocidade entre 20 e 30Km/h. Realmente as cadenas fazem uma boa diferença na aderência do carro. Mesmo nas subidas o carro seguia bem estável. Andamos alguns quilômetros e a neve da pista havia diminuído bastante. Resolvemos então retirar as correntes e seguir em frente.

Após mais alguns quilômetros a neve começou a acumular novamente na estrada. Haviam 2 caminhões instalando suas cadenas em uma subida, paramos e resolvemos colocá-las novamente. Um carro que vinha atrás de nós também parou. Fomos conversar com eles (um casal de chilenos), os quais nos informaram que tinham as cadenas, mas nunca tinham usado antes. Instalamos no nosso carro e ajudamos ao casal. Desta vez a instalação foi rápida, pois já tínhamos pegado “o jeito”. Depois de aprender a instalar, o processo é bem rápido e fácil. Por isto vale a pena “treinar” primeiro, pois no meio da neve e do frio o processo de aprendizagem é mais lento e “doloroso”. Levamos cerca de 10 minutos para instalar no nosso carro. Seguimos então os dois carros juntos, pois caso algum de nós tivesse algum problema teríamos com quem contar.

Durante o caminho vários outros carros passaram sem cadenas. Alguns estavam usando. Praticamente todos os caminhões também estavam com correntes. Passamos por 4 caminhões que derraparam e saíram da estrada, todos não estavam usando cadenas. Um deles era um brasileiro, que estava com o cavalo de sua carreta em posição perpendicular a pista. Incrível! Nenhum dos acidentes foi muito grave, mas alguns dos caminhões estavam um tanto amassados.

Acidente na estrada: a carreta derrapou por não estar usando cadenas

Acidente na estrada: a carreta derrapou por não estar usando cadenas

Caminhoneiro brasileiro: outro acidente devido a falta das cadenas

Caminhoneiro brasileiro: outro acidente devido a falta das cadenas

A cada 10Km parávamos para conferir como estavam as correntes. Percorremos vários quilômetros com as cadenas, tirando somente a uns 16Km antes da aduana chilena, quando vimos que a neve na estrada havia reduzido bastante e os caminhões estavam retirando as suas também. Neste momento fiz uso das cadenas líquidas. Após aplicar o spray, o fabricante aconselha aguardar alguns minutos. Deve-se também evitar que o spray atinja os discos de freios.

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Máquina retirando a neve da pista

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Belas paisagens do Paso Cardenal Samoré

Dirigindo na neve

Dirigindo na neve

Máquina retirando a neve da pista

Máquina retirando a neve da pista

Desta vez, durante todo o percurso do paso não derrapamos nenhuma vez, comprovando assim a eficiência das cadenas convencionais e líquida. A melhor dica que podemos dar para dirigir no gelo é: conduza seu carro devagar. O segredo é ter paciência e não se afobar só porque os outros andam mais rápido que você. Lembre-se que muitos deles estão acostumados a dirigir nesta situação. Já outros são é mesmo imprudentes.

Neve na pista

Neve na pista

Chegando a aduana chilena depois de 4 horas desde a saída de Villa Angostura. Levamos uns 30 minutos para sermos liberados da aduana. Desta vez a revista no carro foi mais detalhada. Tivemos que esvaziar o porta-malas e abrir algumas de nossas malas. O fiscal acabou confiscando 2 de nossos artesanatos de madeira (tínhamos 6), pois estes tinham alguns furos que, segundo ele, indicavam que havia algum tipo de germe na madeira. O fiscal nos informou que leite em caixinha e iogurte poderiam entrar no Chile. Itens derivados de carne (presunto, mortadela, etc), leite e derivados não industrializados (queijo, por exemplo), vegetais (frutas, verduras, etc) não podem. Ele nos mostrou que no formulário, onde se refere a vegetais, também fala de artesanato em madeira.

Chegamos em Pucón às 23h. Nos hospedamos no Hotel Pucón Sur, indicado por um casal de brasileiros (Fabrício e Isabella) que encontramos no centro de Pucón. O hotel é muito aconchegante e com um ambiente bem familiar. A proprietária Sandra é uma pessoa muito simpática e atenciosa. Além disso, dá ótimas indicações de onde ir em Pucón. O hotel possui quartos bem confortáveis, com aquecedor elétrico, internet wi-fi e café da manhã. A diária é de $25000 (R$86,00).

Dica do dia:

Estamos acompanhando a previsão do tempo do Chile e Argentina através dos sites abaixo:

http://www.weather.com

http://www.zoover.pt/

Usamos estes sites para nos programar para onde ir, dependendo das condições do tempo. Algumas vezes estas previsões não deram certo e acabamos perdendo alguns dias em cidades que choveu, como Pucón e Bariloche.

Ir para o próximo dia.

Saída: Bariloche – Km 4536 (9:00h)
Chegada: Bariloche – Km 4676 (20:00h)
Distância: 140Km

Como teríamos pouco tempo para conhecer Bariloche, acordamos cedo e saímos. O tempo não estava muito bom, um pouco nublado, e às vezes sol aparecia. Estava muito frio, mas não estava nevando. Foi a cidade mais fria que já fomos até agora.

Fizemos o Circuito Chico que é uma estrada toda asfaltada, de 65Km e em bom estado de conservação, que é utilizada para conhecer parte do Parque Nahuel Huapi. O circuito margeia o Lago Nahuel Huapi e possui alguns mirantes. Há um mirante panorâmico, quase ao final do circuito, de onde é possível ter-se uma visão geral das paisagens deste trecho. Existem placas indicando o mirante e lá há movimento de banquinhas de artesanato e fotógrafos com seus cães da raça São Bernardo.

No início do circuito passa-se ao lado do Hotel Llao Llao, que é o hotel estrategicamente localizado junto às montanhas, de onde é possível ter uma visão panorâmica de toda região. Não é por nada que a diária para 2 pessoas custa, na baixa temporada, US$255 a 430 (R$510 a 860).

Hotel Llao Llao em Bariloche

Hotel Llao Llao em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

Circuito Chico em Bariloche

No caminho do circuito há também o Cementerio del Montañes. Há placa de identificação na estrada e este fica uns 300m para dentro do bosque. Não somos góticos :), mas resolvemos visitar este cemitério também. Lá, além dos túmulos de montanhistas que morreram tentando escalar alguns cerros da região, há uma bela vista das montanhas e do lago.

Após o circuito, fomos almoçar em um restaurante central, na Linguini na Mitre, 370. Por aqui, como é uma cidade muito turística, não tem nada de alimentação barata como em outras cidades argentinas. Pagamos $86,50 (R$45,00) para 2 pessoas.

Lago Nahuel Huapi em Bariloche

Lago Nahuel Huapi em Bariloche

Fomos ao Cerro Catedral que é o mais alto (2000m) e badalado da cidade. É considerado um dos centros de skis de melhor infraestrutura da América do Sul.

Um pouco antes de chegar ao cerro, há a Villa Catedral. Como fica a uma altitude maior que o centro de Bariloche, estava nevando. É uma Villa muito bonita e a neve deu um toque todo especial em seu visual.

Villa Catedral

Villa Catedral

Villa Catedral

Villa Catedral

Villa Catedral

Villa Catedral

Chegamos ao Cerro Catedral, o qual estava bastante movimentado. Tínhamos a intenção de subir de teleférico, porém o dia estava muito nublado e então desistimos. Com este tempo não conseguiríamos enxergar nada lá de cima, além do clima estar congelante.

No cerro foi onde encontramos o nosso primeiro conterrâneo viajando de carro, ele vinha de Joinville/SC.

Cerro Catedral

Cerro Catedral

Cerro Catedral

Cerro Catedral

Após este passeio fomos conhecer o Centro Cívico, a Catedral Nuestra Señora Del Nahuel Huapi. Fomos no centro e nas feiras de artesanato.

Catedral Nuestra Señora Del Nahuel Huapi

Catedral Nuestra Señora Del Nahuel Huapi

Passamos no supermercado e voltamos para o hotel às 20h.

Dica do dia:

Ao visitar Bariloche, não deixe de fazer o Circuito Chico. Vale a pena!

Ir para o próximo dia.

Saída: Villa La Angostura – Km 4157 (10:30h)
Chegada: Bariloche – Km 4536 (20:30h)
Distância: 379Km

Iníciamos o dia acordando cedo para fazer o caminho dos Siete Lagos. Choveu durante toda a madrugada, mas quando acordamos a chuva havia parado e o dia estava apenas nublado. Ao sairmos do hotel, observamos que tinha nevado nas montanhas ao redor da Villa, pois havia mais neve acumulada do que no dia anterior.

Villa La Angostura com as montanhas cobertas de neve

Villa La Angostura com as montanhas cobertas de neve

Villa La Angostura

Villa La Angostura

Villa La Angostura

Villa La Angostura

Lago Nahuel Huapi em Villa La Angostura

Lago Nahuel Huapi em Villa La Angostura

Neste caminho é possível avistar os lagos Espejo, Correntoso, Escondido, Villarino, Falkner, Machónico e Lacar (já em San Martín de Los Andes). De todos os lagos, o único que não vimos placas de identificação foi o Escondido. Consideramos o Espejo o mais belo de todos, com suas águas claras e areias negras.

O caminho é através da ruta RN234 e inicia em Villa La Angostura e vai até San Martín de Los Andes. Do total de 110Km, 60 são de estrada de rípio. O trajeto inicia no trecho de rípio, onde em vários pontos existem máquinas trabalhando para asfaltá-lo. Este percurso não pavimentado, no geral está em bom estado de conservação e pode ser percorrido por qualquer tipo de carro. Alguns poucos trechos estão bastante esburacados, bastando somente reduzir a velocidade.

Lago Espejo na Ruta dos Siete Lagos

Lago Espejo na Ruta dos Siete Lagos

Depois de percorridos alguns quilômetros do percurso, a neve que havia caído durante a noite começou a aparecer à beira da estrada, conforme aumentava a altitude da rota. As árvores à beira da estrada também estavam cobertas de neve, formando paisagens que pareciam pinturas. Em alguns trechos, tudo ao redor estava coberto de neve. A neve não ficou acumulada na estrada, permitindo continuar o passeio tranquilamente. Nevou discretamente em alguns momentos de nosso percurso.

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

No início da tarde o céu ficou limpo e o sol apareceu. A composição das montanhas e árvores cobertas de neve e o sol formaram algumas das paisagens mais belas que já vimos na vida. As fotos e vídeos que fizemos não conseguiram retratar o que presenciamos.

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Depois dos 60Km iniciais, começamos a percorrer a estrada asfaltada, a qual estava em ótimas condições. Após mais uns 50Km chegamos a San Martín de Los Andes. A cidade possui em torno de 30 mil habitantes e a arquitetura de suas casas é composta de muitas pedras e madeiras da região. A cidade está à beira do lago Lacar. Sua estrutura turística não é tão grande quanto Villa La Angostura.

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Ruta dos Siete Lagos

Lago Lacar em San Martín de Los Andes

Lago Lacar em San Martín de Los Andes

San Martín de Los Andes

San Martín de Los Andes

San Martín de Los Andes

San Martín de Los Andes

Lago Lacar em San Martín de Los Andes

Lago Lacar em San Martín de Los Andes

Almoçamos e passeamos rapidamente pelas ruas cidade. É uma bela vila de montanha, cuja beleza é maior devido estar junto ao lago. Não descreveremos mais detalhes porque não tivemos tempo de explorar seus pontos turísticos.

Antes de sair da cidade fomos abastecer no posto YPF da Av. Koessler (Ruta 234). Esta avenida é a saída da cidade em direção a Junin de Los Andes. Neste posto havia as cadenas (correntes para rodas) à venda. O preço era de $150 (R$75,00), muito mais baratas do que nos informaram em Uspallata por cadenas usadas. O funcionário do posto, muito atencioso,  demonstrou para nós como colocá-las, explicando que só deveríamos usá-las se tiver neve na pista. No caso de ter gelo deve-se usar as cadenas líquidas, que são vendidas em spray.

Compramos também um frasco da líquida por $15,00 (R$7,50). Cada aplicação dura em torno de 20Km e cada frasco serve para 2 aplicações. Com neve na pista o carro atola facilmente. Com gelo o carro perde a aderência e derrapa sem controle, que é o pior caso. Regra: em ambos os casos, dirija devagar em 1ª ou 2ª marcha e sem freadas, aceleradas ou guinadas bruscas.  As correntes não podem ficar frouxas, elas tem que estar apertando o pneu.

Continuamos então nossa viagem em direção a Bariloche, passando por Junin. Este caminho foi indicado por outro viajante, que comentou que a paisagem era tão bela ou mais que a Ruta dos Siete Lagos. Resolvemos então comprovar. Saindo de San Martin, pega-se a ruta 234 até Junin, que são mais 60Km.

Parte-se de Junin ainda pela Ruta 234 e posteriormente deve-se tomar a ruta 40 até Bariloche (mais 220Km). Alguns quilômetros depois de Junin há um trecho curto (uns 2Km) de estrada de rípio, supomos que estão finalizando o asfaltamento.

O caminho entre São Martin e Junin é interessante e mostra algumas paisagens diferentes do que vimos anteriormente. A surpresa mesmo vem logo depois de Junin, onde descortina-se uma paisagem realmente deslumbrante, totalmente diferente da Ruta dos Siete Lagos. Passa-se por várias montanhas, rios, lagos e árvores coloridas. Este caminho realmente nos impressionou, mostrando que a Argentina é um país de várias paisagens. Neste trecho, a noite já estava chegando, formando imagens ainda mais belas.

Ruta 234

Ruta 234

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Caminho entre Junin de Los Andes e Bariloche

Chegamos em Bariloche as 20:30h. Resolvemos ir direto para o centro de informações turísticas da cidade que fica no Centro Cívico. Conseguimos uma listagem com os hotéis e pousadas, além de mapas.

Tínhamos uma indicação de pousada, porém acabamos ficando em outra, El Manantial, localizada na Av. Ezequiel Bustillo, 6026. Ótima pousada, equipada com cozinha completa, TV, aquecimento, camareira, estacionamento e wi-fi, além do ótimo atendimento. Pagamos a diária de $150,00 (R$78,00) para o casal.

Dica do dia:

Se você pretende viajar no inverno e fará a travessia das Cordilheiras dos Andes em algum dos passos Chile/Argentina é importante que você já possua as cadenas, pois quando há neve na pista (mais de 2cm) o uso destas é obrigatório (exigido pela polícia). Se você deixar para comprar na hora que realmente precisa, talvez acabe pagando muito mais caro do que elas realmente valem. Ou pior, não conseguir comprar e ter de aguardar a retirada da neve.

A instalação incorreta das cadenas pode causar danos ao veículo ou perda de eficiência das mesmas. Assim que não tiver mais neve deve-se retirar as cadenas para evitar danos aos pneus, cadenas e veículo. É importante também que você aprenda a instalá-las antes de realmente precisar delas. Procure pelo folder explicativo do Operativo Nieve nos postos da polícia caminera (Argentina).

Não deixe de percorrer a Ruta dos Siete Lagos, as paisagens são espetaculares e a estrada de rípio é trafegável e está em boas condições. Chegando em San Martin, continue a viagem até Bariloche, passando por Junin. Você se surprenderá com a paisagem. Reserve um dia inteiro para percorrer este caminho (Villa La Angostura, San Martín, Junín e Bariloche).

Ir para o próximo dia.

Saída: Villa La Angostura – Km 4114 (11:00h)
Chegada: Villa La Angostura – Km 4157 (20:00h)
Distância: 43Km

Acordamos às 10h (nesta região amanhece às 9h nesta época do ano), tomamos café da manhã na hosteria. A proprietária nos indicou alguns pontos turísticos na Villa. Para complementar estas dicas fomos ao centro de informações turísticas, que está localizado na avenida principal em frente ao posto YPF.

O dia estava nublado, mas não estava chovendo. Permitindo que fizéssemos nossos passeios. A temperatura estava em torno de 11°C.

Villa La Angostura é uma cidade de 10 mil habitantes, situada a 27Km da fronteira com Chile pelo passo Cardenal Samoré e distante 83Km de Bariloche. Na arquitetura da Villa  predomina o uso de madeira nativa. Até mesmo em placas informativas a madeira esta presente. É quase uma cidade de bonecas, muito graciosa.

Fomos então visitar o Cerro Bayo, que é um centro de ski localizado a 6Km da Villa. Lá é possível, além de esquiar, subir de teleférico a uma altitude de 1710m e apreciar a bela paisagem do lago Nahuel Huapi e suas montanhas com picos nevados. Segundo a revista National Geographics, a vista de lá esta entre as 10 mais belas do mundo.  Não sabemos se é uma das mais belas do mundo, mas concordamos que é um espetáculo. O passeio para subir de teleférico custa $44,00 (R$22,00). Não havia neve suficiente para esquiar, mas mesmo assim existia bastante neve no topo do cerro. Este é um passeio que realmente vale a pena ser feito.

Subindo o Cerro Bayo em Villa La Angostura

Subindo o Cerro Bayo em Villa La Angostura

Vista do Cerro Bayo

Vista do Cerro Bayo

Centro de ski Cerro Bayo

Centro de ski Cerro Bayo

Paisagem vista do Cerro Bayo

Paisagem vista do Cerro Bayo

Teleférico no Cerro Bayo

Teleférico no Cerro Bayo

Lago Nahuel visto do Cerro Bayo

Lago Nahuel visto do Cerro Bayo

Lago Nahuel visto do Cerro Bayo

Lago Nahuel visto do Cerro Bayo

Almoçamos no restaurante Gran Nevada, Av.Arrayanes, 102. Há várias opções de pratos, o lugar é agradável o preço atraente. Pagamos $48,00 ($24,00) para 2 pessoas.

Após, fomos conhecer o Rio Correntoso que liga os lagos Nahuel Huapi e o Correntoso. Este rio é considerado um dos mais curtos do mundo, com 300m de comprimento. O rio possui águas claras e esverdeadas e realmente faz jus ao nome. O Lago Correntoso com as montanhas no fundo formam uma bela vista.

Rio Correntoso: um dos menores rios do mundo

Rio Correntoso: um dos menores rios do mundo

Rio Correntoso

Rio Correntoso

Lago Nahuel Huapi

Lago Nahuel Huapi

Lago Nahuel Huapi

Lago Nahuel Huapi

Posteriormente fomos ao Puerto Manzano que fica a uns 7Km do centro da Villa na ruta 231, em direção a Bariloche. A entrada fica à direita logo após a ponte do Rio Bonito. Existe uma placa de boas vindas ao lugar. São várias ruas não pavimentadas no meio de um bosque a beira do lago Nahuel Huapi, onde estão situadas várias propriedades privadas e pousadas de arquitetura típica da região.  É um lugar daqueles que qualquer um gostaria de ter a sua casa de montanha. Vale a pena conhecer.

Puerto Manzano

Puerto Manzano

Puerto Manzano

Puerto Manzano

Demos uma volta pelo centro para conhecermos as lojas da Villa e admirar a sua arquitetura. Há uma grande variedade de lojas de vestuário e presentes. Há também algumas chocolaterias, além de diversos restaurantes e cafés.

Devido a falta de tempo não pudemos fazer o passeio de barco que leva ao Bosque de Arrayanes. Uma boa desculpa para voltarmos em outra oportunidade.

Dica do dia:

O Cerro Bayo é um dos melhores passeios de Villa.

Não deixe de fazer um passeio ao Puerto Manzano.

Ir para o próximo dia.

Saída: Pucón – Km 3677 (11:35h)
Chegada: Villa La Angostura – Km 4114 (20:00h)
Distância: 437Km

Depois de pesquisarmos na internet sobre a previsão do tempo nas cidades que pretendíamos ir, decidimos partir para Villa La Angostura na Argentina. A previsão de tempo ruim para Pucón era para os próximos 4 dias e não poderíamos ficar esperando. Nossa intenção é visitar Bariloche e as cidades próximas e depois voltar a Pucón passando por Puerto Varas, Puerto Octay e Frutillar. Tudo isso para podermos ver os vulcões de perto. Vamos ver se vai dar certo.

Tomamos o café da manhã, também simples, mas muito saboroso.

Pegamos a estrada por volta das 10:30h.

Voltamos até a cidade de Villarrica pela ruta 199 e pegamos a ruta S-91 em direção a Loncoche. Este caminho é mais curto do que voltar pela ruta 199 até encontrar a ruta RN 5 em Freire. A ruta S-91 está em ótimo estado, e parece der sido pavimentada há pouco tempo. De Villarrica até a RN 5 pela ruta S-91 são uns 35Km. Em Loncoche a ruta S-91 encontra a RN-5, de onde seguimos pela RN-5 até próximo a cidade de Osorno, ao sul do Chile. Neste trecho da RN-5 passamos por mais 2 pedágios de $1900 (R$ 6,60) cada.

Como não existia nenhuma indicação de onde fica a entrada da ruta 215, acabamos passando por sua entrada e tivemos que fazer um retorno por uma estrada de terra, percorrendo uns 7Km a mais. Descobrimos este retorno através de nossos mapas digitais no notebook, pois o GPS acabou nos confundindo um pouco.

Para seguir para Argentina em direção a Villa La Angostura e Bariloche, deve-se pegar a ruta 215 e atravessar a Aduana Paso Cardenal Antonio Samoré. Para pegar a ruta 215 através da RN 5, deve-se entrar no trevo à direita, próximo a Osorno, nas placas que indicam Puyehue indo em direção a Entre Lagos. Não há placas indicando o acesso a Bariloche/Argentina na ruta RN5.

A ruta 215 está bem conservada, com apenas algumas imperfeições em seus primeiros quilômetros, os quais estão em manutenção. A sinalização não é muito boa. Após percorrer os primeiros 30Km a paisagem começa a mudar, e próximo a região de Puyehue o cenário é deslumbrante. Quanto mais próximo a aduana, mais bonita a paisagem, passando por lagos, rios e algumas cascatas.

Ruta 215 em direção a Villa La Angostura

Ruta 215 em direção a Villa La Angostura

Em frente ao Lago Puyehue, passando Entre Lagos, paramos para almoçar no restaurante La Valenciana. O ambiente é muito agradável, com direito a vista para o Lago Puyehue e o atendimento é impecável. Saboreamos um belo almoço por $11100 (R$38,40).

Ruta 215

Ruta 215

Ruta 215

Ruta 215

Seguimos nossa viagem, que já estava um tanto atrasada. Como o tempo estava nublado, não conseguimos apreciar melhor as belas vistas que existem pelo caminho. Teremos de fazer este percurso novamente!

Ruta 215

Ruta 215

Ruta 215

Ruta 215

Chegarmos na aduana do Chile, onde não levamos mais do que 5 minutos para fazer a saída do país. Poucos km após a saída do Chile começa a subida da Cordilheira, com muitas curvas e subidas íngremes. Neste ponto a paisagem muda radicalmente e a neve apareceu na beira da estrada. Mais alguns quilômetros e a neve acumulada na estrada aumentou bastante. Os campos a beira da estrada estavam totalmente cobertos pela neve. A paisagem é fantástica. A neve da rodovia foi retirada, porém existem alguns trechos com um pouco de gelo.

Neve no Paso Cardenal Antonio Samoré

Neve no Paso Cardenal Antonio Samoré

Neve no Paso Cardenal Antonio Samoré

Neve no Paso Cardenal Antonio Samoré

Em uma descida íngreme numa curva o carro derrapou por alguns poucos metros, apesar de estarmos no máximo a 40Km/h. O susto foi grande, mas conseguimos recuperar a aderência e tomar o controle novamente. O problema é que havia mais gelo na pista e a descida sinuosa continuava, e logo atrás de nós apareceu uma carreta. Reduzimos a velocidade, temendo que o carro derrapasse novamente, porém a carreta que vinha atrás de nós não reduziu e começou a nos dar sinal de luz. Ligamos as luzes de alerta do carro e a carreta reduziu um pouco a velocidade, mas ficou bem próxima. Andamos assim por certo tempo, pois o pouco acostamento que tinha estava coberto de neve e não dava para parar o carro, pois a estrada não é duplicada. Algum tempo depois conseguimos parar no acostamento e deixar a carreta passar, para nosso alívio. Seguimos adiante em baixa velocidade até chegar a aduana da Argentina.

Atravessando a cordilheira pelo Paso Cardenal Antonio Samoré

Atravessando a cordilheira pelo Paso Cardenal Antonio Samoré

Atravessando a cordilheira pelo Paso Cardenal Antonio Samoré

Atravessando a cordilheira pelo Paso Cardenal Antonio Samoré

Nesta aduana levamos uns 20 minutos. O pessoal que nos atendeu foram bem simpáticos e nos informaram que no percurso de uns 35Km até a Villa La Angostura não havia neve ou gelo. Ficamos mais tranquilos e seguimos em frente.

A partir deste trecho já estava totalmente escuro. Seguimos em baixa velocidade, pois o susto anterior foi grande. Passamos por poucos carros no caminho. Neste trecho existem alguns mirantes, nos quais obviamente não paramos.

Chegamos a Villa La Angostura por volta das 20h. Tínhamos 2 hosterias em vista, aconselhadas pelo nosso guia de viagem. A primeira estava em reforma e abriria somente no próximo mês. Fomos então a procura de nossa segunda opção, a hosteria Verena’s Haus, situada na rua Los Taiques, 268, a 3 quadras da avenida principal (Arrayanes). Fomos atendidos por seu dono, um argentino simpático que nos mostrou um dos quartos. A hosteria é ótima, muito aconchegante e bem decorada. Os quartos e os banheiros são amplos e funcionais. Toda a hosteria é aquecida, tornando seu ambiente muito agradável (muito agradável mesmo!). A diária para casal é de $150 (R$75,00), incluindo café da manhã, internet wi-fi e estacionamento. As fotos no site da hosteria não valorizam o lugar a altura que merece. Não tivemos dúvidas e resolvemos ficar.

Dica do dia:

Ao visitar Villa La Angostura, indicamos a hosteria Verena’s Haus.

Caso exista neve na estrada do Paso Cardenal Antonio Samoré dirija com cuidado, pois pode haver gelo na pista. As placas recomendam andar a velocidades inferiores a 40Km/h e mesmo assim alguns sustos podem acontecer. Neste caso, evite também andar na frente de caminhões.

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